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domingo, 30 de abril de 2017

Opinião



Lições

Sem jogo do Imortal no final de semana por conta de sua desclassificação no Gauchão, o consolo foi assistir parte da decisão, 2 a 2, primeira parte.

Aí, a gente vê mais detidamente o desempenho do Novo Hamburgo e conclui que a Dupla Grenal apresentou um déficit tático em suas performances.

Não pode um clube do interior por mais organizado que seja, fazer diversos enfrentamentos em curto espaço de tempo com Grêmio e Inter e permanecer invicto em cinco oportunidades, sendo três fora de casa.

O Inter segue favorito ao título, mas, menos do que antes deste confronto. Tem tradição, tem história e tem as "forças ocultas" que podem emergir na hora azada, a da partida final.

Olhando para o nosso clube; urge que a Comissão Técnica se debruce sobre os jogos do Grêmio e do Novo Hamburgo para tirar lições, isto é, buscar os porquês da supremacia do time anilado diante da Dupla da capital.

O Novo Hamburgo segue azarão para botar a mão no caneco, mas deixa ações que permitem reflexões para o Grêmio, pois liderou o campeonato de ponta a ponta, tem ataque e defesa com números convincentes, não perdeu em casa, aliás, perdeu uma ou duas vezes neste campeonato com uma folha salarial de pouco mais de 150 mil mensais.

Não dá para ignorar o que está acontecendo lá no Nóia.

sábado, 29 de abril de 2017

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (157) - Ano - 1979


O Número 1

Fonte: ocuriosodofutebol.com.br

O 26 de Abril de 1937 é um dos dias mais tristes da humanidade, nele, o ditador espanhol Francisco Franco utilizando o arsenal bélico de Adolf Hitler bombardeou a cidade basca de Guernica de apenas 6 mil habitantes, onde cerca de mil perderam a vida no ataque.

Como tudo não é 100% ruim, a tragédia serviu para que Pablo Picasso criasse a sua mais famosa obra, justamente chamada de "Guernica". 

No plano nacional, aquele dia teria também muita importância, porque no Recife, capital do pernambucanos, nascia o menino Hailton Correa de Arruda, que na infância, por gostar tanto da fruta, adquiriria o apelido que carrega pela vida inteira: Manga.

Manga se tornaria o maior goleiro brasileiro de todos os tempos, o número 1 daqueles que jogam com a camisa 1. Garantia de títulos para os seus clubes. Uma certeza de volta olímpica e taça no armário. Ganhou títulos em todos os clubes por onde passou. Reforçando: Todos.

Começou pelo Sport de Bria e Osmar, participou de lendários times como o Botafogo de Garrincha, Nilton Santos, Didi e Amarildo, do Nacional uruguaio de Cubilla, Monteiro Castilho e Ancheta, do Inter de Figueroa, Falcão e Paulo Cesar Carpegianni, do melhor Operário do Mato Grosso do Sul em 77, também Coritiba e Barcelona do Equador, além do Imortal do mesmo Ancheta, Paulo Cesar Caju, André e Éder. 

Teve apenas um fracasso, a Copa do Mundo de 66, mas quem não afundou naquele episódio, Garrincha? Pelé? Gilmar?

Manga gostava de ser protagonista, bola na área, um grito se ouvia: - É minha!!! A pequena área era sua propriedade particular.

Conta-se que no Uruguai, a sua melhor fase da carreira, ele defendeu um pênalti numa bicicleta, quando escorregou e torcendo o corpo se utilizou do artifício que consagrou Leônidas da Silva, o Diamante Negro.

Pois em 1979, os gremistas ficaram com um receio terrível, 1977 seria o nosso 1961? Isto é, apenas um acidente na hegemonia vermelha nos Gauchões, porque no ano anterior, o Inter retomara o título regional. Aí entra a figura indispensável de Hélio Dourado, ele tratou de exorcizar este fantasma ao formar um time fortíssimo que tinha Ancheta, Vantuir, Paulo Cesar Lima, o Caju, Tarciso, André e Éder. Para o arco, motivos de grandes discussões pelas atuações de Walter Corbo, Dourado trouxe Manga e aí, um sorriso apareceu de canto a canto na boca dos gremistas.

Manga  era um goleiro com quase 42 anos, ninguém jogava bem assim naqueles tempos, mas 60 por cento dele equivalia a "110" de outros. E assim foi no Grêmio, ou seja, ele não era mais o mesmo, mas ainda  botava a maioria  dos arqueiros no bolso.

Considero a passagem de Manga pelo Grêmio semelhante a de Tesourinha. Faz muito bem para a história do clube tê-los um dia no elenco. Duas lendas, dois mitos, que merecem ser glorificados pela massa tricolor, apesar do êxito vermelho com eles nos gramados.

Como sabemos, 26 de Abril é o dia do goleiro, homenagem justa ao maior arqueiro que o Brasil já teve. Aí reside a quase unanimidade de Manguita.

A última vez que Manguita Fenômeno, como gostava de ser chamado, vestiu o manto gremista ocorreu em 12 de Fevereiro de 1980, amistoso diante do Guarani de Campinas com 25 mil pessoas no Olímpico Monumental com Rui Cañedo no apito.

O Tricolor de Oberdan Vilain utilizou: Manga; Eurico (Mauro), Ancheta, Vantuir e Dirceu; Vitor Hugo (Balduíno), Jorge Leandro (Paulo Isidoro) e Yúra; Tarciso, Baltazar e Paulo César Caju (Jésum).  

O Guarani de Cláudio Garcia teve; Birigui; Flavinho, Gomes, Édson e Miranda (Odair); Paulo Cesar (Salomão), Nardela e Péricles; Capitão, Careca e Vicente (Gersinho).

Os gols foram de Paulo Cesar Caju, após cruzamento de Tarciso, aos 31 minutos. O mesmo Caju cobrou falta para Yúra que atrasou para Dirceu, que desferiu um pelotaço. 2 a 0, isso, aos 40 minutos. Placar da primeira etapa.

Na fase final, Jésum bateu escanteio e Ancheta marcou de cabeça aos 6 minutos; aos 7, após boa jogada de Jésum, Tarciso encerrou a goleada. 4 a 0.

Manga prosseguiu vencendo no Equador, onde jogou até 1981, botando faixa pelo Barcelona de Guayaquil. Encerrou sua vitoriosa carreira por lá, virando treinador de goleiros.

Hoje, Manga, 80 anos completos esta semana, é para mim (e para muitos) uma lenda viva. No âmbito esportivo, olho para ele como olhava para Nelson Mandela, morto em 2013 e lembro de meu pai quando me dizia: - Eu vi Lara jogar. Hoje, eu posso dizer: - Eu vi Manga jogar.

Seguem depoimentos e lances da sua vitoriosa carreira:







Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Opinião



Do Ramo

Na postagem anterior, eu já providenciei o necessário reparo, os cuidados, a precaução que o jogo de ontem determina. A fragilidade do Guarani é em parte, o responsável por isso, mas dá para arriscar que Lucas Barrios é centroavante de carteirinha. Por que a afirmação?

Deixando a sua biografia de lado, eu me atenho apenas aos seus seis gols feitos em 12 jogos, muitos deles, retalhos, escassos minutos em campo e também, pelos gols perdidos em Assunción.

Nestes gols perdidos, o primeiro, ele faz um movimento difícil para acertar no ponto certo a cabeçada que foi defendida por Aguilar. Um atacante sem aptidão para o arremate, não encontraria o jeito escolhido por ele. Provavelmente, nem participaria da ação.

Nos demais, Barrios bateu consciente, num, tentando tirar do goleiro, após o chute de Fernandinho; no terceiro arremate, ele deu de chapa e a bola subiu um pouco, mas vi nesses lances e escrevi que há tempos o Imortal não tinha alguém com tanta presença na/de área. 

O confronto de volta apenas confirmou a minha suspeita, Barrios sabe o que fazer naquele "quadrilátero". O que é difícil para Braian Rodriguez ou Pedro Rocha, o argentino/paraguaio tira de letra.

Não estou sozinho nestas impressões, vide Torcedor Gremista, texto que confirma o que eu penso sobre o novo fazedor de gols. Até quando ele menciona sobre paciência.

Opinião



Liderança isolada veio com goleada

Este confronto recém finalizado não serve apenas para nós, gremistas, mas para quem gosta de ver um jogo onde se aprende com os detalhes, com erros, acertos e o aleatório, às vezes dando as cartas.

Para mim, o Grêmio foi mal escalado; Jaílson que fez um bom jogo é muito menos do que Arthur, aliás, o menino de 20 anos é o nosso melhor volante, sobra em relação a todos, inclusive Maicon. Tentei entender a escolha de Renato que deve ter optado por não iniciar com dois volantes de pequeno porte. Uma preocupação que para mim era dispensável. Um erro.

Um erro que foi consertado com a lesão de Miller Bolaños que aparentava repetir a partida desanimada que realizou diante do Novo Hamburgo. Com Arthur, o Tricolor ganhou robustez defensiva, sem se privar dos avanços do meio de campo à área adversária. Um acerto aleatório, pois veio da defecção do equatoriano.

A entrada de Lucas Barrios foi um acerto convicto. Acerto que se materializou já no primeiro gol, quando o zagueiro falhou e Barrios executou o goleiro. Sem ele, o zagueiro falharia e a bola se ofereceria para o arqueiro paraguaio. O lance morreria ali.

Novamente no segundo tento, a presença de Lucas Barrios maximizou o movimento ofensivo iniciado pela ambição de Ramiro e Marcelo Oliveira, mas se o centroavante não estivesse no lugar certo, o desfecho azul poderia ter sido outro. Reforça-se o acerto da entrada de Barrios.

Mais adiante, pelo setor defensivo esquerdo gremista, veio um cruzamento da direita e quem vê muitos jogos, sabe que era apenas um cruzamento comum, bem feito, mas comum; entretanto, a bola passou toda a pequena área e bateu em Leonardo Moura, indo para o arco gremista. A bola jamais deveria ter cruzado a pequena área e chegar no defensor gremista que virou injustamente o vilão. É lance que nem passa nos melhores momentos da partida num compacto. Nem vou me estender mais. Um erro.

O pênalti vem da fragilidade guarani e a astúcia de Arthur. Luan bateu como sempre bate, mas andaram vendo os vídeos dele e deu no que deu. Apesar dos méritos de Alfredo Aguilar; um erro do camisa 7 gremista.

O terceiro gol, Pedro Geromel, premiou este jogador que faz história no clube. Erro defensivo no escanteio e a brilhatura pessoal do zagueiro que se antecipou e cabeceou no canto oposto da cobrança. 3 a 1.

A expulsão de Camacho, o melhor do time paraguaio, veio pela qualidade de Arthur que andou "amarelando" vários atletas do Guarani e arrancou esse vermelho no último lance do primeiro tempo.

O segundo tempo foi protocolar e apenas confirmou a ruindade do clube paraguaio, se quisesse o Grêmio empilharia gols. Fez mais um, de novo Lucas Barrios num merengue de Lincoln que botou o camisa 18 na cara do arco. 4 a 1.

Valeu pela aplicação de Geromel, Kannemann, Ramiro e Arthur, pela objetividade de Lucas Barrios e a técnica de Leonardo Moura, que chega ao exagero e vira, inclusive, irresponsabilidade. Lembrei de Marinho Chagas, Carlos Alberto Pintinho e até, Beto Fuscão, que em dados momentos exageravam na firula. 

Também valeu pela liderança do grupo, pela certeza de Arthur e a expectativa positiva de ter encontrado um fazedor de gols, entretanto, vale lembrar que muitos destes eventos que o jogo proporcionou, não ocorrem todos os dias.





quinta-feira, 27 de abril de 2017

Opinião



A Prioridade do Final de 2016

O ano passado encerrou com a comemoração de dois fatos importantes, duas alegrias para o Grêmio; a conquista da Copa do Brasil e o rebaixamento do Coirmão. 

Ficou também, a convicção de que o Tricolor precisava de um "fazedor de gols" na definição de seus dirigentes. Convicção compartilhada pela maioria da torcida.

Chegou 2017 e com ele, a busca pelo tal jogador. Os dirigentes começaram por Kayke, passaram por Gabriel "El Toro" Fernandez, na dúvida, trouxeram o atacante da Seleção Peruana, Beto da Silva e, finalmente, definiram-se por Lucas Barrios, nome forte no cenário sul-americano, com passagens pela Europa e vinculado ao Palmeiras. A grana dispendida dá conta que é o maior salário do elenco.

O que se espera desta contratação que tem causa, motivos para ter sido feita? Que seja posta em prática, que Barrios entre no time. Onde se o ataque está bem com Luan e Pedro Rocha?

Primeiro, o ataque não está bem, senão, não haveria a necessidade admitida desde o ocaso de 2016; segundo, Barrios não é jogador para a reserva, pelo menos no Grêmio. Se concluírem por isso, então, a contratação está completamente equivocada. Alguém com essa biografia não pode ser questionado frente aos nomes que compõem a parte ofensiva azul; terceiro, estamos diante de um fracasso recente e inesperado, a desclassificação para a final do Gauchão, onde o Tricolor, em tese, concorreu apenas com a sua "sombra" e perdeu.

A solução, isto é, a inclusão de Lucas Barrios no time é tarefa para o treinador. Ele é bem pago por isso, por ser comandante técnico. Com o mesmo esquema ou nova montagem, o fato é que a conclusão tirada pelos dirigentes ano passado, a da carência de um fazedor de gols, continua vivíssima e deve ser superada.


quarta-feira, 26 de abril de 2017



Álbum Tricolor (81)
MANGA
www.gremio.net

Nome: Haílton Correia de Arruda.
Apelido: Manga.
Posição: Goleiro.
Data de nascimento: 26 de Abril de 1937, Recife-PE (80 anos).

JOGOS PELO TIME DO GRÊMIO
79 jogos (62 vitórias; 10 empates; 7 derrotas). Levou 36 gols jogando pelo Grêmio.

ESTREIA NO GRÊMIO
31.01.1979 - Grêmio 3x1 Coritiba FBC – Amistoso.
GFBPA: Manga; Eurico (Vílson Cereja), Ancheta (Cassiá), Vicente e Ladinho; Vítor Hugo, Valderez e Renato Sá; Tarciso, André Catimba (Jurandir) e Eder Aleixo (Rubenval).
Técnico: Orlando Fantoni.

ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
12.02.1980 - Grêmio 4x0 Guarani FC – Amistoso.
GFBPA: Manga; Eurico (Mauro), Ancheta, Vantuir e Dirceu; Vítor Hugo (Balduíno), Yúra (China) e Jorge Leandro (Paulo Isidoro); Tarciso, Baltazar e Paulo Cézar Lima (Jésum).
Técnico: Oberdan Villain.

CARREIRA
Sport Recife-PE (1955 a 1959), Botafogo-RJ (1959 a 1968), Nacional-URU (1969 a 1974), Internacional-RS (1974 a 1977), Operário-MS (1977 e 1978), Coritiba-PR (1978), Grêmio-RS (1979 e 1980), Barcelona-ECU (1980 a 1982).

TÍTULOS PELO GRÊMIO
- Campeonato Gaúcho - 1979.

(*) Os dados aqui publicados não são oficiais. Dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro.

FONTES:
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal “Zero Hora”.
- Revista “Placar”.
- Arquivo Pessoal.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Opinião



Para Quinta, um Grêmio ofensivo

Assisti o Guarani do Paraguai duas vezes, diante do Iquique e contra o nosso time reserva. Não me pareceu forte, nem com chances de tirar pontos do Tricolor na Arena.

Por conta dessa minha conclusão, acredito que para Quinta-Feira, Renato deve trabalhar o Grêmio para jogar bem ofensivo, até porque não vai ter decisão no final de semana e não há razão para "tirar o pé do acelerador". 

Há ainda, uma satisfação a ser dada ao torcedor, talvez, mais um prêmio de consolação, porque a frustração da queda na semifinal não se paga com uma vitória em fase de grupo da LA.

Comenta-se que diante da ausência de Edílson e a lesão de Gata Fernandez, o time poderá ter Leonardo Moura, naturalmente no lado direito e Arthur como volante ao lado de Maicon, passando Ramiro a fazer sua antiga função pelo corredor direito. Fechando o meio, Miller Bolaños. Na frente, Luan e Pedro Rocha.

Eu discordo. Para este confronto, repito, para este confronto, eu abriria o time com Fernandinho na direita associando-se a Luan e Pedro Rocha; seguraria no banco o menino Arthur e garantiria a entrada de Lucas Barrios durante a partida.

O Guarani precisa conhecer a força do Grêmio. Isso só se dará pela imposição do time e ela deverá ser construída com um grande sufoco de início de partida.

Portanto, para Quinta, Fernandinho será a bola da vez. Caso não se recupere da lesão: Éverton, só depois eu pensaria em Arthur ou Lucas Barrios.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Opinião

Papai é o Maior

De cara é importante esclarecer: O título nada tem a ver com o segundo hino do Coirmão que começa com esta expressão. Não, não é.

Trata-se do Grêmio, o grande paizão do futebol sul-americano. Explico, perguntando e sabendo a resposta; qual é o clube brasileiro que é o mais generoso, mais mão aberta que se tem notícia? Que possui os dirigentes mais camaradas, mais “faixas”? O Imortal Tricolor; talvez o nome venha bem a calhar, porque sofre golpes a toda hora e a instituição resiste. Vamos recapitular:

O nosso clube supervaloriza jogadores que encontram nele, o responsável pelo contrato da vida deles; aí estão ao longo dos anos, Kléber, André Santos, Fernandinho, Braian Rodriguez, Richard Morales, Ferdinando, Jésum, além de tentativas frustradas como o contrato de três anos com Ed Carlos, que não se consolidou, graças a Deus.

Há casos mais escandalosos de jogadores “bichados” como Amoroso, Kelly, Sorondo, Fábio Aurélio que também amarraram o burro deles na sombra gremista.

Teve um, Robert, que veio do Santos com problemas psíquicos. O Tricolor pagou o tratamento dele fora do clube; quando ficou apto, ele foi liberado.

Alguém poderá dizer: O que isso tem a ver com o presente, o agora?  Tem, porque a prática persiste com contratos equivocados como os de Maicon, Fernandinho, Bruno Grassi, Bruno Cortez, todos com salários superdimensionados para o que apresentam em campo e valor de mercado. E outros, isto é, seja no tempo de contrato (Douglas), seja no valor em salários (Marcelo Grohe) ou ambos (Marcelo Oliveira), o Grêmio vira o “paizão”.

Há ainda o mais grave; quando a torcida chia, porque as carências e erros se materializam nas frustrações dentro de campo, os dirigentes dão uma maquiada, mexem pouco para não mexer no essencial, isto é, pensam: - Vamos trazer jogadores “meia boca”, porque assim, eles não ameaçam a titularidade dos nossos queridinhos, os eleitos. Bruno Cortez é o exemplo mais bem acabado disso; jogador que tem na biografia passagem pela Seleção, jogou em grandes times, então, paga-se um salário alto, ninguém poderá dizer que é uma má contratação. “Só que não”. Ela é uma contratação ideal para a manutenção de Marcelo Oliveira. Há anos que Cortez não joga nada, então, a cada jogo dele, fica reforçada a “utilidade” do inútil Marcelo Oliveira.

Já vi dirigentes secando reservas que em má fase do titular, o treinador à contra-gosto se via obrigado a escalar. No primeiro vacilo, voltava o antigo bem “feliz e lampeiro” sem dar a chance de sequência ao reserva. O titular falha, falha, falha; aí o reserva entra, joga bem uns quatro jogos, vacila em meio tempo de partida e é sacado.

Pergunto: Por que o Grêmio não contrata um “goleiro-goleiro”, nem que inicialmente seja para fazer sombra ao atual titular? Será que os dirigentes não querem resolver o problema do arco Tricolor? Será mais um caso de amor irrestrito, resistente à chuvas, trovoadas e “bolas indefensáveis”?

E a lateral esquerda? E a manutenção de jogadores,  que há quatro, cinco anos estão no grupo; saem, voltam, saem, voltam? Casos de Rondinelly, Bressan, Maxi Rodriguez e outros.

Aí, a folha bate nos sete milhões de reais, mas se a gente espremer, analisar, vai ver que tem muito dinheiro indo para o ralo e se houver atraso, nós veremos jogadores seguindo dando o sangue (Geromel, Kannemann), mas também outros “caindo de rendimento”. É f#da.

E essa transferência de gerenciamento  para o treinador? A terceirização da gestão? É comodismo ou outra coisa da Direção?

Não vou me espichar mais, mas a situação merece reflexão e especialmente, ação.

O problema é querer resolver o “problema”.





domingo, 23 de abril de 2017

Opinião



Grêmio ficou nas defesas do goleiro Mateus

O Gauchão virou pó para o Tricolor e sua imensa torcida. Caiu diante de um time organizado, que (ele) encarou três vezes durante o campeonato e o placar se repetiu, 1 a 1. Isso não é coincidência. Um raio não cai tantas vezes no mesmo lugar com o mesmo placar. Há algo errado nestes enfrentamentos, nem trato das outras derrapadas.

Quem se dá o trabalho de me ler nestes últimos anos, sabe que eu bato na mesma tecla, às vezes eu tenho que ler "chupa" quando um ou outro jogo me desmente momentaneamente, mas isso está cada vez mais espaçado aqui, seja por a turma encheu o saco de minhas ideias repetidas ou porque os fatos vem encorpando o que eu venho batendo "na tecla já gasta" da experiência, no feeling, na análise dos acontecimentos. Os fatos como um mosaico vão fixando o que eu penso em situações incontestáveis, quase fora de discussões.

Antes de prosseguir nessa linha de raciocínio, vou tratar da partida: O Grêmio foi sofrível ofensivamente, quando levantou a bola para área, encontrou um arqueiro que soube sair da meta e neutralizou bolas que quase passaram despercebidas, que, talvez nem apareçam no compacto de melhores lances; o mal foi cortado pela raiz, Mateus não "deixa o perigo crescer".

A defesa se comportou muito bem; Geromel e Kannemann foram impecáveis na primeira fase.

No segundo tempo, Renato mexeu bem ao trocar um lateral com déficit físico (Edílson) pelo centroavante Barrios, que anotou o gol que classificava até então. 1 a 0.

Aí veio o lance que se repete "ad eternum" nos confrontos do Tricolor: Bola aérea, a zaga falha (e como sabemos, ela está proibida de falhar), o adversário cabeceia, o goleiro vai. Vai ...

A confirmação da diferença veio aos 43 minutos desta etapa, a final, quando o ataque azul bateu forte no canto esquerdo do goleiro, "bola indefensável", só que Mateus espalmou. Ali, escorreu a classificação gremista para a decisão do campeonato gaúcho.

Nos tiros livres, aqueles que eu suspeitei que errariam, erraram: Pedro Rocha e Lincoln. São atletas com personalidades introspectivas, diferente de Arthur para ficar num único exemplo.

Onde o Grêmio erra? Erra há tempos, quando investe em falso diamantes; não dá para um clube com folha salarial de 150 mil reais mensais empatar três vezes com um clube que despende 7 milhões ao mês.

Não dá para tornarem inquestionáveis Marcelo Grohe, Marcelo Oliveira, Maicon. Ainda livro a cara de Lucas Barrios, porque não teve sequência nem esquema favorável às suas características.

Renato terá que repensar o elenco que no geral é bom, é bem pensado, bem balanceado, mas ainda assim, apresenta cadeiras perpétuas que fracassam até nas conquistas.

No mais, não será surpresa se o Novo Hamburgo botar faixa este ano. 




Opinião



A Segunda etapa da decisão

O título da postagem pode confundir quem não ler o texto até o seu final, na verdade, não estou me referindo aos outros 90 minutos aos quais o treinador gremista se referiu, isto é, a segunda partida diante do Novo Hamburgo, amanhã no Estádio do Vale, mas ao segundo momento da tomada de decisão, que incluiu entrar em campo na quinta-feira com apenas dois titulares, Grohe e Edílson.

A grande preservação destes efetivos só se tornará consequente, se o Tricolor fizer um bom enfrentamento diante do Nóia e, especialmente, se sair classificado do Vale dos Sinos.

Não tem como não considerar o favoritismo gremista; o resultado de 1 a 1, apenas terá valor até o instante em que o Grêmio consignar o seu gol, porque, convenhamos, considerar que o Tricolor não cometa apenas um tento é ser pessimista demais. Um gol poderá ser insuficiente, porém, repito, um gol marcado pelo Imortal com titulares no campeonato regional é o fato mais razoável dentro deste tipo de enfrentamento. Não é nenhum absurdo.

O Grêmio se preparou para ir para a final e todos terão que ter essa consciência.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (156) – Ano – 1982


Com Renato, Grêmio supera o Novo Hamburgo


Fonte: Revista Placar 

Esta poderá ser a manchete definidora do confronto do final de Domingo, dia 23/04, tratando da semifinal Novo Hamburgo versus Grêmio no Vale dos Sinos. É o que eu desejo.

Se ocorrer, não será inédita, pois há 35 anos na mesma Novo Hamburgo, diante do Nóia, mais exatamente em 25 de Julho no antigo Estádio Santa Rosa, o Tricolor bateu o saudoso “Floriano” pelo escore mínimo, gol de um ex-juvenil, que entrou no segundo tempo, cujo nome é muito familiar aos gremistas: Renato Portaluppi. Foi também o seu primeiro balançar de redes no grupo profissional azul. Um gol decisivo.

Era a segunda rodada do Gauchão de 1982, ambas as equipes vinham de vitórias significativas, portanto, havia grande expectativa pelo embate, tanto que o público atingiu o número de 11 mil pessoas.

O Grêmio vinha de uma decisão forte do Brasileiro, onde encarou o melhor Flamengo de todos os tempos, manteve Ênio Andrade no comando técnico, que naquela tarde mandou a campo: Remi; Paulo Roberto, Newmar, Hugo De Leon e Casemiro; China, Paulo Isidoro e Tonho; Tarciso, Nei Fumaça e Isaías. Ainda entraram Leandro e Renato nos lugares de Tarciso e Isaías, respectivamente.

Ficaram de fora o goleiro Leão e o meio campista Batista, este, ainda sentindo a lesão provocada por Diego Maradona durante a Copa do Mundo na Espanha, mas contou com o retorno de Paulo Isidoro (foto).

O Novo Hamburgo de Marco Eugênio utilizou: Décio; Manoel, Ronaldo (Joaquim), Renato Mineiro e Laury; Clóvis, Lourival e Mano; Jorginho (Betinho), Pedro Verdun e Marquinhos.

Roque José Gallas foi o árbitro da difícil condução do embate pela violência empregada em campo por ambos os times, especialmente na fase final do jogo. Renato recebeu um cartão amarelo. Além dele, Newmar mais Jorginho, Joaquim e Manoel.

Num confronto bem característico de Gauchão, disputado palmo a palmo; quando a partida se encaminhava para o final, Tarciso recebeu falta de Manoel na esquerda de ataque, onde fora deslocado para a entrada do menino Renato.

Casemiro bateu procurando o segundo pau, onde encontrou Renato que cabeceou de cima para baixo, “matando” o arqueiro Décio.  1 a 0.

O Tricolor conseguiu controlar o ímpeto anilado e garantiu com essa segunda vitória a liderança do campeonato, juntamente com os dois Inter (Poa e SM).

Renato, recém iniciava a escrever a sua bela história no Imortal. Este jogo, este gol, certamente, são páginas importantes de sua biografia.



Fontes:   Correio do Povo
               Arquivo Pessoal do amigo Alvirubro 

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Opinião



Na Raça. Na Raça. Na Raça

Podem até não acreditar, mas quando o Grêmio anunciou os reservas em campo, eu achei corretíssimo. É difícil crer, depois do acontecido, fica fácil, dirão alguns, porém foi isso. Explico:

- Eu vi Iquique versus Guarani, o primeiro jogo deste grupo. 0 a 1 para os visitantes, uma injustiça; o time paraguaio é muito fraco; diria, é menos do que o Novo Hamburgo

- Ontem, houve jogo no Defensores del Chaco, para complicar, choveu durante o dia e havia riscos disso acontecer durante os 90 minutos. Previsão confirmada

- Finalmente; o Tricolor não conseguiu antecipar o voo de volta, ou seja, chegará à capital dos gaúchos às 4 da manhã. Vale lembrar que o Nóia está descansado para Domingo

Agora, vamos ao confronto. O Grêmio fez um belo enfrentamento contra os titulares do Guarani, principalmente na etapa final, onde ficou em quase meia hora com 10 atletas.

No primeiro tempo, o Tricolor perdeu cinco chances, três com Barrios, uma com Fernandinho e outra com Lincoln. Poderia ter virado vencendo.

A defesa se comportou bem com destaque para Marcelo Grohe que fez duas grandes defesas e Bressan, que não errou nada. Thyere e Edílson, um pouco abaixo e Bruno Cortez salvou um gol quase em cima da linha.

Fica um fato curioso: Devemos lamentar os gols perdidos por Lucas Barrios, além dos três já citados, acrescentam-se mais dois no segundo tempo ou festejar, porque quanto tempo um atacante gremista na finalizava tanto e com tanta presença de área? A resposta deverá vir nas partidas seguintes.

O gol sofrido veio numa falha de Edílson, vencido pelo alto e um descuido de Bressan e Grohe, pois o atacante cabeceou no meio da pequena área. Uma pena, porque esta dupla vinha surpreendendo positivamente, acertando tudo até o gol paraguaio.

Renato mexeu com correção, apesar da resposta pífia de Éverton, entretanto, Pedro Rocha entrou muito bem e Kaio com escasso tempo, ainda se fez notar.

Os melhores: Arthur. O guri é titular  para "ontem". O meio deve ser formado por ele e Maicon + Bolaños e Ramiro, saindo Leonardo Moura, embora as suas boas apresentações e sua qualidade técnica. 

Arthur não pode ficar de fora. Além dele, Fernandinho e Pedro Rocha estiveram muito acima dos demais.

A vitória não veio por um toque defeituoso, que ainda assim, bateu na trave esquerda do arqueiro Alfredo Aguilar.

Um empate com sabor de vitória, que encorpa o elenco e dá ao treinador a certeza que alguns jogadores podem dar excelente resposta numa emergência.

Achei uma jornada maravilhosa do Imortal. Não se encolheu em nenhum momento.

Valeu.

quarta-feira, 19 de abril de 2017



Álbum Tricolor (80)
MARCOS PAULO
www.gremio.com.br

Nome: Marcos Paulo de Souza Ribeiro.
Apelido: Marcos Paulo.
Posição: Atacante.
Data de nascimento: 21 de Março de 1974, Rio de Janeiro, RJ.

JOGOS PELO TIME DO GRÊMIO
26 jogos (13 vitórias; 10 empates; 03 derrotas). Marcou 3 (três) gols pelo Grêmio.

ESTREIA NO GRÊMIO
15.02.1997 - Grêmio 3x0 EC Juventude – Campeonato Gaúcho
GFBPA: Danrlei; Arce, Rivarola, Mauro Galvão e Róger; Dinho, Luiz Carlos Goiano, Emerson (Marcos Paulo) e Carlos Miguel; Paulo Henrique (Otacílio) e Zé Alcino.
Técnico: Evaristo de Macedo Filho.

ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
29.06.1997 - Grêmio 1x1 SC Internacional – Campeonato Gaúcho
GFBPA: Danrlei; Arce, Wagner Fernandes (Djair), Mauro Galvão e Róger; Otacílio, Luiz Carlos Goiano, Emerson e Carlos Miguel; Rodrigo Gral (Marcos Paulo), Maurício Pantera (Paulo Henrique).
Técnico: Evaristo de Macedo Filho.

CARREIRA
Botafogo-RJ (1993 e 1994); Joinville-SC (1995 e 1996); Grêmio-RS (1997); Criciúma-SC (1998); Joinville-SC (1999); Bahia-BA (2000); Vegalta Sendai-JAP (2001 a 2004); Joinville-SC (2005 e 2006).

TÍTULOS PELO GRÊMIO

- Copa do Brasil de 1997.

(*) Os dados aqui publicados não são oficiais. Dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro.

FONTES:
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal “Zero Hora”.
- Revista “Placar”.
- Arquivo Pessoal.