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sábado, 31 de março de 2018

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (190) - Ano - 1968


O Epílogo do Heptacampeonato

Fonte:www.grenais.com.br


Até 1968, eu tinha lembranças esparsas do meu time, um jogo específico aqui, outro cercado de curiosidades ali, mas faltava a faísca para me tornar assíduo ouvinte e eventual espectador; aí, naquele ano de muitos acontecimentos políticos, sociais e culturais no mundo, o divisor de águas ocorreu: O heptacampeonato do Tricolor, uma goleada magnífica por 4 a 0 no Grenal que encaminhou o título e a sequência até a última rodada, já uma mera formalidade, eu consegui acompanhar.

 O epílogo da campanha vitoriosa e o 12º título regional em 13 anos aconteceu em Pelotas, diante do Brasil, que sonhava com o campeonato do Interior.

Naquele Domingo, 28 de Julho, Sérgio Moacir Torres Nunes escalou o melhor quadro (foto acima): Alberto; Altemir, Paulo Souza, Áureo e Everaldo; Cléo e Jadir; Babá, Joãozinho, Alcindo e Wolmir. O uruguaio Oyarbide também foi para o jogo.

Osvaldo Barbosa, o treinador xavante, utilizou: o gigante Gióvio; Dejanir, Joceli, Moacir e Manoel; Isnar e Marcos; Edi, Torino, Maneca e João Borges, mais tarde, Vanderlei.

Agomar Martins com Paulo Salazar e Gardvin Gertz formaram o trio de juiz e bandeirinhas.

O Brasil, na primeira fase, "encaixotou" o Imortal. O veterano João Borges, enquanto teve fôlego, tornou-se o grande destaque, assim como Edi e Torino, que prenderam os laterais gremistas, obrigando os ponteiros gremistas a recuarem para reforçar o setor defensivo. Mas o Grêmio conseguiu se manter invicto e assim, resistiu os primeiros 45 minutos. 0 a 0.

No segundo tempo,  a vantagem chegou logo aos 5 minutos, quando João Severiano, o Joãozinho, aparou de primeira o passe de cabeça de Jadir e venceu o gigante Gióvio. 1 a 0.

A vitória que quebrou um incômodo tabu de não vencer os pelotenses no Bento Freitas, foi sacramentada aos 22 minutos; Alcindo, sempre ele, o Bugre recebeu de Cléo, passou para Babá, o ponta devolveu no meio para o camisa 9 "fuzilar" (expressão do Correio do Povo) o goleiro rubro-negro. 2 a 0.

Desta forma, o Imortal encerrava a sua participação no Regional de 68 sobrepujando o bravo clube da zona sul gaúcha. Mal sabia que uma nova conquista de Gauchão levaria 8 anos.

Fonte: Jornal Correio do Povo









sexta-feira, 30 de março de 2018

Opinião



Jaílson, Maicon e o Favoritismo

Domingo de Páscoa, 1º de Abril, o Grêmio entra em campo como favorito para a disputa do título gaúcho. Não fez a melhor campanha, mas chega mais inteiro às finais, tanto que bateu o principal rival, mostrando grande futebol na maior parte dos três clássicos, algo que o Brasil não conseguiu contra os santos (Luiz e José). Penou para passar.

Favoritismo não significa "bilhete corrido", senão, a partida não precisaria ser jogada, porém, a fase é tão boa no Imortal, que ela permite instar preferências no meio de campo azul.

Jaílson e Maicon brigam por vaga, já que Ramiro, por questões táticas e Arthur, por óbvias razões, estão garantidos. Luan, Éverton e Jael devem aparecer entre os 11.

Várias pessoas já me falaram que a mídia profissional passeia pelos diversos blogs, os chamados livres em busca de inspiração e aquilo que eu imaginava como sendo coincidência, cada vez mais, parece que não é. Explico; em Fevereiro escrevi sobre o aproveitamento de Jaílson na lateral direita, vide Jaílson; agora essa hipótese já circula em um grande veículo de comunicação do RS.

Não acho errado, visto que nós, amadores, também nos alimentamos do que é publicado nos meios de comunicação para dar nossos pitacos. A diferença é que não vivemos disso.

Finalizando: Outra ideia, a de Ramiro na lateral não me agrada, porque considero fundamental ter defensores altos, especialmente nas bolas aéreas. Até hoje tenho calafrios, quando lembro do Pará marcando na zaga gremista.

quinta-feira, 29 de março de 2018


Álbum Tricolor (117)
NEGREIROS
Revista Placar - Foto de Sérgio Sade

Nome: Walter Ferraz de Negreiros.
Apelido: Negreiros.
Posição: Meio-campo.
Data de nascimento: 6 de Agosto de 1946, Santos, SP.

JOGOS PELO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
27 jogos (14 vitórias; 6 empates; e 7 derrotas). Marcou 2 (dois) gols.

ESTREIA NO GRÊMIO
07.05.1972 - Grêmio 4x1 C Esportivo BG - Campeonato Gaúcho.
GFBPA: Jair; Espinosa, Ancheta, Beto Bacamarte e Everaldo; Jadir e Torino; Flecha (Renato Cogo), Negreiros (Mazinho), Obberti e Loivo.
Técnico: Oto Glória.

ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
16.11.1972 - Grêmio 0x2 Fluminense FC - Campeonato Brasileiro.
GFBPA: Déca; Everaldo, Ancheta, Beto Bacamarte e Jorge Tabajara; Carlos Alberto e Gaspar (Loivo); Catarina, Negreiros, Obberti (Mazinho) e Laírton.
Técnico: Daltro Menezes.

CARREIRA
Santos-SP (1966 a 1971); Coritiba-PR (1971); Grêmio-RS (1972); Coritiba-PR (1973 a 1976).

(*) Os dados aqui publicados não são oficiais. Dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro.

FONTES:
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal “Zero Hora”.
- Revista “Placar”.
- Arquivo Pessoal.

Opinião



Uma Jornada Indigesta

Este Grêmio versus Avenida me trouxe uma irritação que sei que será repentina, visto que Domingo, o Tricolor estará na Arena para uma missão bem mais importante do que a de hoje: Vai decidir o Gauchão contra o Brasil de Pelotas que passou nos tiros livres.

A irritação passageira é porque deixei de participar de uma confraternização para assistir um Tricolor displicente numa jornada de difícil digestão para o torcedor que quer ver o seu time jogar comprometido mesmo quando "a coruja esteja pelada". O Grêmio na maior parte do tempo, jogou "enfeitado" e deixou de definir a partida ainda na primeira fase.

O que ficou de bom? Madson realizou a sua melhor partida no Grêmio, não faltou empenho em seus movimentos. Também, o primeiro tempo de Arthur e Maicon, quando dominaram por completo a batalha pela posse de bola e o craque fez o seu terceiro gol. No intervalo, essa dupla deixou a "ânima" no vestiário. (Eles) Sumiram totalmente na etapa final.

O gol sofrido foi idêntico aos tomados pelos titulares. O mesmo script; bola parada e gol de cabeça no meio da zaga.

O grande destaque, especialmente no segundo tempo foi Luan, que merecia ter marcado pelo menos o gol da vitória.

Individualmente, a preocupação com a queda de desempenho de Cortez, a insuficiência técnica de Maicosuel, a falta de preparo físico de Hernane e as oscilações de Alisson.

Paulo Victor, Paulo Miranda e Bressan não fizeram a diferença, quando mais o time precisou. O gol do Avenida passa pela distração do setor defensivo. Não se trata de uma falha individual, mas de entrosamento. Aí, talvez, a única diferença para os demais tentos sofridos.

Dos que entraram; Jael, Thonny Anderson e Cícero, o camisa 27 (Thonny) mostrou muita disposição e verticalidade nas suas ações. No meio de atuações pálidas, ele demonstrou qualidade e apetite para o gol.

Agora é respirar fundo, deixar a incomodação passar e olhar para frente, para o final de semana, porque há anos o Grêmio não chegava às finais do Gauchão com pinta de favorito.

Precisa confirmar.



terça-feira, 27 de março de 2018

Opinião


Jogo para consagrar um finalista

Amanhã, Quarta-feira, o Grêmio joga para confirmar a vaga para a grande final diante de São José ou Brasil. O classificado deste lado da chave será conhecido antes do início da partida da Arena.

Não sei quais jogadores serão escolhidos por Renato, mas, diante da diferença colossal entre Avenida e Grêmio associada ao placar elástico conquistado pelo Tricolor, quaisquer atletas tem a obrigação de bater o clube de Santa Cruz do Sul.

Saindo deste assunto, há dias escrevi que esperava encontrar o Tricolor em 2018 com o objetivo de aperfeiçoar o time principal e encorpar o elenco. Até fiquei decepcionado com o que via ou não via, isto é, a repetição chata com determinados atletas e uma inação na busca de reforços reais. 

Não é que novas notícias "alvissareiras" são divulgadas? O presidente  fala em mais contratações, uma das especulações é do excelente Zeca, lateral campeão olímpico, atualmente em litígio com o Santos. André já chegou, Arthur e Luan estão aí, assim como Kannemann e Geromel. 

É esperar para ver.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Opinião



O Melhor Time do Brasil


André foi apresentado. Que grande notícia! Assim como goleiro é mais importante do que o presidente, ter centroavante de qualidade é meio caminho andado para a conquista dos títulos. Quando Grohe passou a ter desempenhos a altura das exigências de time  grande, uma novidade na sua biografia, as conquistas aconteceram. Com Lucas Barrios tivemos o “trailer” de como joga um camisa 9 de clube vencedor.

Agora, com a chegada do camisa 90 (???) o Tricolor ganha pelos dois lados; deixa de escalar Jael e acrescenta um atacante que sabe se movimentar dentro e fora da área. Tem faro de gol.

André brilhou muito quando teve boa companhia; Paulo Henrique Lima, o Ganso, Robinho, Neymar e ele compuseram um quarteto afinadíssimo que levou o Santos ao pódio na Copa do Brasil.

Agora ele encontrará dois extra-classes, Luan e Arthur, se aos três, o Grêmio juntar mais um avante talentoso, mesmo com eventuais oscilações nas posições coadjuvantes (laterais, volante e um quarto homem de meio de campo); o Imortal se transformará no melhor time brasileiro. Não será o de melhor elenco, mas aquele que dentro das quatro linhas promove o futebol mais vistoso e competitivo.

Falta pouco para isso. Depois é só pensar nas reposições qualificadas, que poderão vir da base ou do promissor mercado interno brasileiro para encarar o duro calendário de 2018.

domingo, 25 de março de 2018

Opinião



Avenida sinônimo de passeio

O Tricolor fez o que se espera dele; goleou o Avenida com ampla vantagem técnica, tática e fisica. Não deu chances.

Com gols de Ramiro e Luan no início da partida e amplo percentual de posse de bola, o Tricolor encaminhou a vaga para a final, mesmo que falte o jogo da volta. Isso é o que espera dele.

Os grandes nomes da partida foram Luan, Arthur, Jaílson, Leonardo Moura e Bruno Cortez. 

É lógico que o Avenida não é parâmetro para a caminhada na Libertadores, mas a jornada do Tricolor foi tão inspirada que é justo o entusiasmo da massa torcedora.

sábado, 24 de março de 2018

Opinião



Apenas a Sombra como Concorrente

Olha, deixando o politicamente correto de lado, este Gauchão está no colo do Imortal; ele somente tem como adversário a sua sombra, a responsabilidade de ser o "favoritaço", o peso de ser o time a ser batido, de resto, não há concorrente a lhe fazer cócegas. Vide Grêmio é favorito.

Esta disputa Avenida x Grêmio correria o risco de uma surpresa se fosse definida em apenas uma partida, mesmo assim, com os deuses brincalhões do futebol resolvendo aplicar uma peça no universo esportivo gaúcho. Não é o caso. Dá, incrivelmente, para o Grêmio "administrar" o primeiro confronto para "completar o serviço" na partida da volta (Arena). Não que eu concorde com tal postura.

O clube de Santa Cruz do Sul está realizadíssimo com a chegada até à semifinal; missão cumprida para quem não gasta 200 mil reais/mês com todo o elenco.

Na outra semifinal, não vejo o Brasil tão tranquilo como apontam os entendidos da mídia. Já havia dito, quando todo mundo incensava o Caxias de Winck como o grande time do regional, que eu via o São José mais organizado e mais perigoso, vide O de "Transição" piorou. Mantenho minha posição, isto é, sem ter atletas e treinador mais em evidência na mídia, o Zequinha pode se credenciar ao momento máximo do certame.

Mesmo com o fator "Bressan", o Tricolor não pode ver o Avenida como um adversário maior do que ele realmente é. Hora de se impor.


sexta-feira, 23 de março de 2018

Opinião




Atento aos Sinais


Aproprio-me do título de álbum e show de Ney Matogrosso que anda cruzando o país, pois ele serve direitinho para o momento do Imortal.

Renato já provou que é um treinador inteligente; se vem ganhando várias competições quase em sequência e beliscando outras, é porque achou o caminho correto e elenco adequado para superá-las. Entretanto, ele, como qualquer mortal, às vezes, é tocado pelo encanto da mosca azul e aí os escorregões aparecem dentro de campo ou no vestiário. Os efeitos podem ser devastadores, se forem em situações decisivas. Quarta-feira, a tragédia se desenhou, sorte que o Inter estava desfalcado no setor mais necessário naquela noite, o ataque. Fosse na Bombonera, a vaca tinha ido para o brejo.

Diante disso, o treinador precisa prestar atenção às sinalizações que suas escolhas e a biografia de alguns jogadores apontam; separar o que foi eventual do que é rotineiro.

 Um sinal evidente, um pisca alerta invariavelmente ligado é a performance de Bressan. O Tricolor perdeu grande oportunidade de negociá-lo “por cima”, isto é, com a boa lembrança de sua atuação sem reparos no último jogo da Libertadores de 2017. Sairia, deixando uma boa impressão, algo que o Coirmão fez com Adriano Gabiru. “Valeu! Foi um prazer, somos eternamente reconhecidos, mas viraremos a página. Boa Sorte.”

 Deixando o beque jogar, a tendência é de desvalorização, quanto mais atuar, mais aparecerão as limitações de Bressan.

O Tricolor precisa urgentemente de um grupo qualificado; isso implica dispêndio financeiro, racionalização dos gastos e olho clínico para fazer subir os bons da base e investimentos certeiros nas vezes que irá ao mercado para contratar.

A grana de Arthur precisa ser aplicada nos tais investimentos certeiros. A racionalização de gastos inclui liberação de alguns bruxos caros ao treinador, mas, caros aos cofres do clube ao mantê-los.

Por razões diferentes (físicas ou técnicas), a Comissão Técnica precisa avaliar se vale a pena a manutenção de Leonardo Gomes, Madson, Leonardo Moura, Marcelo Oliveira, Maicosuel, Thaciano e Jael.

Começa por aí a escolha do tamanho gremista nesta temporada.



quinta-feira, 22 de março de 2018

Opinião




A Etapa que pensei vencida


Vendo o que ocorreu ontem no Pinheiro Borda, eu fiquei decepcionado triplamente: Com o time apático e mal escalado, depois, a arbitragem capciosa; por último, porque já imaginava outro estágio para o Imortal no presente ano.

Sobre as duas primeiras motivações, já fiz uma exposição na postagem anterior; portanto, fico em cima da terceira, o “outro estágio”.

Antes, um exemplo: O Internacional foi campeão brasileiro em 1975, aproveitando a grande geração de juvenis (não existia a categoria juniores), conjuntamente, ele foi acrescentando (assim mesmo, de acréscimo) naquela primeira metade de década, grandes jogadores até para lugares onde os titulares pareciam ideais, Schneider por Manga, Figueroa do Peñarol para o lugar de Scala (Seleção Brasileira), Dorinho por Lula, Claudiomiro por Flávio, etc... O que fez no ano seguinte (1976)? Aprimorou o elenco: Sai Hermínio, vem Marinho Perez , titular da Copa do Mundo de 74, do Barcelona para o Beira-Rio, sai Flávio trazido do Porto de Portugal, goleador do Brasileirão daquele ano e vem Dario, o Dadá Maravilha, tricampeão mundial em 70 e goleador do primeiro brasileiro (1971). Ganhou o bicampeonato com um “pé nas costas” numa época de alta competitividade do certame.

Voltando a 2018, pois não é que nós, gremistas, ainda estamos discutindo Bressan, Maicon, Jael, Cícero? Achei que esta etapa já era página virada na avaliação dos comandantes gremistas, que 2018 seria o ano de muitas cerejas no elenco.

Para ilustrar: A frase mais lúcida que ouvi nos últimos dias foi a do dirigente pernambucano Guilherme Beltrão que queria determinados jogadores do Grêmio; disse: - Bressan tem a cara do Sport. Acertou na mosca. Nada a acrescentar.

Sai Lucas Barrios, vem André; ótimo. É por aí, mas e o resto? Reconhecimento e lealdade são dois sentimentos nobres, mas, quando se trata de avaliar profissionais bem remunerados, a busca pela excelência dos resultados não colide com estas virtudes; é do processo buscar aprimorar. Temos Ramiro, Bruno Cortez, Leonardo Moura, Maicon, Jailson; eles serão suficientes quando a exigência aumentar? Será que não tínhamos melhor capacidade de enfrentamento diante do Real Madrid? Jaílson, Michel e Maicon versus Casemiro, Modric, Isco e Kroos? Ano passado, tudo bem, porém, não dá para evoluir em 2018? Vamos na mesma toada? Alguns atletas incensados de 2017 não bateram “no teto”? Dá para ser campeão da Libertadores/18 com Léo Moura, Jaílson e Ramiro entre os titulares? Quem é a reposição de Éverton? E de Geromel?

Temos três craques no elenco, um é uma andorinha solitária do meio para frente (Luan), o outro, Arthur, o treinador excede no zelo, conservando-o equivocadamente numa redoma de vidro, por fim, Pedro Geromel; este então, excelência pura. Joga e faz os outros jogarem. Ontem, Walter Kannemann pareceu um beque estabanado, Cortez, virou a versão negra de Marcelo Oliveira, Jaílson mais frágil do que em jornadas anteriores. Faltou o fiador da qualidade da zaga. Com Geromel; Rhodolfo, Erazo e Kannemann parecem/pareciam mais do que são.

A exigência da torcida e da grife Grêmio aumentou, o Tricolor está vivendo um período de muitas notícias positivas, mas corre o risco de estagnar e ser atropelado pelos concorrentes na Libertadores e Brasileiro.

Hora de olhar para a base com carinho e para o mercado com mais atenção.



Opinião


Com vexame, o Grêmio se classifica

Se o Tricolor mereceu todos os elogios na vitória de Domingo, hoje, a apatia do time associada a má escalação no Grêmio, esses fatores dão todos os motivos para as críticas e irritação da torcida. Um fiasco.

O Imortal entrou com três atletas que não estão à altura das necessidades do clube: Bressan, Jael e Cícero. O primeiro mais compromete do que contribui, Jael é folclore e Cícero, apesar do belo histórico, o camisa 10 é ex-jogador. 

Num clássico como Grenal, ainda que momentaneamente com um bom desequilíbrio técnico entre os adversários, entrar com três jogadores deficitários é meio caminho para a derrota.

A desclassificação só não veio, porque o Inter está mal ofensivamente. Tanto que venceu com duas bolas paradas; um pênalti infantil de Bressan e uma cobrança de falta inexistente, onde Grohe errou o movimento; era para ir de mão trocada.

O juiz, eu tinha certeza que iria "amorcegar" a favor do time que entrou com ampla desvantagem. O pênalti existente jamais seria marcado se o jogo de ida, por exemplo, tivesse o empate como resultado. A falta que originou o gol de D'Alessandro não existiu.

Prosseguindo; Dourado era para ser expulso no final. Segundo cartão amarelo e "rua".

Neste momento, eu ouço as explicações do treinador gremista na coletiva e elas são inacreditáveis (no sentido literal da palavra). Não tem o que justifique deixar Arthur no banco para QUALQUER dos escolhidos, repito para QUALQUER.

Esse bruxismo do treinador (e eu estou à vontade para criticá-lo, porque inúmeras vezes o elogiei) atrasou o time hoje. 

Se Paulo Miranda que joga pelo lado direito da zaga, que veio da Europa e tem currículo superior na comparação com Bressan, não teve condições de atuar nesta emergência, então sua contratação foi um erro. O mesmo serve para Hernane. Se ele veio para ser banco para Jael; a conclusão é uma só: Mais um erro de avaliação na hora de contratar.

A preterição de Michel é outro fato muito estranho. Saiu por lesão, jogando muito.

Como em vezes anteriores nas postagens, eu paro por aqui, esperando a adrenalina baixar e voltar a escrever com mais lucidez amanhã.






segunda-feira, 19 de março de 2018

Opinião



O Jogo da Volta, o do Beira-Rio

Hoje, Segunda-feira, foi o dia das muitas teses sobre a situação de cada um dos grandes clubes do RS depois do clássico.

Fiquei impressionado como as teses da mídia entram na cabeça dos torcedores. Explico: Muitos colorados aceitaram o tal "10 oceanos" que separam Grêmio e Inter atualmente. Que é o tricampeão da América versus o vice da Série B.

 Ora! Dá para buscar explicações para aceitar e para refutar esta afirmação. Exemplificando; aqueles que discordam, dizem que se a bola do Dourado, a primeira de cabeça, tivesse entrado, o jogo seria outro e a tal diferença seria apenas um discurso teórico. Os que concordam partem exatamente do mesmo lance, pois se Dourado não fez é porque encontrou a qualidade (defesa de Grohe) que Éverton não encontrou em Lomba no arremate derradeiro da primeira etapa.

Para quem viveu várias fases desta gangorra tão gaúcha, tão particular nestes pagos, sabe que nos anos 60 e 70 para ficar em apenas duas décadas, as imensas superioridades gremista (60) e do Inter (70) nunca ficaram plasmadas completamente em Grenais, basta verificar os números que o amigo Alvirubro expôs na parte dos comentários na postagem de Sábado no blog, o Pequenas Histórias.

Houve um momento em que o Tricolor emendou 6 vitórias consecutivas em Grenais, 1977/78, mas ali, elenco por elenco, jogador por jogador, (eles) não apresentaram "oceanos" de distâncias entre a Dupla, a diferença tinha nome e sobrenome: Telê Santana. Nem na época do Rolo Compressor houve essa sequência. O craque estava na casamata.

Então, para o jogo de volta, o desta Quarta-feira, esse discurso "introjetado" na cabeça de gremistas e colorados; de duas, uma: Ou os autores não conhecem a história dos clássicos ou estão "engenhosamente" preparando terreno para um ambiente ideal para os seus verdadeiros propósitos para o próximo Grenal.

Da minha parte, acho que o Grêmio se classifica, mas não sem suar sangue.

domingo, 18 de março de 2018

Opinião



A Volta da Avalanche: 3 a 0

Quarta-feira é outra história; não tenho bola de cristal, nem quero ter; será uma nova página em nossa vida, então, o que escreverei é sobre hoje e os últimos meses.

Este Grêmio que goleou agorinha à pouco, me lembrou o período de Luiz Felipe, quando os fatos dentro de campo se encaminhavam para um destino ruim, mas surgia uma reviravolta e o Tricolor saía vencedor. Exemplificando: Marcelo Grohe foi o melhor jogador do Grenal. Ele foi perfeito em todas as intervenções; grandes defesas; grandes e decisivas, diria. Isso, antes do placar ser aberto. O 0 a 1 concretizado e o Imortal, provavelmente não venceria.

Outro exemplo que me fez retornar à lembrança dos anos 90. O gol de Éverton em momento crucial no jogo. Fundamental. Ali, novamente, os ventos sopraram a favor dos azuis.

É claro que é preocupante perder quase todas as bolas aéreas tendo Kannemann e Geromel. Sem aliviar a responsabilidade desta dupla, mas quem falha são os demais defensores. Isso é treino e entrosamento.

Este Grenal mostra que Renato não pode deixar Arthur de fora; ele está "quilômetros" à frente de Maicon, Ramiro e Jaílson. Quando ele entrou, começou a aparecer buracos incríveis no meio e defesa vermelhas.

Ainda pilhado por esta goleada, eu vou encerrar, deixar a adrenalina baixar e escrever estas últimas linhas: Jael, um jogador deficiente, demonstrou que tem uma grande qualidade, a cobrança de falta, o segundo gol, é igual a Tadeu Ricci, Roberto Dinamite ou Zico.

Leonardo Moura tem uma única dificuldade, a idade. Vendo-o jogar, a gente observa o oceano de sua "bola" para outros famosos como Fagner ou Edílson. 

Para quem não sabe, os gols foram de Éverton, Jael (de falta) e Arthur (num passe açucarado de Jael).

Se não faltar humildade e comprometimento, quarta-feira, a partida será apenas protocolar.

sábado, 17 de março de 2018

Pequenas Histórias




Pequenas Histórias (189) – Ano – 2016


O Grenal da Minha Morte


No final de Maio e todo o mês de Junho de 2016, eu andei com  problemas de saúde; cansava em qualquer aclive (subidas, escadas, etc ...), a visão desaparecia e só me restava sentar e aguardar passar “aquela coisa toda”. O médico levantou a hipótese de colocação de um marca passo, algo que nunca passara pela minha cabeça, pois, afora esta dificuldade para subir escadas, rampas; o resto era normalidade total, mas os acontecimentos estavam indo em direção à intervenção cirúrgica.

Assim eu andava naquele 03 de Julho, dia de um Grenal diferente pelo Brasileirão lá no Beira-Rio, o horário, uma  novidade: 11 h da manhã.

Era o tal clássico do Trator, devido às declarações de Argélico Fucks, treinador vermelho, que passaria metaforicamente, o veículo usado na agricultura para amassar o Tricolor. Áudio vazado e a turma de azul entrou turbinada.

Roger Machado utilizou no clássico: Marcelo Grohe; Edílson, Rafael Thyere, Fred e Marcelo Oliveira; Walace, Jaílson, Giuliano e Douglas; Luan e Éverton. Entrariam ainda, Ramiro, Bolaños e Pedro Rocha.

O Inter formou com: Muriel; William, Paulão, Hernando e Artur; Fernando Bob, Rodrigo Dourado, Fabinho e Seijas; Sasha e Vitinho. O técnico recorreu nas trocas a Anderson, Valdívia e Gustavo Ferrareis.

O paraense Dewson Fernando da Silva foi o árbitro (o mesmo do Clássico dos 5 a 0).

Com início bastante nervoso, equilibrado e truncado, as chances até os 10 minutos eram duas apenas: Luan e Paulão arremataram sem sustos para os arqueiros.

Aos 19 minutos, Éverton chutou forte, Muriel deu rebote e Douglas bateu de canhota para a rede. 1 a 0.

Com a peleja andando no mesmo tranco; eu senti uma dor no peito, tive a certeza que não poderia acompanhar mais o clássico, ainda assim, ouvi todo o primeiro tempo, onde o Maestro Pifador teve chance de marcar o segundo dele, porém, a bola subiu e foi pela linha de fundo.

Intervalo de jogo; peguei minha filha com seus treze para catorze anos e disse que nós iríamos caminhar pelo parque. Ela estranhou: O pai não iria mais acompanhar o Grenal? Deve ser muito sério - pensou.

Saímos os três (eu, ela e o meu celular). Calculei o tempo que faltava, botei mais uns três minutos de acréscimos  (dará 13 h e 5 m, 13 h e 8 min, mais ou menos) e raciocinei: Tem que haver silêncio até às 13 h e 8 min; se sair foguetório antes, gol do Coirmão, caso contrário, tudo bem, imaginava que o 1 a 0 persistira até o último apito.

O tempo foi passando a passos de tartaruga; minha filha usava uma blusa preta e eu a olhava com desconfiança e aflição; seria o derradeiro passeio que faríamos? A cor negra era premonitória? Senti uma tristeza imensa, um lamento de tudo o que eu usufruía, que ficaria para trás, quando eu encarasse a "travessia". Hoje, esses questionamentos soam hilários.

 Ela entendia; sua eloquência habitual dava lugar a uma mudez cúmplice, porque seu pai seguia caminhando lentamente, mãos dadas automaticamente, sem conversar, o olhar perdido entre as copas das árvores e os brinquedos da praça (escorregadores, balanços, barras para se pendurar, etc...), o celular permanecia como se fosse apenas relógio.

Passado da 1 h da tarde, surgiram finalmente, foguetes; deduzi que aquela hora, o jogo estaria encerrado. Como havia acertado comigo mesmo; só busquei o resultado pelos dados móveis do aparelho, após o provável final de partida.

Descobri que o Grêmio resistira todo o segundo tempo e assim, vencera o Grenal. Não foi apenas mais um confronto na estatística, ele representou o início da queda do Colorado para a Segunda Divisão.

Entretanto, a alegria do 1 a 0, não causou o relaxamento emocional de outras jornadas vitoriosas. Sem trégua, o meu coração quase avariou de vez.

Na manhã seguinte, Segunda-feira, internei e dois dias depois, dia 06, encarei um bloco cirúrgico de onde saí com um novo parceiro no lado direito do peito; um marca passo.

Para a história do nosso maior clássico, este levou o nome de “O Grenal do Trator”, mas para mim, ele ficará na memória como aquele que pensei; seria o meu último. 

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro



sexta-feira, 16 de março de 2018

Opinião



Quem são os outros dez?

Na postagem de ontem, eu afirmei que para o Grenal era Arthur e mais 10; pois bem, quem seriam os parceiros dele na humilde opinião deste gremista?

Antes de declinar os nomes, acho interessante ver o que vem pela frente, isto é, como virá o oponente vermelho?

Desconfio que o Inter terá uma postura bem defensiva, talvez com três volantes + D'Alessandro e Patrick com Roger à frente ou Nico Lopez. Com o objetivo primordial de tirar licitamente Luan do clássico, aliás, como fez Zidane em Dezembro do ano passado.

Bom, se isso ocorrer, a saída seria atacar pelos lados, aí entram laterais velozes e/ou técnicos. Um meio movediço e um atacante (Luan) que deverá flutuar entre os volantes e os zagueiros centrais colorados, prendendo quatro jogadores do adversário, então:

Marcelo Grohe; Madson ou Leonardo Moura, Geromel, Kannemann e Cortez; Jaílson, Arthur, Ramiro e Maicon; Luan e Éverton.

Claro! É só palpite de torcedor.

quinta-feira, 15 de março de 2018

Opinião




Arthur e mais 10


No clássico deste final de semana na Arena, o bom senso indica o retorno à titularidade de Arthur, o jovem de 21 anos já transacionado com um dos maiores clubes do planeta, o Barcelona, que depois de quatro meses de recuperação, já provou que está totalmente curado da grave lesão na final da Libertadores da América.

Cogitar que o camisa 29 se mantenha apenas à disposição de Renato no banco, se transforma numa heresia inominável, além de punir o time e por a perigo a classificação para as semifinais.

Quantas vezes já vimos outros jogadores sem as melhores condições físicas e psicológicas, até em desvantagem em relação ao estágio atual de Arthur, se “doarem” nessas situações? Por isso, não haverá explicações plausíveis para preservá-lo longe dos 11 que iniciarão o Grenal pelo lado Imortal.

Não se trata de tão somente um titular que está voltando de lesão; não, senhores. É Arthur, um dos três finalistas do “Rei da América” (com Luan e Paolo Guerrero), aquele que possui o “dna” tático e técnico de Xavi Hernandez e Iniesta, o médio que arrumou o meio de campo Tricolor, que está nas pegadas de uma vaga para a Copa da Rússia.

Finalmente: Arthur “meia boca”, ainda será mais útil, quando olhamos para os seus concorrentes gremistas no centro do time. Jaílson, Ramiro e Maicon. Qual destes amarra a chuteira do goiano?


quarta-feira, 14 de março de 2018


Álbum Tricolor (116)
WALMIR
Jornal Zero Hora

Nome: Walmir Almeida de Oliveira.
Apelido: Walmir.
Posição: Lateral-direito.
Data de nascimento: 3 de Setembro de 1967, Rio de Janeiro, RJ.

JOGOS PELO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
52 jogos (25 vitórias; 11 empates; e 16 derrotas). Marcou 2 (dois) gols.

ESTREIA NO GRÊMIO
03.06.1998 - Grêmio 1x1 CR Vasco da Gama - Libertadores da América.
GFBPA: Danrlei; Walmir, Jorginho, Scheidt e André Silva; Fabinho, Luís Carlos Goiano, Aílton (Tinga) e Palhinha (Robert); Ronaldinho Gaúcho e Guilherme.
Técnico: Edinho.

ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
29.04.1999 - Grêmio 2x2 CR Flamengo - Copa do Brasil.
GFBPA: Danrlei; Ronaldo Alves, Scheidt e Eder; Walmir, Fabinho, Luís Carlos Goiano, Djair (Ronaldinho Gaúcho) e Itaqui; Zé Alcino (Rodrigo Gral) e Macedo (Arílson).
Técnico: Celso Juarez Roth.

CARREIRA
Flamengo-RJ (1986 e 1987); América-RJ (1988); Guarani-SP (1989); Grêmio Maringá (1990 e 1991); Coritiba-PR (1992); Ponte Preta-SP (1992 e 1993); Bragantino-SP (1993 a 1995); Portuguesa-SP (1996 a 1998); Grêmio-RS (1998 e 1999); Atlético-MG (1999 e 2000); Botafogo-RJ (2001); América-SP (2002).

TÍTULOS PELO GRÊMIO
1999 – Copa Sul.

(*) Os dados aqui publicados não são oficiais. Dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro.

FONTES:
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal “Zero Hora”.
- Revista “Placar”.
- Arquivo Pessoal.