Papai é o Maior
De cara é importante
esclarecer: O título nada tem a ver com o segundo hino do Coirmão que começa
com esta expressão. Não, não é.
Trata-se do Grêmio, o
grande paizão do futebol sul-americano. Explico, perguntando e sabendo a resposta; qual é o clube brasileiro
que é o mais generoso, mais mão aberta que se tem notícia? Que possui os
dirigentes mais camaradas, mais “faixas”? O Imortal Tricolor; talvez o nome
venha bem a calhar, porque sofre golpes a toda hora e a instituição resiste.
Vamos recapitular:
O nosso clube
supervaloriza jogadores que encontram nele, o responsável pelo contrato da vida
deles; aí estão ao longo dos anos, Kléber, André Santos, Fernandinho, Braian
Rodriguez, Richard Morales, Ferdinando, Jésum, além de tentativas frustradas
como o contrato de três anos com Ed Carlos, que não se consolidou, graças a
Deus.
Há casos mais
escandalosos de jogadores “bichados” como Amoroso, Kelly, Sorondo, Fábio
Aurélio que também amarraram o burro deles na sombra gremista.
Teve um, Robert, que
veio do Santos com problemas psíquicos. O Tricolor pagou o tratamento dele fora
do clube; quando ficou apto, ele foi liberado.
Alguém poderá dizer: O
que isso tem a ver com o presente, o agora?
Tem, porque a prática persiste com contratos equivocados como os de Maicon,
Fernandinho, Bruno Grassi, Bruno Cortez, todos com salários superdimensionados
para o que apresentam em campo e valor de mercado. E outros, isto é, seja no
tempo de contrato (Douglas), seja no valor em salários (Marcelo Grohe) ou ambos
(Marcelo Oliveira), o Grêmio vira o “paizão”.
Há ainda o mais grave;
quando a torcida chia, porque as carências e erros se materializam nas
frustrações dentro de campo, os dirigentes dão uma maquiada, mexem pouco para
não mexer no essencial, isto é, pensam: - Vamos trazer jogadores “meia boca”,
porque assim, eles não ameaçam a titularidade dos nossos queridinhos, os
eleitos. Bruno Cortez é o exemplo mais bem acabado disso; jogador que tem na
biografia passagem pela Seleção, jogou em grandes times, então, paga-se um
salário alto, ninguém poderá dizer que é uma má contratação. “Só que não”. Ela
é uma contratação ideal para a manutenção de Marcelo Oliveira. Há anos que
Cortez não joga nada, então, a cada jogo dele, fica reforçada a “utilidade” do
inútil Marcelo Oliveira.
Já vi dirigentes
secando reservas que em má fase do titular, o treinador à contra-gosto se via
obrigado a escalar. No primeiro vacilo, voltava o antigo bem “feliz e lampeiro”
sem dar a chance de sequência ao reserva. O titular falha, falha, falha; aí o
reserva entra, joga bem uns quatro jogos, vacila em meio tempo de partida e é
sacado.
Pergunto: Por que o
Grêmio não contrata um “goleiro-goleiro”, nem que inicialmente seja para fazer
sombra ao atual titular? Será que os dirigentes não querem resolver o problema
do arco Tricolor? Será mais um caso de amor irrestrito, resistente à chuvas,
trovoadas e “bolas indefensáveis”?
E a lateral esquerda? E
a manutenção de jogadores, que há quatro,
cinco anos estão no grupo; saem, voltam, saem, voltam? Casos de Rondinelly,
Bressan, Maxi Rodriguez e outros.
Aí, a folha bate nos
sete milhões de reais, mas se a gente espremer, analisar, vai ver que tem muito
dinheiro indo para o ralo e se houver atraso, nós veremos jogadores seguindo
dando o sangue (Geromel, Kannemann), mas também outros “caindo de rendimento”.
É f#da.
E essa transferência de
gerenciamento para o treinador? A
terceirização da gestão? É comodismo ou outra coisa da Direção?
Não vou me espichar
mais, mas a situação merece reflexão e especialmente, ação.
O problema é querer
resolver o “problema”.