O Alicerce
Tenho comigo, que um time como regra começa detrás para frente, isto é, da defesa para o ataque, passando pela consistência do meio de campo. Não vale falar em Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe, nem Garrincha, Didi, Amarildo, Quarentinha e Zagallo, outra época, ataques mágicos de Santos e Botafogo.
Quando eu vejo aquela infrutífera troca de passes dos goleiros com seus zagueiros numa pseudo modernidade, aposto que a possibilidade de tomar gols é maior para o time "contemporâneo", pois a bola está muito, muito mais próxima de seu arco e o risco do revés é iminente.
Dito isso, ao ver Mano Menezes fazer uma cirurgia no Fluminense e começar a respirar sem aparelhos, compreendo e concordo com Renato, no momento em que ele "fecha a casinha" com três zagueiros, aliás, como fez com Werley, Rhodolfo e Bressan no vice do Brasileiro de 2013. O Grêmio não podia/pode entrar em campo com a quase certeza de que vai ser vazado, o que significa que a vitória só estará ao alcance com dois ou mais gols, tarefa árdua sem o fator Suárez.
Manter o trio final, independente de nomes, é a medida mais importante no atual estágio Tricolor. Não será definitivo, pois assim que o time adquirir confiança, o esquema poderá ser mudado, se o futuro experimento se mostrar mais equilibrado e eficiente.
Por enquanto, o indicado é fechar o setor e especular lá na frente.