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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Opinião



Copa do Brasil e os substitutos de Roger

Dois grandes assuntos dominaram o noticiário gremista nesta segunda, o sorteio das quartas-de-final da Copa do Brasil e a busca da reposição do titulares ausentes nas próximas rodadas do Brasileirão.

Acho que o Tricolor teve sorte no aleatório das bolinhas que definiu o seu adversário; nem os difíceis Santos e Palmeiras, nem os frágeis Vasco da Gama e Figueirense. Ficou no meio-termo chamado Fluminense. 

Dois itens são importantes e benéficos: o Maracanã é estádio neutro, o jogo de volta é na Arena. Não podemos nos queixar.

O segundo assunto traz a naturalidade das entradas de Tiago no gol e Bressan na zaga, até aí, tudo bem. As novidades ficam por conta do aproveitamento de Maxi Rodriguez na vaga de Douglas e a presença de Bobô no lugar de Luan.

São duas mudanças relevantes, posto que os substitutos não possuem as mesmas características dos titulares, mas eu acredito que ambos podem dar certo contra o Figueirense. Fosse outro enfrentamento e eu não teria essa certeza.

Chance de ouro para Máxi e Bobô.

domingo, 30 de agosto de 2015

Opinião




Coritiba segura Grêmio na Arena


Era quase certo; o Grêmio não seria o principal protagonista três vezes seguidas contra o mesmo adversário num espaço próximo de 10 dias, principalmente, porque a diferença entre os contendores é muito pequena.

O Coxa-branca veio para não perder e conseguiu; o seu campeonato é outro, é o da sobrevivência na série A, tanto, que poupou jogadores além da conta na quinta-feira.

O resultado visto individualmente, ele é ruim, mas no contexto, jogos seguidos, lesões + a peculiaridade do triplo enfrentamento em curto espaço de tempo, é aceitável. Agora são 5 vitórias e 2 empates nos últimos 7 jogos. Se todos valessem 3 pontos, o Tricolor teria 17 em 21. Nada mal.

Nada mal, porque a mídia "imparcial" estava à espreita, de prontidão, para iniciar uma crise pela ausência de bom futebol (na opinião deles, é claro) do time. Querem um Barcelona a cada rodada. A providencial goleada sofrida pelo Coirmão diante de um clube que luta contra o rebaixamento (Avaí), arrefeceu os ânimos daqueles que viam a "liga" (tão sonhada) que Argélico Fucks estava dando ao time vermelho. 

Terão que adiar o plano de crise por pelo menos, mais uma rodada.

Sobre a partida: O grande destaque foi o calor, que quase liquidou com Marcelo Grohe, Geromel, Edinho, Galhardo e Fernandinho. Eu, que achava uma grande sacada os jogos às 11 horas, reformo meu pensamento, pois, os atletas, os artistas do espetáculo, estes sofrem demais.

O 0 a 0 acabou sendo justo e o castigo poderá vir no meio da semana, porque o Imortal vai muito debilitado para o duelo contra o Figueirense no meio da semana.

Encerrando; hoje, 30 de Agosto, o Grêmio comemora a passagem de 20 anos do bicampeonato da Libertadores da América, deixo aqui o link da postagem, que realizamos na série Pequenas Histórias (Pequenas Histórias 63) sobre o evento.

Inesquecível!!

sábado, 29 de agosto de 2015

Pequenas Histórias



Pequenas Histórias (95) - Ano - 1977


Ainda nas Nuvens

Fonte: Zero Hora
As emoções ou momentos de extrema felicidade, não são medidas pela grandeza das causas, mas pela intensidade de suas reações. Exemplificando, uma ascensão da Série B para a A, um fato, à principio, de pequena dimensão, da forma como ocorreu na Batalha dos Aflitos, se transforma num momento de rara felicidade, superando até outros acontecimentos de causas aparentemente "mais nobres".

Na minha vida (e de muitos gremistas) a reconquista da hegemonia gaúcha em 1977, depois de 8 anos na fila, é quase imbatível na hierarquia das emoções esportivas. 25 de Setembro daquele ano é como se fosse a data de nascimento de um filho meu. Tudo o que veio depois, virou DC, ou seja, depois da conquista. Um marco, realmente.

Três semanas decorridas da conquista, a torcida gremista ainda estava nas nuvens, o sonho bom seguia sem fim; o Grêmio estreava no Brasileiro, justamente contra o Coritiba no Olímpico. E não deixou por menos: Tocou uma sonora goleada, 4 a 0 com direito a show de André Catimba (o da foto acima). Ele só não fez chover naquela tarde.

André e Alcindo foram os maiores camisas 9 que vi no Grêmio, se o Bugre era mortal, André era um artista, pertencia a mesma estirpe de Tostão, Claudiomiro, Reinaldo e Romário, isto é,  a da  turma de centro-avantes "cerebrais", (ele) era completo. Dançava conforme a música,  a orquestra e o maestro. 

Logo aos 3 minutos de partida, o Tricolor abriu o marcador com o mago Tadeu Ricci, que aparou rebote do goleiro Sérgio num chute de André.

Aos 12 minutos, a jogada de moleque de André; após duas tentativas frustradas de chute de Yúra, a bola sobrou "rasteira" para o baiano, que preferiu se esgueirar rente à grama e empurrou de cabeça para as redes, que ainda bateu no zagueiro Hermes. O normal seria bater com o pé para o fundo do gol.

Aos 24, o ponta Éder acertou o travessão. Era avassalador o domínio azul. Uma época mágica, cuja a curiosidade  era apenas saber de quanto seria a vitória.

Assim sendo, o terceiro tento era apenas uma questão de rápida espera. Novamente com André chutando forte, a defesa rebateu mal e Tarciso na posição de comandante de ataque, deslocou o arqueiro paranaense. 3 a 0 aos 38 minutos da primeira fase, isso, sem contar mais quatro chances de gol perdidas por Yúra, Éder (a do travessão) e duas por Tarciso.

No segundo tempo, aos 14 minutos, nova participação de André que cabeceou na área e deixou Tadeu Ricci livre para ampliar.

O Coritiba só foi assustar aos 23 minutos, quando Alfredo chutou para grande defesa de Walter Corbo para escanteio.

O Tricolor de Telê Santana diminui o ritmo e começou o Brasileiro com uma goleada que poderia ser maior ainda.

Quase 20.000 torcedores assistiram a vitória do Grêmio, que mandou a campo aquela escalação, que é poesia para os ouvidos gremistas: Corbo, Eurico, Ancheta, Oberdan e Ladinho; Vitor Hugo, Tadeu e Yúra, Tarciso, André e Éder. Por lesão, Telê fez entrar Jorge Leandro e Claudinho nos lugares de Yúra e André, este, de estupenda participação, porém, como quase sempre, o melhor do jogo foi Tadeu Ricci.

O Coritiba do técnico Lanzoninho escalou: Sérgio, Marquinhos (Pedro Paulo), Hermes, Duílio e Zé Carlos; Isidoro, Caio Cabeça (Alfredo) e Borjão; Wilton, Adilson e Washington.

José Roberto Wright foi o árbitro.

Fontes utilizadas:
Correio do Povo
Zero Hora
Arquivo Pessoal do amigo Alvirubro 








sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Opinião



O Substituto de Luan

Pode parecer inoportuno levantar o assunto neste momento, mas é quase uma certeza; o Grêmio, em breve, não terá o craque do Brasileirão por três rodadas, sendo que numa delas, o adversário será o atual líder, Corinthians Paulista em São Paulo, portanto, Roger já deve pensar no substituto de Luan.

Vendo o elenco gremista e a forma como a equipe vem atuando, penso que a melhor alternativa é o ingresso de Yuri Mamute, pura e simplesmente, isto é, nada de inversões nas posições do ataque.

Se fosse Domingo a ausência do nosso 7, a escalação seria a mesma de ontem, apenas com o retorno de Maicon, a permanência de Fernandinho e a efetivação de Mamute.

Mamute é forte, habilidoso, e, muito antes de ser um camisa 8, 9 ou um ponteiro à antiga, ele é um atacante moderno, pode ser o mais avançado ou não. É o típico avante que dá alternativas para o treinador.

Pode ser cedo, mas não estou errado em sugerir esta opção para a ausência de Luan.


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Opinião



Grêmio bate Coritiba e passe de fase na Copa do Brasil

O mais importante aconteceu; o Tricolor avançou na Copa do Brasil, batendo duas vezes o Coxa. 

A bola que jogou, deu para o gasto. Se não foi uma maravilha, pelo menos, ele foi o merecedor da vaga. Foi superior ao Coritiba nas duas partidas. Agora, o sorteio.

O primeiro tempo deu sonolência com a exceção de Galhardo e Giuliano, que correram e se doaram à partida como ela realmente exigia, isto é, decisão de vaga.

Geromel fez aos 38 e o Coxa empatou 3 minutos depois. Ficou assim: 1 a 1.

 A segunda fase foi melhor de se ver; mais jogadores gremistas se soltaram e se juntaram ao bom futebol de Galhardo e Giuliano, alguns deles; Walace, Fernandinho e Luan.

Depois da expulsão, o Grêmio cresceu mais e não correu riscos, excetuando uma bola no travessão de Marcelo Grohe.

O segundo gol, o mais bonito, contou com a categoria de Fernandinho, a técnica de Luan e o oportunismo de Douglas, no lance, um "centro-avante", que apenas empurrou a bola para as redes paranaenses.

As trocas de Roger, naturalmente, enfraqueceram o time; Pedro Rocha entrou mal e não fez uma jogada sequer de qualidade, Schuster discretíssimo e Máxi apareceu na última bola, quando sofreu pênalti, batida espetacularmente bem por Luan.

Marcelo Grohe esteve sempre correto, Geromel segue brilhando, Erazo firme e Marcelo Oliveira só não foi perfeito pelo erro grosseiro que originou o único tento do Coritiba, no mais, muita raça e posicionamento correto,  especialmente no aspecto defensivo.

Edinho, uma partida sem erros, sua postura à frente da zaga, permitiu a Walace mostrar uma novidade; a saída de bola como armador. Aliás, sobre armador; Douglas, enquanto teve gás fez alguns movimentos interessantes.

Resumindo, são 5 vitórias e 1 empate. Se o Tricolor teve problemas nesses jogos, pelo menos, soube sair das adversidades com soluções que se refletiram na campanha.






quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Álbum Tricolor (21)

GÍLSON
www.placar.com.br

GÍLSON ANDRÉ DA COSTA MACIEL (1987 - 1989 – 1990 – 1993 e 1994)
Apelido: Gílson, Gílson Cabeção, Gílson Maciel.
Posição: centroavante.
Data de Nascimento: 29 de outubro de 1968, Porto Alegre-RS.

*Jogos: 98 (48 vitórias; 25 empates; e 25 derrotas). 43 gols marcados.

*Estreia no Grêmio:
01/04/1987 – Grêmio 0x1 EC Juventude - Campeonato Gaúcho
GFBPA: Mazaropi, Adriano Silveira, Alexandre Precht, Luís Eduardo, Casemiro, Bonamigo, João Antonio, Darci, Caio Júnior, Lima (Gílson Maciel), Jorge Veras. Técnico: Juan Martín Mujica

*Última partida pelo Grêmio:
27/04/1994 – Grêmio 5x0 GE Glória - Campeonato Gaúcho
GFBPA: Danrlei, Ayupe, Agnaldo Liz, Paulão, Róger, Pingo, Jamir, Emerson (Arílson), Carlos Miguel, Fabinho, Gílson Maciel (Jaques). Técnico: Luiz Felipe Scolari

(*) Os dados dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

ANO A ANO NO GRÊMIO
1987 – 09 jogos; 04 vitórias; 01 empate; 04 derrotas – 2 gols marcados.
1989 – 11 jogos; 03 vitórias; 03 empates; 05 derrotas – 2 gols marcados.
1990 – 04 jogos; 02 vitórias; 01 empate; 01 derrota – 1 gol marcado.
1993 – 54 jogos; 27 vitórias; 14 empates; 13 derrotas – 32 gols marcados.
1994 – 20 jogos; 12 vitórias; 06 empates; 02 derrotas – 6 gols marcados.

(*) Gílson foi o goleador da Copa Brasil de 1993, com 8 gols.

CARREIRA
Grêmio-RS (1987), Caxias-RS (1988), Goiás-GO (1988), Novo Hamburgo-RS (1989), Grêmio-RS (1989 e 1990), Bahia-BA (1990) , Figueirense-SC (1991), Brasil/PEL-RS (1992), Tigres-MEX (1992), Grêmio-RS (1993 e 1994), Brasil/PEL-RS (1995 e 1996), Paraná Clube-PR (1997), 15 de Novembro-RS (1997). Jogou, ainda, no Esperance de Tunis-TUN, e no Joinville-SC, Brasil/PEL-RS (1999), ULBRA-RS (1999 a 2000), São José-RS (2001) e ULBRA-RS (2002).

GRENAL
Como jogador do Grêmio, esteve em campo em 3 (três) clássicos GRENAL. Uma vitória; 1 empate; e 1 derrota. Marcou um gol.

TÍTULOS PELO GRÊMIO
Copa do Brasil de 1989
Copa do Brasil de 1994
Campeonato Gaúcho de 1993

Por Alvirrubro

FONTES:
- Revista “Placar”.
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal "Zero Hora".
- Arquivo Pessoal.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Opinião



A vaga de Maicon

Escrevi que enfrentar o mesmo adversário três vezes num espaço de 10 dias é muito complicado. Isso ocorrerá com o Imortal e o Coxa Branca; os treinadores e jogadores acabam se conhecendo, também, se desgastando.

O Grêmio, além desse obstáculo inusitado, viu-se acrescido por mais um; a lesão de Maicon, o capitão e referência técnica do meio de campo.

Maicon chegou silencioso, parecendo lento, mas logo, sua importância para o time ficou evidente, especialmente por dominar com excelência, o principal fundamento do futebol: O passe. Tivesse o Grêmio um centro-médio como Arouca, por exemplo, ao seu lado, dificilmente, perderia o centro de criação de uma partida de futebol, isto é, o meio-de-campo.

Roger acena com a intenção de promover à vaga de Maicon, Edinho, parece que acerta em cheio para este confronto de volta da Copa do Brasil, no qual, a vantagem já está com o lado azul. É hora para um jogador cascudo e de maior poder de marcação, mas, e para Domingo?

Bom, para Domingo, sugiro que um jogador mais rápido e com maior chegada à frente, caso do menino Arthur (nem sei se está disponível)  ocupe o lugar de Maicon.

A permanência de Edinho com Walace vai facilitar a tarefa de Ney Franco, que de trouxa não tem nada, portanto, Arthur ou alguém com suas características (inteiro, o indicado seria Ramiro) é minha indicação.

Finalizando, a volta aos treinos de Yuri Mamute é a grande notícia desta terça-feira. Com ritmo de jogo, Mamute vai brigar por lugar no time. Anotem isso.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Opinião



Braian e a Fábrica

Olha gente, uma coisa é crítica de torcedor, algo que eu presenciei depois do jogo do Grêmio versus Ponte Preta, outra é a da mídia que deveria ser imparcial nas análises dos fatos, dos lances.

Ela se constitui verdadeiramente numa fábrica de embutidos, um moedor de carne, que visa vender notícia, superar a concorrência, custe o que custar, mesmo que se estraçalhe a condição do profissional da bola.

Peço para os amigos reverem os lances do jogo, sem o olhar de torcedor; sem lembrar que Grohe é nosso goleiro, nem que Braian seja o nosso camisa 9. E o que verão?

Que o atacante campineiro chutou mais fraco do que Braian, que a defesa de Marcelo Grohe foi de menor grau de dificuldade do que o último lance gremista.

Acho interessante esse nosso olhar de torcedor, algo que é do T-O-R-C-E-D-O-R, infelizmente, adotado pelos "imparciais" da mídia, isto é, não foi o atacante da Ponte que perdeu o gol, foi Grohe que fez milagre, por outro lado, foi Braian que errou; pela mídia, Marcelo Lomba, goleiro que lidera a Bola de Prata em sua posição, no lance mais difícil, não teve nenhum mérito. Por que os pesos e medidas diferentes?

Parte dessa mídia é tão infeliz em suas jornadas, que beira, às vezes, ao ridículo, como vou exemplificar. Quem acompanhou o Grenal pelo Sportv, viu que Batista, um dos comentaristas, após o terceiro gol gremista, não disse coisa com coisa; lembrei do boxeador brasileiro Adilson "Maguila" Rodrigues enfrentando e sendo nocauteado em noventa segundos por Evander Hollyfield na virada dos 80 para 90. O brasileiro ficou caído balançando a perninha, fora de si. Assim estava Batista.

Pois o narrador Luis Carlos Jr. foi além; fez uma observação que é uma verdadeira pérola, que incrivelmente, nem o talentoso Mário Marcos de Souza, muito menos Batista, ambos os comentaristas, ousaram corrigir a informação do narrador: Luis Carlos Junior elogiava a torcida do Inter, que mesmo depois dos 5 a 0 se mantinha fiel ao time, sem arredar pé do estádio, num exemplo de amor ao clube. Quanta baboseira!

Todos sabiam que o protocolo da Brigada (nossa Polícia Militar gaúcha) indicava que a torcida locatária, isto é, a do Grêmio, sairia primeiro e só depois, a torcida visitante se retiraria do estádio. Patético.

Arrisco dizer que o Grêmio que nos cinco últimos jogos, ganhou 4 e empatou 1. Sofreu apenas 1 gol, está no G-4, se tiver um revés, certamente, para ele, a mídia vai ensaiar uma crisezinha por conta da gangorra gaúcha.

Não dá para levá-la a sério, realmente. São poucos os jornalistas confiáveis. 

domingo, 23 de agosto de 2015

Opinião




Grêmio segura a Ponte

Todos sabiam que seria difícil encarar a  Ponte Preta em Campinas, afinal, faz 34 anos que o Tricolor não vence lá, então, o empate está na conta, um ponto previsível.

A Ponte Preta perdeu Renato Cajá e Rildo, mas trouxe Doriva e, olha, o cara é bom treinador; ainda vai comandar Grêmio ou Inter no futuro.

A sequência de jogos + o horário, ambos prejudicaram o desempenho Tricolor, que teve no coração do time as figuras mais apagadas. Walace, Douglas, Maicon e Giuliano não jogaram nada. Pior que eles, apenas Luan, que sentiu  a parada.

Convenhamos! Quando meio time joga mal, a derrota é quase uma certeza. Isso só não ocorreu pelas belíssimas jornadas que Pedro Geromel e Marcelo Grohe realizaram. O goleiro ainda contou com a sorte de ter duas bolas que ficaram nas traves.

Fernandinho e Marcelo Oliveira foram bem, um pouco abaixo do goleiro e do nosso camisa 3. Galhardo oscilou bastante, quase entregando o "ouro para os bandidos". 

Erazo está rebolando demais para o meu gosto, um dia a casa cai, o lugar em que joga, não é para enfeites.

Ainda entraram Braian Rodriguez, Edinho e Pedro Rocha, destes, o volante foi o que se sobressaiu. Os atacantes pouco contribuíram.

Agora, dois jogos contra o Coritiba, algo ruim, porque somados ao da quarta-feira passada, resultam em 3 confrontos em 10 dias. Não tenho notícias de que nessa situação, um única equipe tenha vencidos os três duelos. Mais um desafio para Roger.

No mais, vencendo em casa, beliscando pontos fora, o Grêmio poderá garantir com tranquilidade uma das vagas para a Libertadores.

sábado, 22 de agosto de 2015

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (94) - Ano - 1981


Penteando a Macaca

Fonte: imortaisdofutebol.com


As decisões de ida e volta, os famosos mata-matas, privilegiam, logicamente, o segundo jogo, porque, dali sai a decisão; no entanto, este último jogo não é garantia de ser o melhor, nem o mais emocionante.

Exemplos disso ocorreram no funil do Brasileiro de 1981; tanto uma das semi-finais, Grêmio x  Ponte Preta, quando a final, Grêmio x São Paulo. 

As partidas de ida foram as melhores, no entanto, ficaram para a memória do mundo esportivo, o 1 a 0, gol de Baltazar e o terrível 0 x 1 para a Macaca no Olímpico Monumental, a catarse experimentada pela Nação Azul, após o apito final. Um alívio semelhante ao que ocorreu na Batalha dos Aflitos em 2005.

Em 23 de Abril daquele ano, os gremistas ainda não tinham a convicção da possibilidade de serem campeões. Neste dia, o Tricolor foi ao Moisés Lucarelli encarar a Ponte Preta, um clube que sempre investiu e revelou grandes atletas da base; o Grêmio já tinha um time definido, que fora moldado durante o campeonato, portanto, também chegava forte, apesar da falta de Odair. Eram 4 grandes times: ele, a Ponte, o São Paulo mais o Botafogo.

A expectativa tomava conta de todos nós, gremistas, lembro que estava no penúltimo semestre do curso e alguns colegas festejavam a ausência do centro-avante Jorge Campos, eu, como conhecia e admirava o futebol de Lola, desde o tempo em que, cadete do exército, fazia parte do ataque do Atlético Mineiro (Vaguinho, Amauri, Lola e Tião), alertava que o reserva era melhor do que o titular. Não era motivo para comemorar.

Desta forma, a Macaca mandou a campo Carlos; Edson, Juninho, Nenê e Odirlei; Zé Mário, Osvaldo e Dicá; Serginho, Lola e Abel. Ainda utilizou Humberto e Celso.

O Imortal com Leão; Paulo Roberto, Newmar, De León e Casemiro; China, Paulo Isidoro e Vílson Tadei; Tarciso, Baltazar e Jurandir. Contou também, com  Vantuir e Renato Sá.

Logo aos 3 minutos, Dicá cobrou falta de forma rápida, surpreendeu a zaga e Lola cabeceou. 1 a 0. Um problemaço para quem jogava fora.

Mas o Grêmio tinha Vilson Tadei (na foto, o segundo atleta agachado). O camisa 10 realizaria naquela noite, sua maior partida com a camisa Tricolor. Comandou a equipe como muita qualidade e personalidade.

Mesmo sendo dominado pelos locatários, o Imortal ainda empataria na primeira fase; Baltazar arrancou pela esquerda, serviu Paulo Isidoro, que bateu e venceu o arqueiro da Seleção, Carlos. Decorriam 35 minutos. 1 a 1. 

Antes do encerramento, houve tempo para o árbitro Wilson Carlos dos Santos expulsar o lateral direito Paulo Roberto e o ponta esquerda Abel. Ambas as equipes iriam até o final com 10 atletas.

O lance determinante para desequilibrar o confronto ocorreu aos 16 segundos; grande vacilo defensivo campineiro, Tarciso lançou Paulo Isidoro que cruzou na cabeça de Vilson Tadei. Gol com menos de 1 minuto. 2 a 1.

A inspiração do treinador Ênio Andrade apareceu, quando trocou os posicionamentos de Tarciso e Paulo Isidoro, confundindo a zaga ponte-pretana. Numa das estocadas, o Flecha Negra, pelo meio, driblou Juninho e bateu da entrada da área no canto esquerdo de Carlos. 3 a 1.

Dois minutos após, isto é, aos 22, Lola diminuiu. 3 a 2.

E ficou nisso, apesar de duas grandes estocadas de Tarciso, numa delas, a bola achou a trave paulista.

Uma vitória sensacional, que permitiu, inclusive, a passagem para a final, mesmo perdendo em casa, três dias depois.

Foi o último triunfo do Grêmio contra a Ponte Preta na cidade de Campinas. São 34 anos de espera.

Utilizei nesta crônica, dados recolhidos no Correio do Povo de 24 de Abril de 1981. 






sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Opinião




Chance para Fernandinho

Aconteceu mais cedo do que eu esperava; a mencionada vaga indefinida, que foi motivo de uma crônica esta semana, poderá ser preenchida por outro jogador que não o titular Pedro Rocha.

Roger acena com a possibilidade de ingressar no Moisés Lucarelli em Campinas com Fernandinho na frente.

Antes de ser uma troca de Pedro Rocha pelo rápido ponta-esquerda, é muito mais, um novo companheiro para Luan. 

O nosso camisa 7 poderá jogar muito mais tempo com um parceiro veloz, incisivo e driblador, justamente numa partida, cuja receita para vencer é justamente atuar em contra-ataques, ou seja, o confronto contra a Ponte Preta.

Talvez o treinador opte por começar com Pedro Rocha, mas a presença de Fernandinho no banco, é certeza de um segundo tempo de muita ofensividade.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Opinião



Quem escolhe os Centro-avantes?

Certamente, os treinadores do Grêmio, Luiz Felipe e Roger, não escolheram sozinhos os camisas 9 contratados, nem os dispensados.

Um experiente, outro jovem e promissor, mesmo com estas características aparentemente antagônicas, eles não seriam ingênuos ou desinformados para indicar ou liberar os "artilheiros" do Tricolor.

Braian, Vitinho e Bobô versus Lucas Coelho e Luiz Fellipe, o trio contratado versus a dupla liberada, com certeza, isso tem o dedo de alguém que não conhece o mercado ou não tem o clube como prioridade nas negociações.

Vou repetir: Salários de Braian + Vitinho + Bobô, sua soma, poderia trazer Walter para titular e Leandrão para o grupo.

Nunca esteve tão atual o pensamento de Aparício Torelly, o Barão de Itararé.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Opinião



Grêmio bate Coritiba no Couto Pereira

O Tricolor obteve excelente resultado contra o Coxa, 1 x 0, gol de Marcelo Oliveira, aliás, golaço feito na metade do segundo tempo.

O desempenho gaúcho foi aquém da expectativa na fase inicial, tendo o goleiro Marcelo realizado boas defesas, a zaga atenta e uma ineficiência ofensiva. É o resumo dos primeiros 45 minutos.

No segundo tempo, Fernandinho ingressou no lugar de Pedro Rocha (que não conseguiu um bom desempenho); isso, associado a melhor preparação física, determinou um crescimento gremista e Grohe passou a ser um assistente. Uma partida sem sustos.

Os destaques do Imortal foram Maicon e Marcelo Oliveira, um pouco abaixo deles, mas muito bem, os defensores Pedro Geromel e Erazo.

Edinho e Giuliano cresceram na segunda fase, assim como Douglas, este, que mais uma vez foi responsável pelo passe que terminou em gol.

Galhardo até o tento, errou vários passes, depois se tranquilizou e controlou o lado esquerdo paranaense.

O ponto negativo: Bobô não conseguiu mostrar absolutamente nada; talvez seja fase de adaptação ao novo clube. Vitinho, pelo menos, brigou e se movimentou mais.

O resultado é excelente. O Grêmio só perderá a vaga para as quartas-de-final para ele próprio. O Coritiba é lutador, mas é azarão na Arena na próxima semana. 

PS: O Grêmio ainda utilizou o meio de campo Moisés, que não teve tempo para ser melhor observado.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Opinião



Há uma vaga indefinida

Olhando os 11 que normalmente jogam como titulares, o time do Grêmio (na minha modesta opinião) tem uma posição/vaga, que está indefinida; trata-se do atacante companheiro de Luan.

Pedro Rocha, o mais frequente, tem fome de gols, isso é ótimo, no entanto, vem oscilando bastante, talvez pela sua juventude, seu amadurecimento como atleta. Não é apenas nas chances que vem perdendo, é também, pela queda de ritmo nas etapas finais. Está faltando alguma coisa, porém, dos candidatos, desconfio que é o que tem mais potencial para assumir de vez a titularidade, no caso, sem contestações.

Yuri Mamute retornará em breve ao grupo, tem muita qualidade, arranque, jogador de lado e de centro, extremamente forte; a exemplo de Pedro Rocha, precisa aprimorar os chutes e aumentar o apetite para gols, algo que o primeiro já possui.

Bobô é uma incógnita; vem com um currículo bom, porém, forjado num futebol de segunda linha da Europa. É daqueles jogadores que saiu jovem e quase desconhecido do Brasil. Joga mais posicionado na área, parece ser dependente de esquemas, contudo, é cedo para uma avaliação correta do que pode apresentar.

O último, Fernandinho, é o mais conhecido entre os quatro que cito. Tem um futebol de velocidade e verticalidade; busca sempre o caminho do gol, é o mais hábil, entretanto, o seu histórico aponta para um baixo número de gols. Atuaria mais como  assistente de Luan e Giuliano. Vem crescendo.

Resta ao treinador aproveitar bem as características de cada um deles e saber usá-los em momentos diferentes, em situações específicas.

De todas as posições do time, esta é a que apresenta mais candidatos para a briga entre os 11.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Opinião



Vitória no limite

Ontem, assisti a partida, mas, em seguida, tive um compromisso familiar, que me impossibilitou de postar algo sobre Grêmio versus Joinville.

Se eu disser que é uma vitória que preocupa, será um exagero, até porque, desconfio que o Joinville em confrontos oficiais, jamais havia perdido para o Tricolor (ou quase isso). Diria que a vitória foi no limite da capacidade técnica e tática do Grêmio.

Apareceram falhas defensivas, especialmente Erazo. O seu gol "mascarou" favoravelmente o seu desempenho. O gol dos catarinenses foi feito com a maior facilidade; ninguém subiu com o zagueiro que marcou. Eram 4 minutos e o Joinville já tinha dois escanteios.

Marcelinho Paraíba tem 40 anos, tivesse 10 a menos e o Imortal teria tomado 3 só na primeira etapa. Foi nostálgico ver um craque  do "passado", que sequer estava entre os melhores de sua posição; hoje, com certeza, integraria a Seleção com a mesma bola que jogava há uma década.

Ficou evidente, que Luan fez muita falta. Bobô, seu substituto, só serviu para reforçar a tese; entre um centro-avante de carteirinha ruim e um craque adaptado à posição do 9, vale a segunda hipótese.

Roger promoveu a entrada de Fernandinho e aí, penso que o treinador errou na escolha do trocado: Bobô deveria ter saído. É muito cedo, mas o cartão de apresentação dele foi desanimador.

Individualmente, Galhardo ratifica a tese que diz; num time entrosado, o ruim vira médio, o médio vira bom. Evolui a cada partida.

Achei o meio de campo pouco inspirado (talvez a causa esteja no adversário), exceção de Giuliano, que segue lutando e causando transtornos às defesas contrárias.

Os gols foram todos de bola parada e de defensores. Isto teve uma justificativa: os ataques não funcionaram, apenas Fernandinho, que está pedindo passagem entre os 11 titulares. Merece uma sequência.

Do confronto fica a apreensão pelo desempenho diante de um time da parte de baixo da tabela, no entanto, fica também, a surpresa de estar entre os 3 melhores da competição. 

A semana aponta para um confronto difícil pela Copa do Brasil. Hora do elenco, pois só com 11, time não emplaca. 
Álbum Tricolor (20)
 CEJAS
futebolgaucho.tumblr.com

AGUSTÍN MARIO CEJAS (1976 e 1977)
Apelido: Cejas.
Posição: goleiro.
Data de Nascimento: 22 de março de 1945, Buenos Aires-Argentina
Data de Falecimento: 14 de agosto de 2015, Buenos Aires-Argentina

*Jogos: 56 (39 vitórias; 10 empates; e 7 derrotas). 35 gols sofridos.

*Estreia no Grêmio:
15/02/1976 – Grêmio 3x1 GER Palmitos-SC – Amistoso
GFBPA: Cejas (Remi), Jorge Tabajara (Vílson Cereja), Tadeu Vieira, Beto Fuscão (Cláudio Radar), Bolívar, Cacau (Sarandi), Neca, Alexandre Bueno (Luiz Carlos Guterrez), Zequinha, Yúra (Tarciso) (Rosa Lopes), Esquerdinha. Técnico: Foguinho (Oswaldo Azzarini Rolla)

*Última partida pelo Grêmio:
19/01/1977 – Grêmio 1x1 Uruguai – Amistoso
GFBPA: Cejas, Eurico, Ancheta, Oberdan, Vílson Cereja, Vítor Hugo, Luiz Carlos Guterrez (Alexandre Bueno), Yúra, Zequinha (Jerônimo), Alcino (Claudinho), Tarciso. Técnico: Telê Santana

(*) Os dados dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

CARREIRA
Racing Club-ARG (1962 a 1970), Santos-SP (1970 a 1974), Huracán-ARG (1975), Grêmio-RS (1976 e 1977), Racing Club-ARG (1977 a 1980), River Plate-ARG (1981)

ANO A ANO NO GRÊMIO
1976 - 55 jogos; 39 vitórias; 09 empates; 07 derrota - 34 gols sofridos.
1977 - 01 jogo; 01 empate - 01 gol sofrido.

GRENAL
Como jogador do Grêmio, esteve em campo em 6 (seis) clássicos GRENAL. Uma vitória; 1 empate e 4 derrotas.

Cejas integrou as equipes de Racing, Santos e Huracán em 8 partidas contra o Grêmio. O Tricolor gaúcho alcançou 4 vitórias, 2 empates e 2 derrotas.

A primeira vez de Cejas contra o Grêmio foi assim:

Grêmio 3x0 Racing (ARG)
Data: 19.05.1966
Local: Estádio Olímpico, Porto Alegre-RS
Renda: Cr$ 19.639.000,00 - Público: 13.006
Árbitro: Agomar Martins Rohrig
Gols: João Severiano 21', Volmir 26' do 1º tempo; Volmir 32' do 2º tempo
GRÊMIO: Arlindo, Altemir, Aírton, Aureo, Elói, Cléo, Sérgio Lopes, Jorginho Martins, João Severiano (Paraguaio), Volmir, Vieira. Técnico: Luís Engelke
RACING: Luís Carrizo (Agustín Cejas), Oscar Martín (Rodolfo Vicente), Miguél Mori (Lázaro Bouzas), Rubén Díaz, Alfio Basile, Rodolfo Vilanova, Carlos Cabrera, Jaime Martinoli, Juan Cárdenas, Juan José Rodríguez (Néstor Rambert), Humberto Maschio. Técnico: Juan José Pizzuti

Naquele ano de 1966, o Racing foi campeão da Argentina. Em 1967, foi campeão da Libertadores da América e campeão mundial, quando enfrentou o Celtic FC, da Escócia, em 3 jogos memoráveis.

Por Alvirrubro

FONTES:
- Revista “Placar”.
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal "Zero Hora".

- Arquivo Pessoal.

sábado, 15 de agosto de 2015

Pequenas Histórias



Pequenas Histórias (93) - Ano - 1959


Um passeio no Horto

Gessy
Fonte: www.gremio.net

Inicialmente, devo dizer que esta crônica de hoje era para ser a PH anterior, como o Imortal atropelou de forma inapelável o Coirmão, tornou-se necessário saudar esta "efeméride", lembrando o primeiro 5 a 0. 

Em 1959, o mundo presenciava o início da revolução cubana instalada pelas forças de Che Guevara, Fidel Castro e Camilo Cienfuegos; no Brasil, Juscelino Kubitschek, nosso único presidente de origem cigana, via a escalada da construção de Brasília. Seu sonho se materializava de forma febril, ao mesmo tempo, o mundo descobria a batida de João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes, isto é, a Bossa Nova, também, através do mundial na Suécia, os astros Pelé, Garrincha e Didi , que deslumbraram o universo futebolista.

Campeão mundial, ainda assim, não havia um Brasileirão ou algo parecido, daí surgiu a Taça Brasil naquele ano. Uma competição com cara de campeonato nacional e corpo de Copa do Brasil, pois era jogada em confrontos de ida e volta. Ela envolveu todas regiões do país com os seus campeões regionais.

O Tricolor gaúcho ficou em terceiro lugar, perdendo a semifinal para o Santos de Pelé, que enfrentou na decisão o Bahia. O clube da Boa Terra foi o nosso primeiro campeão.

Antes dos confrontos contra o time da Vila Belmiro, o Grêmio encarou o Galo Mineiro. Ganhou aqui por 1 a 0 no jogo da volta e, antes, meteu 4 a 1 no estádio Independência, no bairro do Horto em Belo Horizonte. É dessa partida que contamos os detalhes, a seguir.

Em 18 de Outubro, um domingo, o Grêmio encarou o Atlético com Henrique; Elton, Airton e Ortunho; Sérgio, Calvet e Rudimar; Vieira, Gessy, Juarez e Cláudio (Milton).

O time mineiro com Edgard, substituido no final do prélio pelo lendário arqueiro Veludo; William, Anísio e Haroldo; Ilton e Benito; Nilson, Tomazinho, Alvinho, Luis Carlos e Moreira, depois Murilinho.

Artur Vilarinho foi o juiz deste clássico nacional, que colocou frente a frente dois treinadores vencedores, Osvaldo Rolla (Foguinho) e Airton Moreira, irmão de Zezé e Aymoré, dois mitos brasileiros.

O Galo começou a "mil", apertando a representação gaúcha e a estratégia deu certo. Raul Calvet acabou derrubando o avante Nilson; pênalti que Alvinho bateu com maestria. Decorriam 14 minutos de jogo.

Aos 20 minutos, o centro-avante Juarez dá um sufoco em Benito, que rebate mal e conclui para as suas próprias redes. 1 a 1, placar do final do primeiro tempo.  

Com Milton no lugar de Cláudio, o treinador Foguinho promoveu uma revolução na equipe; trouxe Rudimar para a ponta-direita, levou Vieira para a esquerda e recompôs o meio, justamente com Milton.

 As mexidas deram certo. Logo aos 9 minutos, Milton Kuelle acerta um "shoot" perfeito, virando o placar, 2 a 1.

Aos 17, Gessy Lima ampliou para 3 e aos 34 minutos, quase sem ângulo, Juarez decretou o 4 a 1.

Os destaques da partida foram Elton, Airton e Gessy (foto acima) e quando a partida "folgou", Ortunho, que resolveu dar um show de bola, conforme texto do Correio do Povo.

Mal sabia o Tricolor, que outra vitória em Minas Gerais sobre o Galo Carijó, levaria 25 anos para acontecer.

Utilizei para esta postagem os dados do jornal Correio do Povo de 20/10/1959.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Opinião



11 Passes

Há muita coisa boa no jogo de ontem, que entra para o histórico de Roger Machado Marques, a sorte, quando o seu goleiro sai errado e a bola passa se oferecendo para os atacantes que não aproveitam, o pênalti que o juiz sonegou a favor do Galo, a bola na trave, Pratto cabeceando sozinho para fora e, claro, as grandes defesas de Grohe, a partida perfeita de Pedro Geromel, melhor zagueiro brasileiro da atualidade, a harmonia coletiva, as perfomances de Giuliano e Douglas, a superação do erro do árbitro, que ignorou a penalidade máxima em Rafael Galhardo, mas tem algo superior; diria, a síntese da perfeição coletiva, algo que se viu algumas vezes num time da Catalunha. O gol de Douglas.

Aqueles segundos da partida foram os mais preciosos do Brasileirão até aqui, é didático, eficaz e de uma beleza plástica, lance quase irrepetível.

11 passes que abrangeram o lado direito defensivo, meio de campo e a extrema esquerda de ataque do Tricolor. Um luxo só.

Nada supera até aqui nestas 18 rodadas, o lance que está sendo repetido no mundo inteiro.


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Opinião



Vitória espetacular

Mais uma partida de luxo do Grêmio. Se Domingo foram um placar e uma jornada excepcionais, hoje, o mérito está em jogar fora e ganhar do melhor time da competição, até então, invicto em Minas Gerais.

O primeiro gol é uma aula de futebol, bola de pé em pé, saiu da lateral direita defensiva e o seu final se deu na ponta esquerda do ataque. Foram 10 passes perfeitos, onde apareceu o talento de Maicon, a velocidade de Giuliano e a eficiência de Douglas. Um show.

Douglas e Giuliano repetiriam o entrosamento no segundo gol, o de Luan. Novamente, o trabalho de Roger se materializou de uma forma clara.

As individualidades foram muitas; destacaria cinco: Pedro Geromel, perfeito, se a Seleção de Marin, Del Nero, Gilmar Rinaldi e Dunga não fosse "padrão Fifa", Geromel estaria vestindo a Amarelinha. Giuliano e Douglas foram decisivos, assim como Marcelo Grohe naquilo que ele tem de melhor; reflexo, coragem e agilidade. Quando o time precisou, ele apareceu de forma decisiva. Maicon vem se tornando o maestro do time, no futebol brasileiro, ninguém está acertando tanto passe, quanto ele. É um líder silencioso.

Renovo, todos foram bem, Walace, Galhardo, Erazo, Marcelo Oliveira e um pouco abaixo, Luan e Pedro Rocha.

Fernandinho entrou para segurar a bola na frente e fez com discernimento, Bobô e Edinho não tiveram tempo para se destacar.

Se o Grenal foi uma exceção pelo placar elástico, este jogo contra o Galo é o da maioridade. O Grêmio já sabe como jogar em casa e, aos poucos, vai desvendando o segredo de atuar como visitante.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Pequenas Histórias



Pequenas Histórias (92) - Ano - 1910


O primeiro 5 a 0

Fonte: Revista do Grêmio 70

Em 1910, as potências europeias já vinham se articulando para enfrentar grandes transformações e embates em busca da hegemonia político-econômica mundial, desta vez, com armas e tratados de cooperação, momentos de apreensão que desembocaram na Guerra Mundial logo ali adiante, 1914.

No Brasil, a República do Café com Leite, isto é, a união de São Paulo com Minas Gerais, resolve apoiar o gaúcho marechal Hermes da Fonseca para substituir Nilo Peçanha na presidência do país. Eleito em Março, assumiria em Novembro; de cara, enfrentando a Revolta da Chibata no Rio de Janeiro, liderança de outro gaúcho, João Cândido, o Almirante Negro, que buscava um pouco de dignidade para os marinheiros.

No interior do Rio Grande, na região central,  no Solar da família, que era conhecido como "A Sotéia", em Julho, Luis e Mercedes aguardavam mais um filho, o que se saberia depois, ser o caçula. O menino João nasceria no início de Outubro daquele ano.

Na capital do estado, mais exatamente, no dia 17 de Julho, Grêmio e Inter, dois dos vários clubes de futebol fundados naquela década, se enfrentariam no campo do Militar. Já haviam se encontrado no ano anterior pela primeira vez.

O Grêmio (foto acima) se fez representar por Teichmann; Deppermann e Martau; Bento, Sommer e Mostardeiro; Geyer, Moreira, Booth, Grünewald e Mostardeiro I.

O Internacional contou com: Lindenmeyer; Mendonça e Volkman; Vinholes II, Kluwe e Lemos; Poppe, Galvão, Cafrée, Chaves e Vinholes I.

O placar ficou em 5 a 0, marcando Mostardeiro, Booth (2 vezes), Geyer e Moreira. Uma das várias goleadas da primeira década de suas existências. Theobaldo Foernges foi o árbitro da contenda.

Guilherme L. Geyer, atleta tricolor deixou um relato sobre o confronto: "- Ansioso estava o público para assistir este encontro, visto nossos adversários estarem convictos de sua victoria ou pelo menos de um empate. 

No primeiro half-time, os adversários, favorecidos pelo sol e pelo vento, fizeram alguns ataques valentemente rechaçados pelas deffesas que jogaram admiravelmente.

Apesar disso, não conseguiram os adversários marcarem goal. Entretanto, os ataques fortes e rápidos dos nossos forwards repetiam-se com mais energia, conseguindo antes de findar o tempo marcarmos um goal contra 0.

No 2º half-time, cansamos os adversários, obrigando-os a conservarem-se na deffesa sem poderem avançar, pois em cada investida esbarravam com uma forte linha de half-backs. Nesse half-time, conseguimos marcar mais 4 goals contra 0, sendo a nossa victoria de 5 goals contra zero."

Geyer deixou ainda esta observação: " Deu-se um incidente nessa tarde, sendo Booth a victima de um (pontapé) shoot no estomago dado por Volkmann".

Passados 105 anos desse encontro, o Tricolor repete o placar e pelo visto, também a mesma supremacia técnica, tática e física, colocando o oponente na defensiva.

E o menino João, nascido em Outubro daquele ano? Pois bem, cerca de 60 anos após, lá pelo início da década de 70, comprou um plano de sorteios chamado "Bolão do Grêmio", que brindava os adquirentes com uma coleção contando a história do Imortal Tricolor.

O filho mais velho dele, utilizando como fonte o fascículo 1, hoje, escreve esta crônica sobre o primeiro 5 a 0.

Apesar de ter recebido ano passado este material via internet do amigo Alvirubro, preferi, de forma nostálgica, consultar as folhas amareladas da coleção que herdei de meu pai, portanto, a fonte pesquisada foi a Revista do Grêmio 70, fascículo 1.








terça-feira, 11 de agosto de 2015



Álbum Tricolor (19)


ALBENEIR
http://www.futebolgaucho.com.br

ALBENEIR MARQUES PEREIRA (1984 e 1986)
Apelido: Albeneir.
Posição: centroavante.
Data de Nascimento: 9 de setembro de 1957, Baldim-MG.

*Jogos: 36 (25 vitórias; 6 empates; e 5 derrotas). 22 gols marcados.

*Estreia no Grêmio:
04/10/1984 – Grêmio 3x0 EC Internacional (SM) - Campeonato Gaúcho
GFBPA: João Marcos, Casemiro, Baidek, Hugo de León, Paulo Cézar Magalhães, Bonamigo, Luís Carlos Martins, Oswaldo, Renato Portaluppi (Lambarí), Albeneir, Odair. Técnico: Francisco da Silva Neto (Chiquinho).
Obs: um dos gols da vitória gremista foi marcado pelo centroavante.

*Última partida pelo Grêmio:
14/05/1986 – Grêmio 1x3 SC São Paulo (RG) - Campeonato Gaúcho
GFBPA: Mazaropi, Ronaldo (Adriano), Baidek, Luís Eduardo, Casemiro, China, Bonamigo, Sabella, Oswaldo, Albeneir (Ortíz), Caio Júnior. Técnico: Valdyr Atahualpa Ramires Espinosa.

(*) Os dados dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

CARREIRA
Nacional-AM (1978), Operário-MS (1979), Brasília-DF (1980 e 1981), Matsubara-PR (1981), Atlético-PR (1982), Figueirense-SC (1982 e 1983), Joinville-SC (1984), Grêmio-RS (1984), Figueirense-SC (1985), Grêmio-RS (1986), Goiás-GO (1986 e 1987), Internacional-SP (1987), Aimoré-RS (1988), Figueirense-SC (1989), Glória-RS (1990), Avaí-SC (1991 a 1993).

ANO A ANO NO GRÊMIO (*)
1984 - 08 jogos; 04 vitórias; 03 empates; 01 derrota - 3 gols marcados.
1986 - 28 jogos; 21 vitórias; 03 empates; 04 derrotas - 19 gols marcados.

(*) Em 28.10.1984, na partida entre Grêmio e SER Caxias, no estádio Centenário, após um choque com o goleiro Casagrande, do Caxias, Albeneir sofreu ruptura completa no ligamento cruzado anterior do joelho. Foi operado em novembro de 1984 e só retornou aos gramados 11 meses depois, em setembro de 1985, atuando pelo Figueirense. Voltaria ao Tricolor em 1986.

GRENAL
Como jogador do Grêmio, esteve em campo em 2 (dois) clássicos GRENAL. Uma vitória e uma derrota.

Por Alvirrubro

FONTES:
- Revista “Placar”.
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal "Zero Hora".
- Arquivo Pessoal.