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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (223) - Ano - 2017


O Homem que Matou o Facínora
(Ou: Permissão para seguir Sonhando)

Fonte: http://www.espn.com.br/

Em 1962, o diretor John Ford realizou um dos maiores filmes de faroeste de todos os tempos, O Homem que Matou o Facínora. Nele, um advogado chamado Stoddard (James Stewart), do Leste tenta vencer na vida, indo para o distante Oeste norte-americano. Tinha a certeza que a força da lei iria se sobrepujar à barbárie da utilização das armas na solução de contendas.

Ele teve que encarar o vilão, Liberty Valance (Lee Marvin) e imaginou dispensar a ajuda de um autêntico cowboy, Tom Doniphon (John Wayne), algo impensável, pois o advogado, além da dificuldade de convencer a população para a adoção de seus métodos, também era um péssimo atirador; "não acertaria nem um celeiro", segundo uma das frases da película.

O enredo se desenrola com um desfecho previsível: um duelo solitário entre o bandido e o mocinho ao melhor estilo do gênero: na bala.

 Stoddard enfrenta Liberty  e o mata, no entanto, o projétil fatal partiu da arma de Doniphon que, escondido, alveja o bandido, enquanto o tiro do advogado passa longe do alvo. Ninguém fica sabendo.

Assim, ele ganha fama por liquidar o facínora, se elege senador, vai para a capital e um dia  retorna à cidadezinha para participar do funeral de Doniphon. Nesta ocasião, revela a um jornalista o que realmente ocorreu. Ele não matara Liberty, mas ficara com a fama. O jornalista prefere esconder a verdade e aí vem a principal fala do filme: " Se a lenda for maior do que a verdade, publique-se a lenda".

Em 2017, Marcelo Grohe cumpriu uma reta derradeira de Libertadores irrepreensível. Suas atuações nas semifinais e finais foram de altíssimo nível, ficando atrás apenas das do Rei da América, Luan, em importância.

Sua defesa monumental em Guayaquil, realmente fantástica, correu o mundo; virou a defesa deste século; ganhou ares de decisiva, porém, aquela que permitiu que o sonho da terceira conquista da América ocorresse, ficou escondida, ofuscada, embora vital na caminhada rumo ao pódio.

 Ela ocorreu na Arena; uma cabeçada fulminante do zagueiro argentino Braghieri, que Grohe foi buscar de forma extraordinária no seu canto esquerdo. Ali, o Grêmio seguiu vivo para brigar pelo tri em Buenos Aires. Tratou-se de uma encruzilhada; sobreviver para prosseguir sonhando.

Esta defesa pode (e deve) ser comparada a de Mazaropi no pênalti contra o América de Cali no Olímpico em 1983 ou a de Cássio (Corinthians) diante de Diego Souza (Vasco) em 2012; certamente com a de Armani (River) frente à frente com Éverton na Arena, ano passado, quando o Imortal já ganhava por 1 a 0, todas definitivas para a conquista da Libertadores pelos seus clubes. 

A história, às vezes, é cruel e insensível com alguns fatos decisivos, relevantes, como a virada que Paulo Isidoro promoveu em 1981 diante do São Paulo. Poucos lembram do sufoco daquela noite de Quinta-feira, 30 de Abril. Entretanto, ninguém esquece do "gol do título" de Baltazar, três dias depois no Morumbi, quando o empate servia.

O tempo privilegiará, dará ares de lendária a defesa de Grohe diante do Barcelona, porém, a verdadeira, fundamental, a que salvou o Tricolor do insucesso, permanece escondida, tal qual o autor do tiro certeiro que matou Liberty Valance.

            http://www.adorocinema.com/

Segue a defesa fundamental:




domingo, 29 de setembro de 2019

Opinião



Derrota no Maracanã ratifica titularidade de Galhardo

Quem assistiu ao jogo recém finalizado no Mário Filho, observou a avenida que o Fluminense teve pelo lado direito da defesa gremista. Ali, o Tricolor gaúcho perdeu a partida.

Antes de mais nada, não é culpa de Leonardo Moura, porque ele vinha de lesão, mas principalmente, por se tratar de um ex-atleta ou pelo menos, de um clube que disputa importantes competições. Hoje, ele funcionaria bem no Atlético Goianense ou Coritiba.

Tomar dois gols em momentos "ingênuos" da partida (antes dos 5 minutos de cada tempo), cobra um preço caríssimo e geralmente, irreversível. 

Também passa pela imperícia dos avantes gremistas que cansaram de perder gols. Fossem competentes na arte de botar a bola para dentro das redes e a virada viria ainda na primeira etapa.

Havia escrito sobre a grande chance destes reservas que poderiam conquistar a quinta vitória seguida, no entanto, poucos souberam aproveitar esses mais de 100 minutos. Pelo contrário, alguns só fizeram aumentar a desconfiança quanto a condição de poder vestir a camisa do Imortal.

Júlio César fez boas defesas, mas falhou no segundo gol. Lance defensável que tornou o empate uma tarefa homérica para um time recheado de reservas.

Na defesa, o único que se safou foi Rodrigues. Leonardo Moura e Juninho Capixaba afundaram totalmente. Paulo Miranda, discretíssimo. Aliás, tratando de discrição, o Grêmio possui na zona privilegiada de circulação da bola, o meio de campo, um atleta invisível: Rômulo. Nada para lembrar de jogadas relevantes do centro-médio.

Thaciano é outro mistério; é um entrando durante a partida e outro, quando sai jogando. Se fosse apenas pela partida de hoje, daria para "cravar": - É um novo Rondinelli.

Darlan, o melhor do meio, acertou a maioria dos passes; tentou jogadas mais "esticadas".  Luciano, fraquíssimo, pior que ele, Pepê, que realizou a sua pior partida em 2019. E o que dizer de André? Movimentou-se muito, tentou tabelar, mas para um "9", ele deixou a desejar quando a oportunidade apareceu cara a cara com Muriel. Isolou; botou na arquibancada.

Uma menção para a gurizada que entrou bem; o trio Ferreira, Patrick e Guilherme Azevedo botou o time de volta para o jogo com o gol do segundo em ótima jogada do primeiro.

Cada vez fica mais evidente que o Grêmio trabalha bem as suas categorias de base e trabalha mal, quando tem que ir ao mercado.

Este jogo serve para por uma pulga atrás da orelha no comportamento das torcidas: dá pontos àqueles torcedores truculentos que partiram para a ignorância numa das sedes do Fluminense. Devem estar comemorando a ação e sua consequência.

Encerrando: Sem jogar, Galhardo fez sua melhor partida.

sábado, 28 de setembro de 2019

Opinião



A Grande Chance

Excelente oportunidade para o time reserva Tricolor confirmar que também é confiável.

São vários jogadores com histórico de titulares em outras equipes (Júlio Cesar, Léo Moura,  Paulo Miranda, Juninho Capixaba, Rômulo, Luciano e André); isto é, mais de meio time.

Acrescente-se a eles os jovens Rodrigues, Thaciano, Patrick e Pepê mais a gurizada da transição e a receita está quase completa para a quinta vitória em sequência.

É possível? Claro que sim, ainda mais que é no sagrado templo do Maracanã e o adversário vem ferido de morte. O Fluminense pode cair mais uma vez para a Segundona.

Confronto para ver o que esta turma está fazendo no Grêmio. 

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Opinião



Leite Derramado

Por mais de uma vez, eu, aqui no blog, pedi (e muitos pediram, também) mexidas no time do Grêmio que me pareciam de um clareza cristalina. Eram no arco, na primeira função do meio e no comando do ataque. Pois bem, veio a desclassificação na semifinal diante do CAP e Michel mais Tardelli viraram titulares; resultado, 4 goleadas em sequência, vide Desempenho. Uma mudança radical que nem os mais otimistas imaginavam com tão pequena troca de peças no tabuleiro em curto espaço de tempo. 

Quanto desperdício! 52 milhões de reais + o sexto caneco na Copa do Brasil ralo abaixo. Exagero? Esse Grêmio "pós-mudanças" é muito superior aos dois finalistas. Era para ser um "abraço ".

Não sei se lamento pela papinha que era esta decisão; não sei se comemoro, porque poderia ser pior, se a taça fosse para o Beira-Rio. Um rateada que podia ter comprometido o futuro recente gremista, diante da inevitável comparação com o maior rival.

Voltando à realidade: Das três mexidas que indiquei, uma ainda não se concretizou, a do goleiro. Antes de qualquer juízo precipitado, digo que nada tenho contra Paulo Victor que da mesma forma que o antigo titular, parece ser um sujeito sensacional; suas atitudes e falas são de um verdadeiro profissional de um clube com a grandeza do Tricolor; tem o perfil para ser um ídolo, especialmente das crianças e adolescentes, porém, não consigo ficar tranquilo com sua efetivação tácita, inquestionável. Ontem, o gol que sofreu me pareceu defensável. A seu favor, partidas incríveis que garantiram vitórias nos momentos em que a indefinição no placar era o presente. Essa oscilação gera os questionamentos.

Torço (com muita sinceridade) que ele consiga realizar grandes atuações, que desaloje qualquer sombra de dúvida quanto à sua capacidade para ser o arqueiro do Grêmio e coloque todas as faixas possíveis sobre a camiseta gremista. 

O sucesso dele, igualmente, será o sucesso do torcedor, mas por enquanto, no meu "ideário " de formação de time, o gol segue sendo uma imensa interrogação.



Opinião



Grêmio goleia e chega ao seu melhor momento no ano

6 a 1 no Avaí escancara a tese que o Tricolor é um dos melhores times do Brasil.

Palavras como massacre, patrolar, avassalador, dão a verdadeira dimensão do que representou o desempenho gremista nesta noite na Arena. O jogo já começou 1 a 0, porque aos 4 minutos, Diego Tardelli apanhou rebote do goleiro e fez gol de centroavante. Antes dos 15 (aos 13): Braz, 2 a 0, isso, sem correr riscos.

O primeiro tempo acabou 4 a 0 (Luan e Luciano), aliás, placar que deveria ser aquele Fluminense 5 a 4 na terceira rodada. Desta vez, nenhum afrouxamento.

Esta vitória de 6 apresentou algumas curiosidades como gols de Cortez e André (raríssimos) e a ausência de algum de Éverton; também, porque Luciano saiu jogando na posição de Alisson, fazendo o tento mais bonito e principalmente, por mostrar que Luan está de volta. Grande atuação do camisa 7, o melhor num dia em que houve inúmeros destaques.

Foi um show de bola sem Geromel, Maicon, Jean Pyerre e Alisson. O elenco está encorpado.

Seguem os melhores lances:








quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Opinião



Maicon no Time

Notícias de hoje dão conta que Maicon poderá reassumir um lugar no meio de campo gremista nesta Quinta-Feira diante do Avaí de Santa Catarina.

Não vejo como anormal essa escalação, porque é a chance de experimentar o capitão numa partida com titulares, pois já se sabe que Michel e Matheus Henrique, essa dupla funciona muito bem. 

Esse experimento é para dar ritmo de jogo com os titulares; apenas isso. Desconfio; pois para enfrentar o melhor ataque do Brasil, o mais talentoso, veloz e "letal", lembrando que o regulamento indica que gol fora é fator importante para desempatar a vaga, é arriscado incluí-lo entre os 11 na próxima semana. 

Ele e Léo Moura serão testados amanhã para ser alternativas diante do Flamengo.

 Só isso.


terça-feira, 24 de setembro de 2019

Opinião



Sem Contestação

Uma das minhas convicções sobre futebol ficou mais robustecida com a eleição de Alisson como melhor goleiro do planeta, isto é; por maior que seja a defecção, se ela for bem administrada, o limão vira limonada.

Qual colorado reclama de problemas com a venda de Alisson? Não conheço um; isto ocorre pelos acertos nas contratações de Danilo Fernandes e Marcelo Lomba. 

No Grêmio há exemplos de belas soluções encontradas após a partida de atletas titulares. Saíram Pedro Rocha e Fernandinho, a efetivação de Éverton melhorou muito o lado esquerdo ofensivo. Houve um acréscimo.

Giuliano foi negociado e o que parecia ser um "rombo" no lado direito; abriu a chance para a consagração de Ramiro, um atleta antes contestado, que conseguiu inserir o seu nome nos heróis da terceira conquista da Libertadores.

Ramiro está no Corinthians e o Tricolor (leia-se Renato) tirou da cartola um avante que veio na transação que levou Edílson para o Cruzeiro; Alisson, atacante que atuava pelo lado esquerdo, o que levava a crer que disputaria com Éverton a posição, no entanto, herdou o espaço por onde passeavam Giuliano e Ramiro. 

Alisson fez o torcedor esquecer dos antigos titulares. Ou está em processo para isso.

A minha afirmação segue "ilesa": Se o clube souber fazer a substituição com a devida competência, a torcida não chorará a perda do antigo titular.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Opinião


Um Abraço da Sorte

É evidente que aprovo a atuação de Renato frente ao Imortal nesta passagem mais recente; credito os títulos e bons desempenhos em quase todas as competições que ele encarou seriamente ao seu trabalho consistente. É fato; são os números. Há reverência ilustre ao desempenho gremista, vide Rivellino fala.

Porém, ele também conta com uma sorte que acompanha os bons.

Recentemente escrevi que o time necessitava mexer em três posições: Goleiro, Volante e Centroavante. Era opinião minha e de muitos outros gremistas.

O desastre na semifinal da Copa do Brasil convenceu o treinador azul que havia um oceano entre o desempenho de André e a expectativa de Tardelli para ocupar o lugar do "9". Virou realidade.

No arco, Paulo Victor vem crescendo jogo a jogo; tomara que não seja a repetição dos últimos anos da história Tricolor de "uma no cravo, outra na ferradura", mas, de prático, o que se tem é uma sequência de boas atuações nas últimas rodadas no Brasileirão. Tomara que se firme definitivamente.

Agora vem o assunto do título da postagem: assim como ocorreu em 2017, a lesão de Maicon ajeitou o meio de campo com o ingresso de Jaílson, completando o meio com Arthur.

Maicon, um craque com a bola nos pés, um líder positivo acima de qualquer dúvida, capitão do time, aquele que joga na grama como se estivesse numa quadra de futsal, neste momento está no banco e o meio de campo encaixou com Michel e Matheus Henrique. A zaga está fortalecida, sem perder a boa saída de bola da defesa para o ataque.

 O destino escalou o meio de campo gremista. Sorte do técnico. Ele mudará ou aprendeu?


domingo, 22 de setembro de 2019

Opinião



A Frase Esquecida

" Lateral se faz em Casa"; esta frase tem mais de meio século, com certeza, e parece ser de uma obviedade cristalina. O autor é uma lenda: Oswaldo Rolla, o Foguinho, ícone gremista.

Lembrei dela, porque o Tricolor tem uma decisão importantíssima, os dois confrontos diante do Flamengo que valem o passaporte para Santiago do Chile para encarar um dos dois grandes argentinos, Boca ou Ríver em mais uma eletrizante decisão de Libertadores e há uma preocupação justificada no buraco defensivo que a lesão de Leonardo Gomes criou.

Será Rafael Galhardo ou Leonardo Moura, um deles terá a missão de pegar o ataque mais positivo do Brasileirão. Não é pouca coisa.

Onde entra a frase de Foguinho? Ela seria desnecessária, porquanto, formar um lateral direito especialmente (a maioria é destra) parece ser uma tarefa simples, a mais simples, depois da posição de beque central (imagino). Não é o que acontece.

Luis Carlos Winck, Cláudio Duarte, Arce, três grandes nomes da posição, iniciaram como meio campistas, outro, Mário Fernandes era zagueiro, então, é difícil entender como as categorias de base do Imortal formam armadores, volantes, atacantes de lado, até laterais esquerdos (Roger, Alex Telles, Wendel) e não apresentam um único neste terceiro milênio que possa assumir a posição que segue o nome do goleiro na escalação.

O trio que está no elenco principal tem como origem um clube da segunda divisão (Boa Esporte), outro em vias de aposentadoria (mais de 40 anos) e o terceiro era banco no Vasco da Gama. 

Por tudo isso, está mais do que na hora de fazer valer a frase cunhada pelo Senhor Oswaldo Rolla.

sábado, 21 de setembro de 2019

Opinião



Uma Noite Perfeita na Vila Belmiro

Que Grêmio é esse das últimas partidas? 10 gols marcados, 1 sofrido (de pênalti), tentos bem distribuídos em três goleadas, consequentemente, nove pontos em nove possíveis, um salto na tabela e boas perspectivas, porque pega o Avaí em casa, podendo cravar doze em doze pontos.

O time como um todo foi solidário; bem coletivamente e no plano individual, idem. Grande atuação de Paulo Victor, absoluto em todos os momentos. Não deu para sentir saudades de Geromel na zaga; no meio, o acerto pela manutenção de Michel, apesar da recuperação de Maicon, também a inclusão natural de Luan na de Jean Pyerre e na frente, segue o baile de Éverton, agora, bem acompanhado pelo crescimento de Alisson e a mobilidade de Diego Tardelli.

Pena que precisou perder para o CAP  para Renato sacar André do time, enfim, resta o consolo de lembrar do vídeo mau-caráter de um jornalista colorado, falando mal do treinador gremista ( inclusive no plano pessoal) que dizia que não chegaria à vaga da Libertadores. Se a empresa dele fosse séria, ele já teria sido mandado para o espaço.

Luan, Pepê e Éverton marcaram os gols, dois com participação de outro da base, Matheus Henrique, mostrando que o trabalho nas chamadas divisões inferiores é corretíssimo.

Seguem os melhores momentos:


sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Opinião



A Grande Notícia do Dia

O Grêmio ofereceu muita munição para a mídia e seus torcedores nesta Sexta-Feira, 20 de Setembro, feriado no Rio Grande.

A recuperação de Maicon e sua possível titularidade, a lesão de Jean Pyerre, a convocação óbvia de Éverton, a surpreendente e merecida de Matheus Henrique e a pacificação à fórceps das correntes políticas (o que os títulos não fazem?), a consistente possibilidade de Luan ganhar uma sequência no time. Entretanto, a que considero mais relevante a médio prazo, é o desejo mútuo, direção e treinador, deste permanecer no comando técnico em 2020. Vide O Desejo.

O crescimento de atletas da base, a conquista de títulos, a presença constante entre os melhores da América, tudo isso, dá naturalidade a notícia.

É provável que os erros de anos anteriores e de 2019 não serão repetidos por Renato.


quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Opinião



Nocaute

Deixo um aviso ao pessoal que acompanha o blog: quase não tratarei do Grêmio, pelo menos, não diretamente. Basta dar uma olhada na última frase da postagem mais recente; a rivalidade vitamina a vida da Dupla Grenal que não precisarei explicar o porquê.

A lamentar; a perda de 52 milhões de reais que estava mais perto do Grêmio do que dos dois finalistas. Eles tiveram mérito, porém o demérito gremista foi maior. O hexa era o desfecho natural e esperado.

Para entender esta afirmação, basta ver que na pior partida do Imortal no ano, o CAP, em casa, contra dez na maioria da etapa final, venceu a disputa apenas na cobrança do derradeiro tiro livre das cinco cobranças. Pariu uma bigorna.

E o Inter? Aquele que tinha um percentual de quase oitenta por cento de aproveitamento em casa? Pois foi levando alguns jabs  aqui e ali, caindo na armadilha dos clinches  exagerados e matreiros dos paranaenses, até que veio um direto e um cruzado (gol de Cittadini). Ali, já perdia por pontos.  

De uma forma atabalhoada, partiu para a pressão e momentaneamente pôs o Furacão entre as cordas num corner (gol de López). Mesmo assim, era um arremedo de futuro campeão. Só por decreto mesmo.

Na etapa final, o treinador escolheu a pior tática (ingresso do ex-atleta Rafael Sobis) e o CAP viu que não precisava de tantas interrupções. O bicho não era tão feio.

No último round, os assistentes tinham a certeza que a vitória por pontos estava definida. Todos os assaltos foram vencidos pelo Atlético.

E aí, o ato final: Um swing (gol de Rony), golpe que, às vezes, é atribuído equivocadamente à iniciantes ou boxeadores de pouca técnica, desceu mortal e definitivo sobre o queixo do lutador favorito, segundo as apostas.

Ele beijou a lona e o juiz abriu a contagem. Era Nocaute.

Entre os espectadores, é certo que estavam o corpo diretivo e atletas gremistas. Riram, festejaram a desgraça do rival, porém, devem ter refletido: Esta Copa do Brasil era uma papinha.

Perderam o trem. 

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Opinião




A Mão – Última Parte


Encerrando  o assunto; hoje, se não houver uma (boa) surpresa, o  Inter botará a mão na taça e colocará uma distância em termos de títulos esse ano se comparado com o Regional ganho pelo Grêmio.

Será uma façanha muito importante para quem recentemente disputou e não ganhou a Série B.

Involuntariamente, essa conquista (se se concretizar) trará uma motivação extra ao maior rival, será uma “mão” que o Colorado dará nas semifinais entre o Tricolor e Flamengo.

A eterna rivalidade fornecerá um aditivo muito especial ao Imortal, porque, além do desejo natural da conquista, haverá o imperioso desejo (ou obrigação) de não ficar devendo algo ao seu torcedor, isto é, o impedimento da flauta vermelha e manter a boa fase.

Pode parecer bobagem, mas essa concorrência centenária foi o que turbinou a história vencedora de ambos.

terça-feira, 17 de setembro de 2019


Álbum Tricolor (147)
SÉRGIO LOPES
Fonte: Tardes de Pacaembu
Nome: Sérgio Gonçalves Lopes.
Apelido: Sérgio Lopes.
Posição: Meio campo.
Data de nascimento: 18 de Janeiro de 1941, Osasco-SP.

JOGOS PELO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
314 jogos (216 vitórias; 59 empates; e 39 derrotas. 55 gols.

JOGOS NO ESTÁDIO OLÍMPICO
144 jogos (104 vitórias; 28 empates; e 12 derrotas). 24 gols.

JOGOS EM OUTROS ESTÁDIOS
170 jogos (112 vitórias; 31 empates; e 27 derrotas). 31 gols.

CERTAMES PRINCIPAIS EM QUE PARTICIPOU PELO GRÊMIO
Robertão (32 jogos; 13 vitórias; 12 empates; e 7 derrotas).
Taça Brasil (22 jogos; 10 vitórias; 6 empates; e 6 derrotas).
Campeonato Gaúcho (149 jogos; 112 vitórias; 27 empates; e 10 derrotas).
Jogos internacionais (10 jogos; 6 vitórias; 3 empates; e 1 derrota).

CLÁSSICO GRENAL ATUANDO PELO GRÊMIO
19 jogos (5 vitórias; 8 empates; e 6 derrotas).

ESTREIA NO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
31.01.1964 - Grêmio 3x1 Avaí FC, Amistoso, em Florianópolis, SC.

ÚLTIMO JOGO PELO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
23.08.1970 - Grêmio 1x0 EC Cruzeiro, Camp. Gaúcho, em Porto Alegre, RS.

CARREIRA
São Paulo-SP (1957 a 1960); Internacional-RS (1961 a 1962); São Paulo-SP (1962 a 1963); Grêmio-RS (1964 a 1970); Atlético-PR (1970 a 1972); Portuguesa de Desportos-SP (1972); Atlético-PR (1973), Sampaio Correa-MA (1974); Figueirense-SC (1975 a 1976).

TÍTULOS PELO GRÊMIO
Campeonato Gaúcho – 1964.
Campeonato Gaúcho – 1965.
Campeonato Gaúcho – 1966.
Campeonato Gaúcho – 1967.
Campeonato Gaúcho – 1968.

(*) Os dados aqui publicados não são oficiais. Dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro.

PRINCIPAIS FONTES:
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal “Diário de Notícias”.
- Jornal “Zero Hora”.
- Arquivo Pessoal.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Opinião



A Mão - Primeira Parte

O Grêmio no jogo mais importante  do ano em se tratando de título relevante, o da Copa do Brasil, realizou uma das piores partidas em Curitiba, já com quase a  mão na taça. A vaga escorregou entre os dedos frouxos.

No entanto, não é nesse sentido que utilizo  a palavra "mão". Ela aqui, representa a chance do Inter chegar à conquista da CB, repito, o possível (melhor seria escrever provável) desfecho favorável ao clube do Beira-Rio contou com a facilitada que o Imortal deu. 

Um Grenal por mais equilibrado e imprevisível que seja, ainda assim, pelo recente histórico da Dupla; um confiante, cascudo, tranquilo; o outro, em formação, jogando no limite, necessitando "abortar" o que se desenha como uma década sem conquistas relevantes, penderia para a turma da Arena, principalmente, porque são dois enfrentamentos.

O Grêmio ao cair diante do Atlético, pavimentou o terreno para o segundo título colorado da Copa do Brasil. Quase uma "mão única".

Muitos são os méritos vermelhos, porém, nessa ascensão há um condimento, um tempero azul que turbinou esta escalada do Inter: A mão que o Tricolor deu ao não superar um adversário que chegou para o jogo da volta, apostando no inesperado.

O Grêmio auxiliou a ressurreição colorada.

domingo, 15 de setembro de 2019

Opinião



Um Aniversário Feliz


Essa goleada em cima do Goiás mostrou muita coisa:

- Temos zagueiros confiáveis, aliás, incluiria Rodrigues nesta afirmação
- Focado e cobrado, este time é o melhor do Brasil
- Desfocado, ele perdeu 10 pontos fáceis de serem conquistados ( 2 contra Avaí, 3 diante do Fluminense, 2 contra a Chapecoense, 1 contra o Ceará mais 2 diante do CSA). Onde ele estaria na tabela sem essas rateadas?
- Os laterais foram bem, mas Bruno Cortez tem uma questão psicológica. É um bloqueio, porque ele recebe a bola livre, olha para a área e ... acerta o primeiro marcador. Não é questão técnica, não pode ser
- No início do ano, eu escrevi que Jean Pyerre deveria receber 5, 6 jogos em sequência. Recebeu e hoje é um titular inquestionável 
- O time ficou mais leve e intenso com Tardelli. O fato de Renato desistir de André é um acréscimo
- O ataque meteu 7 gols em dois jogos e hoje, Marcelo Rangel, arqueiro do Goiás, evitou o pior
- Michel é outro acerto. Marca forte e tem mais técnica do que a maioria dos volantes brasileiros

Faria apenas um reparo: Vendo o que Danilo Fernandes jogou nesta manhã, depois de ficar tanto tempo sem atuar, eu sigo preocupado com a posição de goleiro no Grêmio.

sábado, 14 de setembro de 2019

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (222) - Ano - 1986


Fora da Ordem

Fonte: Lemyr Martins - Revista Placar

Alguma coisa
Está fora da ordem

Fora da nova ordem
Mundial...  (Caetano Veloso)

Estes versos que estão no álbum de 1991, Circuladô, me remeteram a uma goleada sofrida pelo Imortal no inesquecível Olímpico Monumental num dia de Novembro de 1986. Naquela tarde quase tudo que ocorreu no Grêmio versus Goías esteve "fora da ordem".

Vi De Leon (Botafogo) enfrentar o Imortal, também Renato (Flamengo), porém, quando eles se tornaram meus ídolos nos anos 80, eu já era "tecnicamente" adulto, mais razão do que emoção; agora, quando vi Tarciso encarar o Grêmio, muitos sentimentos se embaralharam na minha mente. Tudo desencontrado, fora do lugar.

Ele, Ancheta e Yúra, esse trio era misto de jogador e torcedor do clube. Eles percorreram toda a minha adolescência e mais um pouco. Tarciso alcançou os "píncaros da glória" em 1983, botou tudo que era faixa possível na carreira de um atleta de clube. e cometeu o gesto de vestir o manto sagrado muito mais do que qualquer outro jogador.

Houve mais naquele dia, a torcida vaiando o time bi-campeão gaúcho ainda embevecido pela overdose de conquistas relevantes daquela primeira metade de década; o goleiro Mazaropi tendo uma das suas raras falhas e o Flecha Negra se aproveitando e abrindo o marcador. Igualmente, Valdo perdido em campo, logo ele, um jogador cerebral. Tudo desencontrado, fora do lugar.

Por fim, a pegação no pé do treinador Espinosa, justamente no final de semana em que a CBF o (pré) escolheu para comandar a Seleção Brasileira (como sabemos, acabou preterido, o ungido foi Sebastião Lazzaroni); mais ainda, um tal de Paulo Silva, lateral esquerdo, segurou Renato os 90 minutos. Tudo desencontrado, fora do lugar.

Albeneir, ex-centro-avante gremista, agora metendo gols pelo alviverde goiano. Fez o terceiro.

E o meia clássico camisa 10, Carlos Magno, rebentando e repetindo o que Diego Maradona  fez contra a Inglaterra; Magno só não driblou o pipoqueiro da arquibancada, porque "teve humildade em gol".

Naquela tarde, Espinosa prejudicado por vários desfalques (China, Osvaldo, Luis Carlos Martins e João Antônio), escalou: Mazaropi; Raul, Baidek, Luís Eduardo e Casemiro; Giba, Paulo Bonamigo e Valdo; Renato, Lima e Odair. Participaram também, Ortiz e Caio, dois centro avantes nos lugares de Giba e Odair.

O Goiás que batera o Tricolor no ano anterior no mesmo palco, só que por 1 a 0, repetia a dose. Mário Juliato formou o seu 11 com: Eduardo Heuser; Ronaldo, Ronaldo Castro, Vavá e Paulo Silva; Uidemar, Fagundes e Carlos Magno; Tarciso, Albeneir e Tiãozinho, este que deu lugar para Formiga.

Pois é, Tarciso "aprontou" essa para nós, gremistas; é, ele que foi no Grêmio um atleta com "alma amadora", nunca deixou de ser um grande profissional. 

Naquela tarde, não foi diferente.

Fontes: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro
              Revista Placar





sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Opinião



O Clássico decisivo na versão nacional

Tanto se falou num Grenal com cores nacionais que ele vai acontecer. Será pelo campeonato brasileiro de aspirantes, vide Grenal Decisivo, uma competição que ficou meio escondida, porém, é uma fábrica de produzir talentos e de dar rodagem aos atletas desconhecidos, a maioria saída das bases dos clubes.

Embora o nosso clássico não costume apresentar favoritismo, desconfio que o Imortal chega mais encorpado para a decisão.

Será uma grande oportunidade para ver nomes especulados como futuros craques, em especial, no Grêmio que é o nosso interesse.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Opinião



A Ocupação da Lateral Direita

Hoje, a notícia gremista mais comum entre os principais jornais e blogs foi a ocupação da lateral direita para os confrontos diante do Flamengo. 

Vi quatro alternativas: Galhardo, Leonardo Moura, Paulo Miranda e a mais esdrúxula: a contratação de alguém, vide, Grêmio pode repetir 2017

Ora! Esta é uma posição das mais carentes de nomes no mercado, tanto que o Tricolor não possui um atleta afirmado; Leonardo Gomes vai bem, porque o outro Leonardo, o Moura, está na semi aposentadoria.

Usar Paulo Miranda não é exatamente uma invenção, porém, o time teria que modificar um pouco a forma de jogar para compensar a vocação de zagueiro que ele possui. Faltaria o apoio ofensivo.

Resumindo; acho que o Grêmio deve apostar em Galhardo e Leonardo Moura. O primeiro ganhando sequência, poderá dar uma resposta satisfatória nos dois únicos jogos que estão garantidos na Libertadores.

Trazer alguém nesta fase da competição, teria que ser um jogador inquestionável e, convenhamos, cadê lateral direito nesta condição? Nem um do quilate de Daniel Alves seria uma certeza de sucesso.

Invistam em Galhardo e Leonardo Moura, pelo menos, para esse confronto de ida.