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sábado, 31 de agosto de 2013

Opinião


 
Grêmio de Renato alcança a quinta vitória seguida
 
                              Pois amigos, a única "certeza" que eu tinha em relação a esse jogo é que ele não seria fácil. Lembrava muito daquele 0 a 1 em 1981 na semifinal do Brasileiro de 81, recorde de público no Olímpico. Passamos, mas foi no detalhe. Hoje, outra realidade, mas seria "encruado" também.
                            Desconfio que o atual esquema, já está ficando manjado para os adversários. Funciona defensivamente, porém, se Barcos e Kléber bem marcados, com os volantes chegando pouco, restam os alas. O dia em que eles não estiverem inspirados ou aplicados, os triunfos virão no detalhe como ocorreu esta noite. Verdade que as consequências da partida eletrizante contra o Santos entraram em campo, junto com o Imortal.
                            Individualmente, Kléber, Alex Telles e Souza foram os melhores. A defesa quase perfeita, com Werley se sobressaindo na saída segura de bola. Não houve má jornada de ninguém. Zé Roberto entrou bem e adquirirá ritmo de jogo em seguida.
                              Contra o Goiás, não espero vitória; cravo um empate, porque o desgaste é grande. Aí a grande vantagem do Cruzeiro que está focado exclusivamente no Brasileirão.
                               Embora conheça o Renato desde o tempo de juvenis, jogando aqui na Baixada Melancólica contra o Coirmãzinho santa-mariense; e saber como ele é, não gostei da autossuficiência demonstrada na entrevista no final de jogo. Tudo bem, é o velho Renato; eu devia estar acostumado.
                             
                             
                            
 

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Opinião




                    A Maturidade em Teste

                                           Este jogo de Sábado contra a Ponte Preta se apresenta como sendo um daqueles que viram armadilha, porque há uma conjunção de fatores  onde clube, torcida e até mídia não acreditam nas dificuldades que a situação apresenta para o time que está embalado; quais são esses fatores:
- A impressão de que o Grêmio encaixou; encontrou o equilíbrio
- O local do confronto
- A posição do adversário na tabela
- O triunfo recente na Copa do Brasil
- A demissão do treinador da Macaca
Onde está a armadilha?
- É muito difícil vencer cinco partidas consecutivas no Brasileirão
- O fator local pode ser bem explorado pelo visitante, "virar o jogo" a seu favor não será tão distante da realidade 
- A Ponte Preta não tem um time desprezível e o campeonato que ela passa a disputar à partir de agora, provavelmente é mais fácil de conquistar, ou seja, não cair. Não é desesperador, pelo menos por enquanto
- O Imortal, naturalmente relaxou após a grande vitória e classificação diante do Santos, além disso, o espaço entre os dois jogos é muito curto, o foco na partida de sábado terá que ser reforçado
- A saída do treinador pode não ser um fator negativo; alguns atletas podem estar até comemorando e se sentido motivados diante desta nova fase
Por tudo que expus acima, o Tricolor passará por um grande teste, não apenas ele, mas também a sua torcida, porque, na minha opinião, meio a zero, neste caso será goleada. 

Palavra de Jogador

Isto é demonstração de um grupo fechado:

- O mais importante é valorizar o elenco que temos. O time que está jogando está num momento bom. Tem aquele ditado: time que ganha não se mexe. Que continue ganhando (risos). Jogando ou entrando durante as partidas, para mim não tem nenhum problema - afirmou, em entrevista à Rádio Gaúcha, na Arena, onde assistiu à vitória do Grêmio sobre o Santos, pela Copa do Brasil. (Zé Roberto).

Jogador bom de bola e bom de grupo, vencedor, um símbolo. Acho que só o Renato mesmo para conseguir isso, chega de vaidade.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Opinião






Um Papo Velho

                                                É a mesma toada de outras crônicas, mas acredito que seja relevante.
                                                 Ouço parte da torcida criticar alguns jogadores do elenco do Imortal que já foram bastante úteis em várias oportunidades, mas que no momento passam por uma má fase ou buscando um melhor condicionamento físico e até psicológico. Diante disso, venho novamente com o velho papo de aglutinar, formar um grupo coeso e não desprezar qualquer destes que estão aí. O expurgo tão necessário e tão pedido já aconteceu. A Direção e Comissão Técnica afinaram a sintonia com os clamores de nós, torcedores e Cris, Fábio Aurélio, Weliton, Toni e Marco Antônio deixaram de fazer parte do quadro gremista.
                                                     Quais são os indispensáveis? Todos, absolutamente todos. Z|é Roberto, Vargas, Elano, Grohe, Bressan, Lucas Coelho, Paulinho, etc... em alguma curva dessa estrada sinuosa que é o Brasileirão de Maio até Dezembro, serão úteis ao time. Renato sabe disso; mesmo que coloque Bressan no banco, fará isso de uma maneira didática e até "carinhosa", para utilizar uma expressão dele, sem queimá-lo. Também, por ser inteligente, sensível e ter experiência de boleiro, ele sabe que "escantear" um atleta que possui currículo extenso de títulos e vitórias como Elano, pode ser o fechamento de uma saída única durante uma partida que se mostrar insolúvel. 
                                               Acima de tudo, o respeito e a "socialização" da busca de alternativas para encontrar o sucesso, promove o comprometimento dos atletas com o projeto, algo que infelizmente faltou a Luxemburgo. Às vezes, apenas o conhecimento técnico não é suficiente para transformar um grupo de qualidade num time vencedor. Renato até agora, sem ter a metade dos títulos e experiência do treinador anterior, demonstra que conhece os detalhes do vestiário e está em franca evolução no terreno tático e estratégico, ferramenta imprescindível para montar um elenco vencedor.


O CHORO DO GUERREIRO.

Findo o jogo, Souza explicou o seu choro. O pranto do atleta me fez rememorar passagens nesta trajetória de Grêmio. Quando contratado, Renato – que por aqui foi apontado como melhor opção – carregava a pecha de não conhecer tática e apresentava-se como uma grande dúvida. Enfrentou um início tortuoso, com percalços e a corneta sempre a postos. Eu mesmo cheguei a duvidar de sua qualidade como estrategista e, no jogo contra o Bahia, embora não tivesse escrito, em pensamento maldisse o esquema adotado. Eu não acreditava – como ainda me esforço para tentar acreditar – que o 3x5x2 de Renato possa funcionar sem um armador. Enfim, as palavras de Souza foram uma mensagem direta: - Falaram que em casa esta formação não daria certo (com três zagueiros e três volantes). Todos entram e dão a vida. Eu chorei. Dedico o gol a Deus e à torcida do Grêmio. Professor manda tocar e passar. Acreditei. Graças a Deus a bola entrou. A bola entrou, como vem entrando repetidamente e, embora eu não encontre explicação plausível para o fenômeno, o Grêmio vem vencendo mesmo com 03 volantes. Na falta de um armador o treinador arrumou uma solução. Não sei se ele imaginou que podia dar tão certo, mas atribuir somente a sorte seria um desrespeito e o mais puro despeito por não ter visualizado antes a solução para o time – e alerto, ninguém vislumbrou a possibilidade, só ele, Renato.
Ainda tenho todas as restrições possíveis ao esquema adotado, mas se depois desta série de jogos em casa, com adversários reclusos em sua defesa, o time de Renato conseguir êxito, caberá capítulo próprio para o feito no livro de táticas.

Opinião




Imortal despacha o Peixe
 
                                            Antes de qualquer coisa, foi um jogo eletrizante. Grêmio e Santos disputaram milímetro por milímetro as quatro linhas do gramado. O time da Baixada Santista adotou a postura tradicional dos times que chegam com vantagem para os jogos de volta neste tipo de competição. E quase deu certo; a precipitação no último passe ainda no primeiro tempo, evitou que a estratégia traçada tivesse êxito.
                                                                      O Grêmio nesta primeira fase da partida, mostrou-se incapaz de atacar com maior intensidade. O arqueiro Aranha não trabalhou e o zero a zero se manteve até o apito final.
                                                                 Sem mudar peças, Renato conseguiu arrochar o time santista e o gol era questão de tempo. Saíram os dois necessários, Souza e Werley.
                                                                Passando para a análise individual, hoje vi três atletas se sobressaírem no confronto; Souza, Pará e Barcos. Logo abaixo,  Alex Telles, Kléber, Werley e Rhodolfo; mas Ramiro, Riveros e Bressan foram atentos e importantes. Este último, provavelmente pela sua tenra idade, oscila dentro das partidas; hoje, se não fosse a providencial cobertura de Dida, assustando o também jovem Gabriel, o Tricolor poderia ter tomado um gol que seria fatal para a classificação. Máxi entrou acertando e errando passes na mesma proporção, Gabriel e Yuri Mamute não tiveram tempo para jogar.
                                                           Não ficaria sossegado, se não reservasse um espaço especial para três jogadores; Souza, que perde muito poucas partidas; foi surpresa a derrota para o Coritiba com ele em campo. Werley que vem dando conta do recado na zaga e também se transformando no defensor que mais gols faz/fez na última década vestindo a camisa tricolor; Barcos está estraçalhando; observem como a bola vem jogada da defesa e como ele arredonda a pelota e transforma um "bicão" a esmo, numa possibilidade de ataque. No entanto, para o meu gosto, ele deveria entrar mais na área.
                                                  Encerrando; escrevi ainda no blog que participava anteriormente, que Dida organizava de tal forma a defesa, que parecia que os adversários não tinham força ofensiva, quase não ameaçavam o seu arco; pois lendo a ZH de Sábado, 24/08, página 41, o professor Ruy Ostermann escreveu algo parecido:"...pode confirmar os avanços do time a partir de Dida, um goleiro importante no processo de sistematização defensiva.". Estou bem acompanhado na minha avaliação do dono da goleira tricolor.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Opinião






As Provas Desta Quarta-Feira

                              São muitas as provas de amanhã no jogo da Arena. Vou enumerá-las:
a) É o primeiro mata-mata de Renato no seu retorno
b) Nestas quatro vitórias consecutivas no Brasileirão, o time marcou o gol primeiro, dessa forma, pode esperar pela iniciativa ofensiva do adversário e sair para o contra-ataque
c) Três das quatro vitórias foram fora de seus redutos, portanto, teoricamente jogou "esperando o oponente"; isto é, reforça o que escrevemos na letra B
d) Na vitória em casa, Dida  e uma expulsão protagonizaram uma vantagem até então inesperada, aliviando uma situação que não se desenhava favorável ao Tricolor
e) O time entra em desvantagem no placar; dependendo da formação, poderá ter dificuldades para atacar
f) Prenuncia-se ser uma noite glacial lá no Humaitá; a torcida terá uma chance de provar o amor ao clube como poucas vezes se viu em se tratando de clima
g) O Santos é um time de muita tradição; poderá apresentar obstáculos difíceis de serem transpostos sem suor, técnica e paciência
h) O foco tem de estar direcionado exclusivamente para essa partida; de nada valerá a boa campanha no Brasileirão neste confronto
i) Num eventual tropeço e desclassificação, clube e torcida deverão virar a página e buscar motivação para encarar a Ponte Preta no final de semana.
                                                           Tenho convicção que o Imortal passa nesta prova dos 9.

Giro pelo futebol.

Por 10 milhões de euros (R$ 31,6 milhões) da multa rescisória o CSKA Moscou levou a revelação do Botafogo - Vitinho.
Fica a pergunta, sem o jogador o Botafogo ainda está credenciado pela luta pelo título ou o time de Seedorf, Jeferson e Lodeiro dá adeus a disputa?

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Opinião







A Importância De Um Elenco Forte

                              No momento em que o Coritiba e Vitória dão mostras que o gás está acabando, a gente percebe a importância de contar com um grupo forte, homogêneo. Isso pode fazer a diferença.
                                Grêmio e Cruzeiro parecem contar com jogadores de boa qualidade acima de 15, 16 jogadores; lógico, há alguns quase insubstituíveis, casos de Barcos, o goleiro Fábio e Dedé, mas com criatividade, dá para minimizar as ausências deles. 
                                   Especificamente, tratando do Imortal, vejo que Renato recuperou a confiança do elenco, motivou-o e assim, foi agregando nomes que passam a ser usuais aos ouvidos dos torcedores; eu, por exemplo, já não estranho as entradas de Guilherme Biteco, Matheus, Máxi Rodriguez. Quase não foi notada as ausências de Zé Roberto e Vargas nos resultados finais; verdade que não os vimos neste novo estágio do time; ou seja, com Rhodolfo na zaga, três zagueiros.
                                Particularmente, gostaria de ver o Grêmio com Zé Roberto e Vargas, junto com  isso, também, uma dose de paciência da torcida, pois requerem ritmo de jogo, como aliás, aconteceu com Kléber, que foi crescendo aos poucos.
                                     Os pontos que são uma incógnita absoluta são a reserva de Alex Telles, o reserva de Barcos e principalmente, o reserva de Dida. Sobre Grohe, nenhuma dúvida; é muito bom goleiro, mas está num estágio de sua vida profissional que não comporta mais ser reserva. Grohe, assim como aconteceu com Ricardo Berna do Flu e Marcelo Lomba no Fla, vai procurar o seu espaço. Fica o pepino para o clube. Não confio no Busatto; sou mais o Fohlmann.
                                      Para finalizar; acredito ser fundamental num campeonato grande como o Brasileiro ter um elenco numeroso e qualificado, porém, isso não é fator único; há outros, entre eles o grupo estar fechado entre si e também com a comissão técnica, salário em dia e sorte de campeão.

domingo, 25 de agosto de 2013

Opinião

 
 
 



 
O Espírito de João Saldanha
 
Ontem, após a quarta vitória seguida do Imortal, troquei algumas ideias com a parceria do blog; lá "pelas tantas", escrevi sobre o aproveitamento do Vargas. Lembrei logo de João Saldanha, jornalista gaúcho do Alegrete que idealizou a Seleção de 1970. Para ele, os melhores teriam que ter lugar no time; lógico, dentro dos limites que não transformassem os times em "franksteins" inviáveis. Anos depois, perguntado se Zico teria lugar no time de 70, João respondeu: "acharia lugar, nem que fosse na lateral-esquerda". Esse era o pensamento do João Sem Medo, destemido e desassombrado como Renato, esse que num Grenal, onde entrou inferiorizado técnica e emocionalmente, revolucionou, "sem medo de ser feliz", fazendo estrear Rhodolfo e uma nova distribuição tática.
                            Outra historinha que ouço e leio é "em time que está ganhando, não se mexe". Nem sempre é assim; Minelli em 1976, teve os melhores números do certame, vitórias, pontos, goleador, etc... Passou o campeonato todo com o meio de campo Caçapava, Falcão e Escurinho; na semifinal contra o Galo Mineiro, "inventou" 3 volantes, sacou Escurinho e colocou Batista, resultado: deu tão certo, Batista fez um dos gols da vitória, jogou a final contra o Corinthians e para todo o sempre tem seu nome gravado entre os 11. Não foi bem assim.
                             Escrevi dias atrás que meu esquema preferido é o 3-5-2, em tese, mas, antes de tudo, sou pelo aproveitamento dos melhores, desde que viável. Aí entra o papo de ontem com os amigos; sugeri que Vargas, Kléber e Barcos + Zé Roberto deveriam estar no time. Como? Assim ficaria: Dida; Pará, Werley, Rhodolfo e Alex Telles; logo à frente deles, Souza, Riveros e Zé Roberto; um pouco mais avançados, Vargas e Kléber; na frente, Hernán Barcos.
                             Gostaria de ver esta formação sendo testada na Arena contra times menos qualificados, onde os laterais ficariam mais "contidos", teríamos três volantes (lembro que Zé Roberto começou na lateral da Lusa), dois atacantes de intensa movimentação, dando o primeiro combate no início do campo defensivo; quando com a bola, se transformariam nos "ponteiros", fazendo o que hoje Alex Telles e Pará cumprem. Algo que Karl-Heinz Rumennigge fez brilhantemente. Quem não conheceu, Rumennigge foi o atacante de maior qualidade que o futebol alemão produziu; assim como a geração brasileira de 82, só faltou uma Copa do Mundo em seu currículo. Jogava bem em todos os setores do ataque. Síntese do atacante moderno.
                            Prosseguindo; lá na frente, Barcos com seu intenso brilho para fazer o que quiser; técnica, talento e inteligência, ele tem de sobra.
                             Quem sabe não "baixa" o espírito de Saldanha no Renato e o Grêmio, desta forma, seja premiado com mais craques no time?

sábado, 24 de agosto de 2013

Opinião





Grêmio ganha a terceira fora. São 4 consecutivas
 
                                   Excepcional resultado; não apenas por ser a quarta vitória em sequência no Brasileirão, mas muito principalmente, porque foi a terceira fora. Pelo histórico desta competição, um dos fatores que levam um clube ao título são vitórias fora. Em média, os campeões ganham no mínimo, 7 partidas como visitantes, assim como, quem bota a mão na taça, não perde mais que 6, 7 jogos no total. Além de bom futebol, um time tem que mirar metas; arrisco dizer que o campeão terá números parecidos com estes dessas primeiras linhas.
                                    O 1 a 0 feito aos 7 minutos, obra-prima de Pará, deu a tranquilidade para desenvolver um ferrolho defensivo e tentar sair na "boa".
                                     Falta ainda ao time, o Zé Roberto para dar a ligação e abastecer os alas e os atacantes. Aos poucos a "Sanfona Imortal" criada por Renato vai sendo aperfeiçoada.
                                     Mesmo que o Flamengo esteja numa penúria técnica de dar dó, ainda assim, há o que comemorar além desta grande sequência de 12 pontos em 12 possíveis. Kléber, Barcos e Alex Telles, usuais detentores do título de melhores em campo, desta vez foram acompanhados de perto por Pará e Souza. Rhodolfo pode ser posto neste grupo. O cara é muito seguro. É difícil acreditar que fosse banco para o Lúcio e Tolói no São Paulo. Werley e Bressan foram perfeitos, também.
                                     Passando para os nomes do meio, Ramiro e Riveros foram muito bem defensivamente, melhoraram em relação ao jogo contra o Peixe, mas fica a sensação que falta alguma coisa na função deles.
                                      Yuri Mamute, Matheus e Gabriel não tiveram tempo para jogar; entraram mais para matar o tempo, ainda assim, Mamute deu duas boas arrancadas.
                                       E o Dida? Bah! Poderia ter pago ingresso, pois foi um privilegiado assistente do confronto.
                                        Parabéns ao Renato, o animador de time que mais entende de táticas. Aliás, sobre "entendidos"; onde estaríamos se o Imortal aceitasse as sugestões deles, tão chorosos pela falta de Vilson, Edilson, Paulo Porto e Marcelo Moreno? 
                                       

Galeria Imortal



Galeria Imortal (8)


                   Há 16 anos, Maio de 1997, Grêmio e Flamengo decidiam a Copa do Brasil. Maracanã lotado; primeiro jogo no Olímpico, 0 a 0. O Imortal desfalcado de Zé Alcino e Luis Carlos Goiano. 
                            O Tricolor fez uma ótima partida e empatou por 2 a 2, gols de João Antônio e Carlos Miguel. O time era treinado pelo grande Evaristo de Macedo que foi craque do Barcelona e Real Madrid nos anos 50; também montou um excelente time do Grêmio em 1990.
                               Na foto, além de Evaristo (janela) estão: Em pé; Arce, Danrlei, Rivarola, Djair, Murilo, Mauro Galvão, Marco Antônio, Luciano e Roger. Agachados: Marcos Paulo, Dauri, André Silva, Dinho, Paulo Nunes, Émerson, João Antonio, Rodrigo Graal e Carlos Miguel. 




Opinião






Ainda Fazendo Contas 

                                           Faltam 4 compromissos para a maioria dos clubes para fecharem o primeiro turno. No caso que nos interessa, o Imortal enfrenta, pela ordem; Flamengo, Ponte Preta, Goiás e Portuguesa. Por mais respeito que se tenha pelos times paulistas, os jogos serão na Arena e convenhamos; quem quer lutar pelo título, nestas situações, tem que atropelar em casa.
                                           Não serão adversários impossíveis de serem batidos; talvez o mais difícil à priori, seja o Flamengo por toda a sua tradição, depois o Goiás, verdadeira incógnita, que costuma encardir seus confrontos no Serra Dourada.
                                            Em postagem anterior, escrevi que os postulantes ao título deveriam fechar o primeiro turno com 35 pontos ou muito próximos disso. Claro que há sempre a remota possibilidade de um time encaixar e começar a enfileirar vitórias no returno, algo improvável, se olharmos o histórico dessa competição. A parte final foi até agora muito mais equilibrada em todas as suas edições. Diante do exposto, o Imortal deverá buscar 10 pontos nesse 12.
                                             A rotina de ganhar 6 pontos em 9 ou 4 em 6 disputados, é que levará o clube a ter chances de chegar diante da Lusa no Canindé na última rodada, sonhando com a possibilidade de levantar o caneco.
                                              É esperar para ver. Começa por Brasília neste sábado.
                       

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

UM DIA DO NÃO.

O Grêmio iniciou o jogo propondo o contra ataque, bem postado em bloco baixo – com suas duas linhas atrás do meio campo e um jogador (que variava entre os atacante) fazendo “sombra” na saída de bola – marcava com encaixe individual dentro do setor, aproveitando-se da superioridade numérica de sua zaga para, ali, exercer uma marcação individual com uma sobra.
Ponto!
Sobre a defesa é isso, poucos reparos a serem feitos, é sólida e conta com a ajuda providência do Pará que, apesar de jogar numa linha mais avançada, permite-se o retorno para dar volume ao setor.
De tal forma o Grêmio dominou o time do santos, forçava os erros e permitia que o time praiano se aproxima-se por vezes, correndo poucos risco, recuperando a bola e saindo em velocidade.
Quer dizer, a defesa funciona e aí que eu pergunto, como poderia não funcionar se jogamos com 3 zagueiros, 3 volantes, 1 ala que compõe e um atacante que faz a meia? Ou seja, de 09 a 10 jogadores atrás da bola!
Aqui está a minha crítica, o Grêmio não é balanceado, é um time excessivamente defensivo que depende de lances pontuais.
Num time encaixado defensivamente levar gol só é possível através de falhas, individuais ou de tática de grupo.
O gol do Grêmio deveu-se ao segundo fator.
O Werley sai no jogador que lhe compete e o Bressan fica no jogador que lhe incumbe. Este perde-se do jogador ao ficar lendo o lance e quando percebe não consegue se recuperar, indeciso permite a conclusão e, por consequência, o gol.
Tomar gols é do jogo, se forem poucos então, não me preocupam, o que me preocupa é a transição ofensiva do time.
No segundo tempo, como era de se esperar, o Grêmio voltou com formação em bloco médio, passada a primeira etapa era hora de propor o jogo – e aí reside o problema, voltou diferente mas igual. Com as mesmas peças.
O time continuava prescindindo do Kléber na armação das jogadas o que nos fazia não ganhar um armador e perder um atacante. Volantes não armam e não adianta se enganar com isso, seja 3x5x2, seja 4x4x2, enquanto não Renato não providenciar alguém que pense nesse time viveremos sempre ao sabor do imponderável.
Por fim, a substituição do Renato matou o time – por óbvio que o gol não foi por culpa disso – mas o baixo rendimento passou a ser. E não, pequeno gafanhoto, a saída do Riveros não foi o que causou a desordem no meio campo – ou alguém vai me dizer que ouviu o nome do gringo mais do que eu? - a desordem do meio campo veio após a saída de Kléber. Com ele o time contava com superioridade numérica no setor e os volantes tinham para quem tocar. Sem ele o jeito foi tentar armar e aí já sabe né...
O tempo esperado até mexer também é demérito do técnico, coisa na qual tem irritante constância.

Enfim, o extrato de tudo é aquilo que já vinhamos falando, o time é inconstante devido a um balanço ruim, forte na defesa e dependente de jogadas individuais no ataque – os últimos gols demonstram isso de forma lapidar.
O que necessita? Um volante a menos, um armador a mais.
Com a volta do Zé – alguém ainda o acha dispensável? - vai trazer uma opção de saída e triangulação, algo escasso no tricolor, mas ainda não vai resolver.
Constatações:
1 – O Bressan é aquilo que eu sempre disse, ruim, ponto! Se me disserem que ele tem 23 vou ter de lembrar que o Werley tem 24 é muito melhor e ainda assim não chega nem perto do meu ideal de zagueiro.
2 – O Werley é o que é, voluntarioso, chega no juiz, se entrega. É insuficiente. Não foi mal no jogo, recuperou-se quando escorregou e ficou a cargo da marcação individual do melhor jogador do time, permitindo-o somente um cruzamento, enfim, compondo uma zaga sólida não compromete.
3 – Ramiro não pode jogar de primeiro volante, não tem noção de posicionamento, sai correndo atrás de um atleta e desguarnece um setor vital do campo. No esquema com 03 zagueiros talvez seja possível aliá-lo a outro atleta, em outro esquema é bom jogador para atuar como segundo marcador pois é rápido e tem boa saída de bola, pena ter pouca presença dentro da área.
4 – Pará é uma nulidade no ataque e as três melhores chances do time saíram dos pés dele, nem eu entendo essa minha incoerência.
5 – Sem um armador o sucesso do Grêmio tem prazo de validade, é melhor o Renato resolver e logo, esta questão.

Ontem foi um dia do não, mais duas horas de jogo e o Grêmio não faria um gol, não porque é um time ruim ou mal treinado, simplesmente porque ontem não ia dar certo. Acredito na volta e acredito, antes de tudo, que Renato vai perceber que insistir com Bressan e abrir mão de alguém que organize este meio é chamar a derrota.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Opinião



Grêmio perde na Vila Belmiro
 
                                                         Talvez seja possível concluir que o Grêmio teve uma recaída no interior de São Paulo, mas eu prefiro achar que a partida ruim de hoje não tem "parentesco" com as jornadas negativas anteriores.
                                                          A inoperância ofensiva foi determinante para esta derrota. Kléber perdeu um gol de cabeça na abertura da etapa final; mais tarde, Barcos repetiu, com o acréscimo de ser considerado um gol imperdível. Ali, a vitória escapou.
                                                         O 1 x 0 mascarou o que foi a partida, porque o Santos é um amontoado de jogadores assustados, acossados pelos últimos resultados, não merecia ganhar, mas o futebol prega peças, tanto que o autor do gol, Gabriel, estava "escalado" para ficar na arquibancada, fora do banco, inclusive.
                                                         Analisando individualmente, Dida, Rhodolfo e Souza não comprometeram; Kléber foi um lutador, mas pouco consequente. O resto foi o resto: Pará muita luta, Alex Telles bem na primeira etapa, sumiu na segunda; Barcos, mal. Deixo para o fim os decepcionantes (neste jogo) Riveros, Ramiro + Werley. Bressan é um caso a ser repensado pelo treinador. Muito inseguro, culminou por ficar "pregado" no gol do Peixe.
                                                         Renato foi infeliz nas trocas; nada funcionou, o time piorou.
                                                         O jogo da volta exige a presença de um articulador de melhor qualidade; há a possibilidade do retorno de Zé Roberto.
                                                         O fator local na próxima semana deverá ter um peso relevante, o ânimo e a qualidade técnica do time, também.
                                                           Até nas derrotas, a gente aprende um pouco. Será que alguém ainda imagina que o time prescinde de Zé Roberto?
                                                          
 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Opinião




Poucas e Boas de uma Terça-Feira
 
 
                                                       Passando a limpo as notícias do Imortal nesta terça, vemos que a maré se desenha favorável ao time do Humaitá.
Existe a famosa gangorra que, além das "causas naturais", também é gerada pela forçação de barra da nossa imprensa local. Hoje, parece tudo tranquilo para o nosso clube, tudo vira aspecto positivo, as ruins não são tão ruins assim, etc... e o lado de baixo da gangorra toma pau o tempo inteiro; digo isso, porque fico "puto" da cara, quando a posição neste brinquedo de criança coloca  o Grêmio embaixo e aí, a patrola, o rolo compressor da mídia, sua metralhadora giratória tem um único alvo, numa prática execrável do jornalismo. É assim, mas atualmente o Imortal não tem nada com isso e ganha uma trégua. Este é um ponto positivo.
                                                      Outros são:
                                                  A ideia de jogar inteligentemente contra o Santos. Fazer a torcida do Peixe aditivar a crise santista. Essa consciência manifestada por Kléber, deve ser posta em prática, sem escorregar para uma retranca de clube periférico.
                                                      A provável volta de Zé Roberto em no máximo 10 dias é outra grande notícia da semana. Ele é o maior jogador do time e vai abastecer mais ainda os alas e atacantes; também em seu favor, o histórico de ser de origem, um defensor para robustecer o esquema "sanfona" que tirou o time do atoleiro que é situar-se na zona morta da tabela e numa até então, improvável reação o catapultou para o G-4.
                                                   A chegada de novas promessas do interior mostra que a Direção faz um trabalho de busca e de visão, planejando as próximas temporadas.
                                                   Por fim, pode melar a vinda do William do Coritiba com  o São Paulo entrando na parada por Weliton, caso isso aconteça, o Tricolor deverá manter o interesse neste volante que eu vi várias vezes e merece vestir a nossa número 5; ao mesmo tempo, já que o Tricolor paulista quer o atacante, é hora do Grêmio dar uma vasculhada no elenco deles e transformar esse inconveniente de último segundo em um "up", trazendo algum atleta são-paulino; de preferência, jovem e dentro das carências do elenco.
 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Opinião

 
 
 



 
Hernán Barcos
 
                    Há cerca de 15 dias, último Grenal, escrevi neste espaço, que Barcos possui um quociente de inteligência (QI) mais elevado que a média das pessoas; poderia ser um exagero de gremista, mas eu estava coberto de razão. Ele é diferenciado, sem ser craque; explico: são poucos os camisas 9 que possuem todos os fundamentos: cabeceio, chute com ambas as pernas, presença de área, pivô e o mais difícil, sair da área e tabelar. Pois Barcos tem todos eles; às vezes, isso tudo não aparece, mas estou chegando a conclusão que é por falta de "parceria intelectual". Com a volta de Zé Roberto (único no elenco) as possibilidades de criatividade e excelência no ataque aumentam. Há Elano, também, porém, parece que o físico não ajuda o intelecto; uma pena, porque ele também está neste grupo seleto.
                                           Quem viu André Demolidor que virou Catimba aqui no Sul, sabe do que eu estou falando; aliás, em 77, André fez apenas três gols no Gauchão, chegou a ficar um bom tempo com apenas dois, o terceiro, todos sabemos qual foi.
                                           Gosto de centroavantes cerebrais como Tostão, este podia ser 9, 8 que desempenhava igual; foi até ponta-esquerda na Copa de 66; Barcos é inventivo, líder, malicioso no trato com a bola; o gol que fez no Cruzeiro mostra a frieza e técnica para tirar do goleiro, no terceiro contra o Vasco, ele mostrou capacidade de enfileirar adversários e bater no contrapé do arqueiro luso. O Grêmio começa a formar uma "espinha dorsal" de muito respeito; inicia por Dida, passa por Rhodolfo, chega em Riveros e  Zé Roberto, Kléber ou Vargas coadjuvam no ataque a grande sensação: Barcos. Não há no momento, neste Brasileirão, melhor centro-avante, mesmo com os até agora, escassos 5 gols.
                                           Quase que certamente, Barcos não vai reeditar a história de Jardel no Tricolor, mas, com certeza, ele está entre os maiores centroavantes que o Grêmio já teve. Espero que tenha tempo e companhia para desenvolver o seu imenso futebol no Imortal e comprovar que esta crônica tem algum sentido.

domingo, 18 de agosto de 2013

Opinião




Fazendo Contas
 
                  Ano passado neste mesmo período do campeonato brasileiro, arrisquei um palpite sobre quem poderia ser o campeão lá no blog do MM; afirmei que somente 4 poderiam ser o vencedor, Atlético Mineiro, Fluminense, Grêmio e São Paulo. Quase acertei até a classificação do quarteto. Fiz isso baseado no retrospecto "médio" do campeões da Era dos pontos corridos, principalmente no primeiro turno, quando dá para acumular uma certa "gordurinha". Quase sempre o campeão vem bem no turno inicial.
                                              Olhei a classificação atual, após encerrados os jogos das 18:30 h e faltando 4 rodadas para o final desta primeira etapa, a tendência é que serão candidatos a campeão, somente aqueles que chegarem a 35 pontos na 19ª rodada.
                                              Penso que o título ficará com quem atingir 71, 70 pontos com um percentual próximo de 62%. Repito, isso é uma tendência.
                                              Espero que o Grêmio esteja entre aqueles que conseguirão atingir esta marca. Imagino que não passe de 4, o número deles, muito provavelmente, o Tricolor gaúcho, mais Botafogo, Cruzeiro e Corinthians com a alternância da ordem de lugares entre eles.
 

sábado, 17 de agosto de 2013



A Terceira Vitória Consecutiva
 
                                Hoje, dividindo as atenções entre dois eventos, foi um sufoco ouvir o jogo. Tevê, nem pensar. Assim mesmo, resolvi dar umas pinceladas sobre a partida. Idealizava para o Grêmio três vitórias consecutivas para estabilizar o time, dar confiança ao grupo, se aproximar dos líderes e, quem sabe, botar água no chopp dos torcedores de teses, que esquecessem o Tricolor por alguns momentos. Objetivo alcançado! Agora é manutenção.
                                 O presidente Koff poderia dar Rodriguinho de presente para a torcida e ao técnico, Renato merece.
                                  Especificamente sobre a partida de hoje. O trio de zagueiros se houve bem. O Vasco só chegou ao gol por um erro de Alex Telles (atenção! não foi o Werley), uma das grandes revelações do ano. Ramiro, soberbo; mostrou o acerto da Direção em buscar esses meninos lá na Serra; é a Direção, isso precisa ser exaltado; só corneta, não. Barcos que eu via jogando bem, mas sem fazer gols, agora segue jogando bem com o acréscimo que está fazendo gols.
                                    Pelas ondas do rádio tive a impressão de ser Kléber o grande jogador da partida, embora nos momentos cruciais do jogo, Ramiro e Barcos tenham sido decisivo.
                                    Agora; pausa no Brasileirão, vem a Copa do Brasil.
 

Opinião



Vasco no Rio, o Próximo Desafio
 
                                             Escrevi dias atrás que o Grêmio precisava de uma sequência de 3 vitórias e depois com mais confiança, buscar  a "fórmula" propugnada por Luxemburgo que é ganhar 4 em 6 pontos; para isso o Tricolor terá que vencer o Vasco na antiga capital do Brasil. Não será tarefa fácil, porque Dorival Jr. começa a dar uma cara de time aos cariocas.
                                             Renato tem a seu favor a sua inabalável, às vezes, excessiva, autoconfiança; isso está dando estabilidade emocional ao grupo, prova disso, foi a recuperação da equipe depois da derrota em casa para o Coritiba, quando alguns gremistas já tinham "jogado a toalha" com o indefectível: "larguei!". Foi ruim, mas não era o fim da picada, principalmente para quem ainda não cumprira 10 jogos à frente do time e sem alguns titulares importantes.
                                          O ingresso dos jovens, a mescla com veteranos importantes, está tornando o time com 15, 16 titulares, o que é imprescindível para luta pelo título. Nesta onda, hoje teremos na zaga, Gabriel, zagueiro em que deposito muita esperança de formar um trio forte à frente de Dida. No meio, Máxi terá mais uma chance de se aclimatar a temperatura do setor, que anda queimando vários de seus colegas. Na frente, tudo bem. Barcos e Kléber andam dando conta do recado.
                                         O Imortal pode ganhar, mas, se no final, após muita luta, a vitória não chegar, o empate, na minha ótica, não será desprezível. 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Opinião




 
Tomara Que Seja Irreversível
 
                                                   Passei boa parte do dia viajando; tirei uns dias para o aniversário da esposa na Serra gaúcha. Só agora estou à frente do teclado, me inteirando do dia futebolístico e fiquei satisfeito com a informação de que Renato levou Calyson para o Rio. Já vi o menino e gostei muito, tem também um argentino ou paraguaio, camisa 10 nos juniores que jogava com ele que é muito bom. Não lembro o nome.
                                                  Parece que o aproveitamento da meninada ( oriunda do Ju ou da própria base) é algo sem volta. É a grande notícia; é a razão de ser das categorias de base. É a tradição do nosso clube. Basta pesquisar os times campeões que veremos no maiores títulos do Imortal a presença dos "pratas da casa"; lógico que o momento é delicado, não dá para sair mudando radicalmente, para "não atravessar o samba na passarela". Para essa transição ser exitosa, o Grêmio possui profissionais na melhor definição desta palavra, casos de Zé Roberto, Barcos, Dida e Riveros, para ficar em apenas 4 exemplos; que poderão tornar a adaptação da molecada, mais rápida e de modo eficiente para as carreiras deles. Algo como o Seedorf faz com o Vitinho.
                                          Nessa ação, Renato acerta em ir colocando os irmãos Biteco em todos os jogos; daqui a pouco, eles entram e não saem mais do time.
                                          É uma ótima notícia.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Um dia após o outro...

Hoje era dia de chegar aqui e tripudiar, jactar, engalanar, mas não, esta conduta não nos cabe, somos maiores que isso.
Se não tudo, muito próximo disso realizou-se na noite de ontem.
A vitória foi construída essencialmente por 04 jogadores repudiados pela corneta especializada, Dida, Werley, Pará e Barcos, mas não nos cabe isso.
Bressan demonstrou-se uma afirmação peremptória! Não serve para ser titular e está abaixo do Weley, mas não nos cabe isso.
A avenida Telles novamente deu as caras, como já alertávamos, não por culpa do jogador, mas do esquema, mas ainda assim não nos cabe isso.
Ramiro tem uma dificuldade enorme de guardar posição e por isso o Grêmio foi pressionado no inicio do jogo, mas não nos cabe isso.
O Grêmio ganhou quando alterou o esquema, quando jogou no 4x4x2 em quadrado, mas ainda assim não nos cabe isso.
Não nos cabe porque são torcemos por teses, torcemos pelo Grêmio e o trabalho ainda é árduo para que cheguemos no patamar que desejamos.
Pela primeira vez desde que Renato chegou eu vi um esboço de time com certa criatividade no meio, isto deve decorrer ao natural e não ser fruto de uma imposição fortuita do acaso.
No mais, devemos ser maiores, se fomos agraciados com a possibilidade de ver além das sombras na parede não nos cumpre tripudiar e sim levar a luz para aqueles que ainda estão absortos nas trevas da caverna.
Enfim, embora eu saiba que, constrangidas, as teses se renovarão e explicarão que a culpa do pênalti foi do Werley, que o Dida não fez mais que sua obrigação, quero mesmo é saber quanto dura uma convicção e se o prognóstico se altera.
Vamos, vamos Grêmio! Rumo a conquistas...

Opinião


 
 
 
Grêmio bate o líder
 
                                                     Um jogo encardido muito pela qualidade coletiva do Cruzeiro; um time arrumado, tanto quanto o Botafogo e pela armação emergencial do meio de campo que Renato teve que botar em campo. É difícil quando o entrosamento não é o ideal.
                              A postura aguerrida foi decisiva no primeiro tempo para equilibrar as forças. O time de Minas Gerais, neste momento do campeonato, está melhor na tabela e esteve superior nos primeiros 45 minutos. Não dá para desconsiderar as ausências de Vargas, Zé Roberto, Elano, Adriano e Riveros. Se alguns podem ser contestados, também é fato que são titulares e suas saídas ao mesmo tempo, comprometem o coletivo. Souza está visivelmente sem suas melhores condições físicas e de ritmo de jogo.
                                   A expulsão de Souza (Cruzeiro) foi importante, mas só se tornou decisiva, porque o Imortal sobre trabalhar bem o segundo tempo.
                                      Analisando individualmente temos Dida repetindo suas atuações seguras, desta vez, premiada por três milagres e o pênalti que foi bem cobrado, exigindo muito dele. Rhodolfo segue sendo o nosso melhor zagueiro, Werley seguro atrás e decisivo na abertura do placar. Ramiro discreto no primeiro tempo, cresceu muito na etapa final, Souza e Pará discretos, Máxi Rodriguez mostrou qualidades como técnica, velocidade, raciocínio rápido e inventivo, não tem medo de arriscar. Caiu um pouco por não ter jogado uma única partida inteira. Na frente, Kléber jogou muito, Guilherme Biteco, Matheus Biteco entraram bem e Paulinho não teve tempo. Deixei por último dois nomes que vem sendo absolutamente regulares no topo; Alex Telles e Barcos. O camisa 9 vem jogando muito e eu não entendia  as críticas pesadas que vem sofrendo. Faltava o gol.
                                  A solidez defensiva e o bom futebol de Barcos são os grandes trunfos deste momento de G-4.
                                                
                                              

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (51) - Ano 1971


            Caio Cabeça, o Amigo da Bola



                                            O primeiro Grenal da Arena ocorreu no dia 04 deste mês. Pois houve outro Grenal  neste dia, neste mês, mais exatamente, em 1971. E eu lembrei dele, porque o maior protagonista daquela noite chuvosa de quarta-feira, lá no Beira-Rio, morreu próxima desta data; faleceu quatro dias antes, 31 de Julho deste ano. Trata-se de Luis Carlos Fioravante Goulart, o Caio, grande ponta-de-lança, herdeiro da camisa 8 de João Severiano, o Joãozinho.
                                            O mundo seguia extasiado pelo passeio lunar que os astronautas da Apolo 15 faziam lá em cima. Cá na Terra, mais um Grenal em nossas vidas. Se o Internacional ganhasse, se tornaria tri-campeão gaúcho antecipado. O jogo esteve ameaçado de suspensão pelo aguaceiro que se abatia na capital dos gaúchos. Felizmente, a chuva, à noite, arrefeceu o seu ímpeto e o árbitro Agomar Martins Röhrig deu condições.
                                            O Tricolor já sabia que não teria seu centro-avante Alcindo, porém o argentino Néstor Scotta está até em melhor fase que o Bugre e Everaldo estava recuperado e ia para o clássico.
                                            Dino Sani mandou a campo o que tinha de melhor: Gainete; Edson Madureira, Pontes, Walmir e Jorge Andrade; Carbone e Tovar; Valdomiro, Benê, Claudiomiro e Land. Um 4-2-4 perigoso.
                                            Oto Glória, vitorioso técnico que levou a Seleção Portuguesa ao terceiro lugar na Copa do Mundo de 1966, treinava o Imortal, escalou Jair; Espinosa, Ari Hercílio, Beto e Everaldo; Torino e  Gaspar; Flecha, Caio, Scotta e Loivo (foto). Um 4-3-3, porque Loivo recuava, compondo o lado esquerdo do meio de campo. Os técnicos ainda utilizaram Hermínio e Bráulio no Coirmão e Chamaco Rodriguez e Volmir no time de Oto Glória.
                                            Caio, o grande herói daquela partida, tinha menos de 1,70 m, mas cabeceava muito bem. Aos 9 minutos do primeiro tempo, abriu o marcador, de cabeça, no meio dos zagueiros rubros. Flecha fez grande jogada pela direita, foi derrubado pelo lateral Jorge Andrade. O próprio Flecha bateu, achando Caio que cumprimentou o goleiro adversário.
                                            Aos 20 minutos, Claudiomiro lançou o ponta Valdomiro, Everaldo se antecipou e prontamente recuou para Jair. O arqueiro já estava saindo de sua meta e foi pego no contrapé. Gol contra. Everaldo levanta o braço, assumindo a falha. A torcida, incrivelmente bateu palmas e aceitou o erro. Afinal,  Everaldo era o maior craque tricolor.
                                            O primeiro tempo se aproximava do final, quando Flecha saiu entortando a zaga adversária; após passar por Gainete, o beque Walmir Louruz, como último recurso, derruba o ponteiro. Pênalti. Scotta com a eficiência de sempre, converteu aos 38 minutos. Na saída, no intervalo, os repórteres chegam em Caio e ele, indo rapidamente para vestiário, disse apenas sobre o seu gol:” Agora já passou, quero fazer outro na goleira do placar”.
                                            A defesa colorada volta modificada; Hermínio substitui Walmir que fora escolhido para judas. A mexida não adiantou.
                                            Aos 36 minutos, uma falta cobrada por Loivo no lado esquerdo de ataque, novamente achou a cabeça de Caio, apelidado “Cabeça”, impulsionou o balão de cima para baixo no centro da goleira, Gainete deixou passar entre as pernas numa falha monumental; Ruy Carlos Ostermann em sua coluna do Correio do Povo do dia 05, escreveu “ foi um frango à Califórnia”.
                                            O médico do Imortal, Eduardo de Rose (hoje, maior autoridade em medicina esportiva no mundo), mostrava uma figa que ganhara de seus colegas do Esporte Clube Bahia como se fosse um amuleto da sorte; mal sabia ele que o Grêmio passaria quase quatro anos sem ganhar do rival.
                                            Caio, Gaspar eram os “amigos da bola” pela facilidade com que a tratavam. Acrescentaria à essa dupla, Torino, outro craque que nos deixou recentemente, em Março.
                                            Obrigado, amigos da bola.