Hora da Retomada
Embora desnecessário, sempre menciono que este espaço é de opinião, portanto, sujeito a acertos e erros, alguns explicáveis, outros monumentais que não encontram causas para tais pitacos.
A conquista da Libertadores mostrou que a uns mais, a outros menos, as críticas aos jogadores estavam presentes. Grohe, Maicon, Barrios, Fernandinho, Ramiro e Luan, além de Renato, o treinador. O tri veio com Bressan na zaga e Jaílson à frente dos beques. Além disso, este ciclo vitorioso que começou em 2016, terá como o primeiro nome a ser lembrado, Luan, certamente. A Era Luan. Foi uma lição para nós.
Isso não o isenta de reparos a sua perfomance neste 2018. Eu, pessoalmente, acho que nestes últimos dois jogos, ele foi bem, mas errou no principal, no fundamental, ontem. A falha, atribuo ao comando técnico. Não poderia ter cobrado a penalidade máxima.
Renato, outro criticado (justamente criticado), é um técnico inteligente que montou o time aprovado em 2010, utilizando Paulão, Rafael Marques, zagueiro improvisado como volante (Vilson), lateral virando articulador (Lúcio), mas tinha dois grandes trunfos: Victor e Jonas. Resumindo, as pontas do time.
Três anos passados, lá estava ele fazendo grande campanha no Brasileiro, perdendo apenas para uma campanha excepcional do Cruzeiro (Marcelo Oliveira). O mérito do nosso treinador; usar racionalmente o material disponível, Bressan e Werley eram dois do trio de zagueiros, não havia armadores, só volantes; era um time de compartimentos: zaga, meio-de-campo e ataque, parecendo três fragmentos díspares. Havia um goleiro experiente, Dida e atacantes, igualmente rodados: Barcos, Eduardo Vargas e Kléber, entre outros.
Agora com material humano mais qualificado, ganhou 4 títulos, depois de longo e tenebroso jejum de conquistas.
Então, ele sabe o caminho das pedras, porém, sua auto-confiança é uma faca de dois gumes; se isso dá "gás" e tranquilidade para os atletas recuperarem o bom futebol que apresentaram em ocasiões anteriores, também, o tempo demandado e em alguns casos, a ineficácia da ação, tiram do time qualidade e intensidade, elementos tão necessários e presentes nas conquistas.
Resumindo: Agora é o momento de Renato se reinventar, deixar de lado tentativas infrutíferas, mesmo que derrubem convicções como são os casos de Leonardo Moura, Jael, Ramiro e especialmente, André. Cícero e Marcelo Oliveira, parece, já foi tomada providência.
O time está vulnerável pelos lados, o meio sem Arthur tornou-se um "Sem Destino" na troca de passes; arrisco dizer que Jaílson e Ramiro, por absoluta inaptidão, Maicon, por melancolia (sente saudades da parceria do menino goiano), não sabem o que fazer com a bola, com o "futuro" de seus movimentos. Resta Luan que vem cada vez mais, "buscar o jogo"; bem marcado, longe da área e de suas melhores atuações; a empreitada de ser a referência técnica daquele importante setor do time vira uma epopeia. É pouco, diria, impraticável. Basta que os adversários façam uma marcação serrada e lá se foi o Tricolor depender do talento e da fase esplendorosa de Éverton. Logo, logo, descobrirão um jeito de brecar suas jogadas, também.
André que foi insistentemente pedido pela massa torcedora (o meu caso) não vai vingar; hora de repassá-lo ainda nesta janela de negócios. A escalação de Jael é o atestado definitivo de erro na missão de ir às compras.
Aliás, falando em negócios, o do Grêmio, neste instante, é passar de fase na LA e ir às compras. Não se abater com os fracassos de Madson, André e até agora, de Marinho.
Hora para ter coragem de mudar. Leonardo Gomes, Thaciano, Thonny Anderson, Marinho, Alisson, os juniores promissores; tomara que estejam na cartola do treinador.