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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Opinião



As Boas Notícias da Classificação

Uma passagem de fase emocionante, vibrante como a que ocorreu com o Imortal Tricolor, deixa consequências; a maioria, positivas.

A classificação da forma como ocorreu, levanta o astral de todos os gremistas: Torcida, Direção e Boleiros, mas há outras notícias importantes.Vamos a elas:

- O time correu o tempo todo, inclusive o lateral Leonardo Moura aguentou bem mais tempo em ritmo competitivo. Ponto para a preparação física
- A volta do futebol vertical com uso das laterais, abrindo mão do inevitável "chuveirinho", muito comum em horas de desespero, deve ser saudado
- A intensidade da equipe o tempo todo, substituiu o toque-toque pretensamente "acadêmico" que tanto deleita os adversários, foi responsável pelo triunfo
- A classificação trouxe o entusiasmo e uma nova cara, um novo olhar da torcida para alguns jogadores visto com ressalvas, casos de Alisson e do próprio Leonardo Moura. Até André, autor do tiro livre que sacramentou a vitória, receberá da massa uma trégua nas críticas

Além disso tudo, Renato se rendeu a lógica; ou seja, usar o time titular no Brasileiro, poupando no máximo dois ou três titulares.

Com isso, a mídia informa um time forte para encarar o Botafogo: Marcelo Grohe; Leonardo Gomes, Paulo Miranda, Walter Kannemann e Bruno Cortez; Cícero (eu duvido desta informação), Maicon, Luan e Alisson; Jael ou André e Éverton.

Se os resultados paralelos ajudarem e o Grêmio fizer a sua parte, ele encosta nos líderes.


quinta-feira, 30 de agosto de 2018


Álbum Tricolor (126)
BALTAZAR
CBF
Nome: Baltazar Maria de Morais Júnior.
Apelido: Baltazar.
Posição: Atacante (centroavante).
Data de nascimento: 17 de Julho de 1959, Goiânia, GO.

JOGOS PELO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
215 jogos (133 vitórias; 48 empates; e 34 derrotas). 130 gols.

ESTREIA NO GRÊMIO
16.05.1979 - Grêmio 3 x 0 Riograndense FC (SM) – Camp. Gaúcho, Olímpico.
GFBPA: Manga; Vilson, Vantuir, Vicente e Dirceu (Ladinho); Vítor Hugo, Jurandir e Jorge Leandro; Tarciso (Valderez), Baltazar e Jésum.
Técnico: Orlando Fantoni.

ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
31.07.1982 - Grêmio 0 x 2 EC São José – Camp. Gaúcho, Olímpico.
GFBPA: Leão; Paulo Roberto, Newmar, Hugo de León e Paulo Cézar; Batista, Paulo Isidoro e Jorge Leandro (Bonamigo); Tarciso, Nei (Baltazar) e Isaías.
Técnico: Enio Andrade.

GRENAL
12 jogos (1 vitória; 8 empates; e 3 derrotas). 3 gols.

CARREIRA
Atlético-GO (1977 a 1979); Grêmio-RS (1979 a 1982); Palmeiras-SP (1982); Flamengo-RJ (1983), Palmeiras-SP (1983 e 1984); Botafogo-RJ (1984 e 1985); Celta de Vigo-ESP (1985 a 1988); Atlético Madrid-ESP (1988 a 1990); Porto-POR (1990 e 1991); Rennes-FRA (1991); Goiás-GO (1992 a 1994); Kyoto Sanga-JAP (1995).

TÍTULOS PELO GRÊMIO
Campeonato Brasileiro: 1981.
Campeonato Gaúcho: 1979 e 1980.

SELEÇÃO BRASILEIRA – PERÍODO EM QUE JOGOU NO GRÊMIO
27.08.1980 - BRASIL 1x0 URUGUAI - Castelão, Fortaleza, Brasil.
08.07.1981 - BRASIL 1x0 ESPANHA - Fonte Nova, Salvador, Brasil.
26.08.1981 - BRASIL 0x0 CHILE - Nacional, Santiago, Chile.

02.04.1980 - BRASIL 7x1 SELEÇÃO BRASILEIRA DE NOVOS.
1) Baltazar atuou pelas duas equipes nessa partida.

(*) Os dados aqui publicados não são oficiais. Dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro.

FONTES:
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal “Zero Hora”.
- Revista Placar.
- Arquivo Pessoal.


quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Opinião


Walter Kannemann

Hoje, os gremistas saíram extasiados para encarar o dia seguinte. Eu, particularmente, tive uma sensação próxima de ter ganho um título, dá para dizer que foi um trailer ou uma amostra grátis de um dia pós-campeão.

O Tricolor teve atitude, raça, determinação, intensidade, verticalidade e irresignação; verdade que faltou qualidade no complemento de alguns lances decisivos, além de uma invulgar falha de nosso melhor zagueiro, Pedro Geromel.

Mas é do outro defensor que quero tratar; Kannemann, o Viking nascido na Argentina, que veio do México onde era ... reserva.

O camisa 4 me lembrou de dois outros beques que forjaram as suas carreiras, usando o tempero da inconformidade, da luta incessante pela vitória final, seja a cada lance, seja no trilar do apito derradeiro. São eles: Oberdan Vilain, gigante de 1m e 78 cm, que formou com Ancheta uma dupla muito parecida com a atual azul, também me trouxe à mente a figura de Rondinelli, zagueiro rubro-negro carioca que a torcida apelidou de "Deus da Raça".

Na cabeça de torcedor, seu sonho é ter um craque raçudo. Melhor! Um extra-classe, um Roberto Rivellino, mas essa combinação é quase impossível.

Ontem, acima dos bons desempenhos de Luan e Éverton, da efetividade deste último e de Alisson ou da ousadia do comandante técnico, acima de tudo isso estava a energia que constrange os atletas descompromissados, por conta disso, os encabula num momento inicial para depois serem contagiados pela luta do argentino. É um vírus, o vírus dos vencedores.

Não tenho receio nenhum em afirmar que sem Kannemann, a classificação não viria.

O conceito de craque geralmente passa longe dos principais atributos de nosso "quarto-zagueiro", porém, para um torcedor comum como eu me considero, Kannemann é um craque à moda Tricolor.

Opinião



Sobrou Raça na Classificação dramática

Que jogo! Pura emoção. O Grêmio teve um único vacilo e quase a classificação ia para o ralo. O segundo tempo foi um massacre e aí apareceu um goleiro, tremendo arqueiro. Goleiro que eu assinaria embaixo como fantástico. Andujar é o nome dele. Mesmo não pegando os tiros livres, vejam a forma como ele ia na bola.

Renato foi conservador, isto é, entrou com Ramiro, que está muito mal. Sorte ou competência do treinador que nas mexidas acertou a mão. Alisson e Pepê entraram muito bem; André fez a cobrança decisiva com maestria.

A estranhar a rebolada de Pedro Geromel; se fosse Kannemann na jogada, a bola certamente estaria na arquibancada, o 1 a 0 mantido e a proposta de jogo seria outra. No gol sofrido, alguém saberia me dizer o porquê de Grohe cair antes do chute de Rodriguez, ampliando o ângulo do atacante? 

O erro de Geromel é grave e ele, inteligente como é, saberá recolher os ensinamentos do lance que poderia ser fatal.

Quando Alisson fez o gol, eu tive certeza que nos tiros livres, o Tricolor passaria, porque o destino gosta de ser irônico com as pessoas; a fama construída, consolidada de perder pênaltis iria ser derrubada nesta decisão. É da vida, a gente critica um jogador e ele vai lá e faz o gol ou o goleiro salva o time. Já me acostumei. Virei cascudo nestas situações.

O Grêmio sobrou em relação ao adversário; clube por clube, hoje o Tricolor está em melhor instante, mas a velha história de "clássicos se decidem nos detalhes" e a falha grotesca de Geromel poderia comprometer a campanha, o "projeto".

Agora, como escrevi antes, é hora de robustecer o elenco; não achar que com esse elenco vai chegar, especialmente o ataque.

Os melhores foram Kannemann, Éverton e Luan. Leonardo Moura, enquanto pode, estraçalhou.

Enfim, o Grêmio fez a sua parte, jogou com muita raça, com intensidade e com qualidade na maior parte do tempo; passou, mas as dificuldades aumentarão. Nada anormal. 




segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Opinião



O Dia D chegou

Aquele instante que serviu sempre para justificar todas as medidas polêmicas do Tricolor (que chamei de Guarda-chuva), isto é, preservação de atletas, explicações para derrotas ou empates contra a turma debaixo (Botafogo, Paraná e Atlético Paranaense) está chegando: A decisão do prosseguimento na Libertadores.

Como escrevi, o Grêmio chega mal para este enfrentamento. Mal, porque as nove contratações para o elenco titular não estão assegurados no time e talvez, até do banco sem se constituir em absurdo ou equívoco. Equívoco até o momento seria mantê-los entre os onze ou ganhando preferência entre as alternativas em detrimento de juniores que estão sedentos por um lugar ao Sol.

Ouvi (e li) a entrevista de Bruno Cortez, vide A Postura do Time. Não discordo nem das vírgulas (até porque tem dificuldade em usá-las), porém, da teoria à prática há um caminho extenso a percorrer; além da necessidade de combinar com os "russos" de La Plata.

Deixo dois pontos que julgo primordial para seguir almejando a quarta e inédita conquista, no caso de clubes brasileiros. Quais são:

- Amanhã, quem for escalado, terá que fazer um jogo intenso, qualificado, quase único

- Passando, a Direção deve ir ao mercado, enfim, não desistir do sonho da título. Não deve entender essa hipotética classificação como um certificado de aprovação do grupo de jogadores para as próximas fases. Seria um erro colossal e definitivo para as aspirações azuis.

Por fim, se eu fosse o comandante técnico, escalaria o Tricolor desta forma: Marcelo; Leonardo Gomes, Pedro Geromel, Walter Kannemann e Bruno Cortez; Jaíson, Maicon e Luan; Pepê, Jael e Éverton. Isto é, um clássico 4-3-3, testando o ex-júnior pela direita.


domingo, 26 de agosto de 2018

Opinião



Os Guarda-chuvas - Última Parte

Eu tenho uma frase imbatível até agora: Clube grande perde mais competições do que ganha. Exemplificando: O Mundial de Clubes tem quase 60 anos; o poderoso Barcelona, ganhou apenas 3 vezes, vide Barcelona , num período bem identificado no tempo, o de Pep Guardiola. 

A Libertadores está igualmente com quase 60 anos; nos últimos 40 anos, houve apenas dois bicampeonatos (São Paulo e Boca Juniors) vide Bicampeões.  O Grêmio ganhou apenas 2 Brasileiros em 46 edições (1971-2017), o Inter faz quase 40 que não ganha.

Então, para o torcedor ser "profético", ser detentor de teses hegemônicas, basta cravar que seu clube não vai ganhar. Errará em poucas oportunidades. É o seu guarda-chuva; é o tal de "eu não disse". É uma postura quase infalível.

O que isso tem a ver com o Grêmio? Pois com as oscilações do Tricolor nos últimos meses, resolvi ver em vários blogs e redes sociais o que se falava do Imortal em 2016 e 2017. Não era nada diferente de agora, isto é, o time estava mal, o clube dirigido por incompetentes e o fracasso era o único caminho que lhe avizinhava. Destino traçado.

E depois das conquistas dos títulos? Bom, neste caso, a receita é comemorar e legitimar a tese, dizendo que era uma barbada a Copa do Brasil, a Libertadores, a Recopa e até o Regional que não ganhava desde 2010, tudo isso em menos de 18 meses. "Só tinha morto". Não deixa de ser uma saída. Pelo menos, a gente leva na esportiva.

Todos sabemos que ganhar um título relevante é muito difícil; mantê-lo é tarefa muito mais complicada. Eu, de minha parte, vou seguir criticando quando achar ações equivocadas como as repetições irritantes de más escolhas, mas jamais desprezarei as grandes conquistas do clube, porque nós, os gremistas, sentimos na alma, o quanto é triste ficar na fila por longos anos.







Opinião



Os Guarda-chuvas - Primeira Parte

Vou dividir este tema em duas partes, porque são argumentos distintos, mas que servem como "vacina", seja ante um insucesso, seja para legitimar teses.

O Grêmio há anos vem dando preferência aos certames mata-mata (Copa do Brasil, Libertadores), prejudicando definitivamente o campeonato nacional. Porém, isto tem custo, um risco monumental, que, na minha humilde opinião, poderia ser evitado, pois o Brasileirão ocupa o maior tempo do ano e, por ser por pontos corridos, permite fazer ajustes com o mínimo de dramaticidade (excetuando o Z-4), aumentando o oxigênio para os clubes.

Qual o principal custo deste salvo-conduto, deste guarda-chuva que é lembrado a cada insucesso no Brasileiro? A hora em que a desclassificação nos mata-matas se materializa. O confronto com a situação de se ver pendurado no pincel; uma única competição com chances.

O Grêmio dançou na Copa do Brasil; está há 8 pontos do ponteiro do Brasileiro e vai usar o guarda-chuva protetor das intempéries que a encruzilhada reserva: Terça é vencer ou vencer; senão, o ano gremista se encerra em Agosto.

E o Tricolor chega mal. Aqui, uma menção aos comentários do amigo Glaucio que afirmou ser o elenco atual, inferior ao de 2017. Por que é inferior? Simples. Porque as contratações se mostraram até agora, Agosto (o futuro é outra história); Alisson, Thonny Anderson, Thaciano, Maicosuel, Madson, Hernane, André, Marinho, todos presentemente, rotundos fracassos. Também, dá para incluir Juninho Capixaba, pois se não consegue fardar nos "11" suplentes, aí, leia-se banco para Marcelo Oliveira, então nem deveria ter vindo. 

São nove contratações (estou escrevendo "de memória") insatisfatórias que tem outro complicador: Barram a ascensão dos juniores, alguns ainda assim, aproveitando as migalhas, as sobras, as raspas como Pepê, Mateus Henrique e ontem, Jean Pyerre.

Se este argumento de priorizar Libertadores (o tal guarda-chuva) tiver êxito, superar o Estudiantes, o clube deve ter humildade de rever a política de contratações e não desprezar o bafejo da sorte, ajeitando o elenco para as quartas-de-final da Libertadores e o resto do Brasileiro.




sábado, 25 de agosto de 2018

Opinião


Como Rês para o Abate

Os reservas do Grêmio realizaram uma partida vexatória hoje, diante do Atlético Paranaense. Deram dois chutes ao gol, sendo um de penalidade, gol achado, porque houve ingenuidade da defesa atleticana e coragem do árbitro.

Renato pode ter pensado bem o esquema, pois colocou três atacantes de velocidade, Pepê, Alisson e Marinho, mas isso na prática não se verificou pela total ruindade de Marinho (sendo brando, chamaria de uma "uva" em campo) e pela inadaptação de Alisson; deu para ver que ele não entendeu nada o que havia sido proposto. Não fez nada de útil; sobrou Pepê; aliás, tal qual o time titular ( só Éverton).

Na defesa, Paulo Victor, ou falhou no primeiro gol ou é um goleiro muito azarado, porque Pablo acertou uma bola plasticamente muito bonita; o que não tem dúvida, a falha de Bressan que não cobriu o único lado que o atacante poderia girar; deu espaço e deu no que deu.

Aliás, Bressan é mais um daqueles jogadores que foram mal, vai para o empréstimo (Flamengo), volta, prossegue mal, reemprestado (Peñarol), devolvido antes do final do contrato, retorna, na média, segue falhando e eu fico pensando que ele deve ser o escolhido para substituir Kannemann contra Santos e Inter.

Paulo Miranda, o melhor do Grêmio, jogou por ele, por Leonardo, Bressan e, lógico, por Marcelo Oliveira. Este merece um parágrafo especial.

Antes de qualquer conclusão apressada, eu não tenho nada de pessoal contra ele, apenas não o acho jogador para o Grêmio. Compromete sempre, sempre. Hoje, mais uma vez, o gol decisivo saiu pelo seu lado. Não é só isso, erra passes, ficou impedido na única vez que foi ao ataque por retardar o trote, matando um novo movimento ofensivo. Constrangedor. Constrangedor para nós, torcedores.

O meio de campo começou bem, todos os três apresentaram algo: Cícero, Douglas e principalmente, Thaciano. Á medida que a partida foi se desenvolvendo, o trio foi murchando, murchando, ... Douglas e Cícero são excelentes atletas para torneio dos "40".

Renato mexeu: Entraram Jean Pyerre que mostrou muito mais do que os que saíram jogando, Thonny Anderson que simplesmente não tocou na bola. Um fiasco. Por fim, Lincoln; este nem teve tempo para tocar na pelota.

Os resultados satisfatórios e surpreendentes dos reservas nos últimos 9 pontos disputados, olhando hoje, pareciam a vaca em cima do poste.

Espremendo essa jornada, ela vai parecer mais do que inútil, porque os que foram minimamente bem, Paulo Miranda e Pepê, tem no time titular dois nomes indiscutíveis: Geromel e Éverton. A curto prazo, não tem para nenhum.

Com esses reservas sendo aventados para postular vaga no time de cima; dá para dizer que o pão caiu com a manteiga para baixo, ou seja, onde houve progressos, o time não tem urgência de novos titulares.

Nessa toada de hoje, o time entrou para ser abatido; sorte que esse Furacão é uma brisa, senão...


sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (197) - Ano - 1983


O Começo foi com vitória sobre o Casal 20

Fonte:http://globoesporte.globo.com
Na primeira metade da década de 80, uma das grandes atrações na televisão era a série Hart to Hart, estrelado por Robert Wagner e Stephanie Powers, um casal (uma jornalista e um empresário) afinadíssimo, que nas horas vagas virava uma dupla de detetives. Aqui, o seriado ganhou o nome de "Casal 20". 

O sucesso estrondoso "exportou" o título para todo o duo que fosse entrosado, harmonioso e principalmente, exitoso. Inevitavelmente, o termo chegou ao futebol e definiu os feitos de Washington e Assis (foto, nessa ordem), uma dupla de atacantes negros, longilíneos, jeitão de maratonistas etíopes ou do Quênia, torres gêmeas especialistas em fazer gols. 

Eles jogaram juntos no Internacional (sem sucesso), depois foram para o Atlético Paranaense, onde rebentaram, viraram ídolos após um bicampeonato estadual (82/83), feito raro para o clube, isso não acontecia há mais de 50 anos; lembro deles acompanhados por duas loiras, dois "aviões" que poderiam parar o aeroporto Afonso Pena (Curitiba). O ponto alto da carreira ocorreu no Fluminense, onde ampliaram o sucesso e reforçaram a história do casal 20, conquistando o Brasileirão de 1984 num timaço, que além deles, tinha Ricardo Gomes, Branco, Romerito, o goleiro Paulo Vitor e o treinador Carlos Alberto Parreira.

Washington teve uma doença grave e faleceu em Maio de 2014. Assis, deprimido, seguiu o caminho; morreu em Julho, portanto, dois meses depois.

Pois em Janeiro de 1983, um Grêmio em reformulação encarou esta dupla no estádio do Coritiba, o Couto Pereira, primeira rodada do Brasileiro. Pela escalação daquele dia, nem em sonhos imaginou que estava começando a caminhada que levaria ao título mundial em Tóquio.

Valdir Espinosa utilizou um grupo recheado de jogadores oriundos do interior do estado: Silmar (São Borja), Lambari (Ypiranga e Esportivo), Róbson (Inter SM e Caxias) e Nei Fumaça (Inter SM). O time ficou assim: Remi; Silmar, Leandro, De Leon e Casemiro, China, Osvaldo e Jorge Leandro (Paulo Bonamigo); Lambari, Nei (Robson) e Tonho.

Geraldo Damasceno escalou o Furacão assim: Rafael; Soter, Jair Gonçalves, Mauro e Sérgio Moura; Detti, Peu e Ivair; Capitão, Assis e Washington.

O clube paranaense estreava Peu, Soter e Mauro; o Tricolor, Osvaldo; este e Peu se destacaram, o baiano arrematando por duas vezes com defesas de Remi, além de China tirar a bola em cima da linha fatal em arremate de Ivair e o camisa 8 gremista fazendo o gol único da partida.

Nos acréscimos da primeira etapa, Nei fugiu pela direita, cruzou, Lambari se passou, a bola sobrou na marca do pênalti para Osvaldo que bateu de canhota. 1 a 0.

O Tricolor segurou o resultado, tendo Osvaldo e Jorge Leandro como os maiores destaques, inclusive, um dos jornais chegou a colocar em dúvida a titularidade do novo contratado, Tita, estrela rubro-negra que chegara na troca por Baltazar.

Maurílio José Santiago foi o árbitro e o público chegou a 20 mil pessoas com os não pagantes.

Fontes:  Arquivo pessoal do amigo Alvirubro
               Wikepedia
               http://globoesporte.globo.com

Segue o gol:





Opinião



Os Micos

Geralmente, eu procuro fazer uma postagem por dia, mas hoje com tempo e devido ao assunto extraordinário do caso Guerrero, farei duas (mais tarde, uma da série Pequenas Histórias).

Há cerca de 60 dias, um colega, Sérgio, o motorista (temos outro Sérgio, enfermeiro), gremistão esfregava as mãos, dizendo que o Grêmio ia atrás de Paolo Guerrero; eu disse, ele é "o cara", mas tá enrolado, é uma roubada.

Bom, ele não veio e o Inter o trouxe com pompa e circunstância. Festerê, alegria geral pelas bandas do Beira-Rio. Pois bem, estourou a coisa e para eu não cometer um "mico", faço a ressalva: Se o Inter não reverter a atual situação do peruano,  independente de ter gasto ou não, é um "micão" fantástico. Algo superior ao caso Humberto Coelho, capitão da seleção portuguesa, que veio entre a década de 60 e 70, almoçou na Churrascaria Saci, entre outras mordomias e "picou a mula" para a Mãe Terra, maior do que a malfadada vinda de Ronaldinho Moreira e as caixas de som.

Mas este mico não é o único. Presenciei abismado o entusiasmo geral (geral mesmo!!!) da mídia assumidamente vermelha, também a enrustida e dos equilibristas que subestimam a nossa inteligência, dizendo que não possuem preferência clubística. 

Frases repetidas por vários, diziam que a vinda de Guerrero recuperava a autoestima colorada, além disso, elevava o clube a outro patamar, igualmente, colocava o nome do Inter no noticiário dos principais meios de comunicação esportivos do planeta. Aí, eu pergunto: Mantida a suspensão, como naqueles jogos infantis com dados, teremos "retorne duas casas ou fique uma rodada sem jogar"? 

Bobagens, o que eleva a autoestima  preferencialmente são as conquistas e põe o clube nas manchetes, agora, micos também colocam o clube nas manchetes.

Outro ponto da mídia que não chega a ser "mico", mas tem a mesma utilidade do que curso de datilografia ou vendedor de enciclopédias: Fazer projeções estatísticas de conquistas do título do Brasileirão, isso na 20ª rodada de um total de 38, vide São Paulo tem 41%. É muita limitação.

Enfim, por essas e por outras, que a gente está aqui "chutando" um pouco, também.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Opinião



Hora da Retomada

Embora desnecessário, sempre menciono que este espaço é de opinião, portanto, sujeito a acertos e erros, alguns explicáveis, outros monumentais que não encontram causas para tais pitacos.

A conquista da Libertadores mostrou que a uns mais, a outros menos, as críticas aos jogadores  estavam presentes. Grohe, Maicon, Barrios, Fernandinho, Ramiro e Luan, além de Renato, o treinador. O tri veio com Bressan na zaga e Jaílson à frente dos beques. Além disso, este ciclo vitorioso que começou em 2016, terá como o primeiro nome a ser lembrado, Luan, certamente. A Era Luan. Foi uma lição para nós.

Isso não o isenta de reparos a sua perfomance neste 2018. Eu, pessoalmente, acho que nestes últimos dois jogos, ele foi bem, mas errou no principal, no fundamental, ontem. A falha, atribuo ao comando técnico. Não poderia ter cobrado a penalidade máxima.

Renato, outro criticado (justamente criticado), é um técnico inteligente que montou o time aprovado em 2010, utilizando Paulão, Rafael Marques, zagueiro improvisado como volante (Vilson), lateral virando articulador (Lúcio), mas tinha dois grandes trunfos: Victor e Jonas. Resumindo, as pontas do time.

Três anos passados, lá estava ele fazendo grande campanha no Brasileiro, perdendo apenas para uma campanha excepcional do Cruzeiro (Marcelo Oliveira). O mérito do nosso treinador; usar racionalmente o material disponível, Bressan e Werley eram dois do trio de zagueiros, não havia armadores, só volantes; era um time de compartimentos: zaga, meio-de-campo e ataque, parecendo três fragmentos díspares. Havia um goleiro experiente, Dida e atacantes, igualmente rodados: Barcos, Eduardo Vargas e Kléber, entre outros.

Agora com material humano mais qualificado, ganhou 4 títulos, depois de longo e tenebroso jejum de conquistas.

 Então, ele sabe o caminho das pedras, porém, sua auto-confiança é uma faca de dois gumes; se isso dá "gás" e tranquilidade para os atletas recuperarem o bom futebol que apresentaram em ocasiões anteriores, também, o tempo demandado e em alguns casos, a ineficácia da ação, tiram do time qualidade e intensidade, elementos tão necessários e presentes nas conquistas.

Resumindo: Agora é o momento de Renato se reinventar, deixar de lado tentativas infrutíferas, mesmo que derrubem convicções como são os casos de Leonardo Moura, Jael, Ramiro e especialmente, André. Cícero e Marcelo Oliveira, parece, já foi tomada providência.

O time está vulnerável pelos lados, o meio sem Arthur tornou-se um "Sem Destino" na troca de passes; arrisco dizer que Jaílson e Ramiro, por absoluta inaptidão, Maicon, por melancolia (sente saudades da parceria do menino goiano), não sabem o que fazer com a bola, com o "futuro" de seus movimentos. Resta Luan que vem cada vez mais, "buscar o jogo"; bem marcado, longe da área e de suas melhores atuações; a empreitada de ser a referência técnica daquele importante setor do time vira uma epopeia. É pouco, diria, impraticável. Basta que os adversários façam uma marcação serrada e lá se foi o Tricolor depender do talento e da fase esplendorosa de Éverton. Logo, logo, descobrirão um jeito de brecar suas jogadas, também.

André que foi insistentemente pedido pela massa torcedora (o meu caso) não vai vingar; hora de repassá-lo ainda nesta janela de negócios. A escalação de Jael é o atestado definitivo de erro na missão de ir às compras.

Aliás, falando em negócios, o do Grêmio, neste instante, é passar de fase na LA e ir às compras. Não se abater com os fracassos de Madson, André e até agora, de Marinho.

Hora para ter coragem de mudar. Leonardo Gomes, Thaciano, Thonny Anderson, Marinho, Alisson, os juniores promissores; tomara que estejam na cartola do treinador. 






Opinião



Grêmio tropeça em casa contra o Cruzeiro

O Cruzeiro veio com um misto quente, especulou a partida a maior parte do primeiro tempo, fez um golaço e depois abdicou de jogar. Não chutou uma única bola ao gol de Paulo Victor na etapa final. Não perdeu, porque Luan é mestre em perder pênalti e Fábio, mestre em pegar. No lance, deu a lógica. Ali, a vitória escorregou e as críticas aumentaram. 2 a 1, o ânimo do torcedor seria outro; porém, isso não deveria apagar os erros. Com o empate, as críticas elevaram o tom.

Escrevi no final do ano passado que eu não renovaria com Leonardo Moura, apesar de sua qualidade, nem com Cícero e muito menos com Jael. Entre alguns equívocos que cometi aqui, esta análise está fora. Esse trio por razões distintas, não deveria estar no elenco em 2018.

Há erros no elenco e há erros dentro das quatro linhas. Um exemplo: O time tem 60%, 65% de posse de bola e nenhuma ou uma bola chutada em gol. Esse toque maravilhoso de bola e esses percentuais elevados de posse de bola que não assustam ninguém, é a festa para os adversários.

Mais um exemplo: 33 minutos da etapa final, escanteio para o Grêmio, depois de uma grande jogada de Éverton, o Cebolinha vai cobrar e ao lado dele, quase na bandeirinha está para quem foi passada a pelota, Jael . Onde ele deveria estar naquele lance, naquele instante da partida?

Outro falha: Ano passado com Jael no grupo, o Tricolor entendeu que deveria buscar um novo centroavante. Trouxe Hernane e André. Passados 8 meses, o Jael vira solução. Ele melhorou? Claro que não; segue sendo um avante pronto para o Joinville ou Atlético Goianense.

Tudo bem que Fábio já pegou 25 penalidades em jogos, mas Luan não poderia ter cobrado, o seu histórico não recomenda, especialmente em prélio empatado e são 37 minutos da etapa final.

Se Jaílson é um "acréscimo" em relação a Cícero, na verdade, quem ele está substituindo é Arthur; aí, o papo é outro. Soma-se a sua presença, Ramiro, simplesmente o jogador de meio de campo que mais erra passes. Está mais do que na hora de ser sacado do time.

Então; olhando já temos ou melhor, não temos, um lateral direito (que não será Ramiro), um volante (vaga de Arthur), um quarto jogador do meio (lugar de Ramiro) e o companheiro para Éverton.

Bruno Cortez é daqueles jogadores que se o coletivo vai bem, ele cresce; arrisco dizer o mesmo de Maicon, a recíproca é verdadeira. O que sobra? Grohe, Geromel, Kannemann, Luan e Éverton. Meio time.

Com meio time vira uma epopeia passar de fase na Libertadores; basta manter algumas "convicções" recentes. Mas tem solução; basta ousar, trocando peças dentro de campo e buscando pelo menos dois para meio e ataque.