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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Opinião



Vitória que deixa o Grêmio colado nos líderes 

Três pontos essenciais para encostar nos ponteiros do Brasileirão. Foi 2 a 1 o resultado, mas poderia ser goleada. Não goleou por dois motivos: a grande atuação do goleiro Tadeu e a imperícia dos avantes gremistas. Sem forçar muito, Diego Souza enfeitou, Ferreira caprichou demais, Luiz Fernando botou na trave, Churín perdeu três chances incríveis.

No momento que escrevo, o treinador Renato cita as "bobagens" que falavam há dois meses. O que ele omite é a mudança que se obrigou a fazer (pelas evidências ou pelas lesões). É claro, cristalino, que aquela formação com Cortez, Maicon, Robinho e Alisson como titulares não deu a resposta satisfatória. Será que se o presidente não tivesse demitido Thiago Neves, esse não seria um dos mais frequentes entre os 11? Então, este Grêmio atual é bem superior, as causas estão nas trocas corretas na formação das últimas atuações.

Voltando ao jogo desta tarde/noite; não gostei de Maicon, nem de Diego Souza e, embora com a movimentação maior de Churín, o argentino perdeu gols incríveis.

Maicon apareceu bem, porém, troteou, quando a bola ficou com os goianos, Diego Souza voltou a sua condição "estática" de partidas de um mês atrás e Ferreira perdeu a chance de colocar dúvidas na cabeça do treinador, quanto à titularidade. Com um detalhe: jogou onde estava habituado no time de transição.

Já Luiz Fernando está em franca evolução. Para mim, o melhor em campo. Pode repetir a história de Jonas. Faltam os gols.

Jean Pyerre está atingindo aquele estágio em que tudo que faz é "genial" para a imprensa. Ótimo para o Clube, para o treinador, para a mídia, mas para mim, hoje, uma atuação comedida, alguns lampejos de craque, além de estar atento no vacilo do arqueiro esmeraldino no 1 a 0. 

Há tempos, eu manifesto a minha admiração pelo futebol do novo camisa 10, mas neste enfrentamento diante do Goiás, ele andou sumido na maioria do primeiro tempo e fez um segundo, de médio para bom.

Matheus Henrique também não repetiu as atuações anteriores, coincidência ou não, na partida em que Darlan esteve ausente.

Desconfio que a vitória está "linkada" com a fragilidade do Goiás.

 A campanha do Grêmio é ótima nestes 14 jogos de invencibilidade; no entanto, este "recorte" desta tarde, mostrou pontos ruins a serem evitados contra adversários mais consistentes e qualificados.

Finalizando: Uma lembrança pela marca que tenho certeza que dificilmente será quebrada: os 384 jogos como técnico do Grêmio que Renato alcançou.

 Parabéns, Renato.


Opinião



A Hora da Verdade

O momento em que as ideias e convicções do treinador Renato, recordista em direção do time em todos os tempos (supera Foguinho, esta noite) serão postas à prova, se aproxima.

Com as recuperações de Maicon, presente, mais Alisson, um pouco ali adiante, o técnico gremista revelará se as mudanças que rejuvenesceram o time; mais do que isso, acertaram o prumo da equipe, cessando críticas da massa e imprensa e viabilizando a tão propalada "decolagem", é consequência do que ele pensa ou foi fruto do acaso, isto é, das lesões.

É aguardar.

sábado, 28 de novembro de 2020

Opinião



Para Lapidar 

Li na Zero Hora de hoje, a coluna do repórter José Andrade, onde ele faz importante alerta; qual seja: o torcedor gremista há de ter paciência com Luiz Fernando. E ele menciona as qualidades do avante que veio do Botafogo; a força física, o arranque, a velocidade e eu acrescento mais uma: a ousadia. 

Andrade vê semelhanças de características com o Renato jogador. Verdade, guardando as devidas proporções. Também, o texto cita que a parada dele é com Ferreira na briga pelo lugar que é/era de Alisson. Um senhor desafio.

Se Luiz Fernando remete ao jogo de Renato de 35/37 anos passados, igualmente, dá para encontrar pontos comuns com o início de carreira de Pedro Rocha (2016/17) e até de Luiz Mário, do começo deste milênio; então, mesmo achando que Ferreira deva ser o titular, vejo em Luiz Fernando um potencial imenso, que se bem trabalhado poderá lhe dar condições para formar um ataque muito promissor com Pepê, Churín e até ao lado de Ferreira, numa variação, se o treinador quiser.

Luiz Fernando não encontrará melhor professor do que Renato para jogar ali, onde está.


sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Opinião



Vitória encaminha a classificação 

Essa vitória em terras paraguaias possui as mesmas características presentes nesta série de invencibilidade, isto é, coletivamente foi bem e as individualidades decidiram, quando se fizeram necessárias.

Andei olhando "pedaços" de outros jogos, independente da natureza (Série B, Brasileirão, Copa do Brasil ou Libertadores); a maioria, eu "larguei" pela metade; Atlético Mineiro e Botafogo foi na primeira etapa. Assisti-los todos, passou a ser programa indigesto. Já o Grêmio, desconsiderando o fator torcer que pode mascarar a análise, está bonito de se ver. Ele nunca se fecha lá atrás; é propositivo e, além da filosofia que Renato acredita, apareceram as mexidas tão clamadas por parte da torcida. Se o jeito de jogar era ideia imutável, não havia jogadores para se tornarem "herdeiros" do futebol de 2016 e 17.

Ao promover o ingresso de Darlan e Jean Pyerre mais a boa participação de Luiz Fernando pela direita, o time encaixou. A chegada de Churín mexeu com Diego Souza e a letalidade de Pepê se ampliou.

Faltava fechar o arco na hora do aperto. Vanderlei começa a se justificar. Não são defesas de "marketing"; são de grande grau de dificuldade em horas absolutamente cruciais das partidas. 

Fez duas excepcionais no segundo tempo. Na defesa, Geromel sobrou em relação aos seus três companheiros de setor que não comprometeram.

No meio de campo, a razão principal para os 13 jogos invictos: Darlan e Jean Pyerre estão jogando cada vez mais e isso auxiliou a estabilidade "por cima" das atuações de Matheus Henrique.

Luiz Fernando é acréscimo em relação a Alisson; hoje no primeiro tempo , se concluísse bem a jogada em que deu três meia-luas nos adversários, este lance iria ilustrar a maioria dos noticiários esportivos. Perdeu dois na etapa final, uma, mérito do goleiro. Porém, gostaria de ver Ferreira ter a mesma sequência que o menino que veio do Botafogo.

Na frente, Diego Souza não repetiu as jornadas anteriores e Churín teve o mérito de deixar Pepê na cara do gol para o 2 a 0 no placar.

Quanto a Renato, apenas um reparo: se não foi por cansaço, "Monsieur" Jean Pyerre não deveria ter sido sacado. Juntamente com Pepê e Vanderlei, formou o trio dos melhores em campo.

Pinares vai entrando aos poucos. Vai se ambientando naturalmente. Lucas Silva, Rodrigues e Éverton não apareceram muito. Churín, talvez por ter mais tempo em campo que os demais, foi o destaque entre os que saíram do banco.

A vaga está quase garantida. Quase.

Seguem lances da vitória:







quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (243) - Ano - 1960-2020

A Morte de um Gênio

Fonte: tweetergremioportoalegrense

 Diego Maradona partiu nesta Quarta-feira. Havia completado 60 anos em Outubro. O coração não resistiu.

Tive a sorte de ver toda a sua carreira, sua genialidade e o admirava muito, não tanto quanto admiro Pelé, pois o Rei soube entender melhor a condição de Ídolo. Ficou naquele espaço entre Deuses e Humanos, já Maradona era cheio de “imperfeições”, por outro lado, isso o aproximou do estágio normal dos seres humanos “comuns”. Era mais real, mais “verossímil” aos olhos da gente. Seus escorregões frequentes não afetavam minha admiração por tudo que representava no futebol. Exemplificando: na recuperação da auto estima argentina, depois dos eventos Guerra das Malvinas e Copa do Mundo de 1986, aquela que era para ser na Colômbia e acabou sendo realizada no México. Aquela do Gol com a Mão, aquela do mais belo tento de todas as Copas do Mundo. Jogo que assisti na casa de meus primos, quando morava em Porto Alegre, logo depois do almoço que me proporcionaram.

É uma das muitas lembranças que tenho de Maradona, outra, a de sua passagem pelo Olímpico Monumental em 1980, atuando pelo Argentinos Juniors, vide El Pibe no Olímpico.

Há várias, mas a mais carinhosa e singela ocorreu em 1979, período que cursava a faculdade e a Universidade Federal possuía muitos alunos estrangeiros.

Naquele ano ocorreu a Revolução Sandinista na Nicarágua e eu tinha dois colegas de lá; Carlos Dennis e Simeon, este último, não voltou mais. Tornou-se cidadão brasileiro.

A situação estava dramática especialmente para Carlos que não conseguia nenhuma informação de seus familiares. Convém lembrar que não havia celular, nem internet naquela época.

O dinheiro que recebia de lá, sumiu. Ele estava vivendo da caridade de seus colegas. Escrevia e vendia livros de poesias (tenho até hoje um deles). Ele era só tristeza e nervosismo. Mesmo angustiado, teve que tocar a vida.

Uma tarde, os convidei para fazer o trabalho de aula lá em casa e após um café, meu pai ligou a televisão naquela peça que chamávamos de sala de tevê e, nós, da cozinha numa espécie de intervalo do trabalho de aula, vimos que estava começando um jogo da Argentina (acho que era Copa América) e meus colegas ao verem Maradona no time, simplesmente, esqueceram da tarefa acadêmica e foram assistir a partida, ou melhor, foram ver Maradona. Comprovei que El Pibe era mais próximo dos hermanos da América Central do que Pelé.

Vi Carlos recuperar o ânimo e recordo que naqueles “90 minutos”, conseguiu esquecer a tragédia pessoal que vivia.  Era visível o seu entusiasmo, torcendo para a Argentina. O encantamento que a figura de Maradona lhe produzia era indescritível. 

Naquela tarde, presenciei mais uma prova da magia do futebol; ele é capaz  de nos proporcionar lembranças magníficas, reservar momentos eternos em nossas vidas.

Maradona, pelo menos para mim, foi autor de vários deles.

Obrigado, Don Diego!

PS: Tive que fazer alterações no texto, depois de publicado, porque me emocionei ao recordar o sufoco daqueles tempos e ele saiu com  muitas falhas.

 

 

 

Opinião



  Libertadores com cara de normalidade

Os primeiros jogos das oitavas-de-final da Libertadores, embora sejam uma amostragem pequena, demonstram que os que ficaram em primeiro em seus grupos, estão confirmando a (em tese) superioridade. 

Com o privilégio de fazer a segunda partida em casa, os visitantes não perderam, o Santos até venceu e todos fizeram gol(s) fora de casa. É uma baita vantagem.

Flamengo, Santos e River Plate arrancam, confirmando as previsões de passagem paras as quartas-de-final.

Sobre o que nos interessa em especial: O Grêmio entra franco favorito para a partida de amanhã. Tem tudo para vencer e convencer. Tem elenco maior e melhor, vem num momento superior ao Guarani, tem o fator "decidir em casa" e outros mais subjetivos como camiseta e histórico recente nas edições anteriores.

Parece também, que Renato está gostando de ser menos criticado, de finalmente, se render às evidências e, se isso pode representar uma contrariedade para ele, para o seu ego; é na verdade, mérito seu corrigir o rumo do time e talvez, o destino do clube nesta temporada terrível.

Acho que passa bem pelo confronto no Defensores Del Chaco.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Opinião



  Razões Óbvias para a Melhora

Alguém pode "cornetear": Antes, queria a demissão do Renato e agora vem com esse papo de que a coisa mudou.

Esclarecendo: sempre deixei uma "brecha", uma possibilidade de ver o treinador reconsiderar em alguns pontos; usei até a expressão "repaginar-se", apenas, levou um bom tempo para isso ocorrer e fica sempre o perigo de uma recaída do técnico e a volta dos bruxos ser um fato nefasto, devastador para a "decolagem" gremista. Se se tem que deixar uma chance para a repaginada, também, há de se considerar a hipótese da retomada do bruxismo ou retrocesso. Perigo real e imediato.

Como a minha formação de torcedor vem dos áureos tempos de João Saldanha criando as sua feras a partir da singela conclusão que os melhores devem jogar (antes de 1970, houve 1969, as eliminatórias para o México); lá estavam Gérson, Jairzinho, Tostão e Pelé juntos, quando nem se pensava na troca do treinador da Seleção; então, uma das conclusões pela repentina melhora do Tricolor se baseia no aproveitamento dos melhores em cada posição; igualmente, porque os mais aptos são os jovens, a maioria vinda da base (mais algumas joias garimpadas como Rodrigues e Luiz Fernando), com isso, outra obviedade: a queda da média de idade do time. Resultado: desse somatório (melhores + melhores jovens), o time se tornou mais sólido defensivamente, mais ágil no meio de campo e mais veloz no ataque.

Ah! As lesões diminuíram e nem ouvimos mais frases que dão calafrios nos torcedores como "trocar o pneu do avião (sic) em movimento". Vencendo, essas bobagens passarão da condição de diatribes para chistes, como se dizia no tempo que se amarrava cachorro com linguiça. 

Conclusão: A soma de todos esses "mais" impulsionou o Tricolor para cima, para a busca do topo no Brasileiro e Copa do Brasil, isto deverá ser confirmado de forma idêntica na Libertadores.

Meu time está escalado: Vanderlei, Orijuela, Geromel, Kannemann e Guilherme Guedes; Darlan, Matheus Henrique e Jean Pyerre; Ferreira, Churín e Pepê. Fica a dúvida se Pinares terá espaço e bola para uma das vagas.

Pode não ser esse time de imediato, mas o meu sentimento é que mais dia, menos dia, se a sobriedade se sobrepor à soberba, será inevitável o torcedor memorizar os 11 titulares como se dizia antigamente: Do goleiro ao ponta esquerda.

Renato: Basta apenas rezar pela cartilha do bom senso. Nela estão escritas obviedades. O be a bá do futebol, desde a sua pré-história.

domingo, 22 de novembro de 2020

Opinião

 



O Grêmio deixou dois pontos na Arena Neo Química

Uma partida que, a partir da expulsões dos corinthianos, passou a expectativa de uma vitória gremista certa, terminar empatada, traz uma frustração grande. Só não foi maior, porque Vanderlei fez uma defesa fantástica, um milagre no final do jogo.

O Grêmio começou mal escalado. Se Kannemann não estava lesionado e com a sua suspensão na Libertadores, teria que ter jogado. Também Ferreira não pode ficar atrás de Luiz Fernando na fila pelo lado direito. Cortez, sua escalação, a justificativa de melhor marcador pode ser aceita, mas eu entraria com Diogo Barbosa, enquanto Guilherme Guedes não puder.

Por incrível que possa parecer, o Tricolor jogou melhor o primeiro tempo, quando a superioridade numérica era de 1 atleta. Na segunda etapa, o time pareceu enrolado, um emaranhado de lances sem sentido e muita indefinição na frente, na hora de concluir.

Onde esteve o diferencial destas etapas? Fácil. É Darlan. O menino era o melhor do time, distribuía o jogo com autoridade, porém, sua substituição se impôs a partir da (grande) chance de ser expulso no decorrer do jogo. Renato sensatamente, o substituiu, mas o time pagou um alto preço por isso.

Hoje, Diego Souza e Jean Pyerre ficaram devendo, Pepê repetiu as jornadas anteriores em termos de regularidade "mediana", mas sem os lampejos magníficos que proporcionaram os gols de Diego Souza na jornada diante do Cuiabá.

Orijuela esteve muito atrapalhado, Victor Ferraz entrou mal, Geromel e Rodrigues foram muito bem e Cortez teve uma grande contribuição num único lance que evitou o arremate que poderia ser fatal, mas foi isso apenas. Diogo Barbosa produziu mais do que Cortez, mas, aquém do que se exige de um lateral de clube do porte do Grêmio.

Darlan e Matheus Henrique foram os melhores, apenas abaixo de Vanderlei. Jean Pyerre, apesar do entusiasmo e boa vontade da torcida e boa parte da Imprensa, ficou devendo. Sua melhor participação foi numa cobrança de falta. É craque, mas há uma superestimada avaliação da importância de sua participação nos lances. 

Luiz Fernando alternou bons e maus momentos, num deles, exigiu a melhor intervenção de Cássio no primeiro tempo.

Um menção especial para Pinares que entrou, mostrou força e uma boa técnica, no entanto, não deveria ser a primeira opção para troca nas condições em que a partida se apresentou. Repito, sem Ferreira saindo jogando, deveria ter a preferência no intervalo.

Isaque, Churín nada acrescentaram.

Agora é o Guarany.

Como consolo, Vanderlei evitou a derrota certa.


Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (242) - Ano - 1998


O Adversário foi o Regulamento

Fonte:http://gremiodados.blogspot.com/
 

A história de Celso Roth no Grêmio tem o título da Copa Sul e dois "quase", o mais famoso; 2008, quando na segunda rodada do returno ficara 14 pontos á frente do vice e incrivelmente, a taça não foi para o museu do Tricolor. Mas há aquele momento de 1998.

Naquele ano, o Grêmio deu uma arrancada espetacular no final do certame, onde a última rodada reservou a mais insólita combinação de resultados, onde todos os que convinham ao Imortal, aconteceram e ele seguiu para as fases seguintes, ocupando a derradeira oitava vaga, pegando o primeiro da competição nos cruzamentos. Lembro que estava dentro do carro, atento aos plantões esportivos das rádios. Eles foram os maiores protagonistas da comunicação naquela tarde.

Depois de perder por 1 a 0 no Olímpico, o Grêmio precisaria de uma tarefa hercúlea, isto é, vencer o poderoso Corinthians de Luxemburgo, Gamarra, Silvinho, Vampeta, Rincón, Marcelinho Carioca, Ricardinho, etc..., logo em São Paulo, estádio do Pacaembu, território historicamente hostil na sua biografia.

Roth escalou: Danrley, Walmir, Rodrigo Costa, Scheidt e Roger; Otacílio, Fabinho, Luis Carlos Goiano e Itaqui; Rodrigo Mendes e Zé Alcino. Entraram no decorrer da partida, Robert, Djair e Clóvis.

Luxemburgo usou: Nei; Vampeta, Batata, Gamarra e Silvinho; Gilmar, Rincón, Ricardinho e Marcelinho Carioca; Dinei e Mirandinha. Ainda participaram Cris, Fernando Baiano e Didi.

O árbitro foi Wilson de Souza Mendonça e o público beirou os 40.000.

Naquele ano, pela primeira vez, as quartas-de-final seriam realizadas na forma de play-off. Azar do Imortal, pois conseguiu reverter a derrota e fez saldo, porque ganhou de 2 a 0. Na terceira partida, três dias depois, o Coringão venceu por 1 a 0 e seguiu em frente; neste caso, por ser "a negra", o Grêmio tinha a vantagem do saldo, se houvesse empate e o Corinthians, a do local por ter melhor campanha.

Logo aos 16 minutos, Goiano, centro criativo do time, saiu lesionado, entrou Robert. Muito melhor em campo, o gol foi questão de tempo para os visitantes. Aos 30 minutos, por não ter o seu principal batedor de faltas (Goiano), Rodrigo Mendes e Itaqui se prepararam para a cobrança. O segundo deu um petardo indefensável (foto acima) no ângulo superior esquerdo e igualou a disputa pela vaga. Golaço. 1 a 0.

Sempre superior, a consagração da jornada veio num tento espetacular do centro avante Clóvis, que aparou cruzamento de Rodrigo Mendes, isso, aos 42 minutos da etapa final.

Roth deu um nó tático em Vanderlei Luxemburgo, esse, que recebeu críticas públicas de Marcelinho Carioca pelas alterações táticas dele, de Vampeta e de Rincón. O meia atacante e treinador apenas se toleravam pelo profissionalismo.

Infelizmente, no meio de semana seguinte, a derrota veio junto com a desclassificação. O  detalhe do regulamento tirou as chances do time disputar as semifinais contra o Santos.

O consolo: ter perdido para o futuro campeão brasileiro daquele ano.

Fonte: arquivo pessoal do amigo Alvirubro

             gremiopedia.com

             timoneirosblog.wordpress

             gremiodados.blogspot.com

Seguem melhores momentos:






sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Opinião




O Fator 

2020 tomara que seja irrepetível na dificuldade imensa que a Humanidade passa com a Covid- 19. Tenho certeza que todos os que acompanham o blog tem conhecidos, parentes, colegas ou/e amigos que tiveram os sintomas do vírus ou pior. No Brasil, o número vai passar de seis milhões de pessoas.

O futebol também foi atingido, depois da sua volta. Era esperado, basta lembrar que jogos foram adiados ou quase isso, por conta do atingimento em massa nos elencos.

A última rodada reservou uma surpresa, a derrota do Atlético Mineiro diante do Paranaense no Mineirão. O Galo atuou muito desfalcado por conta da Covid 19, inclusive sem a Comissão Técnica. É apenas um exemplo.

Num campeonato onde ninguém consegue confirmar o favoritismo para o título, os cuidados com esse adversário extra podem ser o "craque" decisivo neste segundo turno de Brasileiro, bom como, na Libertadores e Copa do Brasil. 

Além de competência, os clubes terão que contar com a sorte, em especial, os que estão em competições internacionais.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Opinião



Carimbo para a sua Semifinal 

Consegui ver o jogo do Imortal à partir da 17h e um pouco. Vi, inclusive, o segundo gol de Diego Souza em perfeito contra-ataque, onde brilhou Pepê, nosso melhor jogador em 2020.

Vitória tranquila que foi construída logo de cara; 9 minutos num "cabeçaço" de Diego Souza em ótima jogada pela esquerda. Cruzamento açucarado de Pepê. Bola indefensável para João Carlos.

Renato surpreendeu ao deixar Ferreira no banco em favor do canhoto Éverton que ocupou a vaga do time pelo lado direito de ataque. Talvez, uma tentativa de recuperar/estimular o atleta que ficou afastado pela Covid-19. Verdade que com o ingresso de Ferreirinha no segundo tempo, ficou cristalina a diferença de objetividade entre eles. Ferreira é fácil mais jogador.

Ouvindo o Sportv,  a gente percebe a desinformação dos jornalistas: PC Vasconcelos, o mesmo que em 2006 disse que o papel do Grêmio de Mano Menezes no Brasileiro era lutar para não cair de novo, escolheu Alisson como titular, no caso de todos os postulantes ao lugar estarem em condições de disputa pela vaga do lado direito do ataque gremista.

Se antes, eu dizia que o Grêmio deveria usar dois Éverton Cebolinha (o original e seu clone, Pepê), hoje afirmo que o time tem que contar com dois Pepês (ele + Ferreira). Imaginem o estrago na cabeça dos técnicos adversários, que terão que neutralizar essa dupla.

Voltando ao encontro desta tarde; Diego Souza está outro jogador. Goleador, mais veloz, mais interessado no jogo. Geromel, a seriedade de sempre, Diogo Barbosa demonstrando que perdemos muito tempo com Cortez e o trio de meio de campo barbarizando, especialmente Darlan.

Apenas Ferreira entrou melhor do que o substituído; Churín, Lucas Silva, Thaciano e Isaque, pouco ou nada acrescentaram ao time.

Agora são 8 vitórias consecutivas sem Gauchão. Deve ser quase uma marca inédita, se levarmos em consideração que é alcançada em campeonatos mais exigentes do que o Regional. Trabalho para o Alvirubro pesquisar.

Voltando Kannemann e Orijuela + a disponibilidade de Piñares, as chances da boa fase prosseguir, aumentam.

Opinião




"O Futebol tem dessas Coisas"  

Essa frase é muito comum aos ouvidos de quem gosta de Futebol; não sei quem começou isso, mas, ela é verdadeira, porque é abrangente. 

Dentro desse universo, o fato da tragédia ser seguida por uma solução altamente satisfatória tem lugar certo.

Em 1962, Copa do Mundo do Chile, Pelé se lesiona, entra Amarildo, o Possesso, ele rebenta, Garrincha vira o craque do torneio e o caneco vem para o Brasil.

1970, Robertão, o Brasileiro da época, Flávio, grande goleador gaúcho do Fluminense, se lesiona, justamente na fase do quadrangular final. Entra Mickey, ele faz um gol em cada jogo, Palmeiras, Cruzeiro e Atlético Mineiro (1 a 0, 1 a 0 e 1 a 1); resultado: Fluminense campeão.

1981, Morumbi, o Grêmio toma um sacode do São Paulo, 3 a 0. Em seguida, Ênio Andrade faz uma revolução no time e cinco juniores assumem a bronca dali para frente: Paulo Roberto, Newmar, Casemiro, China e Odair. Todos sabemos o que aconteceu.

Este ano, Paolo Guerrero, nome mais saliente do Inter, tem problemas no joelho, Tiago Galhardo cresce e consegue o improvável em curto espaço de tempo; isto é, craque do primeiro turno, goleador e convocação.

Agora, se Renato quiser, ele que já tem Pepê que fez a torcida esquecer Éverton Cebolinha em curtíssimo prazo, pode atuar com mais 5 ex-juniores, Guilherme Guedes, Darlan, Matheus Henrique, Jean Pyerre e Ferreira, promovendo outra revolução (a exemplo de Ênio Andrade).

Se incluir Churín no comando do ataque, vira candidato à titulo nas três composições e fará as pazes com a parcela da torcida que o criticou nestes dois últimos anos (2019/20). 

Críticas justas, diga-se de passagem.


terça-feira, 17 de novembro de 2020

Opinião



200 Milhões de Reais 

Às vezes, para se defender ou justificar o desempenho irregular, o treinador gremista usa esta cifra presumivelmente utilizada pelo Flamengo e Atlético Mineiro. É o seu escudo; porém, penso que desvaloriza o elenco, sem que isso seja citado.

Fiquei pensando: se Pepê, Ferreira, Darlan, Matheus Henrique, Kannemann, Pedro Geromel, e Jean Pyerre estivessem no mercado, quanto custariam? O Tricolor teria "bala na agulha" para adquiri-los? Basta fazer o cálculo.

Avançando um pouco mais; quanto valem Diego Rosa e Tetê? Inimaginável ou quase. Pois estes atletas estavam dentro do Grêmio.

Então, esse discurso é fácil de ser refutado. Renato sabe, todos sabemos. 

Os 200 milhões estão no elenco profissional e bem mais na fábrica gremista.



segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Opinião

 



As Versões

Procurei ler sobre a entrevista de final de jogo que Renato concedeu no Sábado.

Ela apresentou a versão do treinador do "porquê" da afirmação que o time decolaria. Explicou que havia muitos lesionados, atletas chegando e excesso de jogos. Passando esta fase, o Grêmio avançaria na tabela. 

Criticou os que queriam mudanças na comissão técnica, em especial, uma parcela da Imprensa (no que concordo, plenamente). 

É a versão do treinador.

Há outra ou outras versões. As que eu acredito, isto é, que determinadas críticas são sistemáticas; como por exemplo, as que pedem a saída dele há dois anos, sem apontar soluções. Recordo que o fenômeno "treinadores estrangeiros" data de 2019 apenas, portanto, tenho curiosidade sobre nomes para o lugar de Renato (Roger, Mano Menezes?) lá em 2018. 

Também afirmo que Renato não está "coberto de razão".

Por que? Porque uma parcela da torcida clamava por mudanças, contestava determinadas decisões que vinham de encontro ao pensamento do treinador, quais sejam: insistir com Bruno Cortez, Robinho (antes, Thiago Neves), o sempre lesionado Maicon, a indiscutível titularidade de Alisson e Diego Souza.

Observem que são cinco posições questionadas, ou seja, meio time.

Se é verdade que o Tricolor está invicto há 10 jogos, também é verdadeiro que em apenas 2 partidas, ele rendeu satisfatoriamente. Aquelas de ausência da maioria dos criticados pela massa.

Escrevi e confirmo; meu time ideal: Vanderlei, Orijuela, Geromel, Kannemann e Guilherme Guedes; Darlan, Matheus Henrique e Jean Pyerre; Ferreira, Churín e Pepê. Com um voto de confiança para Piñares, que eu não conheço seu desempenho. Será o mesmo da cabeça do treinador ou ele ficou sem saída e lançou mão de Darlan, Ferreira, Jean Pyerre...?

O convencimento da mudança comportamental de Renato, o que eu chamava de "repaginada" lá no final de 2019, só se dará, quando Cortez, Maicon, Robinho e Alisson estiverem em condições de atuar e o destino deles ser o banco de reservas.

Até lá, serão apenas versões dos fatos para um período de ascensão do time.



sábado, 14 de novembro de 2020

Opinião




Goleada ao Natural

Bastou repetir Darlan, Matheusinho, Jean Pyerre no meio de campo e o time ficou forte, vitorioso com um futebol bonito de se ver. É muita diferença.

As sete vitórias não foram todas construídas com um futebol convincente; isso ocorreu diante do Fluminense e hoje, então, dá para afirmar que a causa principal está nesse trio de garotos. É simples.

Tudo correu bem nesta partida, apenas a lesão de Paulo Miranda e o vacilo final da zaga e de Vanderlei no segundo gol.

Os destaques foram Jean Pyerre, Luiz Fernando, Darlan e Victor Ferraz, mas isso, para salientar alguns nomes, porque o time foi muito bem.

Renato disse que o Grêmio ia "decolar" e decolou, porém, se isso é verdade, também é verdade que com as formações anteriores com apostas como Thiago Neves, antes, Robinho, depois, e um Maicon sem condições físicas, Bruno Cortez na lateral, o time iria ficar na pista sem forças para qualquer movimento ascendente. 

Diego Souza sentiu a sombra de Churín, mostrou mais disposição e o argentino precisou de 10 segundos dentro de campo para marcar o seu primeiro gol pelo Imortal.

É isso.

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (241) - Ano - 1971


Prenúncios de Glória

Fonte:https://www.facebook.com/pg/acervohistoricodogremio

25 de Setembro, 1 a 0, Ceará; Referências inesquecíveis! Lembram a conquista do Gauchão, após oito anos de jejum (25 de Setembro de 1977), o placar do primeiro título do Brasileirão e da segunda Copa do Brasil (1 a 0), também o adversário do bi campeonato desse torneio (Ceará).

Pois na primeira edição do campeonato Brasileiro realizada em 1971, o Tricolor encarou o clube nordestino no Olímpico e fez um duelo duro, cujo triunfo veio numa vantagem mínima com o gol saindo na metade da etapa inicial; seu autor, o meio-campista Torino (penúltimo na foto, entre Gaspar e Beto Bacarmate, ainda nas escadas).

O Ceará de Gérson dos Santos utilizou: Hélio; Mauro Cruz, Mauro Calixto, Nagel e Carlindo; Arthur, Edmar (Magela) e Luciano Oliveira (Marco Aurélio); Gilberto, Erandy e Victor.

Otto Glória usou: Jair; Espinosa, Arí Hercílio, Beto Bacamarte e Everaldo; Torino e Gaspar; Flecha, Caio, Scotta e Loivo.

A temperatura de 15 graus deixou os visitantes congelados, mesmo assim, resistiram bravamente aos ataques gremistas e a primeira chance de gol da partida acabou sendo do Ceará, quando Jair evitou a abertura do placar aos 17 minutos.

Aos 20, Flecha cruzou, Mauro Calixto cortou mal, Caio fez a parede, escorando para o chute de Torino no ângulo superior direito do arqueiro Hélio Show. 1 a 0. Parecia que a vitória seria fácil. Parecia.

Aos 30 minutos, Erandy deu um toque a mais e se atrapalhou cara a cara com o goleiro Tricolor. 

No segundo tempo, o Ceará reforçou mais ainda o setor defensivo, colocando Magela, mais marcador na vaga do lesionado Edmar para apostar tudo na tática dos contra ataques, especialmente pelo lado esquerdo, porque Everaldo apoiava muito. E as chances foram surgindo e desperdiçadas; Erandy, duas vezes e Victor, uma, perderam o empate.

A oportunidade derradeira ocorreu pela movimentação gremista; Flecha aproveitou vacilo do bom lateral Carlindo, que escorregou, mas chutou por cima da meta.

A partida terminou com uma  temperatura de 8 graus, o que dificultou as ações dos nordestinos (informo que a fonte me cedida pelo Alvirubro é do Ceará). Vale lembrar que naquela época, a migração massiva dos profissionais de futebol, não ocorria e viajar de uma ponta do Brasil para outra era semelhante a atuar nos países andinos nos dias de hoje, por exemplo. Recordo o sufoco que era enfrentar o Nacional de Manaus ou o Clube do Remo de Belém  em seus domínios nos anos 70.

Romualdo Arpi Filho foi o árbitro. O público baixo, deixou Cr$ 28.138,00 nas bilheterias.

O Ceará sempre me trouxe boas lembranças. No ano seguinte (13/09/72) meteu 3 a 1 no Internacional numa das raras derrotas do Coirmão no Brasileiro daquele ano. Dez dias depois, o meu time de botão virou o Ceará numa homenagem ao seu feito notável.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro



 




quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Opinião




A Mesma Tecla

Com Vanderlei, Geromel, Kannemann, Orijuela ou Victor Ferraz e Diego Churín, o Tricolor está bem servido de experiência, aliás, experiência com qualidade.

Esse meio time permite que ele seja completado com a juventude qualificada de Guilherme Guedes, Darlan, Matheus Henrique, Jean Pyerre, Ferreira e Pepê sem perder competitividade, pelo contrário; deixa o time mais veloz, impetuoso, intenso.

Há  anos que boa parte da torcida brada pelo aproveitamento de jovens e Renato, neste momento, dá indícios que vai ceder e reconsiderar, "rever conceitos" diante das evidências.

Não duvido que esta formação: Vanderlei, Orijuela, Geromel, Kannemann e Guilherme Guedes; Darlan, Matheus Henrique, Jean Pyerre; Ferreira, Churín e Pepê, conquiste um título destes três que o Imortal está habilitado até o momento.

Há ainda, Piñares que poderá dar uma boa dor de cabeça para o treinador.

É uma mudança de expectativa, pois a saída do treinador parecia iminente.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Opinião



Duro de Assistir: o retorno 

Tive um compromisso que me impediu de ver o início da partida. Liguei a televisão no exato instante em que Pepê era derrubado dentro da área, o pênalti que Jean Pyerre bateu com perfeição.

Feita essa observação, devo dizer que foi uma partida difícil de assistir. Talvez pela alta temperatura (32º) ou pela escalação que remeteu aos jogos anteriores ao de Domingo, o que se teve de concreto nas quatro linhas foi um time arrastado, que chegou atrasado em vários lances e graças ao goleiro Vanderlei, não saiu derrotado.

Além do arqueiro, destaco a boa movimentação de Pepê e o oportunismo de Diego Souza na hora do primeiro gol azul. Aliás, o centro avante repetiu as atuações insuficientes mais recentes.

A defesa fez água. Cortez realizou uma de sua piores partidas, Geromel acabou batido no gol do Cuiabá e David Braz muito atrapalhado. Victor Ferraz abaixo do que já se viu dele.

Lucas Silva discretíssimo, Matheus Henrique não repetiu a jornada anterior, onde até entrar na área adversária, entrou. Salvou-se Jean Pyerre com bom acerto de passes.

Ferreira esteve numa má jornada, o que é aceitável para quem está tentando se firmar e veio da base.

Os que entraram, apenas Éverton mostrou algo produtivo, Thaciano, Churin pouco apareceram e Paulo Miranda + Diogo Barbosa jogaram poucos minutos.

O Grêmio encaminhou a vaga para a semifinal que para meu gosto é  onde começa a Copa do Brasil para um clube no estágio onde o Tricolor está.

Isso releva o que se viu hoje à noite.


terça-feira, 10 de novembro de 2020

Opinião




As Lições do Momento Esportivo no Brasil 

Olhando para estes dois anos mais recentes (2019/2020), nos deparamos com "fenômenos" que volta e meia assaltam a realidade brasileira, ou seja, podemos chamar de tendências ou moda, conforme a sensibilidade ou ótica do observador.

O ano exitoso de Jorge Jesus e Sampaoli abriu espaço para a ideia que os treinadores estrangeiros estavam ou são melhor preparados do que os brasileiros (compartilho desta vertente), mas o exagero, o excesso, pode deturpar esta realidade. Explico: Alguns treinadores embarcaram nesta onda, fora do contexto (Rafael Dudamel no Galo) ou Domenec Torrent, um treinador errado na hora e clube certos ou Eduardo Coudet, um técnico certo, na hora certa, mas no clube errado (aqui, honestamente, não é anti-coloradismo).

Estes eventos temporais são assim; exemplificando: na segunda metade dos anos 70 na cultura brasileira houve um "boom" da música nordestina a partir do sucesso de Belchior, Fagner, Ednardo, Zé Ramalho, etc... ou na primeira dos anos 80 com o rock de Brasília (Paralamas, Legião e Plebe Rude), o eixo SP-Rio com (Ultraje, Titãs, Ira, Barão e Blitz) ou no Sul com Engenheiros, Julio Reny, TNT, Cascaveletes, Astaroth, etc... porém , junto com estes exitosos, houve muita banda que não "aconteceu", isto é, ficou no meio do caminho ou eram ruins mesmo.

Além disso, esse momento serviu para a verificação do sentimento parcial, tendencioso, de parte da imprensa que condenou Coudet, dizendo que agiu amparado pela lei, mas ficou devendo a questão ética. Engraçado! Quando o Inter despachou Diego Aguirre, não lembro de ter visto/lido/ouvido esta qualificação para a ação do clube. Até alguns dirigentes vermelhos foram ressuscitados para elevar o moral "nesta hora difícil" e outros jornalistas historicamente moderados, dedicaram generosos espaços para escancarar a atitude "surpreendente" de Coudet e vitimizar o Coirmão.

Será que o Flamengo foi "ético" ao liberar Torrent com menos de 100 dias de trabalho, com a chance de ganhar Libertadores, Copa do Brasil e/ou Brasileiro? 

Realmente, esta período está generoso em acontecimentos para o torcedor crítico ir aprendendo como a banda toca.

Generoso e didático.

Opinião




Mudanças parecem evidentes 

A amostragem do Maracanã pode ser pequena, diminuta, podem os avanços do time ser classificados como insuficientes para uma conclusão séria, porém, as experiências anteriores indicam que a insistência em determinadas medidas já tiraram muitos pontos do Grêmio e a paciência da torcida. 

Vamos aceitar (como exercício de paciência) que era necessário testar Robinho, insistir com Diego Souza, ignorar a possibilidade de ter dois laterais ofensivos, esperar (e muito) por Jean Pyerre; agora, chegou a vez de insistir em mudanças que sinalizaram um avanço significativo na última rodada do Brasileirão.

Na sua volta da Seleção, contar com Orijuela e os demais: Darlan, Diogo Barbosa, Jean Pyerre, Ferreira e Churín no time titular é exigência do bom senso. Eles merecem ser testados para a confirmação de novos ventos na forma de atuar do Tricolor.

É uma revolução. São seis mudanças cuja a amostragem foi entusiasmadora.

Falta confirmar e isso só se consegue atuando.


domingo, 8 de novembro de 2020

Opinião

 



O Grêmio "sobrou" hoje

Este jogo desta noite me passou dois sentimentos; um antes da partida, outro do meio para o final do segundo tempo. O primeiro se confirmou, o segundo felizmente, não. Quais eram? Que a escalação beirava a ideal (faltaram o trio final defensivo e Ferreira na direita). À medida que a partida avançava para o seu final, a incapacidade de "matar" o jogo, me lembrava de Flamengo 1 x 1 Grêmio, primeiro turno, gol de Pepê, perda em profusão de chances e o castigo no fim; pênalti discutível de Kannemann e a frustração.  

Renato escalou Orijuela e Diogo Barbosa juntos e ganhou muito com isso, Orijuela é intenso, veloz e impetuoso. Desafoga o time pelo lado direito. Barbosa sem ser uma "brastemp" é superior na comparação com Cortez. A zaga soube controlar bem o ataque carioca; quando foi superada, brilhou o arqueiro Paulo Victor. Atuação impecável dele.

No meio, talvez a grande diferença para os enfrentamentos anteriores: juventude e talento. Darlan, Matheus Henrique e Jean Pyerre jogaram demais. Muita maturidade, consequência e qualidade.

Na frente, Luiz Fernando subiu de produção na etapa complementar. Fez a sua melhor apresentação. Faltou o gol; aliás, faltou para Churín. Que jornada! O ataque finalmente jogou completo; havia um "9". Pepê esteve presente na área no momento decisivo.

Os que entraram, igualmente foram bem; aliás, considero Ferreira o melhor em campo, juntamente com Orijuela e a dupla de volantes (Darlan e Matheusinho). A vantagem de Ferreira é que apresentou muito em menor tempo em campo.

Para encerrar: Respeito obviamente opiniões contrárias, mas a minha é a de que o "rótulo" que colocaram no Churín de ter "pouca intimidade com a bola", mas tem muita entrega, muito raça, é falsa ou pelo menos, precipitada, pois pergunto: em que jogada dele hoje, ele "quebrou a louça", "tropeçou na bola", "judiou da pelota", teve dificuldade para tabelar ou errou um passe fácil? 

Na verdade, fez o que Diego Souza fazia, quando "pifou" Pepê no tento único, também ganhou bolas aéreas nas duas áreas. Nem toco no quesito comprometimento com o coletivo do time; aí, vira covardia a comparação.

Ficou uma dúvida final: Ferreira estraçalhou, porque estava bem ou foi por jogar no lado esquerdo?

Verdade é que o confronto deste Domingo demonstrou que apostar num "11" mais jovem, dá melhores resultados. Um exemplo? Robinho ou Darlan?

Se Renato queria testar, ele que tire suas conclusões.

sábado, 7 de novembro de 2020

Opinião



Regalos 


Com a proximidade do fechamento da janela exterior para contratações, parece que a notícia da vinda de Piñares da Universidad Católica é real. É apenas ou virá um volante, também?

A lembrança dos enfrentamentos com o clube chileno neste ano é de Ariel Holán, o técnico argentino, Zampedri, centro avante goleador e do armador Aued, um árabe de origem, que cadenciava o jogo.

De Piñares lembro o gol na infelicidade de Rodrigues; nada mais.

De qualquer forma, o que atenua minha surpresa é o fato de ser recomendado pelo CDD, setor gremista incumbido de avaliar o mercado, portanto, não ser exclusividade de Renato a sua contratação.

Outro presente que o Tricolor recebeu foi o cruzamento com o  Cuiabá, clube que disputa a Série B. Dentro das opções do sorteio, a melhor, com certeza. Não quer dizer que passará "por decreto", mas é um alento a sorte estar ao nosso lado.



sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Opinião



Grêmio confirma a classificação com Vitória


O Tricolor conquistou a vaga com duas vitórias, mas não foi fácil como pode parecer, o Juventude (dentro de suas limitações) fez um bom enfrentamento, tanto que alguns destaques azuis estiveram na defesa: Vanderlei, Geromel e Kannemann.

Já havia escrito anteriormente que Lucas Silva na falta de um volante melhor, deve ser titular, sorte para o time, que Maicon se lesionou e sua saída fortaleceu o setor defensivo no meio.

Matheus Henrique segue devendo, o mesmo ocorreu com Isaque. Quando Jean Pyerre ingressou na equipe, ficou clara, límpida, cristalina, a diferença que faz um verdadeiro armador organizando o setor. Não pode ser reserva; pelo menos, no atual plantel.

Na frente, Ferreira era o melhor atacante, talvez até entre os 11 gremistas. Sua saída é inexplicável sob análise apenas do seu desempenho e Diego Souza, sua atuação fraca foi neutralizada pela bela jogada no gol de Thaciano.

Pepê cresceu após a saída de Ferreira; a impressão que ficou para mim: o time jogou muito pela direita até a troca, a entrada de Thaciano; aí, Pepê deslanchou.

O gol desestabilizou o Juventude e a partida aparentou ser mais fácil do que realmente foi.

Os destaques; o trio final (Vanderlei, Kannemann e Pedro Geromel), Jean Pyerre que entrou muito bem, Ferreira e Thaciano, este último pela efetividade; a bola que se apresentou, ele não perdoou. 

O resumo é o seguinte: Ferreira e Jean Pyerre são titulares, Churín precisa ganhar uma chance e Maicon, infelizmente, deve se espelhar no exemplo de Marcelo Oliveira.

Desejo muita sorte no sorteio de amanhã, porque ela será fundamental para ganhar mais uma grana e sonhar um pouco com o título da Copa do Brasil, afinal pegar Cuiabá, Ceará ou América Mineiro não é a mesma coisa do que enfrentar Inter, São Paulo, Palmeiras ou Flamengo.


quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Opinião




Corra! 


E o prazo está expirando. Faltam 5 dias para o fechamento do período de contratações do exterior, vide Correndo contra o Tempo.

Ramirez não vem, mas deve haver um plano B, já que no mercado interno não há alguém que entusiasme ou que não tenha se comprometido pelo número excedente de partidas para uma transferência.

O nome de Claudinho (que a minha filha me alertou sobre a bola que joga, há uns dois meses) é para 2021. Ali, o Tricolor acertará em cheio, pelo menos pela parte visível para nós, simples mortais espectadores (isto é, os gramados).

Dentro do elenco, além de Jean Pyerre ou Pedro Lucas, o que mais tem vocação para "10" talvez  seja o Éverton que veio do São Paulo. Renato poderia testá-lo; pior que com Robinho, não fica.

Encerrando: amanhã veremos um Grêmio concentrado, focado, "babando" pela busca da vaga. É o que se espera, depois daquele futebol constrangedor da maioria do tempo na Segunda-Feira de Finados.


terça-feira, 3 de novembro de 2020

Opinião




Incontestável 

Num olhar mais calmo, a campanha do Grêmio não é tão ruim; vencendo o jogo atrasado, o Tricolor "encosta" nos líderes com todo o returno pela frente. Além disso, recebe e receberá reforços, em tese, para a titularidade. Sim, é possível, buscar o Brasileirão. Então, onde está a razão para tanta ira contra a Direção e, em especial, contra o técnico Renato? 

Arranco, dizendo que, realmente as chances são boas de botar a mão no caneco, mas procede a ira da torcida, porque ganhar Gauchão é normal, segundo, classificar na fase de grupos da Libertadores no atual estágio gremista é obrigação, terceiro, para quem entra nas oitavas-de-final da Copa do Brasil, chegar entre os quatro (semifinal), igualmente, é obrigação. Resumindo; o que se tem de "campanha satisfatória", não é exatamente assim como propagam Direção e Treinador. A Libertadores e Copa do Brasil para as exigências do momento que vive o clube, estes torneios não "começaram". 

O  que parece contraditório - boas chances x ira da torcida, está relacionado com o desperdício de pontos incompreensíveis (reservas diante do Ceará na segunda rodada, empatar com o Corinthians na pior fase dele no Brasileiro, perder para o, então lanterna, Sport Recife em casa, empatar com o Fortaleza na Arena). São nove pontos que foram pelo ralo, sete deles como locatário.

As escalações de atletas sabidamente em má condição (física, psicológica ou/e técnica), a preterição de juniores promissores, a indefinição de um sistema de jogo; formaram o grande "cadinho" que temperou o humor da massa gremista.

Entretanto, se o que foi relatado acima é passível de contestação, de discordâncias, reservei um derradeiro argumento de que as coisas não andam bem pelas bandas do Humaitá, um incontestável: Se Tetê, que escrevi em Fevereiro de 2019, talvez o maior jogador revelado pela base nas últimas duas décadas, estivesse no Tricolor hoje aos 20 anos, por certo, estaria ganhando "casca" no time de transição para, quem sabe, daqui há dois anos ser "lapidado", entrando de vez em quando, no time principal, algo que ocorre com Ferreira, 23 anos incompletos ( faz em Dezembro) que sofre para ganhar migalhas de minutos em campo, apesar das evidências da excelência de seu futebol e da ruindade de seus concorrentes.

Repito: pode-se discutir todos os elementos que escrevi, exceto este último parágrafo, pois, desconfio que os ucranianos não são tão estúpidos para colocar um menino a disputar a Champions League, mesmo que não tenha disputado profissionalmente sequer o glorioso Gauchão, sem ver nele o grande potencial que o presente materializa.

Apostar no bruxismo e relegar a plano muito inferior os garotos da base é o maior erro, a maior indisposição do treinador com a torcida.

O limite da tolerância passou por essa triste combinação.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Opinião





Mais uma Vitória Sofrida


O segundo triunfo consecutivo no Brasileiro veio com muita dificuldade, assim como ocorreu pela Copa do Brasil diante do Juventude. 

Renato escalou praticamente todos os titulares, mas as escolhas dos reservas que saíram jogando foram equivocadas. Robinho é o replay de Thiago Neves acrescida a dificuldade de não ser armador. É uma equação difícil de ser positiva, isto é, um jogador mediano com uma lesão grave recente + atuando fora de seu "métier". 

No bolo da inconsequência, a adição de mais dois meio-campistas lentos (Matheusinho e Maicon) e um "poste" no comando do ataque. Sorte que o Bragantino não confiou no seu taco. Um time mais arrojado teria vencido o primeiro tempo com facilidade.

Vanderlei foi bem, Orijuela, o melhor, mas isso ficou visível, após o ingresso de Ferreira, que não deveria ter sido preterido por Luiz Fernando. Diogo Barbosa até agora, apenas tem mais intensidade do que Bruno Cortez, o acréscimo é pequeno.

O miolo da zaga foi muito mal; Rodrigues, nervoso e David Braz, estabanado. Esse, consagrou a expressão "perigo nas duas áreas". Fez o gol providencial.

Lucas Silva, neste momento, é o mais importante do setor, menos pela qualidade técnica, mais pela vocação do lugar. Pode-se discutir Lucas Silva, mas não a necessidade de um jogador mais forte na marcação.

Chegando à frente: Luiz Fernando andou muito mal; Diego Souza se juntou a Robinho na incapacidade, no prejuízo ao time, na imobilidade. Precisa ser preservado, sendo afastado do time principal, depois que se viu o que Churín deu de contribuição (esteve presente nos dois gols). Disputou todas as jogadas com muita raça e disposição.

Pepê segue mal, mas é indiscutível  que é um dos titulares mais importantes. Ali, o lugar está bem preenchido.

Finalizando, Renato fez bem em preservar os zagueiros, pois vai precisar muito deles em Caxias do Sul, porém, a preterição de Ferreira e Isaque para sair jogando foi um erro grosseiro, especialmente, porque o primeiro é jovem e não está desgastado fisicamente em 2020 e o segundo, porque teria Jean Pyerre como alternativa no banco.

Se eu fosse treinador de futebol e vivesse disso, entre tantos fatores para escalar uma equipe, não desprezaria o pensamento da "média" da torcida, pois levando isso em consideração, acertaria 9 em 10 decisões. O afastamento de Robinho é apenas um exemplo disso. Está caindo de maduro. 

Robinho é Thiago Neves 2 - o Retorno.

domingo, 1 de novembro de 2020

Opinião



Jogo para entrar para a História 


Este jogo de amanhã à noite, Segunda-feira de Finados, pode ser um marco na história do Tricolor. Nada tem a ver com títulos ou com a grandiosidade do adversário, porém, ele marcará a estreia de Diego Churín, novo centro avante gremista, um argentino com identificação com o Paraguai, situação semelhante vivida por Lucas Barrios.

Vi o vídeo de despedida de um emocionado Churín, mostrando reconhecimento e gratidão ao Cerro Porteño. Lógico! isso não é garantia de qualidade e sucesso dentro das quatro linhas, mas é uma impressão impactante. Impactante e positiva. Parece ser tranquilo fora dos gramados.

Depois de experiências tortuosas dentro e longe do ambiente do futebol com contratações frustrantes para o setor ofensivo, pressinto que com Diego Churín a camisa "9" estará bem ocupada.

É isso! Arrisco dizer que dessa vez, o Imortal acertou.