Opinião

O Alicerce 

Tenho comigo, que um time como regra começa detrás para frente, isto é, da defesa para o ataque, passando pela consistência do meio de campo. Não vale falar em Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe, nem Garrincha, Didi, Amarildo, Quarentinha e Zagallo, outra época, ataques mágicos de Santos e Botafogo.

Quando eu vejo aquela infrutífera troca de passes dos goleiros com seus zagueiros numa pseudo modernidade, aposto que a possibilidade de tomar gols é maior para o time "contemporâneo", pois a bola está muito, muito mais próxima de seu arco e o risco do revés é iminente.

Dito isso, ao ver Mano Menezes fazer uma cirurgia no Fluminense e começar a respirar sem aparelhos, compreendo e concordo com Renato, no momento em que ele "fecha a casinha" com três zagueiros, aliás, como fez com Werley, Rhodolfo e Bressan no  vice do Brasileiro de 2013. O Grêmio não podia/pode entrar em campo com a quase certeza de que vai ser vazado, o que significa que a vitória só estará ao alcance com dois ou mais gols, tarefa árdua sem o fator Suárez.

Manter o trio final, independente de nomes, é a medida mais importante no atual estágio Tricolor. Não será definitivo, pois assim que o time adquirir confiança, o esquema poderá ser mudado, se o futuro experimento se mostrar mais equilibrado e eficiente.

Por enquanto, o indicado é fechar o setor e especular lá na frente.

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Vitória em melhor partida do Grêmio 

Desconfio que todos saíram  satisfeitos com a atuação do Grêmio, hoje. Ela teve muito daquilo que o torcedor mais cobra e mais se orgulha na equipe: comprometimento, luta o tempo todo e bom futebol.

Há inúmeros avanços no time, aliás, havia escrito que três zagueiros era uma boa ideia, que não funcionou diante do Corinthians, mas esta noite, o trio foi destaque com a manutenção de crescimento de Rodrigo Ely e a firmeza de Jemerson, agora com mais ritmo de jogo. Kannemann no seu estilo, apenas exagerou na discussão que lhe causou mais um cartão amarelo. Os laterais foram bem na parte ofensiva e não comprometeram atrás.

Dodi e Villasanti controlaram bem o setor, o segundo chegando bem, se transformando num armador "surpresa", segue em alta.

Na frente, os três foram muito lutadores e Soteldo fez a sua melhor partida, simplesmente, ele ignorou as más condições do gramado e jogou como se estivesse numa mesa de bilhar. O próprio gol, como se fosse uma tacada de "Carne Frita" ou "Rui Chapéu", nossos maiores nomes da sinuca.

Renato acertou os 11, atendendo boa parte da torcida, que não entendia a insistência dele com J P Galvão, Galdino, mais recentemente, Nathan e até Pepê, que imagino, teria muita dificuldade num campo encharcado e embarrado. Até as trocas foram empurradas mais para o final, o que não desmanchou o time, fato presente em jornadas recentes.

De preocupante, o desgaste do time, jogaram com muita dedicação e esforço, mas não tinha saída: se corresse o bicho pegava, se ficasse o bicho comia.

Esse é o Grêmio que a massa sempre esperou ver.

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Grêmio volta a ser prejudicado em Itaquera 

A receita é tranquila e infalível; botar um juiz fraco ou "verde" num jogo complicado no campo do Corinthians com estádio lotado, que ele vai sucumbir aos primeiros lances duvidosos. A marcação do pênalti foi vergonhosa. Na Arena, esta mesma situação não acontece. Vem juiz cascudo.

O empate antes da partida era um bom negócio, porém, com o decorrer do jogo, a vitória escapou, não apenas pelo afano do árbitro, mas, porque o Grêmio apresentou sérios erros a começar pelo insucesso de uma boa ideia, a dos três zagueiros, isto é, Jemerson, que é um bom defensor, sua estreia foi comprometedora. Tomara que seja a falta de ritmo, talvez o esquema, a causa de sua má apresentação. Repetindo, a prática não vingou a boa ideia dos três zagueiros para este jogo.

No mais, Edenílson que foi bem, não consegue terminar uma partida completa, Fábio é muito inferior a João Pedro e Nathan Pescador melhorou em relação a si próprio, no entanto, isso é insuficiente para justificar-se como titular. Assim como Galdino e JP Galvão, ele atrasa o time.

Marchesin que realizou grandes defesas, apresenta um defeito fatal para arqueiro de ponta, joga-se aleatoriamente em todas as penalidades e facilita demais para o batedor. Para exemplificar, Gabriel Vasconcelos, goleiro do Juventude, bem inferior em outras "valências", não erra o lado da batida. Goleiro do Grêmio tem que ser bom em todos os fundamentos.

Por fim, as mexidas de Renato mais uma vez destruíram o time. Ele desmontou o ataque ao retirar Soteldo, que era o mais incisivo avante, mesmo sem ter uma atuação brilhante, acabou  chamando o Corinthians para frente. E o mais grave: Garro, o camisa 10 passeou solto o tempo inteiro, ninguém marcou e o gol dele materializou essa liberdade.

Resumindo: É mais do mesmo, o time sofreu gols, esteve mal taticamente, o treinador não foi bem nas substituições e contra o Corinthians, nova garfada.

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A Linguagem do Futebol 

A provável contratação de Martin Braithwaite: vejam a pronúncia correta no Google Tradutor e verão que tanto no dinamarquês, quanto em inglês é breifi ueiti, pode gerar uma dúvida, quanto a sua adaptação ao futebol brasileiro em relação ao local de seu nascimento, a Dinamarca.

Não vejo problema, pois ele fala o espanhol, a segunda língua do elenco gremista, também, porque a linguagem da bola é universal como comprovam as passagens de Lúcio, Wendel, Tinga, Dunga, Airton Boca de Cinzeiro e Zé Roberto no futebol alemão, Taffarel, Alex e Jardel na Turquia e Zico + tantos outros no mundo japonês.

Duas questões me chamam mais a atenção na vinda dele para o Grêmio:

a) Se tem "bola" para se firmar no time

b) Se a sua vinda, não está relacionada a uma possível saída de Diego Costa nesta janela

De resto, aguardemos.

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Horríveis 

Este final de semana assisti vários trechos de jogos do Brasileirão e cada vez, sou convencido que os avanços no futebol, também vem acrescidos de uns passos para trás.

Começo pela condição dos estádios, seus gramados. Grêmio e Vitória sofreram com a grama do Centenário, muito irregular, certas lesões dos atletas receberam a sua "contribuição" para se tornar fatos, falhas dos jogadores aos olhos da arquibancada e da tela, só ocorreram pela precariedade do terreno.

O Mané Garrincha teve jogo Sábado, Flamengo x Criciúma e ontem, Juventude x São Paulo. Neste último, o goleiro Rafael, à primeira vista, falhou grotescamente, depois se viu que o quique da bola traiu sua ação. O frango não se materializou, porque o VAR anulou o lance na origem dele.

O título da postagem serve também para os comentaristas esportivos, os ex-atletas e aí, cito Ramon Motta, um ex-lateral esquerdo modesto do Inter, que destilou todo o seu veneno no lance "de" pênalti, só não ocorrido, porque a bola cruzou a linha de fundo antes da falta. Disse o "nobre" ex-atleta, agora travestido de comentarista: não foi penalidade, Kannemann forçou a jogada. 

Minutos depois, o Viking saía lesionado de campo. Não houve retratação por parte de Ramon.

No Mané Garrincha,  um dia depois, Dodô, grande jogador, também alçado à condição de comentarista, visivelmente torcia pelo São Paulo. Numa de suas intervenções, chamou o arqueiro são-paulino Rafael, de "Rafa", demonstrando uma dispensável intimidade com o jogador do Tricolor Paulista.

Chamar Zico de Galinho, Rivellino de Patada Atômica ou Suárez de El Pistolero é uma coisa, outra é trazer para o ambiente de uma transmissão esportiva nacional (até internacional) apelidos que não tem nada a ver com o espetáculo.

Para finalizar, a minha querida Rádio Guaíba deixou escapar os melhores comentaristas esportivos, pelo menos, os de minha preferência, Carlos Guimarães e Cristiano Oliveira. Temo pelo fechamento deste departamento (esportivo) desta importante referência histórica para os gaúchos.

Uma pena.

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Vitória gremista apresenta boas novidades

O triunfo inadiável do Tricolor apresentou alguns fatos novos como ganhar no Brasileiro por diferença de dois gols e sem ser vazado, um Carballo com passadas rápidas e verticais, Soteldo sempre perigoso, a escolha acertada entre Nathan ou Galdino, Edenílson ou Pepê e as atuações esperadas de Villasanti e João Pedro. O Grêmio melhorou em relação a si próprio; manteve a intensidade do segundo tempo da partida anterior.

No entanto, não dá para dispensar o olhar racional da fragilidade do adversário. O Vitória só tem treinador, sem ele, a última posição na tabela seria a lógica.

Arezo entrou bem. O mérito do segundo gol é dele pelo início da jogada e o giro na área. Até lembrei de uma frase de um antigo craque (esqueci o nome), que disse que dentro da área, o problema é sempre dos zagueiros. Acho que foi Pelé, o autor. Pura Verdade.

Aqui vai uma crítica, muito mais do que uma constatação: totalmente sem fundamento a vaia ao Reinaldo na hora da cobrança da penalidade. Para quem não lembra ou sabe, Reinaldo é exímio cobrador de pênaltis, basta recordar sua performance neste tipo de lance no São Paulo. Ele merece críticas por outros aspectos.

A vitória dá um alívio, mas fica sempre a dúvida: Pavon, Cristaldo, Soteldo, Carballo, Villasanti, João Pedro, Diego Costa, Gustavo Nunes, até Kannemann e Geromel, todo esse grupo será que nas mãos de outro treinador (competente) não estaria brigando pelo meio da tabela, pelo menos? Não falo em títulos, porque houve a catástrofe climática no RS. 

Finalizando: Soteldo, o melhor, Geromel seguro, Rodrigo Ely eficiente em sua versão "beque de Fazenda", João Pedro e Villasanti, todos bem.

Um empate contra o Corinthians associado com uma vitória contra o Vasco: um combo importante para reverter a má fase.

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Ídolos 

Tenho comigo que os ídolos, a admiração por eles é gerada na infância e adolescência (via de regra), então, entendo os gremistas que estão irados com Roger e os que aceitam fanaticamente as ações de Renato, sem qualquer questionamento. Esses torcedores devem ter nascido no início dos anos 80 no caso do ex-lateral esquerdo e nos 70, caso de Renato. Há também os que nasceram nos anos 2000 e passaram pela escassez de títulos relevantes, os tais 15 anos (2001-16) e idolatram o técnico. É compreensível.

Como fui guri nos 60 e adolescente nos 70, não tenho essa dupla como ídolos. Os meus foram Áureo, Alcindo, Everaldo, Ancheta, Tarciso e o último, o fantástico Tadeu Ricci. Parei aí. Depois, houve vários jogadores que admirei, mas sem a magia, porque na fase adulta parece que a química não era a mesma. 

Renato que teve momentos excelentes em 2010 e 2013 mais as conquistas posteriores, há tempos não realiza trabalhos consistentes. Com a vinda de "místeres" ao Brasil, deu para perceber que ele estagnou na profissão.

Já com Roger, a minha decepção não é por ir treinar o arquirrival, fato que ocorreu com gremistas mais ilustres do que ele na história do clube, casos de Foguinho e Valdir Espinosa, mas pela incoerência do seu discurso, "a teoria e prática", que pegou vários experts no contrapé, como foi o caso de Maurício Reolon, jornalista de O Pioneiro, de Caxias, grupo RBS.

 Extraio parte de sua coluna intitulada "A Ética que faltou ao Inter sobra em Roger" do dia 12/07/24, reproduzida em Zero Hora:

.... O treinador nunca foi daqueles de pular da barca no meio do caminho ou trocar de rota em busca de maior visibilidade. O Inter é um clube gigante, mas que garantia de estabilidade ele teria na mudança?...

...Falando do treinador, Roger Machado deixou claro após a partida no Beira-Rio a relação de confiança que tem com a direção alviverde, que bancou sua permanência no momento de maior instabilidade no Gauchão. Além disso, ele é parte fundamental na busca por reforços para a sequência da temporada.

O Juventude de Roger, que já se mostrou muito forte coletivamente até aqui, tende a crescer ainda mais com um elenco que tenha mais alternativas...

Portanto, repito, é compreensível a revolta de parte dos torcedores azuis, mas para mim, justamente por não possuir esse "condimento" que a diferença temporal me impôs, tanto faz ser Roger ou outro neste momento o comandante vermelho, o maior problema para a massa Tricolor advém da incapacidade momentânea ou não, apresentada pelo técnico gremista de iniciar uma reação forte pela fuga do rebaixamento.

Essa aceitação tácita, quase messiânica de parte dos torcedores é que me causa  decepção.

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Derrota com grande atuação 

O Grêmio perdeu para o São Paulo no Morumbi, mas o segundo tempo dele deu esperanças, isto é, uma grande atuação, onde faltou o gol. Um empate espelharia melhor os mais de 100 minutos jogados.

Os melhores foram Rodrigo Ely e Marchesin, porque atuaram com destaque ambos os tempos. Carballo, Gustavo Nunes e até Nathan Pescador elevaram a qualidade do time na etapa final.

Teve algo ruim, além da derrota? sim. Galdino, novamente. Ele perdeu todos os lances, todas as divididas. 

Contra o Vitória, aí sim, a vitória será inadiável.

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Impressões 

Posso estar muito enganado, mas as últimas movimentações gremistas (Direção e Conselho + pressões externas) parecem ter dado uma arrefecida na influência do técnico Tricolor nas questões fora das quatro linhas.

Os três guris estrangeiros, suas contratações, elas tem mais perfil de Centro Digital de Dados do que de sugestões presentes em bilhetinhos. Talvez contribua para isso, as indicações de Rodrigo Caio e Edenílson, sabidamente, atletas que não conseguem atuar um tempo e dois tempos completos, respectivamente. Dois equívocos se se pensar em excelência de grupo.

Os resultados de campo com jogadores identificados com o treinador, caso de Reinaldo, J P Galvão e Galdino, também devem ter dado um empurrão para essa nova postura que imagino estar presente nestes dias mais recentes pelos dirigentes. Até estão pensando em novo lateral esquerdo.

A cobrança do Conselho, a proximidade de eleições, certamente contribuem para este cenário do clube. 

Depois de perder o Brasileirão para o Palmeiras por dois empates apenas (e pensar que Guerra poderia estar agora na galeria juntamente com Dourado (81) e Koff (96) do campeões brasileiros, a Direção deve ter tirado lições do fato. Além dos dois pontos, faltou um goleiro naquela campanha, mas, segundo Brum, ele era caro; resumindo: deve-se acertar o elenco, já que o treinador será o mesmo até o final do ano.

Finalizando, tenho visto muito clube menor arrancar pontos dos graúdos, então, o Grêmio que não é um clube menor, tem esta noite amplas condições de sair com 3 pontos do Morumbi.

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Grêmio avança na Copa do Brasil 

Boas notícias nesta vitória, mesmo que alguns problemas crônicos permanecessem, casos da bola aérea e da ausência de um finalizador mais assíduo na frente.

Do que vi, Marchesin foi decisivo, Geromel lembrando os velhos tempos, Soteldo, o melhor, Galdino marcando no desafogo e Pavón cobrando penalidade com autoridade. Aliás, um "parênteses", Gabriel, arqueiro do Juventude, demonstrou como um goleiro deve se portar em cobranças de pênaltis. Não foram defesas aleatórias contra o Coirmão, ontem.

Tem-se que levar em conta que é um adversário de Série B, porém, se se considerar o momento gremista, a vitória era a prioridade e deve ser valorizada, além disso, há a premiação considerável na passagem de fase e o sorteio pode ser "amigo" na definição do adversário gremista. Quem sabe?

Agora, a realidade do Brasileirão. Talvez este confronto diante do São Paulo seja o termômetro do que efetivamente significou essa vitória nesta manhã em Caxias do Sul.

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Uma Sugestão de Time 

A relação dos atletas para o enfrentamento com o Operáio-PR, eu não consegui acessar, então, vou meio no "escuro" para desenhar um time que julgo interessante para o confronto:

- Marchesín; João Pedro, Geromel, Gustavo Martins ou Rodrigo Ely e Fábio; Dodi, Villasanti, Pepê e Soteldo; Pavón e Gustavo Nunes.

Considero Soltedo na função de "10" para o compromisso de Domingo. Fábio dá mais segurança defensiva, assim como, Dodi e Villasanti, além de eventuais "baixadas" no setor de Pepê. 

Um a Zero é goleada.

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                     Uma Notícia Boa 

Numa semana de muitas notícias ruins, uma positiva me chamou a atenção: o retorno de Freddy Noguera, jovem paraguaio que meteu vários gols no tempo de base, inclusive na Copa São Paulo onde era banco, mas entrando em quase todos os jogos.

Cheguei a fazer postagem sobre quatro atacantes gremistas, vide Artilharia Pesada, isso, lá em Janeiro. 

Embora as dificuldades de entrosamento que possivelmente terá, não deixa de ser um alento ver no grupo principal, Gustavo Nunes, Alisson e agora ele, Noguera. Jardiel, como se sabe, teve uma lesão grave no começo de 2024.

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Roger seria desumano? 

O Juventude sofreu processo semelhante com relação as enchentes e seus desdobramentos na vida dos gaúchos. É sabidamente, um clube menor do que a Dupla Grenal, ainda assim, realiza uma campanha interessante no Brasileirão e está vivo na Copa do Brasil. 

Além disso, Roger nada contra a corrente, quando não poupa seus atletas com o calendário idêntico ao da Dupla. Para ilustrar, eu enumero as escalações de início de partida do Ju, desde a primeira rodada do Brasileirão:

13/04: Gabriel; João Lucas, Rodrigo Sam, Zé Marcos e Gabriel Inocêncio; Caíque, Jadson, Lucas Barbosa Nenê e Jean Carlos; Gilberto.

17/04: Gabriel; João Lucas, Danilo Boza, Zé Marcos e Gabriel Inocêncio; Caíque, Jadson, Lucas Barbosa Nenê e Jean Carlos; Erick Farias.

21/04: Gabriel; João Lucas, Danilo Boza, Lucas Freitas e Gabriel Inocêncio; Caíque, Mandaca, Lucas Barbosa Nenê e Jean Carlos; Erick Farias.

28/04: Gabriel; João Lucas, Danilo Boza, Zé Marcos e Alan Ruschel; Caíque, Jadson, Lucas Barbosa, Nenê e Marcelinho; Erick Farias.

01/06:  Gabriel; João Lucas, Danilo Boza, Zé Marcos e Alan Ruschel; Thiago Conti, Jadson, Lucas Barbosa, Nenê e Marcelinho; Erick Farias.

05/06: Gabriel; João Lucas, Danilo Boza, Zé Marcos e Alan Ruschel; Caíque, Jadson, Lucas Barbosa, Nenê e Marcelinho; Erick Farias.

11/06: Gabriel; Ewerthon, Danilo Boza, Rodrigo Sam e Alan Ruschel; Caíque, Jadson, Lucas Barbosa, Nenê e Marcelinho; Erick Farias.

15/06: Gabriel; João Lucas, Danilo Boza, Rodrigo Sam e Alan Ruschel; Caíque, Luis Oyama, Lucas Barbosa, Mandaca e Marcelinho; Gilberto.

19/06: Gabriel; João Lucas, Danilo Boza, Zé Marcos e Gabriel Inocêncio; Caíque, Jadson, Lucas Barbosa, Nenê e Marcelinho; Gilberto.

23/06: Gabriel; João Lucas, Danilo Boza, Zé Marcos e Alan Ruschel; Caíque, Jadson, Ewerthon, Lucas Barbosa, Nenê e Erick Farias; Gilberto.

26/06: Mateus Claus; João Lucas, Danilo Boza, Lucas Freitas e Alan Ruschel; Caíque, Jadson, Lucas Barbosa, Nenê e Erick Farias; Gabriel Tagliari, o Bill.

30/06: Gabriel; João Lucas, Danilo Boza, Zé Marcos e Gabriel Inocêncio; Caíque, Jadson, Lucas Barbosa, Jean Carlos e Erick Farias; Gabriel Tagliari, o Bill.

04/07: Gabriel; João Lucas, Danilo Boza, Zé Marcos e Alan Ruschel; Caíque, Jadson, Lucas Barbosa Jean Carlos e Erick Farias: Gilberto.

07/07: Gabriel; João Lucas, Danilo Boza, Lucas Freitas e Alan Ruschel; Caíque, Jadson, Lucas Barbosa, Jean Carlos e Erick Farias; Gilberto.

Deixo estes dados para uma reflexão sobre os (des)caminhos do Grêmio neste mesmo período.

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Derrota previsível, o Grêmio é uma confusão total 

Ficou repetitivo; até tentei variar o assunto, isto é, olhar para a Direção e não para o que se vê dentro de campo no post anterior. Também tentei ler os blogs que apoiam a permanência do treinador na busca de algum  fato novo, ideias diferentes para compreender o momento gremista. Foi pior, pois não encontrei nas diversas postagens, análises e explicações do porquê da manutenção de Reinaldo, da insistência inacreditável em J P Galvão, no afastamento de Marchesin pelo treinador, após a discussão do arqueiro com o protegido lateral esquerdo, igualmente não li nada sobre as improvisações de Villasanti na zaga, nem do espaçamento entre os setores, da mesma forma, faltaram justificativas pelas vindas de Edenílson e Rodrigo Caio. Resumindo: busquei ver se eu estava errado em ver tantos equívocos no comandante técnico. Perdi meu tempo, parecem textos próximos daqueles religiosos extremistas. Então, prossigo mais tranquilo às críticas ao treinador e Direção. Como escrevi anteriormente, é um combo de maldades.

O que o Grêmio faz na parte tática, técnica, física e anímica? Acho que a física o time vai bem com as exceções de sempre (Reinaldo, Edenílson, Pepê e Kannemann). O que acontece é que os 11 correm de forma errada. A parte técnica tem solução. Há bons jogadores como Pavon, Gustavo Nunes, Cristaldo, Villasanti, João Pedro (o melhor do Grêmio, esta noite). Eles crescerão na mão de um bom treinador. Falta compactar o time, aproximação defesa-meio-ataque, insistência nos treinos, repetições. Isso, nem o Paulinho Mixaria tem a receita.

A Direção tem passado sentimentos de desencanto, desilusão para a torcida, que as especulações de atletas (Arezo, Monsalve) não mexem com a massa. Não há expectativa de melhoria. São tantos erros que terá que haver margem Zero nos próximos movimentos para equilibrar o elenco, além disso, enquanto Renato tiver o controle da instituição, o risco das próximas contratações serem mais para o grupo dos "parças" que está desfalcado, por isso as vindas de Edenílson e Rodrigo Caio, do que para o bem do clube, é perigosamente factível.

O Tricolor ainda tem LA e Copa do Brasil e o sentimento é que o Grêmio fazendo os movimentos corretos pode salvar as finanças, mesmo que as conquistas sejam uma miragem neste Julho/24, mas quem tem coragem para agir?

O que será de 2025, sem as ações corretivas necessárias?

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O Protocolo 

Pegou muito mal a imagem dos três dirigentes prensados contra a parede e o treinador se manifestando de forma "solo" no pós-jogo, pós goleada diante do Juventude.

Foi explicado pelo próprio Renato que Guerra (em especial) segue o protocolo criado no início do ano, ou seja, que os dirigentes não se pronunciam em dia de jogos.

Regularmente, ordinariamente, eu já acho estranho e desfavorável para a imagem da instituição não ouvir de forma frequente o seu primeiro mandatário, mas existem momentos extremos que não podem revelar ou parecer um certo desgoverno ou acefalia do clube. Dá até para chamar de "quebra de protocolo". Em Caxias, os fatos pediam isso.

Assim como ficou, dá para tirar duas conclusões:

- a primeira pode representar o abandono do técnico, ali isolado, encarando os microfones, cercado pelo resultado desfavorável, a ira da torcida e avidez da imprensa. Um ser solitário

- a segunda, Renato é tão "autocrático", que dispensa a presença do presidente e mostra quem é que manda "naquela joça"

Alberto Guerra, no mínimo, deveria sentar ao lado do técnico na coletiva, nem que fosse para ratificar o protocolo, permanecendo calado, mas dando cobertura psicológica ao comandante técnico.

Se existe o tal protocolo, era hora de quebrá-lo. Todos os bons gremistas iriam entender.

Ficou devendo.

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Agora, o Grêmio também é goleado 

Começo a considerar a hipótese de rebaixamento, por que? porque, ele, o rebaixamento, esteve na pauta, na fala, na entrevista do treinador. Claro, Renato mencionou no sentido de refutá-lo, mas é um indicativo, esteve na mesa e na boca do técnico.

A situação é preocupante, entre várias causas, pela sujeição do time ao rodo que o mediano Juventude o submeteu. Não lembro de ter tomado 3 a 0 com naturalidade, isto é, sem um fator marcante que desequilibrasse a contenda. Foi constrangedor pelo fato de ser "ao natural".

Sem levantar a possibilidade de saída do treinador, pois esta chance só ocorrerá por uma "decisão monocrática", a do presidente de fato do Tricolor. Só Renato pode mudar esse quadro. Além disso, o risco de repetir 2021 com as trapalhadas nas trocas de comandante técnico e vice de futebol, devem desencorajar os gestores gremistas.

Quanto ao jogo: Rafael Cabral não foi bem, esteve indeciso, além dele, o técnico segue mantendo o mesmo lateral esquerdo, a "Boulevard Reinaldo", nada é feito para estancar o vazamento defensivo ou se é, revela-se completamente ineficiente a ação. Os adversários deitam e rolam. Aliás, o revezamento por suposta preservação é seletivo, isto é, não vale para Reinaldo.

No meio de campo, a ideia de reforçar a marcação com Dodi e Villasanti estava correta, porém, da teoria à pratica, a distância, pelo menos no Grêmio, é enorme. A dupla ficou superposta a ponto da torcida sentir saudades de Pepê. Falta competência para o técnico acertar a movimentação.

As atuações apáticas de Gustavo Nunes, Pavon contribuíram para a aumentar os rumores que o vestiário não está bem. Tem muito atleta insatisfeito, pelo menos, é a impressão de quem tem experiência em acompanhar o clube há décadas.

As mudanças novamente escancaram o despreparo do treinador, que retira o mais regular dos meio-campistas, jogando-o para a zaga numa pretensa melhor saída de bola nunca vista. O que se vê é o enfraquecimento do setor, tanto de posicionamento, quanto na bola aérea e perda de qualidade no meio com o ingresso de Du Queiroz no lugar do paraguaio.

Galdino é ruim e comprova que não é atleta de Série A. Nathan Fernandes entra apenas para apagar incêndio.  Não apaga e se queima.

O que teve de positivo? A auto desescalação de J P Galvão permitiu a entrada de Alysson Edward, que mostrou velocidade e interesse. 

Infelizmente, o clube está desgovernado e os riscos dele virar uma SAF a fórceps, diante dos resultados em campo mais o imbróglio chamado Arena, aumentaram. Aí, o Grêmio não será mais dos seus torcedores.

Encerrando: com as partidas Grêmio x Palmeiras e Uruguai  x Brasil, duvido ainda que pessoas de bom senso não vejam o fosso que existe entre técnicos estrangeiros e os tupiniquins.

Uma goleada, sem dúvidas.

Opinião

Um dos muitos erros de Renato 

Foi um "day after" de muitas explicações, de muito desabafo da torcida, de múltiplas análises, então, eu vou pegar um ponto que não vi ser comentado ou explorado na coletânea de erros que o comandante técnico cometeu diante do Palmeiras. Para isso, eu volto à década de 90 para ilustrar a crônica.

Luiz Felipe na grande fase gremista dos anos 90 conseguiu formar um elenco que dá para chamar de homogêneo, se os reservas não fossem massivamente escalados. Explico: um, dois ou três no grupo dos 11. Assim, sem terem as qualidades dos titulares, Silvio e Murilo substituíam Danrley, Marco Antônio a Arce, Luciano aos beques, Alexandre Xoxó na ponta esquerda, Zé Afonso na de Jardel e na lateral esquerda, André Silva, bom jogador que era efetivo no Botafogo, no Grêmio havia Roger, mas ele sempre que entrava, atuava bem.

Há cerca de duas semanas, vi uma entrevista dele num podcast, contando uma passagem de conflito, quando num Grenal (de má lembrança) em 1997, o Inter goleou o Tricolor por 5 a 2 no Olímpico, com show do ponta Fabiano. Pois bem, na ausência de Roger, a lógica indicava a sua escalação (André Silva), mas o técnico Hélio dos Anjos resolveu improvisar o zagueiro André Santos (vindo do Corinthians) na posição. Resultado, com 23 minutos de primeiro tempo André Santos estava expulso, após um baile que sofreu. Já André Silva pediu para ir embora, porque, se seria reserva de uma improvisação, não teria sentido ficar no clube. Pelo que lembro, ele até permaneceu mais tempo do que Hélio dos Anjos, após os resultados trágicos deste comandante técnico.

Trouxe essa passagem de quase 30 anos, porque fico imaginando Ronald sendo preterido por Rodrigo Caio (que até começou a carreira como volante), ontem. Sim! sei que a justificativa era a de colocar mais um beque bom na bola aérea, aliás, uma das virtudes do menino preterido.

 O estreante entrou mal e teve a infelicidade de participar do primeiro gol palmeirense. Penso como ficou a cabeça de Ronald vendo os meninos do Verdão desfilando sua arte e ele ali, sentado, olhando a improvisação infeliz, inclusive, o segundo gol, o do empate, na zona, onde um primeiro volante deveria estar.

Sabe-se que empilhar centro avantes, não é sinônimo de ofensividade, nem entupir a defesa de zagueiros, garantia de uma melhor desempenho. 

Como escrevi no início, há muito que se analisar no desarranjo do time nesta Quarta-feira, o não aproveitamento de quem é do lugar foi apenas mais um equívoco do "professor".

Opinião

"Professores" foram responsáveis pelo Empate

Abel Ferreira, ex-treinador do Braga (Portugal) e PAOK (Grêcia) veio com esse currículo para o Palmeiras. Não era uma sumidade, não veio um peso pesado europeu e para simplificar coloco apenas a conquista de 2 Libertadores e 2 Brasileirões. Está na sua quarta temporada à frente de um clube, cuja a fama da torcida é a de ser a mais corneteira do Brasil. Deve ter mérito.

Pois é este comandante técnico que lançou Endrick com 16 anos, Estêvão, 17, Jhon Jhon (assim a grafia), 21, Riquelme, 17. Nada de lapidação, nada de time de transição. Será que ele está errado? Pergunto: onde estariam Endrick (hoje na Europa) e Estêvão (prestes a ser vendido), se estivessem sob o comando de Renato?

Sobre a partida: uma goleada tática e de tomada de decisões a favor do treinador português. Como?

- Quando explorou à exaustão as limitações de Reinaldo

- Quando não se exasperou pelo 0 a 2 contra

- Quando mexeu no time, colocando Myke para que Estêvão flutuasse mais para o meio (fez um golaço numa dessas incursões) ao mesmo tempo que colocou uma "bengala" para auxiliar Marcos Rocha na marcação de Gustavo Nunes. Myke é lateral, originalmente

- Quando tirou um dos amarelados da zaga (Naves), recuou Piquerez e incluiu outro novato, Vanderlan (21 anos) para cima de João Pedro

Nem vou tratar de outras substituições, Dudu e Caio Paulista, que tiveram pouco tempo para atuar.

E o Grêmio de Renato?

- Dois a Zero a favor e ele inclui os reprováveis e antigos titulares, Galdino e J P Galvão com a justificativa do cansaço dos "saídos" Cristaldo e Pavón. Ora! nesta noite os mesmos 3 pontos que valem o jogo diante do Juventude estavam mais próximos. Deixa estes atletas até o final e segura o resultado

- Em nenhum momento, o treinador gremista tomou providências, quanto ao lado esquerdo defensivo, um auxílio para Reinaldo, quem sabe a simples troca por Maik, que é mais marcador

- Até Marchesin (de ótima atuação técnica e anímica) viu o problema na lateral, mas parece que o treinador tem os seus "afilhados" intocáveis

Resumindo:

O Grêmio está flertando com o rebaixamento. Os reforços, a torcida pode perder as esperanças, porque não vai encontrar um Suárez para garantir cargo de vice e de treinador. Os nomes especulados serão da "grandeza" de um Rodrigo Caio, Edenílson... ou milionários decadentes, verdadeiros aventureiros como foram no passado recente, alguns que não vale a pena citar.

Como escrevi na postagem do jogo anterior, ficava a dúvida se o resultado (Flu) seria uma ilha na realidade gremista. Assim como está, desgovernado taticamente, perde para o Juventude.

Encerrando: muito boas as atuações de Marchesin, Gustavo Nunes, Edenílson, Cristaldo e o segundo tempo de Pepê. O melhor foi Rodrigo Ely, disparado. Pavon também se destacou.

O time foi bem até a hora do técnico mexer. Aí, o óbvio ficou escancarado.

Opinião

O Melhor Momento para encarar o Palmeiras

O Palmeiras atual é sempre complicado de enfrentamento, é o melhor da sua história, pelo menos, na comparação por títulos relevantes, mas, se existe um momento para encará-lo, desconfio que é agora. 

Assim como o Grêmio, ele tem desfalques, em especial, no meio de campo, onde transitam Zé Rafael e Raphael Veiga. Aqueles que estão na Copa América podem ser equiparados em número (Gustavo Gomez, Richard Rios) com Villasanti e Soteldo. Além disso, o Verdão jogou segunda-feira à noite contra o seu principal rival, o Corinthians e ficou com 10 jogadores um bom tempo da partida. Houve um desgaste acima do previsto, apesar de vencer.

O Grêmio vai ter a torcida a seu lado, descansou mais, ganhou do Flu após 7 rodadas sem saber o que era isso. Tudo pode ajudar.

Finalizando: só vejo duas alternativas para substituir Dodi. Ou Carballo ou Ronald. A possibilidade de improvisar Gustavo Martins, eu acho perigosa, também, porque Renato pode formar a dupla de zagueiros com ele e Kannemann.

Chance de pontuar contra um adversário difícil.

Opinião

A Janela Perigosa 

Muito se comenta sobre dois assuntos em especial,  a necessidade de reforços em certas posições do time e a escassez de recursos financeiros do Tricolor. Ambos são verdadeiros.

O que se tem visto dos reforços gremistas: ou são velhos (aí, o risco de errar é maior) ou jovens que não confirmam, vide Besozzi ou Gustavinho, então, esta janela que se avizinha, sua abertura na próxima semana é uma faca de dois gumes, isto é, idas e vindas.

Chegaram Jemerson, 31 anos e Rodrigo Caio, que precisa confirmar a sua condição física para seguir ativo e especula-se atletas, todos eles, acima dos 30 anos, caso de Deyverson, se vier ou dos estrangeiros da Europa.

Onde está o "perigosa" da manchete da postagem? Pelo histórico virão atletas que já ultrapassaram a melhor fase de suas carreiras e na contramão, o Grêmio tem Villasanti, Cristaldo, Pavon, Gustavo Nunes, Nathan Fernandes e até Ronald, todos que podem ser do interesse do mercado internacional.

É uma dúvida que se instala na cabeça do torcedor.