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segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Opinião



Zagueiros 

Hoje, 31 de Outubro, se vivo fosse, Airton Ferreira da Silva estaria completando 88 anos. Quem viu, disse que era o melhor zagueiro que atuou no Rio Grande; como assisti duas ou três partidas dele pelo Grêmio e depois, mais algumas pelo Cruzeiro (Porto Alegre), não posso afirmar com convicção. 

Pois bem, quem fui/sou testemunha ocular da história, quem posso dizer que presenciei: a grande dupla Pedro Geromel e Walter Kannemann e é com tristeza que se observa o ocaso dela, algo absolutamente natural. Geromel está com 37 anos e cumpriu uma exemplar competição de Série B, muito em função dos adversários mais modestos e de um calendário folgado; já Kannemann atuou em apenas 8 partidas e dificilmente ficará no clube por razões comerciais, resultantes da vida curta que um profissional de futebol tem.

Um dos maiores desafios (e são tantos) que a nova direção gremista terá pela frente é este, ou seja,  de fazer a substituição de uma mítica dupla de "beques", sem perder a eficiência do setor.

2023 exigirá muito dos comandantes diretivos do clube.

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Opinião




Amistoso  

O jogo mais descontraído ou descomprometido da Série B para o Grêmio deixa algumas dúvidas e muitas certezas:

a) Gabriel Grando precisa ser emprestado para evoluir na profissão. O Tricolor necessita avaliar melhor o seu arqueiro que acusa incertezas nas oportunidades que está recebendo. No entanto, não vale a pena se desfazer definitivamente dele mesmo com Felipe e Adriel aguardando na fila

b) Gabriel Silva foi o destaque do jogo pelo lado gremista. Entendeu que precisa mostrar qualidade logo para escapar da sina de má utilização de juniores pelo clube nestes últimos dois anos

c) Kannemann sem Geromel vira um zagueiro comum, mas deve permanecer, justamente para formar a melhor dupla de zagueiros do Brasil

d) Leonardo Gomes é o melhor lateral direito, porém, isso depõe contra o elenco, pois é insuficiente para os anseios da torcida. A menos que venha um grande treinador que saiba tirar o máximo de jogador mediano, como o ocorre com Tinga e Titi, por exemplo, no Fortaleza

e) Diogo Barbosa, não! ponto final

f) Fico me perguntando: como um jogador na faixa dos 30 anos que teve passagem por Real Madrid e Olympique de Marseille, aceita como objetivo passar 3 temporadas na reserva no Grêmio? isso é incompreensível para mim. Atletas devem ter ambições; Lucas Silva parece não ter

g) Qual a contribuição de Thiago Santos que um júnior não pode dar no meio de campo?

h) Concluindo: com a manutenção de Renato, metade desse elenco fica

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Opinião




... e a Mídia descobriu Vojvoda 

Dezesseis meses depois de ser mencionado pela primeira vez neste blog, vide 27 de Junho e Obviedade (1º de Dezembro/21) como um dos acertos do Fortaleza e, principalmente, um nome ou modelo a ser seguido, Juan Pablo Vojvoda, argentino, ex-zagueiro que começou as carreiras de jogador e comandante técnico no Newell's Old Boys, está sendo indicado como uma possível solução para treinar os grandes clubes brasileiros, entre eles, o Grêmio.

Vai ser difícil, porque a concorrência será grande, mas, quando citei o seu nome, foi, além da qualidade de seu trabalho, que com 4 meses já despontava, lembrar que há vários "Vojvodas" pedindo passagem no mercado do Prata. Está aí o Cruzeiro do uruguaio Pezzolano. 

Pode ele vir e dar errado? claro! mas, racionalmente: comparando, se o dirigente tivesse que apostar num centro-avante, ele tentaria Gérman Cano, Vágner Love ou Elkeson, por exemplo? em que ele deveria por as suas fichas. Para treinadores vale o mesmo: entre as figuras carimbadas do mercado nacional, onde as "novidades" são Tiago Nunes, Eduardo Baptista, Eduardo Barroca, Jair Ventura, Humberto Louzer e "assemelhados"; qual seria a melhor aposta?




terça-feira, 25 de outubro de 2022

Opinião




Renato, uma crítica certeira 

O treinador gremista com a sua voz forte, bateu na tecla certinha, quando deu a seguinte entrevista: vide Na Mosca. Está ali, uma das causas, talvez a principal , pela queda vertiginosa do clube, que trouxe surpresa para os analistas do centro do país, porque, elenco muito ruim e salários atrasados não fizeram parte do "cardápio" do rebaixamento em 2021. Foram dois fatores básicos: falta de comando do vestiário e, principalmente, conhecimento do "babado", como o próprio Renato falou.

Não basta ser queridinho de uma parcela da imprensa que tenta blindar o trabalho insuficiente de certos dirigentes. Para exemplificar, o Tricolor teve um, que numa única passagem pelo clube, trouxe três jogadores "baleados" (Amoroso, Kelly e Sorondo) + um avante condenado por estupro na França. E é o "cara" para essa parcela/confraria da mídia.

Estes últimos meses gremistas apresentaram um "rosário" de contratações insuficientes e, se não fossem as redes sociais e a torcida, hoje, com o acesso (inevitável, mesmo que fosse na última rodada), parte destes "colaboradores" estaria pleiteando ser presidente do clube ou algo próximo disso com um discurso que exaltava as dificuldades de disputar uma Série B.

Está na hora da vassoura percorrer todos os cantos do nosso clube.


domingo, 23 de outubro de 2022

Opinião




A Volta veio com Goleada 

O Grêmio materializou nesta tarde, o que todos tinham certeza: o acesso antes do tempo. Eu até achei que houve atraso de pelo menos umas duas rodadas, mas no final, o que importa é que poderá antecipar as mudanças tão urgentes, verdadeiramente imprescindíveis para encarar os anos seguintes.

A partida de hoje teve o melhor ambiente possível, o lanterna rebaixado, aliás, rebaixado nesta rodada sem jogar, idem, uma combinação interessante de resultados que permitiu que a vitória selasse matematicamente a impossibilidade de ser alcançado pelo quinto colocado; enfim, um confronto que ganhou mais aditivos para o Imortal, quando abriu o marcador com o Náutico esmorecendo e na etapa final com a expulsão, quase aos 10 minutos de Geuvânio.

A goleada veio sem muito sacrifício e Renato mexeu no time com a (minha) sensação de homenagear quem não vai ficar para 23, casos de Lucas Silva, Elkeson, Thiago Santos. Também encontrei uma provável razão para o aproveitamento de Diogo Barbosa, ou melhor, pela preterição de Nicolas: uma tentativa de segurar o preço da compra dele. Só pode.

O melhor foi Bitello que realizou a sua melhor partida neste Brasileirão; o primeiro tempo de Leonardo Gomes foi eficiente; mais a participação nostálgica de Lucas Leiva premiada com o segundo gol.

Por mim, os dois compromissos faltantes deverão ser encarados com os reservas mais o grupo de transição; de preferência, com um comandante interino.

A antecipação da posse da nova direção (16/11) é uma notícia tão importante, quanto a do Acesso conquistado à tarde no bairro dos Aflitos.

Tomara que seja um novo começo de era, como já cantou Tim Maia.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Opinião




A Incrível Façanha deste Grêmio de 2022 


Faltam três rodadas para o Tricolor encerrar esta triste página de sua história, sua terceira passagem pela Série B, superando em vezes, o fato de ter conquistado dois Brasileirões da Série A (1981 e 1996). É uma marca constrangedora para quem decidiu três finais de Mundial de Clubes (1983, 1995 e 2017).

A marca negativa mais recente está na possibilidade de, batendo Náutico e Tombense, jogos fora da Arena, igualar na Série B, o número de vitórias que ele obteve na campanha de 2021, a do rebaixamento. Isso mesmo, a péssima campanha do ano passado trouxe em seu bojo, quatro vitórias fora de seus domínios: Fluminense, Cuiabá, Flamengo e Chapecoense. 

Enfrentando adversários fragilíssimos nesta edição da Segunda Divisão, o Grêmio terá que fazer 100% de vitórias daqui para frente para igualar o número de triunfos fora de casa que conseguiu em 2021.

Serve para reflexão, pois aparecerão vozes na imprensa e entre os dirigentes, que ficará uma boa base para 2023, pois conquistou o acesso, provavelmente, como vice-campeão numa competição  recheada de "camisas pesadas" como Cruzeiro, Sport Recife, Bahia, Vasco da Gama, Guarani e Ponte Preta.

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Opinião





Convicção só veio agora


Começam a aparecer na imprensa gaúcha textos concluindo que o Grêmio precisa de "terra arrasada"; algo que boa parte da torcida (eu, inclusive) pedia em Dezembro de 2021, quando o clube apostou numa figura de dirigente saído do túnel de tempo; teve 14 rodadas para chegar à frente do Juventude e não conseguiu, vide Mudanças Profundas. Antes tarde do que ...

Outro fato que reforça a minha ideia de ver um profissional estrangeiro (qualificado, né!) para comandar o futebol gremista, constatei ontem, quando vi na íntegra a decisão da Copa do Brasil. Como não assisti a partida de ida, fiquei com a impressão que o Corinthians deixou escapar o título na semana passada.

Ontem, Vitor Pereira mexeu muito bem e mereceu a conquista que não veio no aleatório dos tiros livres. Mais uma vez o Flamengo (com base em trechos da partida diante do Inter, o 0 a 0) de Dorival Jr. ficou devendo e não venceu, isso que possui o melhor elenco do Brasil. Quem tem Vidal e Éverton Cebolinha no banco e um Bruno Henrique lesionado?

Com Abel Ferreira e Vitor Pereira, além de Juan Pablo Vojvoda, o mercado brasileiro mostra  estrangeiros que chegam e em pouco tempo apresentam resultados interessantes, além de deixar para trás certos "hábitos" dos treinadores nacionais de terem afilhados no grupo. É uma mudança positiva na mesmice dos "professores".

Assim como fui certeiro ao fechar o texto que inseri o link acima: "Infelizmente, 2022 será um ano de pequenez do clube, de acanhamento, de muitos momentos de sofrimento para os mais de 10 milhões de gremistas ao redor do Mundo.", encerro este, com a firme convicção de que um profissional estrangeiro, estudioso e com vontade de vencer, será a grande sacada do próximo presidente.


terça-feira, 18 de outubro de 2022

Opinião

 



Longe de 2017, próximo de 2021

O treinador gremista que desembarcou para fazer o Grêmio subir mais tranquilamente para a Série A é uma continuidade daquele que apostou em veteranos como Robinho, Rafinha e Thiago Neves, antes; um Tricolor fragilizado que teve a sorte de encontrar o principal rival em baixa.

Renato está muito distante daquele que apostou em Jaílson e Arthur,  meninos "nada cascudos" para a reta de chegada da Libertadores de 2017.

Se tem um fato que materializa claramente essa situação, ele está no confronto diante do Sampaio Correia, quando o time foi composto por reservas, esquecendo que os três pontos de lá valiam tanto, quanto a partida seguinte. O clube simplesmente abriu mão da vitória; isso, numa temporada folgada para o elenco gremista.

O candidato que virará presidente no final do ano, se sonhar com Renato para comandante técnico, não poderá alegar que desconhece o profissional que carregará o futebol gremista em 2023.



domingo, 16 de outubro de 2022

Opinião




Empate caiu dos Céus 

Tem um filme do início dos anos 80 chamado Os Bandidos do Tempo; direção de Terry Gilliam, gênio integrante do grupo humorístico inglês Monty Python, onde os deuses (no céu) são meninos que observam a terra por uma bacia cheia d' água, onde eles "brincam" como os terráqueos. Um deles diz: vou fazer uma sacanagem com aquele humano ali. E aí, acontecem fatos inesperados, inusitados. Guilherme acertando um cruzamento e Thiago Santos fazendo de cabeça o tento salvador. Essa dupla garantiu uma renovação polpuda para 2023.

Lembrei de cara da película, quando os dois piores jogadores em campo salvaram o Grêmio de uma derrota terrível na Arena. Foi uma doce sacanagem do destino.

O time fez um excelente primeiro tempo, mas pecou individualmente, em especial, no último passe ou na conclusão a gol. A toda hora vinha a sensação de "quem não faz, leva"; aí a bola aérea entrou de novo e o goleiro Gabriel fez uma defesa errada; espalmou para frente, falhou feio. O crime estava concretizado. 0 a 1.

No intervalo, o treinador gremista desmanchou o meio de campo, de novo. Villasanti que cumpria uma bela partida, saiu da frente da zaga para virar uma mosca tonta na articulação e Thiago Santos, mais uma vez, correu em desabalada carreira inútil atrás dos meias do Bahia. 

Guilherme errando tudo na frente e para complicar, Renato resolve adotar um sistema completamente defasado, ou seja, um 4-2-4 das antigas com o agravante que os dois do meio eram volantes; então, ficou Biel, Diego Souza, Elkeson e Guilherme à frente. Diego e Elkeson não viram a "cor da bola" na etapa final.

Bendita são as redes sociais, onde torcedores conseguem expor o que veem no campo, pois com as "confrarias" que existem na mídia que envolvem dirigentes incompetentes, que nunca são criticados,  os grandes responsáveis por esses atos são poupados. Exemplificando: o que justifica contratações como Orejuela, Benitez, Janderson, Elkeson, Guilherme e até Lucas Leiva e Edílson, estes últimos, porque não aguentam atuar 90 minutos numa Série B? Só com o bafo do torcedor essa turma saltou fora.

Nunca ficou tão escancarado o pedido vindo de vários torcedores em Dezembro de 2021, o tal "terra arrasada". 

Com um atraso de 12 meses, a realidade é a mesma. O Grêmio Futebol Porto-alegrense esqueceu de sua origem, do verdadeiro motivo de sua criação.

Tenho certeza que com o acesso conquistado, vamos ouvir que "uma base foi montada" e, infelizmente, teremos muitos desses atletas insuficientes pela condição física ou por falta de qualidade, sendo mantidos pelo treinador que sonha em ficar no cargo.

O futuro gremista é terrível sem uma ruptura extrema.

sábado, 15 de outubro de 2022

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (276) - Ano - 2005

Que Time foi esse? 

Fonte: Correio do Povo

Essa geração de jovens na faixa dos meus filhos (20, 22 anos) não havia passado por tremenda frustração com o seu clube; o rebaixamento é a grande decepção no plano esportivo dela, com certeza, ela classifica este elenco como o mais fraco do Tricolor,  mas quem tem mais rodagem na "estrada da vida", já foi "testemunha ocular" de várias formações sofríveis. Qual seria a mais provável? que time foi esse? o do triênio 2003/04/05, com ênfase para o do segundo ano. Não tenho a menor dúvida. O atual tem dois goleiros de seleção mais Geromel, Bruno Alves, Kannemann, Nicolas, Villasanti, Diego Souza e Lucas Leiva, mas e aquele?

Para corroborar as minhas palavras, lembro do jogo da Copa do Brasil de 2005, dia 02 de Março no estádio Olímpico Monumental que recebeu 22 mil pessoas para prestigiar o renascimento do clube. 

Com um novo patrocinador esportivo estreando (Puma), o treinador Hugo De León mandou a campo: Márcio, Luiz Felipe, Alessandro Lopes, Thiago Prado e Gustavo; Marcus Vinícius, Nunes, Ênio e Anderson; Marcelinho e Somália. Ainda participaram, Marcinho, Samuel e Márcio Oliveira.

O Bahia de Hélio dos Anjos atuou com: Márcio; Paulinho, Neto, Alysson e Cícero; Fernando Miguel, Magnum, Luiz Alberto e Guaru; Dill e Viola. Entraram, também: Neto Potiguar e Ernâni.

Um menino de 16 anos, Anderson (13/04/88), deu indícios que se tornaria um craque. Desde cedo tomou conta da partida, mas não encontrou parceria; seus maiores momentos foram quando tentou as jogadas individuais., pois Marcelinho era improdutivo e Somália não conseguia vantagem sobre a zaga baiana. O primeiro tempo encerrou com o placar zerado.

Na etapa final, De León lançou mão de outro jovem, o centro avante Samuel e foi ele que acertou as redes do Bahia, isso, aos 33 minutos. Luiz Felipe alçou uma bola para a área, o beque rebateu parcialmente e Samuel aparou o rebote. 1 a 0 e a classificação para a segunda fase, comemorada como se fosse um título.

Foi um ano árduo para a torcida gremista; houve muita incerteza, quanto ao acesso. E desta partida de 02 de Março até aquele histórico 26 de Novembro nos Aflitos, apenas Nunes e Anderson resistiram aos percalços da Série B.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

Fica o gol de Samuel:



sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Opinião




Grêmio, um refém 


O Tricolor é o clube ideal para Renato treinar; a recíproca não é verdadeira e isso é altamente tóxico para a instituição. Ela vira refém do técnico, ante a ideia de ser ele o maior jogador da sua história, por isso, tudo pode.

Renato deita e rola, pinta e borda; repete erros grosseiros como aproveitar nulidades provadas e comprovadas, expõe o time, arrisca uma classificação fácil, sorte que é abençoada (a classificação) pela mediocridade que assola a Série B brasileira.

No Flamengo, ele sem essa condição de ídolo máximo; desnecessário lembrar de Zico, Zizinho, Evaristo de Macedo, Dida e Doval, dois camisas 10 excepcionais, Índio, Leandro, Júnior, Carlinhos, etc... Renato tropeçou com um time qualificado e milionário, já estruturado, e ao não mudar seus métodos e comportamento, não conquistou títulos e inviabilizou uma quase certeira indicação para substituir Tite. Seu jeito "boleirão" não resistiu ao antes malemolente estado carioca de jogar; hoje, artigo de museu.

Agora, quando volta ao Tricolor, ele confirma o velho estilo de desautorizar a lógica e mostrar "quem manda" no clube. Bolzan virou refém, depois que seus últimos anos de gestão do futebol soçobraram e os presidenciáveis parecem ir pelo mesmo caminho.

O Grêmio que pode e deve vencer o Bahia na Arena, assim, dando um passo irreversível para o acesso, contraditoriamente, pode viver dias de turbulência dentro de campo pela incapacidade de visualização (e ambição) no mercado de um profissional que possa reorganizar o elenco e torná-lo efetivamente, competitivo.


quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Opinião




O Bom Técnico 

Pesquisando informalmente sobre o ano de 2005, quando o Grêmio disputou e venceu a Série B, acabei olhando a construção que o jovem treinador Mano Menezes realizou em três temporadas, cujo o ponto mais elevado foi decidir uma Libertadores da América em 2007, tendo no ano anterior ficado no terceiro lugar no Brasileirão. Tudo isso, apesar do grupo limitadíssimo, qualitativa e quantitativamente.

Mano alcançou o topo da carreira, quando treinador da Seleção Brasileira, mas recentemente realizou trabalhos contestados como no Bahia. Deu um tempo e voltou, formando novamente um time como se fosse formado por unidades de um quebra-cabeças.

Assisti pedaços de Flamengo 0 x 0 Inter, lá no Maracanã e como bom secador, "temi" pela sorte do "mais querido do Brasil" pela estratégia montada pelo comandante técnico gaúcho. Não ganhou por detalhes.

Aí, a minha reflexão deste feriado que deixo para os amigos: Alexandre Alemão, Pedro Henrique, Renê e Maurício, como estaria este quarteto titular, se atuasse no Grêmio de agora? Minha opinião: seria duramente criticado, pois é bem limitado, no entanto, o treinador consegue extrair desses quatro, um futebol produtivo para a equipe que muito provavelmente, eles não conseguiriam ou conseguirão em outras agremiações.

É trabalho da casamata.


domingo, 9 de outubro de 2022

Opinião




O Diagnóstico 

Ia escrever ontem, mas me segurei, porque havia o texto do jogo, recém produzido. Aconteceu de ler algumas ideias ou "teses" nas diversas mídias sobre esse enrosco que o Grêmio teima em criar para si, que é protelar o seu acesso e eu compreendo que as causas elencadas no que eu li ou ouvi são discordantes do que penso. Então, vão algumas linhas sobre isso:

As semelhanças de campanhas entre  Renato e Roger podem induzir o pensamento a conclusão simples que o problema é o elenco ruim, afinal, muda-se o comandante técnico e as dificuldades continuam. E eu não concordo. Roger e Renato** (corrigi a ordem) beiram o aproveitamento de pouco mais de 50% por fatores diferentes, o primeiro, pela dificuldade de armar um time competitivo, o segundo, pela sua auto suficiência que beira a desinteligência.

Atendo-me ao momento do comandante técnico; Renato treinou a equipe em seis oportunidades, 3 vitórias em casa, duas derrotas e um empate fora. 11 pontos em 18 possíveis, aproveitamento de 61%. Percentual que parece bom, porém, uma armadilha, pois, basta tropeçar uma única vez em casa nos próximos e derradeiros confrontos, que o acesso pode virar uma nova Batalha dos Aflitos, A média é 61%, fora de seus domínios vira 11%; um ponto em nove.

Se o elenco é o mesmo, trocados os treinadores e o "trote" é o mesmo, não parece correto concluir que o grupo é fraco? Sim e não. Sim, ele é fraco. Não, porque está muito acima dos seus concorrentes. Serve para subir com relativa tranquilidade.

O furo está aqui, na minha humilde análise: Renato, em seis partidas, ganhou apenas um segundo tempo, o 3 a 0 diante do Sport Recife na Arena; nas etapas finais, o Tricolor empatou com Vasco, Novo Horizontino, Sampaio Correia, CSA e perdeu para o Londrina. Repito: analisando apenas os seus 45 minutos finais. Nos segundos tempos, o Grêmio fez apenas sete pontos em dezoito.

Por que isso acontece? pela postura medrosa do time, pelas mexidas equivocadas do treinador e, muito principalmente, pelas más escolhas para as tais mexidas. 

Existe uma máxima inquestionável no futebol, qual seja, "jogador ruim tem que sair do elenco, senão acaba jogando". Verdade "pétrea". Thiago Santos atuou em todos os jogos, Lucas Silva ficou de fora de apenas um, Diogo Barbosa, idem (por suspensão); ou seja, atuou em cinco oportunidades.

Cada vez que Thiago Santos entra, ele "obriga" o técnico a deslocar Villasanti de posição e como diz Cristiano Oliveira (Rádio Guaíba), Thiago passa a falsa impressão de dar mais proteção à zaga. Na prática, se sabe que não é isso. Resultado, perde-se um primeiro volante, também, um segundo. O meio de campo se desmancha.

Mais do que errar, Renato comete uma injustiça, mais do que injustiça, ele comete uma deslealdade com o grupo, porque Nicolas, que é a melhor contratação do clube em 2022, certamente, assim como todo o mundo, não vê razões táticas e técnicas para ser preterido pelo técnico. São razões desprovidas de "razão", essa escolha.

Finalizando (o texto ficou grande): Renato pede o apoio incondicional para a massa torcedora, no entanto, ele não transige, ele não abre mão de suas escolhas equivocadas, quando escala ou quando mexe nos 11. A relação técnico e torcida é uma via de duas mãos, ele tem que entender que muitas vezes, aliás, na maioria das vezes, a massa está completamente ao lado da realidade.

Hoje, quando se especula quem será o substituto de Tite; fala-se absurdamente em Dorival Jr. ou Fernando Diniz, fico pensando, que oportunidade Renato perdeu ao se atrapalhar no comando do melhor elenco do Brasil em 2021, o Flamengo; muito disso, pela falta de humildade em rever os seus conceitos.

Espero apenas que essa postura não impeça a subida do clube ao convívio da Série A. 

Ainda dá tempo para reconsiderar certas decisões.


sábado, 8 de outubro de 2022

Opinião

 



Empate medíocre é obra do Técnico

Por que eu quero um treinador estrangeiro, de preferência, argentino? Por essas "coisas" que ocorreram/ocorrem neste 2022 dentro dos gramados. Essa partida diante do Londrina é um atentado contra o clube; é consequência de ações "predatórias" ocorridas dentro das quatro linhas, que tem autoria: Renato. Lógico! há treinadores e treinadores, mas o que se tem, o que se vê do "produto made in Brazil", vale a pena arriscar em ares novos para a casamata da Arena.

Com pequenas variações, o que Mancini, Roger e o atual comandante tricolor fizeram/faz é passar atestado de incapacidade profissional para treinar o Grêmio dentro da realidade desta Série B.

Pegando Roger e Renato, a diferença principal é que o primeiro admitia preparar o time para se apequenar nos compromissos fora da Arena e o outro, mascara com um discurso completamente apartado da realidade dos gramados com o agravante de demonstrar nas etapas iniciais que pode vencer e depois, desintegrar, desestruturar o time nos 45 minutos finais em prol de uma perniciosa acomodação de jogadores lentos, pesados, desentrosados, com passado recente de insuficiência para vestir a camiseta gremista. O resultado é sempre o mesmo com apenas 2 exceções (Operário e Guarani); isto é, empate ou derrota fora.

Sobre o jogo em si, o que deve ser destacado: a volta do velho estilo Kannemann de atuar, a boa performance de Geromel, o futebol eficiente e discreto de Villasanti e a inteligência de Diego Souza, um avante frustrado pela péssima companhia dos demais parceiros ofensivos.

O Grêmio já deveria ter subido há duas rodadas, pelo menos, mas o "pragmatismo" de Roger e a atitude medrosa mais recente, onde os dirigentes e comissão técnica não conseguem entender que é menos danoso, por exemplo, perder 5 partidas e ganhar 3 em 8, do que conservar uma sequência invicta de 8, protela o acesso rodada a rodada. 

Está difícil assistir o Tricolor atuar; é um exercício mental que resulta em profunda irritação.

Parabéns aos amigos que optaram por outro programa nesta tarde de Sábado.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Opinião



Renato acerta na escalação 

O treinador gremista parece que fará uma importante alteração no desenho tático e nominal da equipe para encarar o Londrina: sai Guilherme, entre Thaciano na direita e Biel assume o lado esquerdo do ataque.

Outra "novidade" em 2022, pela primeira vez na Série B, a zaga será de Geromel e Kannemann.

Com essas novidades, desconfio que o Tricolor ficará mais perto de uma vitória consistente neste Sábado, assim, ele estará classificado com seus 59 pontos.

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Opinião






Todos os Homens do Presidente

E Bolzan Jr. ficou com um pequeno círculo de apoiadores, seu prestígio desidratou, depois que ele resolveu ouvir a voz "sábia" de quem o cercou e sugeriu, por exemplo, Tiago Nunes para substituir Renato ou trazer Denis Abrahão para manter o clube na Série A. E a massa aguentando.

Bolzan não decidiu pela sua cabeça e consentiu (aí, o maior erro) que outros tomassem as rédeas do futebol Tricolor;surgiram ideias fantásticas como a de compreender que o elenco rebaixado não era tão ruim, que Mancini deveria permanecer, que Janderson, Orejuela, Benítez eram reforços e mais, muito mais. E a massa aguentando. 

Até o retorno de Roger, que para alguns, havia montado o time vencedor (Renato seria um mero distribuidor de camisetas), que introduziu o "futebol pragmático" e outras firulas, virou um erro monumental. E a massa aguentando, suportando pessoas intragáveis no timão do vestiário, dando o rumo (rumo?) em direção ao buraco, filosofando que a "Série B era outro campeonato". Empilhando nabas no grupo. E a massa...

Tiago Nunes, Dênis Abrahão, Mancini, Roger e até Luiz Felipe, que ironicamente, revelou-se  um peixe fora d'água dentro do seu Grêmio.

 Esses nomes, as causas de Romildo adiar o sonho de voos maiores na política.



terça-feira, 4 de outubro de 2022

Opinião



 Vitória tranquila

Uma receita abençoada: jogo em casa, adversário na zona do rebaixamento que decide poupar seis titulares, gols na primeira metade da etapa inicial, todo o time jogando bem. Uma vitória serena e a sedimentação no segundo lugar. Parece um cenário perfeito. Perfeito para que?

É momento de reflexão; reflexão necessária, porque há menos de 1 ano, o presidente Romildo foi convencido pelo seu vice, que o "elenco era bom", que Mancini era o técnico ideal para a temporada atípica, que jogar a Série B era diferente, exigia se parecer com os ruins e outras bobagens que lhe custou o adeus ao sonho de concorrer ao senado ou ao governo do estado. Nessa linha, não descarto que o acesso gere um convencimento que Diogo Barbosa serve, Thiago Santos era um injustiçado, quando vaiado e que a experiência do trio Diego Souza, Lucas Leiva e Edílson (nem trato de outros veteranos como Kannemann e Geromel) pode ser importante em 2023. E os novos dirigentes podem sucumbir a mais um canto de sereia.

Esse Grêmio versus CSA  pode se transformar num "jogo-cilada", que mascara a realidade de toda uma campanha sofrível cercada por adversários medíocres. 

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Opinião




Chance para ganhar bem 

Vendo os jogos do Grêmio de Renato, eles se parecem muito com os de Roger; uma leve vantagem para o atual comandante técnico, mas nada que entusiasme, no entanto, o destino é parceiro do Tricolor neste momento, basta ver que consegue se manter em segundo lugar, seu melhor na competição sem mostrar bons desempenhos.

Nesta onda, não é exagero esperar uma goleada amanhã diante do CSA, um dos três clubes na zona do rebaixamento, que o Grêmio vai encarar nesta reta de fim de certame. Os outros são Brusque e Náutico

Não espero grandes resistências do clube alagoano. Chance para um placar elástico.

domingo, 2 de outubro de 2022

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (275) - Ano 2008-2012

Futebol e Política 

Fonte: uol.com.br

Esses dias, eu fiquei pensando: são 14 anos debatendo futebol, comecei nos blogs do Mário Marcos (Clic RBS e o dele próprio) em 2008, depois 2011 e 12, no do Guto e do Alfredo e, por fim, aqui, desde 2013 e a maior polêmica (saudável), a mais duradoura foi a questão do arqueiro Victor. De um lado Paulo Santana em sua defesa, do outro, David Coimbra, metendo pau no goleiro e eu não entendia como questionavam os seus desempenhos no arco gremista. Me posicionei, claro. E a discussão foi aumentando, algo parecido com o que sucede atualmente com Edenílson no Inter. Sem julgamentos; é culpado e ponto final para boa parte da torcida.

Para não ficar apenas confiando na minha memória, pedi apoio ao amigo Alvirubro que me forneceu alguns dados: Atuou 263 vezes em 4 anos e meio. Durante os jogos, o Grêmio sofreu 32 penalidades e em 8 não foi vazado (7 defesas de Victor e 1 que bateu no travessão). Na foto, ele está defendendo o quinto pênalti dos sete, que pegou com bola rolando. A média é: em cada 4 sofridos, 1 não foi convertido pelos adversários. 

Pela Seleção, sobrou na convocação, uma das maiores injustiças em 2010 (Dunga levou Júlio César, Gomes e Doni), mas em 2014 esteve na Copa do Mundo.

 Então, quando Alexandre Kalil, presidente do Atlético Mineiro, pressionado pela falta de conquistas, em 2012 fez a seguinte pergunta: quem é o melhor goleiro do Brasil? recebeu a resposta; está no Grêmio e parte da torcida não o quer no time. Aí, ele vem, contrata e como bom negociante; conseguiu abater o valor da operação, incluindo Werley. Observem o tipo de negócio: vai Victor, vem Werley. Junho de 2012. Até hoje, eu fico pensando na insanidade que assolou os dirigentes gremistas. Foram incapazes de detectar que o time era muito ruim, mas eles necessitavam de um Judas para acalmar a massa. Victor saiu, ainda assim, os títulos não chegaram. Levaria quase meia década para o jejum ser quebrado.

No ano seguinte, 2013, quartas-de-final da Libertadores, jogo no ocaso, pênalti contra o Galo: o clube mineiro vai ficar no meio do caminho como em tantas vezes desde 1971? Victor pega a penalidade. Uma loucura! Pegaria mais alguns nas semifinais e outros na final, levando o clube mineiro a sua primeira Libertadores e o elevando de patamar na hierarquia do futebol continental, reescrevendo a história do Galo.

Alexandre Kalil, empresário e filho de um ex-presidente do próprio Atlético, caiu nas graças da torcida, concorreu a prefeito; foi eleito, reeleito e hoje, 02 de Outubro, concorre a governador do estado de Minas Gerais.

Fico pensando, qual seria o seu destino, se naquela noite de profunda irritação, não tomasse a decisão de buscar o melhor goleiro em atividade no futebol brasileiro?

São os caminhos do futebol influenciando a política nacional.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro