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terça-feira, 29 de abril de 2025

Opinião




Copa do Brasil é especialidade do trio 


Amanhã, como todas as quartas-feiras às 19 h, eu terei um compromisso na UFSM e perderei a estreia de Mano e Luiz Felipe no torneio. Essa dupla mais o Tricolor, os três têm afinidade com esta Copa. Venceram várias vezes, então, renovam-se as esperanças apesar do momento ruim, do momento de reconstrução do time.

É o tipo de disputa que dificilmente dá chances num vacilo grande, mesmo que a distância entre os oponentes seja imensa. Vale lembrar que a Copa do Brasil já teve finalistas inusuais como Criciúma, Goiás, Paulista, Santo André, Figueirense, Ceará, etc. Alguns até botaram a mão no caneco.

Mano e Felipão marcam a minha torcida inarredável pelo sucesso, mas, contraditoriamente, a ideia da contratação deles vem de encontro ao que penso quanto aos rumos do futebol. O fracasso da passagem de Quinteros traz de ruim, além dos resultados (obviamente), um retardamento no processo que julgo inevitável na evolução tática dos grandes clubes. Fica para mais adiante.

Espero que esta Direção não fique omissa quando Mano e Luiz Felipe encontrarem resistências malévolas no elenco, que só trazem prejuízos à instituição, como ocorreu em 2021 com um grupo de atletas de qualidade superior a mais de dois terços dos participantes, que sucumbiu inexplicavelmente aos olhos assombrados dos torcedores, assistentes impotentes da ruína Tricolor, mas uma queda que os subterrâneos do futebol conhecem bem as causas.

Finalizando, uma vitória amanhã carimba o passaporte para as oitavas de final da competição. Que venha sem sobressaltos.


domingo, 27 de abril de 2025

Opinião




Novamente, a vitória escapou

O Grêmio ainda não venceu na fase pós-Quinteros, mas isso não tem a ver com a troca de treinador unicamente. Com o argentino, o time ia "pelas caronas". A explicação passa por outros fatores ou "detalhes".

No Grenal, a vitória poderia vir com a chance de uma cobrança de penalidade que a arbitragem sonegou. Diante do Godoy Cruz, os erros de Jemerson comprometeram o resultado e hoje, Volpi "caçou borboleta" numa bola parada, o que agrava a sua falha, afinal, não houve imprevisibilidade no lance. O fato é que, desde a saída de Victor, o Tricolor não tem um goleiro à altura de suas necessidades. Teve êxito em alguns certames, basicamente pela sua dupla histórica: Geromel & Kannemann.

Mesmo com uma partida ruim de se ver, cheia de defeitos, ainda assim, o time apresentou a evolução do quarteto defensivo: Serrote, Jemerson, Wagner Leonardo e Marlon, todos eles tiveram uma boa participação.

Já o meio ficou devendo, Dodi esteve bem, mas nasceu para ser coadjuvante. Não passará por ele, na maioria das jornadas, o fator de desequilíbrio de partida. Villasanti abaixo do que já rendeu, Cristaldo é o 10 de esporádicos movimentos consequentes e Edenílson, bom, este merece mais linhas de análise do que os demais.

Mano repete os erros de Renato e Quinteros, ao achar que o atual camisa 8 pode fazer o "corredor" pelo lado direito, algo que lembra a função de Ramiro, e Edenílson nunca foi dali. Quebrou o galho, quando a sua condição física era de um jovem meio-campista, algo que ficou com o passar dos anos. Hoje, Edenílson só pode jogar como segundo volante e eu sugiro, eventualmente, testá-lo como o primeiro marcador, que pode surpreender em determinados momentos dos jogos, entrando na área adversária.

Na frente, Braithwaite vai morrer à míngua, sobra Kike Olivera, que "se vira nos 30", algo que o dinamarquês não está conseguindo em seu isolamento.

Mano vai conseguir ajeitar taticamente o time, mas como todo treinador que chega num clube e quer "ganhar o elenco", assim, vai rodar o grupo, tentando dar chances até aos arquivados como Nathan Pescador, que até fez um bom jogo. 

Essa fase espero que passe logo e o técnico consiga fazer a sua avaliação e descartar quem está devendo.

O ponto positivo nas três últimas partidas decorreu da pegada forte, na disposição do elenco, o que também traz desconfianças de que as más performances de antes não eram exclusivamente responsabilidade da comissão técnica defenestrada.

Fica uma questão: se Mano entrar em atrito com o elenco, o clube ficará refém dos "profissionais" do grupo, como ocorreu com Quinteros?



quinta-feira, 24 de abril de 2025

Opinião




Grêmio deixa escapar a vitória na Argentina 

Primeiro, eu devo dizer que, diante da disponibilidade de treinadores e do tempo de contrato (8 meses), achei acertada a contratação de Mano. Cheguei a citar Carpini, mas estava empregado e sofreria maiores resistências de parte da torcida e até os dirigentes estariam divididos em "bater o martelo" com a vinda dele.

Dito isso, esse empate tem muito do lado ruim de Mano Menezes, qual seja, conseguiu a vantagem com Aravena, um belíssimo gol, e imediatamente, sacou um atacante e colocou mais um defensor, escolha que se mostrou equivocada, porque "chamou" o adversário para o ataque.

Mas o maior responsável é Jemerson, que desde que voltou ao Brasil (Atlético Mineiro), já demonstrava que a sua queda física e técnica era maior do que a de outros jogadores que cumpriram essa trajetória, destaque no Brasil, carreira consolidada no exterior e retorno para tirar o "último leitinho da carreira".

Jemerson vinha fazendo uma boa partida, mas chega a hora em que essa característica, a do ocaso da carreira, se apresenta. O zagueiro experiente, com certeza, observou que a partida era de contato físico, o juiz deixou o jogo correr, então, não foi descuido dele, mas de falta de imposição.

O que ficou de positivo? Correu muito, brigou bastante, Kike Olivera, Lucas Esteves, Dodi, Villasanti (o melhor) foram bem. Edenílson, que estava mal, pelo menos, marcou o primeiro gol. Braithwaite abaixo de apresentações anteriores.

Monsalve ou Cristaldo? Estou me convencendo de que a história de quem está de fora é a solução, parece que vai se repetir, até o veredito final, que, às vezes, reprova as duas opções.

Com a fase de Jemerson, coincidentemente, os 3 zagueiros disponíveis são canhotos: Kannemann, Wagner Leonardo e Viery. Problema para o técnico. Ele é pago para isso.

O empate deixou um gosto amargo, porque a vitória esteve bem próxima.



quarta-feira, 23 de abril de 2025

Opinião




A Escolha do Técnico 


Assim como ocorreu com a contratação de Tiago Volpi, a de Mano Menezes, na minha cabeça, não considero a ideal, porém, não vejo algo trágico. Se Volpi não era o arqueiro que tanto reclamo para o Tricolor, pelo menos, está num estágio bem superior ao anterior (Marchesín) e aí, vamos para a situação do treinador recém-efetivado.

Quinteros foi mal, porém, no cadinho de erros está a má vontade de parte do elenco e, como dizia o memorável Mário Sérgio, num time de 11, quando dois não querem, eles derrubam o comandante técnico.

Não sei se ocorreu isso, mas algum fator acima de questões táticas ajudou à demissão do argentino/boliviano e a situação ficou incontornável. A queda se tornou evidente e a correção de rumo, uma obviedade.

Neste contexto, quarto mês do ano, uma nova tentativa com profissional nascido fora do Brasil, de cara, teria rejeição ou quase isso. Quem então? Aí entra Mano Menezes, que é do Sul, estava parado momentaneamente, tem uma identificação com a história do Tricolor e, importante, aceitou pegar "a barca" de apenas 8 meses (com chances de prorrogação de contrato).

Mano vai acertar a mecânica. A edificação virá da defesa para o ataque, pois o time, independente de escalação, esquema ou competição, vaza demais e uma conclusão se faz necessária: se toma um gol, para vencer terá que fazer dois.

Li que Mano vem resgatar a alma do Olímpico. Bobagem, o treinador gaúcho é cobra criada, é cascudo, não veio aqui para fazer o trabalho que é da Direção. 

Como já mostrava a capa de um antológico álbum de Frank Zappa chamado We're Only in It for the Money, Mano está olhando o seu lado e não há nada de errado nisso, desde que busque colher bons resultados. 

Só isso.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Opinião



Impressões 


Fiquei pensando se havia apenas duas conclusões sobre a origem da intenção do tal Bráulio Machado, o soprador de apito, que sacaneou o Grêmio, se mal-intencionado ou incompetente. Concluí que existe outra, uma tão danosa quanto as opções anteriores: Arrogância, que é originada pela insegurança. Se ainda, ela resultar associada à vaidade, o risco de prejudicar outrem é grande, assim como a sua queda, mais adiante.

Quando o bandeirinha Boschilla errou no gol gremista, o juiz, orientado pelo VAR, corrigiu o seu auxiliar e acertou em cheio. A falha não era dele (Bráulio). Quando não marcou a penalidade, falha sua, a vaidade associada à insegurança que resulta na arrogância, o impediu de reformar a decisão. É nítida a sua inconformidade à indicação/sugestão de ir à cabine, ver o lance de vários ângulos. Se fosse no distante século XIX, ele diria: "Que maçada!" E andou até a câmera, provavelmente, já com a ideia de rechaçar o óbvio das filmagens, enfim, brigar com as imagens. E assim procedeu.

Errou pela sua insegurança, acobertada pela arrogância. 

Bráulio, em condições normais, não irá longe na arbitragem.


domingo, 20 de abril de 2025

Opinião




Grenal marcado por péssima arbitragem 


Está difícil assistir futebol. Aqueles erros de anos, décadas passadas, que podiam ser considerados aleatórios, agora me dão a sensação de algo articulado, pois o leque de acontecimentos, delitos, é algo jogado na nossa cara sem constrangimentos. São manobras políticas, antes realizadas às escuras no subterrâneo do esporte, que se naturalizaram. É a CBF escancarando a sua maneira de agir, tem, também, jogadores (e "adjacências") mexendo na condução, no correr de uma partida, alterando os rumos em campo (bets), que incentivam uma boa parte dos integrantes porque imagina, se "lá em cima é assim, não faz sentido eu remar contra a maré". Um juiz que nunca vai bem (Wilton Pereira Sampaio) é selecionado para o Mundial de Clubes e qualquer um que olhar o seu currículo terá a certeza (!!!!) que se trata de um grande árbitro. São participações em decisões nacionais, internacionais e até Copa do Mundo. Ele e outros são premiados, ou melhor, são eleitos pelos serviços competentes prestados.

O que se viu ontem não se trata de lance polêmico, como li e ouvi. Não, o lance não deixou dúvidas. A polêmica fica pela interpretação do soprador de apito, que teve tudo para acertar no pênalti escandaloso no final do clássico, que retirou do Tricolor a chance de sair vitorioso e dar um salto na tabela. A conclusão não pode se afastar desta: ou o juiz é mal-intencionado, ou é incompetente, que, quando associados à arrogância, como foi o caso, numa situação limpa, honesta, proba, encerraria a carreira dele.

O Grêmio fez uma partida de superação, pois, bem escalado e com a "ânima" revigorada, tratou de anular peças importantes do Coirmão, este, que, se cruzar com adversários estudiosos, terá muitas dificuldades pela frente e o Pep Roger poderá repetir passagens anteriores, quando mostrou que não consegue manter seus clubes atuando em alto nível a médio prazo.

Ontem, o treinador colorado, para não admitir a penalidade máxima a favor do Imortal, disse que se deve dar o direito de interpretação ao árbitro. Afirmo: Ele vai ter contra si, situações iguais ou semelhantes. O que vai dizer?

Para não me alongar, os destaques foram muitos: Volpi, Kannemann, Marlon (excelente estreia), Kike Olivera e Villasanti.

Uma observação sobre Aravena, um jogador mediano, mas esforçado: ele participou de dois lances importantes no pouco tempo que teve, uma bola na trave e a falta absurda sonegada pelo juiz.

Espero que a mobilização e avanços táticos e anímicos não se resumam ao clássico, abrindo de fato o 2025 para o Grêmio.

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Opinião




Onze Estrangeiros*** (corrigido agora) 

Na minha adolescência, período em que se forma muito conceito na cabeça das pessoas, jogador estrangeiro vinha para ser titular e, de preferência, fazer história nos seus clubes. 

Utilizando apenas a memória: Ancheta, Obberti, De León, Rivarola, Arce; Figueroa (Inter), Perfummo (Cruzeiro), Reyes e Doval (Flamengo, o último também no Flu), Mazurkiewicz e Cincunegui (Galo), Andrada (Vasco), Ramos Delgado (Santos), Fischer (Botafogo), Forlan e Pedro Rocha (São Paulo), enfim, a lista é enorme.

Pois, em 2025, o Grêmio tem no elenco 11 (onze) atletas nascidos fora do Brasil. Acho o número exagerado, porém, se se firmassem, ninguém, muito menos eu, faria uma postagem assim.

Quem é indiscutível no Grêmio? Amuzu, Pavón e Aravena, esse trio tem mais jogos reprovados do que algum que o torcedor tenha boa lembrança. 

Kannemann e Cuéllar, hoje, têm mais dias no DM do que à disposição dos comandantes técnicos. Cristaldo e Monsalve, eu cheguei a lembrar da eterna discussão dos Colorados na virada dos anos 70, Bráulio ou Sérgio Galocha? No final, nenhum. Uma terceira alternativa resolveu a questão.

Arezo e Kike Olivera, alguém crava que são soluções? Lembro que estou me referindo a abril de 2025. Se estourarem, melhor para todos, mas a realidade...

Restam Villasanti e Braithwaite. O paraguaio anda incomodado com algum fator, mas futebol, ele tem. O dinamarquês, se não é unanimidade entre a massa gremista, pelo menos vem fazendo gols e mostra muito profissionalismo.

Finalizando: A proposta gremista é positiva, mas a prática não se apresentou exitosa. Há, ainda, o atraso da revelação de juniores, que ficam atrás dessa turma.


quarta-feira, 16 de abril de 2025

Opinião



Derrota para demitir o Técnico 


(In)felizmente, não assisti a todo o jogo, um compromisso na UFSM durou exatamente o tempo da partida. E ao tirar o celular do modo Avião, tomei conhecimento da goleada e a dedução foi óbvia: A demissão de Quinteros.

Depois de ver os melhores momentos e ouvir alguns comentaristas, sendo "comedido", outra constatação: Não se joga o que o Grêmio jogou sem ter a participação "coletiva" do elenco. A goleada de hoje parece uma concessão dos jogadores para que isso não ocorresse num Clássico. Foi um recado para a Direção do que poderia reservar o Grenal mantido o estado atual.

Se a mudança de atitude, de pegada, ocorrer na partida de sábado, os dirigentes têm obrigação de "marcar na paleta" aqueles que fardaram e não apresentaram nada, alguns que já mostraram qualidade em temporadas passadas, porque o clube deverá estar acima destas diferenças.

Com mais de meio século acompanhando futebol, ninguém me convencerá de que apenas em quatro meses, uma orientação tática nova faça bons jogadores "desaprenderem".

A Direção que errou muito pode acertar, se identificar todos os agentes que levaram a essa decadência. Doa a quem doer.

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Opinião




A Segunda-feira dos gremistas 


Hoje, a disponibilidade de canais ofertando notícias dos clubes é imensa, do Grêmio não seria diferente, então é difícil refletir sobre o que está ocorrendo interna e externamente, porque, na verdade, são muito mais opiniões do que dados concretos. Aqui, de forma amadorista (no melhor deste conceito), eu opino, preferencialmente. Então, vamos seguir:

- Os comandantes gremistas que falaram sobre risco zero de erro nas contratações, na prática, não alcançaram isso, em especial, nos casos Cuellar (problemas pessoais) e Luan Cândido, que segundo se sabe, ainda não entrou em forma, depois de mais de dois meses no clube

- A saída de Quinteros é pedida insistentemente (e é justa), pois o time não evoluiu nada nestes quatro meses de Grêmio, mas não vejo na mídia (alguns dirão que não é responsabilidade dela indicar) sugestão de substitutos para o lugar do argentino

- O não aproveitamento de determinados jogadores, casos de Monsalve e Natã Felipe, em anos anteriores e agora, é um mistério para a torcida. Podem até não corresponder, mas precisam, precisavam no caso do zagueiro, ser testados

- A necessidade de produzir notícias esportivas sobre o Grêmio, porque está sendo patrocinada, exige da mídia identificada, material para fazer a roda girar. Alguns com certo exagero e, para mim, isso tira a credibilidade dos conceitos emitidos. Arrisquei acompanhar a Rádio Imortal pela contratação de Cristiano Oliveira, mas, aí, no pacote, tem o Fabris e, meus amigos, o problema sou eu, repito, o problema sou eu, ainda que perfeitamente legal no ponto de vista da Lei, a lembrança que ele administrou o Instagram do Douglas Costa e defendeu o retorno dele, tira o brilho deste canal. Uma pena! Melhor se fosse administrador do Instagram de Kannemann ou Geromel, por exemplo. Talvez o problema seja eu, realmente

- O desempenho de Quinteros atrasa a boa ideia de aproveitamento de um estrangeiro como treinador e inviabiliza a vinda de outro pelo tempo que resta para essa Direção. Isso resulta numa postergação de mudança e a troca mexe na convicção que trouxe o argentino. Se ele sair, virá um "tampão", nesse caso, algum brasileiro, que se disponha a um contrato de 8 meses

- Já ouvi de torcedores nomes como Felipão, Dorival, Mano Menezes. Primeiro, não acho nenhum dos três ideal para esse momento, Felipão está mais para coordenador técnico, Dorival vai pedir um valor estratosférico, se tiver interesse, e Mano, talvez, o mais acessível, igualmente, não aceitaria um contrato de pequena duração

- Para não ficar sem dar um pitaco, acredito que Carpini, agora mais cascudo, poderia ajeitar o time, evitando maiores sustos neste Brasileirão. Também acho que não aceitaria um contrato de tiro curto, porém, em tese, é o de menor custo

Enfim, tem assunto para toda a semana, mesmo que vença o Mirassol fora de casa.

domingo, 13 de abril de 2025

Opinião



Nova derrota pressiona mais o técnico


A partida tinha todas as características de ser difícil para o Grêmio, o retrospecto mostra o fosso que existe em favor do clube carioca. Acho que nos últimos 9 anos, o Tricolor ganhou apenas 4 e sofreu algumas derrotas constrangedoras, muito menos no placar, mas no banho de bola que levou na maioria das vezes, então, o resultado não foi nenhum absurdo.

O problema está no histórico do time em 2025. O Grêmio não conseguiu estancar a sangria que representa sofrer gols em quase todos os jogos e isso indica matematicamente, que, no mínimo, ele terá que fazer dois para sair vencedor, se sair.

Para agravar, tomou aos três minutos e o que parecia ruim, ficou péssimo. Ainda assim, com exceção do placar, os números foram bons no final da primeira etapa: maior número de arremates, maior posse de bola, maior número de desarmes, maior percentual de acerto nos passes. Além disso, ao meu ver, duas penalidades claríssimas, a primeira, Braithwaite foi deslocado com o adversário usando as duas mãos no tronco do dinamarquês. Esse erro grave ficou em segundo plano na memória dos torcedores e da imprensa, porque houve outro mais visível, a abertura do braço de Gerson, que se fosse na outra área, não haveria sequer discussão. 

Veio a etapa final e o Flamengo se impôs com muita naturalidade, pois a diferença de elenco impressiona. 

Mesmo que o grupo do Grêmio seja bom, em algumas posições, há carências, que apareceram diante do melhor time da atualidade. João Pedro, Jemerson e Cristaldo falharam em momentos cruciais. Já Amuzu, embora eu não tenha opinião definitiva; adaptação, timidez, tempo de Brasil dificultam uma conclusão, mas pela amostragem, ele não farda no Juventude.

Quinteros tem responsabilidade, porque mexeu mal e deixou o Flamengo "gostar" do jogo, não teve contra si, a pressão sofrida no primeiro tempo. Jemerson, Dodi, Monsalve, Amuzu e Alisson não repetiram o nível dos substituídos.

Outro equívoco e aí é geral nos times, os pontas invertidos, ainda que tenham a possibilidade do corte para o meio e o arremate em curva, na maioria das jogadas que cruzam para a área, o efeito da bola consagra os beques que pegam o lance de frente. É um "abraço" para os zagueiros. Não se vai mais ao fundo da última linha do gramado para o cruzamento "procurante", que consagra os avantes. Enfim, é a "modernidade" do esporte bretão.

Resumindo: Perder para o Flamengo virou rotina, não seria trágico, mas o combo de jogar mal, perder jogos como o do Ceará e não apresentar evolução tática agrava a posição de Quinteros. Só vencendo os dois próximos compromissos, o treinador ganhará sobrevida.

E um deles é Grenal.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Opinião


        Um Close no Futebol Brasileiro

Lógico! Não se está eximindo ou reduzindo a "culpa" dos dirigentes, atletas e Comissão Técnica do Imortal neste momento de grande oscilação e, talvez, descrença no trabalho de Quinteros, em especial, mas olhando o que ocorre com outros clubes brasileiros, alguns, bem tradicionais, o "close" do Grêmio, não está pior do que esse seleto grupo. 

Como escrevi acima, não serve de consolo, porém, é um ingrediente que está inserido no desempenho Tricolor, a oscilação, o mau desempenho coletivo e individual, vitórias contestes, classificações no fio da navalha, etc...

Corinthians desclassificado diante do Barcelona/Equador em Itaquera, Cruzeiro fora das finais do Mineiro e derrotado em casa esta semana para o desconhecido Mushuc Runa, também do Equador, no Mineirão, o todo poderoso Flamengo batido pelo mediano Central, de Córdoba no Maracanã. 

Prosseguindo, o Palmeiras, mesmo líder do seu grupo na LA, perdeu o inédito tetra do Paulistão e vê a fase mais contestadora do seu técnico, Abel Ferreira. O São Paulo não está satisfeito com Zubeldía. O Fluminense trocou de treinador, o Galo ainda não venceu no Brasileirão, nem na Sul-americana. O Vasco e Santos? E o campeão Botafogo, fora das finais do Carioca?

Sobra o Inter, por enquanto, e aí reside uma das causas das dores de cabeça da massa tricolor: a rivalidade.

 A fase do futebol brasileiro é tão ruim, seja Seleção, sejam clubes, que Roger, sem ganhar um título relevante (apenas regionais aqui e ali, esparsamente), já tem o seu nome citado para comandar o Escrete Canarinho. Menos, né!

É evidente que o Grêmio deve olhar para si próprio, mas não deixa de ser, no mínimo, curioso o estágio do futebol nestas plagas.


quarta-feira, 9 de abril de 2025

Opinião




Grêmio vence a segunda na Sul-americana 


O Tricolor conquistou a segunda vitória nesta competição. É o fato. Pela projeção do grupo, nenhuma surpresa, ele é bem fraco.

As causas podem ser diversas: a fragilidade do adversário, a penalidade não marcada que poderia redundar em sair em desvantagem no placar, o cansaço do Atlético Grau na segunda etapa, a qualidade individual dos atletas gremistas e, até, uma supremacia tática na etapa final.

Houve evolução no time, como a maior vitalidade defensiva motivada pela imposição física de Rodrigo Ely, também, porque Lucas Esteves progride a cada jogo, mesmo que lentamente, a performance regular de Wagner Leonardo e a vantagem momentânea de desempenho de João Pedro, que atuou hoje. Volpi continua sendo um goleiro de extremo reflexo (uma defesa fantástica no final do jogo), mas quase comprometeu, quando se atrapalhou numa bola fácil, cometendo um pênalti.

Villasanti confirma que o seu lugar é o do "5", onde vê o campo de frente. O paraguaio foi o melhor em campo. Destaque para Kike Olivera sempre um brigador e ótimo finalizador, não é o primeiro gol que faz com precisão. Cristaldo e Edenílson bem, mas gostaria de ver Monsalve atuar uma partida inteira. Parece ter aquela faísca do craque, aquele que rompe a lógica da jogada de forma simples.

Olhando para o plano coletivo, o time ainda está com os setores "apartados". O início resultou em preocupação para nós, gremistas, o adversário veio para cima e o Tricolor teve dificuldades na saída e posse de bola. Aí reside a grande interrogação do trabalho de Quinteros, que só resultados bons em sequência poderão alterar o sentimento de que ele não resistirá no cargo.

Conclusão: Pelas entrevistas de pós jogo de alguns atletas, Quinteros precisa "ganhar" o grupo, enfim, que ele aceite suas ideias e que elas na prática comecem a dar resultados imediatos (aqui, traduzidos para vitórias), senão as críticas aumentarão e as incertezas persistirão.

Só assim, vencendo a curto prazo, ele resistirá, duas derrotas diante de Flamengo e Mirassol, que somadas a anterior (Ceará) inviabilizarão a sua permanência.



segunda-feira, 7 de abril de 2025

Opinião




Dias de Ira 


Na virada dos anos 60, o cinema italiano estava em crise financeira, quase entrando em colapso, quando um grupo de gênios (Sergio Leone, Sergio Corbucci, Ducio Tessari e outros) resolveu realizar faroestes italianos (Western-spaghetti). Um sucesso que revelou/consolidou as carreiras de Clint Eastwood, Eli Wallach, Charles Bronson, Lee Van Cleef, Franco Nero, etc... Um punhado de êxitos que inspiraram Quentin Tarantino, por exemplo. 

Entre algumas obras está Dias de Ira  de 1967,com Giuliano Gemma e Lee Van Cleef, onde o primeiro faz um novato que aprende com o mestre, um matador, vivido por Van Cleef.

 E o aprendiz foi um grande aluno, no final do filme, eles romperam e tem o duelo derradeiro naquele cenário típico, frente a frente no meio da rua. Gemma acerta Cleef, que agonizante pede para poupar a sua vida. 

Aí vem a frase fatal: - Meu mestre me ensinou que quando o inimigo está morrendo, melhor matá-lo, pois não se deve dar a chance de que ele se reerga (é mais ou menos isso ou quase). Resumo: Se o adversário está mal, o negócio é não deixá-lo se recuperar, exterminar mesmo!

Por que essa historinha? Porque esta semana, além do Grêmio não se ajudar, a mídia vermelha identificada ou aquela que acha que não é identificada, soltou algumas pérolas, verdadeiro bombardeio para aniquilar de vez com o "inimigo", como vou explicar a seguir:

- No final do jogo do Tricolor, acabei correndo os olhos/ouvidos em vários meios de comunicação e, por burrice, me deparei com a Gaúcha, onde estava o CCD e outro comentarista. Este último criticou o Grêmio por não aproveitar a base, que sempre esteve presente nos grandes títulos. Citou até o ingresso de Bonamigo no segundo tempo da final em Tóquio e, para reforçar, ilustrou com os aproveitamentos de Gabriel Carvalho, Gustavo Prado e, pasmem... Ricardo Mathias no Inter. Mas, tchê, o time do Coirmão com todas as peças à disposição não é: Rochet, Bruno Gomes, Vitão, Vitor Gabriel e Bernabei; Fernando, Bruno Henrique e Alan Patrick, Wesley, Valencia e Carbonero ou Vitinho? Qual deles é egresso da base? Vitor Gabriel, que era titular do Sport Recife?

Para ver a maldade do comentarista. Gabriel Grando, Igor Serrote, Natã Felipe, Viery, Pedrinho, Gabriel Mec e Alisson Edward já jogaram no time principal esse ano. São reservas, tanto quanto os citados pelo comentarista no Inter.

- Recém li que o Inter vai ultrapassar a marca alcançada há 50 anos em invencibilidade na arrancada do ano. O jornalista teve a cara dura de excluir a derrota para a Seleção do México por 2 a 0. Siiim! Tirando a que perdeu, está invicto. Não é lindo!

Então, vamos combinar: excetuando todas as derrotas deste ano, o Grêmio está invicto. Alguém duvida? 

Vejam, é uma blitz para derrubar de vez quem está moribundo. 

Finalizando: O Grêmio, leia-se, sua Direção, ela tem que ter a noção exata do que é a rivalidade gaúcha, onde os "isentos" da imprensa atuam assim como exemplifiquei.

O que se pode esperar dos assumidos? Dos azuis e dos do lado de lá.

 Ela (a Direção) precisa reagir e fazer o seu papel, dando apoio a Comissão Técnica, mas ao mesmo tempo, cobrando evolução no trabalho. Do outro lado, vem muito chumbo grosso.

Que falta faz Paulo Santana, que esgrimava solitário em seu tempo. E dava de relho na turma.

PS: Esqueci de citar Gustavo Martins.

sábado, 5 de abril de 2025

Opinião




Grêmio perde e acende o sinal de alerta


Era uma partida para ganhar três pontos fora de casa, mas serviu apenas para aumentar o coro dos descontentes com o trabalho de Quinteros. Com razão.

O pênalti foi acidental; um chute forte em cima do defensor que está "torto" no lance, sem tempo para recolher os braços. Volpi voou no canto, porém, a cobrança resultou perfeita.

Antes, uma oportunidade de "ouro" num vacilo do arqueiro e o Grêmio desperdiçou de forma "besta". Uma cobrança horrível, bastava tirar da barreira que era grande e assim, sem o goleiro ver a bola seria um abraço.

Escolha também inconsequente a de Volpi no último minuto da partida. Bah! Segunda rodada, não precisa, um vacilo, que bota mais uma interrogação nas decisões do bom goleiro, mas que se equivoca em determinados momentos, que já se viram na sua curta passagem no clube.

Chegamos ao trabalho do treinador. Quinteros erra quando insiste com determinadas escolhas, que não dão resposta há tempos, o mesmo ocorre com o esquema tático que abre mão de um meio-campista de articulação tendo dois no elenco.

Ninguém mais do que a Direção para saber o dia a dia do trabalho do treinador e sua comissão, aí entram o "feeling" e principalmente, a convicção para bater o martelo: Ele fica!

Não é o caso da torcida, porque a parte visível para ela é o que se verifica no campo. E o campo está dando um recado preocupante, qual seja, os erros se repetem, isso ocorreu em grande escala com o treinador anterior e se constituiu na principal queixa da massa torcedora e (para mim) o maior motivo para a sua saída.

O trabalho de Quinteros está na marca do pênalti e uma vitória na terça-feira não será motivo de alívio. É o típico jogo que só traz prejuízo, se perder, a corda aperta o pescoço, se vencer, nada representará no que tange a uma melhor avaliação do seu trabalho. Vencer o Grau é mais do que obrigação.

Se eu fosse dirigente, já estaria preventivamente olhando o mercado dos "professores".

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Opinião



Essa tal Intensidade


Ontem, sexta-feira, liguei a tevê cinco minutos antes do Bahia marcar o seu gol diante do Inter. Uma movimentação, uma intensidade, que me impressionou, mas junto veio o defeito que a maioria dos times (leia-se treinadores) comete na ânsia, no afã de praticar o "futebol moderno". Qual seja:
após o time se aproximar da área adversária com toques rápidos, criativos, posse de bola, envereda ao gol e, aí, o grande erro, o desvio do objetivo, não acaso, gol vem de goal (objetivo no inglês). Em vez do arremate, os atletas (orientados) tentam furar a defesa até chegar na cara do arqueiro, o que na prática se revelou muito difícil e terreno fértil para sofrer contra ataques. Num desses, no jogo em casa, o Bahia sofreu o tento de empate, quando o lateral, depois de ótima defesa do arqueiro, "chupou bala" e deixou Valência chegar e empurrar para as redes a bola que seria facilmente colocada pelo defensor para escanteio, se estivesse atilado, atento.

Pois, essa postagem é para perguntar onde está a intensidade no Tricolor, presente nos times de Quinteros? Dá para contar nos dedos que está encarando e entendendo o que quer o técnico?

Jogadores como Dodi, João Pedro e outros surpreendem pela apatia em campo. Além deles, Jemerson, que jogo após jogo, demonstra a incapacidade de ser titular. Para lembrar, nunca saiu de campo com o melhor defensor de uma partida, algo que Bruno Alves, para ficar em um único exemplo, conseguiu, mesmo com limitações.

A direção gremista precisa entrar em campo. Qual é o problema de Cuellar? É a ausência da família? O colombiano pode repetir o caso de Carballo, que o contexto (família também, seria isso?) Pesou mais do que as lesões para a sua saída para os EUA.

Quinteros tem as suas próprias dificuldades, mas o entorno dele pode estar contribuindo para o atraso do aparecimento das virtudes no time, aquelas que levaram a colocar o argentino/boliviano na lista de treinadores no início do ano.

Como na postagem anterior, novamente reclamo aqui da participação mais ativa da Direção para que Quinteros possa acertar o time ou então, abrir o lugar para outro.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Opinião




Grêmio estreia com vitória discreta 


Atuações como a desta noite são as que dão margem para buscas de análises diversas, algumas até exageradas. Culpa do time e da Comissão Técnica.

Querem um exemplo: a ilação de que Quinteros tem problemas com parte do elenco. Bom, se a gente olhar detidamente as performances de Jemerson, Dodi, Cristaldo (todo o jogo) e João Pedro e Villasanti (primeiro tempo), esta versão ganha corpo. Nem aquela famosa expressão usada quando o time está mal treinado dá para usar hoje, qual seja: "o time está correndo errado". Alguns não se esforçaram o suficiente para pôr a responsabilidade do mau jogo apenas no treinador. Quando se vê Amuzu, Wagner Leonardo, Tiago Volpi, Lucas Esteves, Kike Olivera, Braithwaite, Edenílson, ainda que alguns errando, outros, atrapalhados, mas transpirando, a ideia de boicote ao treinador por uma parcela dos atletas ganha força.

O técnico tem culpa ao insistir com Pavón e Jemerson. Em não posicionar melhor Villasanti, em não dar uma sequência para Monsalve, que precisa ser melhor avaliado.

Houve melhora? Sim, na restrição aos chutões, as tais bolas longas dos zagueiros, também a comprovação de que neste grupo, Edenílson pode ser titular, que Volpi está em grande fase e a boa volta com gol de Braithwaite.

É pouco? É, é muito pouco, porque a Direção precisa dissipar a nuvem de preocupação com relação ao que está ocorrendo com Cuellar, da mesma forma, ser enfática com relação à veracidade dos pagamentos em dia (ou não), clarear a questão do relacionamento elenco-treinador e, por fim, embora menos importante, dar a braçadeira de capitão para um destes três atletas, Braithwaite, Tiago Volpi ou Wagner Leonardo.

Venceu fora, pela minha expectativa, pavimentou a classificação nesta etapa de grupos (o que era obrigação) e promove, mesmo que timidamente, a esperança de arrumar a casa com a invencibilidade momentânea, ainda que mambembe.


terça-feira, 1 de abril de 2025

Opinião




Em busca da Estabilidade 


Como sempre, lembro que este espaço é de opinião, então, lá vai a minha sobre o momento tático gremista.

Este esquema não é o preferencial de Gustavo Quinteros, mas diante da precocidade do elenco e comissão técnica Tricolor, o treinador se viu obrigado a buscar o "modo estabilidade" e viu que com um quase 4-2-4, ele teria vida curta no futebol brasileiro.

Pela formação de sua comissão técnica, que tem Desábato, um ex-zagueiro, para organizar o sistema defensivo e um outro profissional para a parte do ataque, Quinteros almeja sempre um time equilibrado nas quatro linhas, mas com a dificuldade de estancar o vazamento de seu arco (vale recordar que Volpi buscou a bola nas redes em todas as vezes que atuou), sensatamente, tenta reforçar e resguardar a sua meta, daí, decorre um trio de meio-campistas que 10 entre 10 gremistas não imaginam como solução definitiva.

O treinador está em busca de um momento confortável da equipe para, depois, colocar as suas ideias em prática, sem o risco de ser guilhotinado em curto espaço de trabalho.

Para ele, Monsalve e Cristaldo, dois 10, no banco é como ingerir um remédio amargo, mas inevitável.

Como um experiente piloto, ele espera vencer a fase de turbulência.