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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Opinião




Rodízio no Gol? Sem problemas 

Talvez seja a falta de assunto, mas em mais de um programa esportivo de rádio, o tema que envolve o rodízio entre Gabriel e Brenno no arco foi predominante. Quase que de forma unânime, desaprovando, justificando com a instabilidade emocional que isso geraria nos jovens arqueiros.

Acho que esse argumento é frágil, porque são dois goleiros com passagens em selecionados brasileiros, também, pelo fato de haver jogos quase todos os dias, então, o que sobrar no banco numa determinada partida, não ficará mais do que 3 ou 4 dias aguardando a chance de atuar, isso, com o mesmo quarteto defensivo. Aliás, desconfio que essa prática não será para definir um titular e outro reserva. Jogarão, isso é importante.

Embora seja peculiar essa medida, lembro que existem exemplos muito bem sucedidos em revezamentos de grandes goleiros como Castilho e Veludo no Fluminense nos anos 50, ambos foram convocados para a Copa do Mundo na Suíça em 1954; Alberto e Arlindo na década de 60 no próprio Grêmio, sem prejuízos para os envolvidos e na memorável quebra de tabu que já durava 23 anos sem títulos pelo Corinthians Paulista, quando Jairo e Tobias atuaram em rodízio na conquista do campeonato paulista de 1977.

Sinceramente, a imprensa está com falta de assunto e a gente embarca nessa, também.

Resumindo: temos dois ótimos goleiros que jogarão de 7 em 7 dias, sem problemas, se o técnico for sensato e inteligente.

sábado, 29 de janeiro de 2022

Opinião




Sem Razões para ser Otimista 

O empate do time de transição tem uma pequena parte na construção do título acima, seja pela (falta de) qualidade dos atletas, o (des) entrosamento, o campo horrível, a tradição de embates complicados no Bento Freitas, o incompreensível recuo pela segunda vez, quando sai na frente no placar; todos ou alguns destes fatores fizeram para o espectador duas horas de tortura à frente da tevê. Quem não viu, ganhou tempo e evitou a irritação. Ninguém se salvou nesta partida, nem Elias, o menos ruim.

Mas esse empate é a parte mais recente da visível desorientação que vive o Grêmio, um exemplo foi a entrevista do capitão Geromel, onde ele consagrou umas frases sobre o erro da saída de Maicon, indo se associar a fala do vice Denis Abraão, que inaugurou este tema, igualmente condenando os que o precederam no cargo, isto é, Maicon, segundo ele, não deveria ter sido dispensado. Aí, eu pergunto: onde estão os jornalistas nesta hora que não ouviram a opinião do presidente sobre a tomada de decisão que excluiu o ex meio-campista do Tricolor? ele deveria ser ouvido. Foi-se o tempo dos "assuntos de economia interna" como dizia Rudi Armin Petry, um estrategista na arte de lidar com a imprensa, sempre preocupado primeiro com o clube, longe das luzes perniciosas que procuram brechas para ampliar a crise azul.

Outra notícia dá conta que o clube deve dispensar mais atletas para chegar ao "ponto de equilíbrio"; faz-se necessária nova questão: se não caísse e se classificasse para a Sul americana, faria esta faxina tão necessária? pela primeira vez, dá para afirmar: santo rebaixamento, que liberou um rosário de nabas.

Por fim: a derrocada gremista tem efeito estimulante imediato no tradicional rival; quem não lembra que as conquistas de 2006 pelo Inter começaram a ser gestadas por Muricy nos anos terríveis de 2003 e 2004 que culminaram com a disputa da Série B em 2005, portanto, três anos de bandeja para o Coirmão "arrumar a casa".

Parece que o Grêmio de hoje, se esmera em deixar o caminho livre para o Colorado. 


sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Opinião




O Entrave 

Olhando para as negociações no mercado brasileiro, os nomes negociados ou especulados (Vitor Bueno, Marinho, Pablo, Fábio, Janderson, Léo Pereira), alguns pela idade, outros pela falta de qualidade, só demonstram que o caminho que o Grêmio deve investir é o da fonte da base, da sua base.

O recente passado dá todo o esclarecimento necessário para não cometer esses erros (aos olhos do torcedor); porém, há uma nuvem sobre essa realidade: a ação predatória (para os clubes, lógico) dos empresários e dos dirigentes que não prezam pelas instituições que dirigem.

É o obstáculo que os torcedores do Grêmio vão ter que superar. O mais grave! não depende deles.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Opinião



Vitória na estreia da temporada 2022  

O Tricolor iniciou vencendo na estreia do Gauchão, usando a base do time de transição. O adversário tem muita tradição, mas não foi páreo para os jovens gremistas.

Há fatos novos que merecerão ser conferidos no próximo confronto; quais sejam, antes, usar reservas ou time "C", os torcedores sabiam que era derrota certa. Esta escrita quebrou-se. Ponto para o Grêmio. O Caxias pareceu muito mais fraco que em anos anteriores; desarrumado, carências individuais e mal treinado. Ponto de interrogação: O que afetou mais hoje?A ruindade do oponente ou a escrita quebrada?

Quem teve a chance de assistir, viu um grande goleiro surgir (Felipe Scheiberg); se atrapalhou no gol sofrido, porém, ele fez ótimas defesas e nesta primeira impressão, demonstrou dominar os fundamentos do arco, além de ótima envergadura (1,96 m), braços longos, ser magro e tranquilo.

No meio, Bitelo apareceu mais do que Pedro Lucas nesta tarde/noite. Na frente, dois destaques: Elias, que marcou dois gols e Rildo, insinuante, driblador, ainda que tenha sumido na etapa final.

A vitória ficou ameaçada pelas mudanças. Ouvi no pós-jogo que Elias e Rildo pediram para ser substituídos, então, isento o treinador nessa queda de rendimento que ameaçou a conquista dos três pontos. Quem entrou, não esteve bem.

Resumindo: Olhando as nabas (a peso de ouro) que o Grêmio trouxe recentemente e o que a meninada vem apresentando nos torneios de base e hoje; o mais recomendado é investir na gurizada. Pelo menos, a conta é mais baixa.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Opinião



Viciada na Origem

Esta semana, o Grêmio começa a sua temporada de 2022; ela (a temporada) traz os vícios do ano mais decepcionante de quase duas décadas, já na arrancada. Estão mantidos os principais elementos que consagraram a terceira queda para a segunda divisão. 

Houve erros indiscriminados ao longo de 2021, alguns pecados "veniais", outros "capitais", exemplificando: manter Renato ao longo de todo o ano passado seria um erro, mas, provavelmente, estariam criticando o treinador por ter colocado o Grêmio na "pré-Libertadores" de 2022 num campeonato de muitas ruindades. Não ocorreu, Renato foi defenestrado antes do início do Brasileiro. No entanto, pecado capital foi tê-lo trocado por um profissional que se mostrou despreparado para encarar clubes grandes e torcida fanática, isso, associado com apostas infelizes no coração do time (meio de campo), esse duo de ações foi "mortal ao Imortal". Todos os demais equívocos se fossem livrados destes dois citados, seriam insuficientes para incluir o clube no grupo de rebaixados. 

Pois 2022 começa com um treinador mediano, sem trabalhos relevantes e, mais grave, um dos responsáveis pela grife do terceiro tombo do Tricolor e com o meio de campo capenga que se mostrou inapto para as competições e a grandeza do clube.

Finalizando: outro equívoco basilar; qual seja, não pensar grande, pois o objetivo deste ano é subir para a Série A. Isso é contra os ensinamentos de Guardiola, para citar, o maior dos "professores" da atualidade, porque se pensar em ser campeão, obviamente, o acesso estará garantido. É o mesmo que almejar o título do Brasileirão e garantir vaga na Libertadores; não o contrário, entrar numa Série A com o discurso pérfido para o torcedor que é: - Primeiro garantir uma das vagas para a LA, depois, se der, brigar pelo título.

Um erro monumental de planejamento. É idêntico a entrar em campo para empatar, ou seja, começa muito próximo da derrota. A matemática mostra que um está ao lado do zero e não do três.

Se apequenar para ficar com time com "cara de Série B" não é sensacional, "grande sacada", "saber sofrer", "ralar a bunda no chão"; na verdade, é um atestado de pequenez e despreparo para comandar o futebol do Grêmio.

Era hora da imposição, mas pelo jeito querem exercer a "imortalidade" a custa do sofrimento da torcida.


domingo, 23 de janeiro de 2022

Pequenas Histórias

Dando prosseguimento; abaixo vai  a segunda e última postagem sobre Gauchão, memória afetiva que envolve uma passagem do meu tio Adalberto Albo por Santa Maria com destaque para o zagueiro Donga, do Inter de Santa Maria.

Pequenas Histórias (263) - Ano - 1973

Meu Tio Adalberto

Fonte: Jornal A Razão

No Inverno de 1973, minha família recebeu a visita dos tios Adalberto e Ruth que moravam na capital. Ele, fisicamente era parecido com o ator Mário Lago; participou do processo que levou a Refinaria Ipiranga de Uruguaiana para Rio Grande, de onde decolou para ser essa potência que se mantém até os dias de hoje. Fez carreira até a aposentadoria. É também avô do músico gaúcho Luciano Albo, ex integrante da memorável banda Cascavelettes; além disso, junto com Frank Jorge, abriu o show de Paul McCartney em Porto Alegre no ano de 2017.

Naquela época (73), eu achava que ser torcedor fanático de futebol era coisa de adolescente apenas. Adulto era mais comedido, o meu pai, se era fanático, sabia disfarçar, não demonstrava euforia ou profunda depressão, conforme o resultado. Pois nessa visita de meus tios, esse conceito foi por água abaixo. Justamente, naquele final de semana, o Grêmio estava na terrinha para encarar o Inter SM na Baixada Melancólica, confronto programado para o Domingo, dia que se mostrou carrancudo, por ser frio e chuvoso, o que desencorajou o pessoal a assistir no estádio. Foi uma atitude sensata, porque, possivelmente já não haveria mais ingressos e o barro seria uma presença certeira nos arredores do estádio e no gramado com características de clube de interior, ralo e irregular, sem drenagem. Programa indigesto, com certeza.

Lembro que ficamos (eu e meu tio) na sala de entrada, que possuía uma mesinha de centro, onde jazia, geralmente sem função, um cinzeiro, ninguém fumava lá em casa; ele recebeu a companhia do rádio Philips de pilha e ali, eu vi um homem maduro fumar um cigarro atrás do outro; levantar, se movimentar nervoso em sua torcida que se mostrou infrutífera no final do prélio.

O Inter SM do técnico André Heinz atuou com: Nadir; Tadeu Menezes, Ademir, Donga e Humberto; Paulinho, Figueiró e Valdo (Maurinho); Edson, Sílvio (Nelsinho) e Marcos Cavaquinho.

Milton Kuelle escalou o Imortal com: Picasso; Cláudio Radar, Ancheta, Beto Bacamarte e Jorge Tabajara; Carlos Alberto Rodrigues e Humberto Ramos (Laírton); Carlinhos, Mazinho, Obertti e Loivo (Bolívar).

O campo enlameado foi muito mais adversário  da equipe da capital, ainda assim, ela teve as maiores chances e mais posse de bola, transformando o arqueiro Nadir na maior figura em campo. O Grêmio exerceu seu maior poderio, porém, no final da etapa inicial, Jorge Tabajara cometeu em Edson, falta  no lado direito de ataque. Tadeu Menezes, demoradamente, se ajeitou para cobrar, aguardando até que o zagueiro Donga com seu passo de Pantera Cor de Rosa, atravessasse o barro de área a área. Decorriam 37 minutos do primeiro tempo. Tadeu deu um efeito na batida da bola que primeiro passou por Beto, depois por Ancheta, mas não pelo beque colorado. Mesmo desequilibrado, Donga conseguiu dar um toque de perna direita na pelota que entrou mansamente no lado esquerdo da meta do goleiro Picasso. 1 a 0. Vibração da massa vermelha, que reverberou também nas arquibancadas do Beira-Rio, onde o Coirmão recebia o Aimoré.

No intervalo, meu tio mantinha as esperanças: - Vamos virar, sentenciava. Eu não tinha dúvidas: - Vamos virar, o Grêmio está muito melhor; concordava com muito entusiasmo.

Milton, o eterno Formiguinha, lendário ex meio-campista que no ano anterior deu uma pausa no seu consultório para assumir a batuta do vestiário gremista, mexeu no time, tirou Humberto Ramos, recuou Mazinho, trouxe Obertti para a ponta de lança e fez entrar, Laírton no comando do ataque. Renovaram-se as esperanças, o time ficou mais ofensivo. No lado dos locatários, o ex-zagueiro André Heinz, igualmente, mexeu nos seus onze, visando segurar o resultado.

A zaga colorada, "na dúvida, jogava para fora", conforme texto do jornal A Razão; resumindo, um segundo tempo de muita fumaceira, muita lance enrolado, onde a sorte e a grande atuação do arqueiro Nadir foram essenciais para a manutenção do placar de 1 a 0.

Final de jogo, o cinzeiro da sala lotado, meu tio se conformou com o insucesso sem mostrar grande decepção daquilo que considerei uma tragédia. O penta do Inter estava se consolidando.

Acompanhar aquela partida com o tio Adalberto me apresentou algo novo, isto é; que a agitação e envolvimento entusiasmado com um jogo de futebol, não era propriedade exclusiva dos jovens. No futuro, que à época julgava distante, na minha maturidade, eu poderia seguir torcendo fervorosamente, sem o constrangimento do passar dos anos. Era um sentimento natural, constatei naquela tarde.

O casal Ruth e Adalberto teve dois filhos, a Alba, mãe do Luciano e outro mais velho, que o destino antecipou a homenagem; chama-se Renato.

Fonte:   Arquivo Histórico de Santa Maria
              Arquivo Pessoal do amigo Alvirubro
              Jornal A Razão
              Jornal Correio do Povo  









 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Opinião




Suprassumo 

su·pras·su·mo 

(latim supra summusacima do mais alto)
substantivo masculino

O ponto ou o grau mais elevado (ex.: o suprassumo do realismo). = AUGECULMINÂNCIACUMECÚMULOMÁXIMOQUINTA-ESSÊNCIAREQUINTE


Ouvindo o Repórter Esportivo desta tarde, ficou difícil acreditar, porém, a informação procedia; isto é, o Grêmio após o rebaixamento, liberou 13 atletas, o que representa uma economia de mais de 7 milhões de reais, repito, mais de 7 milhões de reais, valor que é o dobro ou triplo de muito elenco de clubes da Série A.

A perplexidade aumentou quando o jornalista apresentou a nominata: Rafinha, Vanderson, Paulo Miranda, Ruan, Bruno Cortez, Darlan, Luiz Fernando, Éverton Cardoso, Léo Pereira, Borja, Alisson, Jean Pyerre e Douglas Costa; com exceção de Vanderson (pelo menos, para mim), NINGUÉM merecia um momento de reflexão ou hesitação para dar o bilhete azul. Era certo o ato de despachar.

Nem estou tratando de dispensas ao longo do ano passado. São apenas os dispensados pós-rebaixamento.

É ou não, o ponto mais elevado da má gestão, do rasgar dinheiro (pelo menos, no ponto de vista do clube)?

Passa por aí, mas não só por aí, a queda vertiginosa e vergonhosa para a segunda divisão.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Opinião


  

 

Treino é treino, jogo é jogo, mas e "jogo treino"?

O maestro Didi, o Príncipe Etíope, condutor daquela Seleção de 58 e 62, não era muito fã de treinos; cunhou este frase: -  Treino é treino, jogo é jogo. Com ela, ele se defendia dos críticos, adeptos de  treinamentos puxados, fazendo a diferença em campo. Outros tempos, com certeza.

Pois, eu tenho dificuldades em tirar conclusões seguras dos chamados jogos treinos, principalmente, porque me vem à mente os embates contra o time do Sindicato dos Atletas Profissionais, sempre realizados no início de temporada.

Neste ano, o time do Grêmio, o de transição, aquele que vai iniciar o Gauchão, meteu 4 a 2 no São José, perdeu para o Próspera (SC) e ontem, goleou o Novo Hamburgo por 3 a 0; gols de Bitelo, Alisson Callegari e Pedro Lucas (pênalti).

Faltam 7 dias para o começo do certame. O que representam, de fato, essas partidas denominadas "jogo treino"? Não sei.  

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Opinião


 



Ser Craque

 

Na última década, o futebol foi brindado com o aparecimento de dois jogadores de excelência, Cristiano Ronaldo e Messi, que além da qualidade técnica, apresentaram ao mundo esportivo muito profissionalismo. Sem isso, não seriam os extra classes que são.

Há muito tempo, entenda-se, décadas, que essa condicionante é imprescindível para um atleta ter sucesso e ganhar a grife de craque. Não se dedicar ao extremo na carreira, vai deixar promessas no meio do caminho, ou melhor, levá-las ao ostracismo e ao arrependimento tardio e inapelável, porque a vida útil nos gramados é muito curta.

Agora o meio esportivo gaúcho assiste com tristeza, mais uma edição desta novela com desfecho previsível; um jovem atleta, cuja posição dentro de campo é destinada aos eleitos da bola, deixar escorregar a carreira de um modo tão fugaz e desleixado, que é difícil acreditar que não tenha acompanhamento da família e do empresário em suas escolhas.

Uma Pena!

 

domingo, 16 de janeiro de 2022

Pequenas Histórias


Dia 26 próximo começa mais um campeonato gaúcho, eu vou postar duas pequenas histórias (hoje e na semana que vem), jogos que o que menos importou foi o resultado, mas fatos que ficaram na minha memória afetiva relacionados a eles. Um tempo em que os times tinham figuras emblemáticas por muitos anos como o Novo Hamburgo do camisa 10 Xameguinha, o Juventude do goleiro Negri ou o Flamengo, atual  Caxias e seu arqueiro chamado Barreira, o Gaúcho dos temíveis zagueiros irmãos Pontes, O Internacional de Santa Maria de Donga, Plein e Valdo, este, campeão da Libertadores pelo Cruzeiro de Minas; do catarinense Néia, ídolo do Guarany de Bagé, atleta do Grêmio e Esportivo, depois. É com a participação dele que começo esta série.




 Pequenas Histórias (262) - Ano - 1978


Aquele Minuto de Silêncio

Fonte: Revista Placar

Em 1978, o Grêmio era franco favorito para o bicampeonato, pois quebrara a sequência vermelha no ano anterior, mas vinha patinando, porém naquela tarde, se vencesse o seu desafio  no Olímpico e o Inter não batesse o Esportivo de Bento lá no estádio da Montanha, poderia assumir a ponta do campeonato. 

Ambos os jogos deveriam começar às 15:30 h, no entanto, o da Serra iniciou um minuto antes e nestes 60 segundos antecipados, houve uma situação inusitada e inesquecível para mim; o minuto de silêncio programado no Olímpico deu lugar a uma explosão de alegria, porque o centro avante Néia abriu o marcador em Bento Gonçalves, então, continuando assim, o Tricolor poderia assumir a liderança do Gauchão naquela tarde.

Hoje se sabe, que aquele Grêmio versus Juventude reuniu os dois melhores (não confundir com maiores) treinadores da história gremista; Telê Santana e Ênio Andrade.

Telê utilizou: Corbo; Vilson, Vantuir (Serginho), Vicente e Ladinho; Vitor Hugo, Tadeu Ricci e Jorge Leandro (Valderez); Tarciso, André Catimba e Renato Sá. Já, Ênio Andrade usou: Vandeir; Jorge, Gonçalves, Edson e Renato Cogo; Cacau, Bozó (Ivanildo) e Assis; Flecha (Vadinho), Plein e Amaury.

Com um futebol de grande vitalidade, assim definiu o jornalista Divino Fonseca no texto da  Placar, o Grêmio encaixotou o Juventude e aos 27 minutos numa jogada de Ladinho, Tadeu Ricci (foto acima) aproveitou cruzamento e marcou de calcanhar. 1 a 0.

Aos 44, o zagueiro Vicente, de dentro da área, teve tempo de furar em bola na primeira tentativa, depois, olhou e escolheu o canto do arqueiro Vandeir. 2 a 0. 

Na etapa final, o Tricolor administrou a partida, de olho no desenrolar do embate na Montanha, que terminou empatado em sua primeira fase. Falcão marcou aos 43 minutos para o Colorado, resultado que se manteve no segundo tempo.

Com a terceira vitória seguida somada aos três empates consecutivos do Inter, o Grêmio assumiu a ponta da tabela.

Infelizmente, o Tricolor perdeu o campeonato de forma inesperada, principalmente, porque não contou com  André na decisão. Um azar, sem dúvida. 

Desse Gauchão, restou a lembrança de ter ouvido o minuto de silêncio mais barulhento da diversas edições do campeonato regional. O gol de Néia como protagonista.

Fonte: Revista Placar
            Arquivo Pessoal do amigo Alvirubro

sábado, 15 de janeiro de 2022

Opinião

 



Um Raro Acerto

Venho criticando o início de ano gremista que a cada ida e vinda, ação e inação, preocupa muito boa parte da torcida; porém, ontem li que o Tricolor vai fazer uma pausa nas contratações para olhar com mais atenção os meninos oriundos da base. Um raro acerto, já que os que chegaram não empolgam, justificadamente, não empolgam. 

Fico pensando se Janderson é melhor do que Guilherme Azevedo ou se Jhonata Robert estivesse no Goianiense, quem sabe, não seria ele alvo do interesse gremista.

Na base do clube há nomes que merecem ser testados: Guilherme Guedes precisa de sequência, precisa de uma definição. Ou dá ou desce! Fernando Henrique, Matheus Sarará e Victor Bobsin são muito melhores do que Thiago Santos. Só no Grêmio acontecem essas barbaridades; fosse no Santos...

Tem mais gente precisando ser avaliada; lembro que muitos jogadores passaram pelas categorias inferiores sem histórico de convocações para o selecionado nacional, quando guindados aos profissionais, se tornaram grandes jogadores. Não é o comum, mas acontece. Então, antes de empilhar meia-boca no elenco, é saudável dar uma olhada com carinho para a meninada. Gabriel Grando, Brenno, Adriel e Felipe estão aí para confirmar a tese. Isso, apenas numa única posição do time.



sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Opinião




Grêmio poderá fazer de tapete o coração do torcedor

Está difícil tratar aqui de notícias boas sobre o Tricolor. Alguns dirão que é a IVI, mas, basta observar as medidas adotadas pelos comandantes gremistas  ou atitudes de profissionais ligados ao clube, que dá para ver qual  a origem, a produção delas. Conclusão:  saem do próprio Grêmio. 

Tem essa medida de "economia" de evitar que os funcionários façam suas refeições no próprio clube. Fica a pergunta: como fazem os dirigentes, quando passam o dia ali? saem para almoçar na periferia ou encomendam? Também tem a redução dos direitos de imagem (que é correta e inevitável) de atletas como Geromel e Kannemann, entre outros, cujas biografias são irretocáveis no clube. Será que engolirão Douglas Costa com seus mais de 1 milhão de reais mensais, sem ter dado nada parecido com o que eles deram aos torcedores. Sim, porque ele não dá sinais que vai se enquadrar no teto salarial estabelecido para 2022.

Há exemplos notórios na história do Tricolor da fissura, do estrago que é ter um jogador ganhando o triplo ou mais do que a média do grupo, sem dar a contrapartida na mesma proporção. -"vai lá e decide, craque; tudo contigo"; provavelmente, a frase a ser mais ouvida, mantida essa situação. Se Douglas não quiser sair, ele deve treinar em turno inverso e não ser aproveitado sob pena de haver um desastre dentro das quatro linhas, jogo após jogo, se ocorrer o contrário.

O episódio do fica Diego Souza (Romildo), não fica Diego Souza  (Abraão) demonstra que existem ruídos num "caminho" vital para o clube, aquele entre presidente e vice de futebol.

Até o momento, a torcida não tem motivos para acreditar que o trabalho atual está sendo bem conduzido.

É preocupante!



quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Opinião

 




Tratando do que é Bom

 Neste período de pouca bola rolando, mês de férias para boa parte da população, o Grêmio patrocina uma série de notícias; a maioria delas, ruim.

Pensei em escrever sobre a carta de Douglas Costa, mas ela é tão infeliz e fora do contexto, que não vale a pena gastar tempo; também, e isso é uma conclusão minha (muito pessoal e respeitosa); me surpreende o otimismo manifestado por parte de alguns torcedores quanto à permanência de Mancini e as primeiras notícias da formação do elenco. Esse otimismo me remete àquele que imaginava uma “atropelada” final no Brasileirão e, por consequência, não cair. Todo um campeonato na zona de rebaixamento cobra um preço alto, vem a fatura salgada e a conclusão inevitável: a realidade estava correta. Nada de Imortalidade ou fatos épicos.

Da mesma maneira, os clubes avançam como abutres em Vanderson, Fernando Henrique, Matheus Sarará, certos que o Grêmio superavitário é coisa do passado, agora o que “passa” é o pires. Triste que ninguém quer Thiago Santos e Diego Churín, por exemplo.

Mas eu quero tratar de uma notícia boa: a safra excelente da base. O Tricolor foi vice da Copinha em 2020, perdendo nos tiros livres, quando jogou todo o segundo tempo e a prorrogação com um jogador a menos. Em 2021, ele ganhou o Brasileiro de aspirantes e nesta edição de 2022 da Copa São Paulo apresenta alguns destaques interessantes como o lateral direito Lucas Kawan, o volante Pedro Castro, o atacante Kauan Kelvin (16 anos) e ontem diante do Santa Cruz, outro jogador de frente; Rubens. Mostrou-se inteligente, veloz e consequente. Há também, Zinho, que vem  entrando nos segundos tempos, talvez seja jovem demais, por isso, aguarda no banco.

Antes de contratar nabas, o Grêmio deveria olhar com carinho para a base. Sempre ela.


quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Opinião




A Projeção de Time 

Por que muitos gremistas andam surfando no pessimismo? Porque, eles olham para 2022 e ainda tem a imagem quase imutável de 2021. Aquela que ficou todo o campeonato na zona do rebaixamento; fato esse, inédito na centenária história do clube.

O presidente ficou, o vice de futebol, também, o treinador, idem e o time base poderá/deverá ser este pelo que se projeta de permanências: Brenno ou Gabriel; Orejuela, Geromel, Kannemann e Diogo Barbosa; Thiago Santos, Lucas Silva e Campaz (Benitez); Douglas Costa (ameaça ficar), Diego Souza e Ferreira. 

Fica a pergunta: quem pode acreditar numa "revolução" sem "revolução", onde a novidade do clube (direção, comissão técnica e atletas) se resume a uma posição no time titular?

A conclusão na cabeça do torcedor é simples e racional: - Os dirigentes e comissão estão achando barbada a Série B.


terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Opinião



O Melancólico início de temporada  

Fácil, fácil a conclusão que esta de 2022 é a temporada de começo mais melancólico das últimas décadas do Grêmio. Basta olhar para todos os lados das notícias e não se vê nada animador. É um ano sem perspectivas de grandes títulos, a comissão técnica passa temor e descrédito junto ao torcedor, o elenco é formado por reforços que na sua maioria tem biografia discreta, que amplia o desânimo da torcida como os nomes de Janderson e Nicolas; os que tem um pouco mais de trajetória eram reservas, casos de Orejuela e Bruno Alves, enfim; a grande "contratação" acabou sendo o, antes dispensado, Diego Souza.

As notícias preocupantes seguem pela apresentação incompleta do grupo, consequência da Covid 19 e a indefinição quanto à presença indesejada de Douglas Costa.

Nem o gremista mais descrente poderia imaginar que, um ano depois de abrir 2021 disputando a final da Copa do Brasil e participação na fase preliminar da Libertadores, o clube estaria nesta situação.


domingo, 9 de janeiro de 2022

Pequenas História

Pequenas Histórias (261) - Ano - 1903

Nasce o Grêmio

Fonte:Arquivo Museu do Grêmio
No 07 de Setembro de 1903, o país completou 81 anos de proclamação de sua independência e Porto Alegre com seus pouco mais de 70 mil habitantes recebeu o jovem Sport Club Rio Grande que trazia a novidade chamada football, um esporte nascido na Europa, mas que fazia grande sucesso na América do Norte, mais especificamente, entre os alunos das universidades de Harvard e Yale, EUA, para uma exibição no campo da Várzea, atual Parque da Redenção, Naquela mesma  data, uma associação de ciclistas fundada em 1895, se dividiu em discussões quanto ao novo esporte. Sem  haver consenso, na Terça-feira, dia 15, pela manhã, uma parte criou o Fussball Porto Alegrense e outra composta por trabalhadores do comércio, à noite, fundou o Grêmio Football Porto Alegrense. O primeiro encerrou suas atividades em 1944, o segundo se mantém até os dias atuais, transformando-se numa das maiores potências futebolísticas do planeta.

Numa sessão realizada no centro da cidade, na rua XV de Novembro, hoje, José Montaury,  presidida por Francisco França Júnior, naquele 15 de Setembro, foi redigida a ata que deu origem ao Grêmio Foot Ball Porto-Alegrense, nome escolhido na mesma sessão que teve como secretário, Alberto Luiz Siebel. O documento registrou 38 assinaturas. Carlos Bohrer se tornou o primeiro presidente com Joaquim Ribeiro como vice. A Diretoria tomou posse uma semana depois na reunião realizada na casa do vice, à rua Santa Catarina, a atual Dr. Flores, 47 (vide foto).

A ata também registrou que o paulista Cândido Dias da Silva doou sua bola de futebol para a associação que se iniciava; também, Guilherme Kallfelz, a sua bomba de encher o couro redondo. Estas doações, os dois primeiros pertences do Grêmio, que efetivamente, nasceu da "bola".

Em outra reunião, dia 30 de Setembro, os gremistas escolheram as cores do clube; seriam havana, azul e branca. Como se sabe, mudadas definitivamente, quando o preto substituiu a havana.

Depois de várias "peladas" realizadas nos diversos campinhos da capital, em 06 de Março do ano seguinte, tendo como convidado, o Fussball, o Grêmio iniciava a sua longa trajetória de vitórias, batendo o seu adversário por 1 a 0 num jogo "de verdade". Até hoje, segue sendo desconhecida a autoria deste primeiro tento.

Assim começou a história do Grêmio, uma associação centenária, que se espera, ser sempre, apenas de seus associados e da maior torcida do sul do Brasil. 

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro
             https://pt.wikipedia.org









quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Opinião



A Decadência do Futebol 

Dinossauro, decadente, romântico, saudosista, ultrapassado. Qualquer dessas adjetivações podem estar corretas para rotular torcedores antigos e apaixonados, quando observam e criticam o que vem ocorrendo com o futebol nestas últimas décadas.

Poderão dizer: perguntem aos torcedores do Atlético Mineiro se acham decadente ou quem sabe, que o blogueiro está nessa deprê, porque o seu clube caiu pela terceira vez para a Série B. Pode ser, mas quando os clubes se tornam menores do que empresários, não dá para chamar de avançado ou moderno, o momento do esporte surgido na Grã-Bretanha.

Como pode um empresário (André Cury) ter a receber mais de 100 milhões de reais de vários clubes e pelo que se sabe, ele não quebrou. Imaginem a conta bancária deste senhor. Quais clubes ultrapassaram metade dessa cifra em lucro? Tudo bem, ele lida com jogadores, muitos, é verdade, mas quem é a célula desse esporte, senão torcida e clube? São os famosos "atravessadores", algo tão corriqueiro na economia das sociedades. Pode ser.

Quando a racionalidade vai para o ralo, para o esgoto, não dá para dizer que o futebol andou para frente. Quantos clubes viraram ou virarão S.A.? Certos estão os torcedores do Belenenses de Portugal, que viram o seu clube ser vendido e eles partiram para outra situação, fundando um novo Belenenses. O da S.A. faliu ou quase isso.

Há indícios claros de que o futebol está morrendo, o último exemplo vem das informações sobre uma provável aquisição do Coirmão, vide Nikão. São 600 paus por mês para um atleta nada mais do que esforçado que completará 30 anos em 2022 e um contrato de QUATRO temporadas. Novamente, eu pergunto: É racional? Estes dirigentes não são pessoas bem sucedidas em seus ofícios pessoais? Não sabem mensurar o que representam  48 meses vezes 600 mil? Por baixo, sem bichos por vitória, prêmios por títulos, isso dá quase 30 milhões.

Prefiro ser chamado de saudosista.


domingo, 2 de janeiro de 2022

Opinião

 


 

Um Bom Programa

 

Amanhã, 03 de Janeiro, o Grêmio inicia a sua participação na Copa São Paulo. Na última edição usando elenco com idade menor do que a categoria, ele decidiu o título perdendo nos tiros livres. Um crime, porque tinha melhor time.

O canal Sportv, às 19 h, passará o primeiro confronto.