Páginas

Páginas

sábado, 29 de fevereiro de 2020

Opinião



Vitória do Óbvio

Alguém tinha dúvidas que o Tricolor ia "empacotar" o Juventude na Arena?
Óbvio que a resposta é negativa. Certeza de vitória fácil.

Por que? Porque a cada lambada feia, cada tropeço constrangedor, o grupo "dá a resposta imediata". - Grande África!, como se dizia nos anos 70, para uma conquista insignificante.

Ouvi a entrevista do Renato no pós-jogo e ele falou em falta de atitude do time contra o Aimoré e Caxias. Como é? Ganham o clássico; decidem o turno e atuam sem atitude. Então, quando vão ter "atitude"? Nos amistosos?

Sempre que isso ocorre é erro do treinador de modo geral, seja pelo fato de deixar chegar a esse ponto, seja pela incapacidade de demover a situação no intervalo. Ah! A culpa é dos atletas, bom, nesse caso, que tratem de identificar os líderes e as causas e façam a cirurgia.

Os Grêmios de Luiz Felipe, o de 87 e o de 94 a 96, jamais, repito, jamais troteavam em campo. Podiam até perder, mas "falta de atitude" era corrigida dentro da própria partida.

De nada restará de válido, um encordoamento de quatro, cinco, talvez seis vitórias, se nos momentos cruciais, decisivos, a equipe "der mole", expressão que cansamos de ouvir pela boca do comandante técnico. Esse Grêmio versus Juventude é modelo irretocável de Gauchão "Engana Bobo".

De qualquer forma, vão algumas considerações que independeram da fragilidade do adversário: 
- Vanderlei vem readquirindo a antiga forma
- Orijuela e Victor Ferraz é um oceano de diferença para Galhardo e o veterano Léo Moura
- Caio Henrique é titular na lateral ou no meio de campo
- Pepê fora do time é questão de demissão treinador
- Lucas Silva está, a exemplo do arqueiro gremista, voltando a velha forma
- Alisson, Thaciano e Luciano, no máximo, são bons bancos
- Thiago Neves ainda não se justificou no Tricolor
- É muito bom contar novamente com Geromel. Ele é de outra turma

Por fim, umas linhas sobre Ferreira: faz bem o Grêmio em dar uma gelada no guri. Se ele for inteligente, trocará de empresário, logo, logo.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Opinião



Espinosa: ele estava lá

Valdir Atahualpa Ramirez Espinosa; um nome histórico para gremistas e botafoguenses, mas não apenas por isso.

Espinosa esteve em vários momentos relevantes do futebol gaúcho, nacional e mundial. Muitos, talvez não conhecem ou não lembram parte do que relatarei logo a seguir. Resumindo: ele estava lá.

Espinosa estava no juvenil do Grêmio entre 1965 e 66, quando o time ficou mais de 100 jogos sem perder. Vide Jovem Time dos Sonhos

Esteve no Grenal de inauguração do Beira-Rio, o da pauleira. É ele quem valoriza a "chegada" de Urruzmendi, cai e dá início a briga generalizada.

Esteve no fantástico jogo da desforra ou revanche em 1972, quando os gaúchos se uniram contra o Selecionado Canarinho, um 3 a 3, que só ficou nisso, porque o treinador da terrinha, Aparício Vianna e Silva, pediu para os seus pupilos tirarem o pé do acelerador.

Espinosa igualmente esteve na primeira vitória gremista contra o Santos no Pacaembu, São Paulo, com Pelé em campo; 1 a 0, gol de Alfredo Obberti, quando o goleiro Picasso pegou um pênalti cobrado por Carlos Alberto Torres, o capitão do tri em 70. Espinosa, gremistão, raspou a cabeleira para pagar a promessa pelo feito inusitado. Apareceu de visual novo no Salgado Filho.

Ele estava na leva de gaúchos que faturou o título alagoano pelo CSA em 1974.

Em 1979 foi vice campeão gaúcho treinando o Esportivo de Bento Gonçalves, participando do emblemático Jogo da Neve entre o seu clube e o Imortal. Sua estreia na nova profissão.

Em seguida, trouxe de lá para o Grêmio, o jovem Renato Portaluppi (precisa explicar!!!).

1983, ele conquista a Libertadores e o Mundial pelo Grêmio.

Em 1989 leva o Botafogo a uma conquista monumental, ganhando o campeonato carioca, façanha que não se realizava desde 1968. Lá, ele também virou herói.

Assim como Foguinho, lenda gremista, experimentou (e fracassou a exemplo dele) treinar o Coirmão em 1990.

Ano seguinte, 1991, Espinosa treinando Botafogo de Renato, De Leon e Paulo Roberto, afunda o Tricolor para a segunda divisão no jogo do rebaixamento. Renato não quis jogar, portanto, ficou de fora.

Depois de anos sem muito brilho, retorna ao Grêmio e ajuda Renato e seu clube do coração a reencontrar os caminhos dos títulos relevantes, 2016.

Valdir Espinosa seguirá na história e no coração dos gremistas e dos botafoguenses, em especial.

Para mim, há ainda uma lembrança mais comovente; ele está na foto que ilustrava a minha caixinha (de madeira) de goiabada que virou o lugar onde eu guardava os meus times de botão. A de 1972.

Espinosa, obrigado por tudo.


PS: Procurei e achei a caixinha:



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Opinião



Prefiro o Tolima

Eu ia esperar para postar somente depois da definição do último integrante do Grupo E, mas resolvi dar minha opinião antes, porque ao contrário de Renato e de alguns torcedores gremistas, eu prefiro encarar o clube colombiano, mesmo que isto represente maiores dificuldades na "logística" gremista como distância, clima estranho, etc... do que o Coirmão.

Primeiro, eu devo admitir que o Colorado é franco favorito, que uma eventual desclassificação é uma bomba arrasa-quarteirão no calendário de 2020. Deve passar com sobras.

Agora vem a minha justificativa: o Inter é ou será muito mais time do que o Tolima no Grupo E; também, o fato de ser o grande rival Tricolor e andar em baixa nesta gangorra, poderá ver na LA, a oportunidade ímpar de reverter esse quadro.

Vale lembrar que o Grêmio é completamente inconfiável: conseguiu ganhar o Grenal, no entanto, perdeu três partidas no Gauchão, confrontos estes, cujo o resultado de cada um, não se constituiu em "crime", injustiça.

Então; sem muita esperança, ainda assim, escolho o Tolima para fechar o grupo E.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Opinião



Poderá/Poderia ser o maior ano de Renato

Renato está em sexto lugar como melhor treinador do planeta em pesquisa recente; vide Football World Rankings. Pode-se discordar, mas é uma referência.

Olhando 2020, ele poderá/poderia (depende dele, Renato) ser o maior da carreira do treinador gremista. Há muitas possibilidades de êxito, se bem trabalhadas. Vejamos:

- Pode ser o tri campeonato estadual, algo que há décadas o Grêmio não consegue obter
- Renato pode ultrapassar Foguinho e Luiz Felipe (378, 371, respectivamente) como o técnico com número de jogos na história do Imortal
-  Ele pode conduzir o Tricolor ao inédito quarto título na Libertadores
- Pode igualar a façanha do Cruzeiro na Copa do Brasil, seis conquistas
- Também pode vencer o Brasileiro, feito jamais conseguido por um clube gaúcho na era "pontos corridos"
- Pode  ser bi campeão mundial

Para isso, o clube lhe deu um "ferramental" valioso que mostra uma das melhores defesas do país: Vanderlei; Ferraz ou Orijuela, Geromel, Kannemann e Caio Henrique. Da mesma forma, mais dois jogadores de Seleção do meio para frente: Matheus Henrique e Éverton. Outras joias em processo de afirmação, Jean Pyerre e Pepê; além de boas alternativas de banco. Vejam que são nove "titulares". Faltam dois apenas e um sistema de jogo claro e competente.

Por fim, este momento das categorias de base é quase irrepetível; são vários atletas de seleções sub.

O que falta? o treinador conversar mais, ouvir e refletir. 

Poderá ser ou ficaremos no poderia ser. 

domingo, 23 de fevereiro de 2020

Opinião



Neste Domingo de derrota, postarei duas crônicas:

O Pato

Foi o amigo Paulo Juliano que acertou na mosca ao trazer a história do Pato para este espaço. A maioria deve conhecer, mas se for novidade para alguns, aí vai:

- O Pato anda, nada e voa. O problema é que faz esses três movimentos de forma deficitária. É da natureza dele, nada há de errado com ele, desde que não se meta de "pato a ganso". Não é  depreciativo, apenas natural.

Comparar o futebol de Maicon com a historinha do pato serve para demonstrar que o capitão está fora do "contexto futebolístico atual". Ele nada de tem de 5, de 10 ou de 8 da meia cancha.

Quem discordar, poderá dizer: bruxo em que época tu vives? Não existe mais um centro-médio, uma meia-armador, um ponta-de-lança! verdade; porém, contra argumentarei que as funções existem, mesmo que sejam feitas por um único atleta.

O problema é que Maicon é um marcador incapaz de dar sustentação e combate eficiente à frente dos zagueiros (anda), também, dos pés dele inexistem lançamentos ou "pifadas" para os avantes (nada), sequer se aproxima do centro avante para tabelar e chegar na área adversária como elemento surpresa para o arremate (voa).

O futebol de Maicon é tão anacrônico, quanto usar esta palavra para definir uma função específica do meio de campo atual.

Há alguns anos tratei dos 4 falsos diamantes do Grêmio, atletas superestimados, isto é, de inegáveis qualidades (diamantes), mas contando com o extremo exagero por parte da mídia e da massa torcedora. Dois já saíram e vivem um ostracismo seja pelo futebol apresentado, seja pelo sub mercado da bola que um deles escolheu. Dois (Cortez e Maicon) resistem no time Tricolor, apesar das evidências  de mau desempenho.

Trocando de assunto: o Grêmio tem 5 titulares fora, talvez 6. São eles; Geromel, Kannemann, Caio Henrique, Jean Pyerre e Pepê. Incluiria a chance de um sexto, Orijuela, porque ainda não foi testado. 

Há Diego Rosa e Ferreira. Se Renato quiser, tem bala na agulha.

Finalizando: Tetê não estava pronto para jogar o Gauchão, mas joga a Champions League.





Opinião



A Hora

Aumenta o coro de insatisfação com a performance do treinador gremista. Muitos afirmam que queriam a saída dele em Janeiro de 2018. Deviam ter bola de cristal, pouco mais de um mês antes, ele se tornara tri da Libertadores e poucos dias do final do ano, decidia o Mundial de Clubes. Confesso que investiguei,  nada achei dessa "literatura adivinhatória", como diria Odorico Paraguassu. 

Igualmente queriam a saída dele após o vexame diante do Flamengo no Maracanã; eu fui contra e acertei, o Grêmio reagiu a ponto de ser hoje cabeça de chave do Grupo E da LA. Defenestrado Renato naquela hora, o Tricolor arrancaria para a classificação entre os 4 do Brasileiro? Com a palavra, as pitonisas. 

Eu palpitei no sentido de mantê-lo até o final do ano e, aí sim, fazer uma análise da validade de continuar com o treinador. Cheguei a usar a expressão "repaginado" como condição para se manter em alto desempenho.

Pois bem, hoje temos a ideia bem nítida que Renato não vai retroceder em suas convicções, "rever conceitos". Pelo andar da carruagem, após o fracasso de ontem, uma de suas medidas será efetivar Thiago Neves em detrimento dos meninos como Darlan ou Diego Rosa. São de outra posição, dirá ou dirão, porém, mesmo com esse "detalhe", tenho certeza que a efetividade do coletivo iria crescer. 

Renato repetirá com Diego Souza e Thiago Neves a novela Tardelli e André. É constrangedor ver o presidente tentando empurrar o camisa 99 para longe dos muros da Arena, depois de todos os indícios que o avante nada faria para acrescentar qualidade ao ataque azul. O mundo gremista alertou para esse desfecho.

Sobre Thiago Neves a impressão que tenho é que veio contrariado para o Sul. O Grêmio foi a menos ruim das possibilidades. Clubes interessados havia: Vasco e Fluminense, mas ele deve ter pensado nos meses de "mais de 30 dd" destas instituições. Sem outra alternativa, rebaixou o salário nababesco estrelado e aportou aqui numa espécie de exílio de final de carreira. Porto Alegre está para ele como a Ilha de Santa Helena esteve para Napoleão Bonaparte. O problema começa aí, porque se estende no impedimento de uma formação forte, jovem, promissora e competitiva dos meninos da base.

Chego ao título desta postagem: está passando da hora a troca de treinador, repito, mantidos os conceitos e atitudes de Renato.

Na manutenção deste quadro, é inadiável a ação do presidente. Ou Renato muda ou mudamos de técnico.


sábado, 22 de fevereiro de 2020

Opinião



Grêmio não viu a Cor da Bola

A primeira conclusão que eu tiro deste "vice-campeonato" de turno é a que o Grêmio "se achou" campeão antes, bem antes de jogar a decisão.

Uma semana para se preparar; treinos secretos, uma derrota para o Caxias na primeira rodada como alerta, nada disso serviu para encarar o clube da Serra com o devido respeito e a devida estratégia.

O futebol gremista tem a assinatura, a grife do seu capitão, um jogo para inglês ver: - Ah! mas ele não erra passes, todas as bolas são carimbadas por ele, o imenso percentual de posse de bola é resultado de sua técnica; um jogador de campo que joga como se fosse numa quadra de futsal. Para mim, o adversário dos sonhos. Um pato como bem foi definido.

Quando a corda aperta no pescoço na hora da onça beber água, isto é, depois do 0 a 1 (que poderia ser mais, considerando as defesaças de Vanderlei), todo o "academicismo" é defenestrado e o velho e ineficiente chuveirinho é o recurso para empatar a partida. Um atestado de incompetência.

Eu tenho algumas certezas no futebol;  uma delas é: quando muito jogadores estão mal ao mesmo tempo, o problema está fora de campo. É relacionamento no vestiário, salário atrasado, incapacidade do comandante a beira do gramado, etc... No presente caso; fico com a última hipótese.

Esta incapacidade não é apenas técnica, é a de gestão de grupo, ou seja, de escalar os melhores, interferir nos 11, buscar os mais bem preparados. Ter atitude para barrar os "parças".

Quem não vê que este meio é incapaz? Que Bruno Cortez é banco? Que Diego Souza só funciona se a bola chegar em condições? Que Alisson é insuficiente? E Thiago Neves? Por favor, Diego Tardelli 2, o retorno? Os Embalos continuam?

O Caxias é inferior ao Grêmio, mas por duas vezes, contrariou a teoria. 1 a 0 foi injusto.

Finalizando: Tão ruim quanto o nosso time; a arbitragem de Vuaden. Ele não soube a hora de pendurar as chuteiras.

Ou Romildo toma uma atitude, ou todo o seu passado recente (e brilhante) ficará comprometido. 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Opinião



Hereditário

Volta e meia vem a notícia da possibilidade de contratação de Rafael Carioca pelo Imortal,  logo ele, um centro-médio, um volante.

Pergunto: qual a posição do time que revela mais craques juniores? Resposta fácil: primeira ou segunda posição do meio campo.

Dali, daquele pedaço do gramado surgiram o próprio Rafael Carioca, Carlos Gavião, Eduardo Costa, Anderson Polga (surgiu ali), Emerson (tornou-se mais tarde), Paulo César Tinga, William Magrão, Lucas Leiva, Fernando, Walace, Ramiro (sim, começou ali), Arthur, Jaílson, Matheus Henrique.

Agora, novos nomes: Frizzo, Lucas Araújo, Victor Bobsin, Darlan e Diego Rosa.

Por tudo isso, por mais viável que seja o negócio, não gostaria desta contratação (Rafael Carioca).



terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Opinião



Um Jogador de Seleção

O Grêmio está cheio de atletas de seleções nacionais: Kannemann, Geromel, Caio Henrique, Pepê, Matheus Henrique, Megiolaro, Pedro Lucas, Diego Rosa, Éverton.

Mas há um recém chegado que precisa ser aproveitado: Luiz Orejuela.

O colombiano é de Seleção. É jovem, é promissor, tem experiência europeia e um bom retrospecto no Cruzeiro, aliás, um dos poucos que se salvaram no time mineiro.

No Grêmio ainda não teve chances, porém, imagino ser questão de tempo. 

Fica a questão: diante do bom desempenho de Victor Ferraz, Orijuela poderá (ou deverá) ser aproveitado em outra posição? 




segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Opinião



Ainda sobre o Clássico de Sábado

É bom olhar para o Grenal sem a emoção do jogo recém finalizado, ver o "tape", ler os especialistas, conversar com a turma de sempre. Disso, eu retirei algumas conclusões:

- Renato acertou no esquema com três volantes, mesmo com Maicon
- O Grêmio poderia ter goleado ainda no primeiro tempo
- A amostragem de Musto é pior do que a de Astrada em 2000
- Vanderlei estreou na temporada
- Éverton segue sendo mortal, dois gols (anulados) e um cruzamento espetacular para Diego Souza
- Caio Henrique deixou ótima impressão. É titular "prá ontem"
- Renato errou em colocar Pepê pela esquerda e levar Éverton para o outro lado
- Com os três volantes amarelados, a troca deles era o recomendável, Matheus Henrique (na teoria) corria menos riscos de expulsão
- A tão comentada reação colorada é mais fruto de uma ideia marqueteira de agradar ambos os lados, afinal, se Vanderlei fez três defesas difíceis no segundo tempo, o Tricolor colocou uma bola na trave (Thiago Neves) e o gol de Diego Souza. Foram mais evidentes
- Vencer um clássico decisivo no Beira-Rio com a "anima" do Coirmão em alta, sem Geromel e Kannemann, realmente é para comemorar

Finalizando: Esta vitória só terá importância no campeonato, se o Grêmio confirmar o favoritismo e bater o Caxias, caso contrário, o segundo turno virará um estorvo nas pretensões de ir bem na fase de grupos da LA.

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Opinião



Um Bonde Chamado Musto (o Grêmio nada tem a ver com isso)

O Imortal ganhou de forma merecida o clássico e foi para a final do primeiro turno. Teve muitos méritos, porém, o auxílio providencial veio do adversário, qual seja: Musto. Ele é a pior contratação estrangeira do Inter em muitos anos. Não joga nada e gosta de bater e discutir; resumindo: Ele tem a receita completa para prejudicar as agremiações que ele representa.

As virtudes gremistas começam pela ideia de três centro-médios, que foi sensata. O problema é que um deles é Maicon. O capitão jogou adiantado, mas sem gás, não teve inspiração para alimentar o ataque.

Outra: Paulo Miranda. Ótimo. Teve um lance que anotei (33 minutos do primeiro tempo), D'Alessandro foi ao fundo, cruzou para Guerrero, o zagueiro sem poder cabecear, ocupou o melhor espaço, restando uma cabeçada irregular do avante. Isto é conhecer a rotina do lugar.

Matheus Henrique e Éverton foram muito bem. Detalhes de centímetros impediram uma goleada gremista nos gols invalidados.

Mais uma virtude: Caio Henrique em poucos minutos mostrou que será titular com um pé nas costas.

Vanderlei também apareceu de forma decisiva na hora crucial: nos acréscimos. Garantiu a classificação.

Finalizando: Um dos piores em campo foi Diego Souza, mas as melhores chances gremistas passaram por ele. É o protagonista do Grenal.

Os problemas: A falta de mobilidade de Diego, as más escolhas dos jogadores, Alisson passou, quando deveria concluir; Pepê concluiu, quando deveria cruzar ou passar a bola. A presença de Maicon no time e, principalmente, o pífio desempenho de Thiago Neves.

De qualquer forma; ganhar um Grenal não tem preço.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (228) – Ano – 1933

A Impressionante Marca do Grêmio de Telêmaco

Fonte: Correio do Povo


Telê Santana treinou o Tricolor entre 1977 e 78, cometendo várias façanhas; tais como: quebrar a hegemonia colorada de oito anos consecutivos, fazer a maior goleada do clube  até então, na Era Olímpico, 10 a 0 sobre o Pelotas, idem, aplicar a goleada histórica e irrepetível em clássicos tendo como sede o Beira-Rio, 4 a 0, por fim, igualou a maior sequência de vitórias  em Grenal, seis ao todo na história deste confronto, feito até então, exclusivo de Telêmaco Frazão de Lima entre 1931 e 1933.

O que fechou a série ocorreu no dia 13 de Agosto de 1933, nos Eucaliptos, onde a lenda Eurico Lara brilhou intensamente, sendo eleito o craque da partida com rasgados elogios nos jornais Correio de Povo e A Federação.

Telêmaco mandou a campo: Lara; Dario e Sardinha I; Heitor, Poroto e Sardinha II (ou Peixinho); Lacy, Alemãozinho, Luiz (Carvalho), Fogo (ou Foguinho) e Nenê. Nos parênteses, complemento ou apelidos como eles também eram conhecidos.

O Inter escalado com: Penha; Vanderlino e Risada; Alfredo, Miro e Garnizé; Cavaco, Venenoso, Tupan (depois Honório), Marroni e Javel.

A vitória gremista daria o tetra campeonato da Cidade, além disso, bateria o recorde de seis triunfos consecutivos, inédito na história dos clássicos.

A partida iniciou exatamente às 15:34 h, três minutos após, Luiz Carvalho arrematou forte, o balão encontrou oposição na trave e no rebote, Foguinho aproveitou e concluiu, inaugurando o placar. 1 a 0.

O Colorado só não empatou em seguida, porque Lara brilhou em duas grandes defesas. Ele fez mais uma espetacular intervenção em chute de Javel. Isso tudo em apenas 7 minutos de Grenal.

Aos 8, o Tricolor chegou ao 2 a 0 com Heitor: um chute no meio do gol que Penha aceitou pelo meio das pernas.

Aos 28, após grandes defesas de Penha e Lara, a goleada se desenhou; Laci avançou pela direita, cruzou, Nenê aparou de cabeça no lado esquerdo, servindo Luiz Carvalho no centro. 3 a 0.

Aos 31 minutos, Risada bateu falta, vencendo o goleiro gremista, reanimando a massa vermelha. 3 a 1.

Passados apenas 3 minutos, a partida ficou parelha, quando Venenoso deu um chapéu em Lara, desviando a pelota com a cabeça, encobrindo o arqueiro azul, aparando-a logo adiante. Golaço. 3 a 2. Final da primeira etapa.

O segundo tempo foi marcado pelo excessivo número de faltas de ambos os lados. Poucas chances de gol. As raras foram salvas pela boa participação dos goal keepers.

Quando faltavam 2 minutos para o final, com o resultado favorável e o título do tetra encaminhado, Sardinha I comete penalidade máxima. Chance fantástica de empate.

O capitão Risada ajeitou a pelota, deu um forte tiro, Lara que se postou de braços abertos, conseguiu defender a cobrança, fazendo a torcida gremista explodir, vibrando intensamente.

Passados 2 minutos (na época, os tempos eram de 40), Valter Costa, o juiz, deu por encerrada a contenda.

Resultado: Grêmio campeão com a façanha de seis vitórias consecutivas em Grenais, marca que levou 44 anos para ser igualada, jamais superada.

Telêmaco se tornou o técnico que mais treinou o Imortal até os anos 60, quando foi superado pelo amigo Foguinho.

Recentemente, Telêmaco foi ultrapassado por Renato, ficando atrás também de Luiz Felipe.

Fonte: Jornal Correio do Povo
            Jornal A Federação





quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Opinião



Pelo Fim da Hipocrisia

Estes últimos dias no âmbito esportivo nacional e da querência sulina, escancarou-se; apareceu com uma nitidez absoluta, a cretinice de parte da imprensa que cobre o esporte bretão.

A cereja do bolo foi a transmissão da Globo, Corinthians versus Guarani do Paraguai. O comentarista, ex-avante do Coringão, apenas se deteve na análise da performance brasileira; parece que os locatários jogaram sem adversários. A torcida foi tanta, que o quinteto (narrador, dois comentaristas e dois repórteres), em um dado momento, tentou pautar até o analista de arbitragem, dando pitacos contra a boa atuação de Nestor Pitana, antes do próprio ex-juiz, o responsável por esta avaliação na cobertura esportiva fazer a sua parte. 

Um dos comentaristas, ex-jogador do São Paulo, estava contido e passava "lucidez" nas suas falas. Queria ver se fosse o time do Morumbi na situação do Corinthians; os papeis se inverteriam; Casagrande seria o lúcido da jornada e Caio, o desestabilizado.

Quem acompanhou pela Globo a final da Libertadores, tem na memória o gritedo de comemoração de Júnior, jogador que mais vestiu a camiseta do Flamengo em todos os tempos, no segundo gol rubro-negro. É isento? Lógico que não. Uma questão: como se comporta na cobertura de um Flamengo x Vasco da Gama, por exemplo?

Dirão que eles não representam a imprensa esportiva, porque são ex-jogadores; bobagem, muitos jornalistas viraram "chacretes" ou dão o tapa e escondem a mão aqui nas nossas barbas. Palpitam até sobre aspectos pessoais de técnicos e jogadores da Dupla, desde que isso seja munição para o objetivo final deles.

Trazendo para o nosso rincão; a classificação do Inter diante da La U, patrocinou a fuga do armário de vários "torcedores" do Flamengo, Tottenham, Liverpool, Vasco da Gama, pretensas  preferências de certos jornalistas e repórteres gaúchos; o sorriso e o bom humor voltaram, estão mais gentis, veem a vida em cor-de-rosa (ou seria vermelho?). Estão assanhados.

Percebem predicados no time de Coudet neste curtíssimo lapso de tempo que jamais viram no tri da América gremista, inclusive, sempre que podiam, creditavam a Roger alguns acertos da equipe azul. É a velha tática de só reconhecer, quando o período de secação, de negação, passar. Quando Renato sair, aí estarão liberados; o reconhecimento virá sem o risco do sucesso Tricolor estar mantido e provocar estragos ao seu time do coração.

Fardaram-se de vez.

Há uma minoria isenta, existem profissionais que não torcem para Grêmio ou Inter, mas são minoria, repito. Do jeito que está, parecem quase todos imparciais.

Pergunto: É uma isenção seletiva? Torcem descaradamente para os clubes gaúchos contra o "mundo", contra todos e quando chegam no Grenal, apertam um botãozinho em suas mentes, que os transformam em imparciais? "Aqui, Farroupilha!!!" como diz essa velha expressão gaudéria de espanto e negação tácita.

Está surgindo um movimento de libertação, de revelação de time, porém ele (o movimento), desconfio que seja daquele jornalista em decadência que precisa criar um fato novo em sua carreira ou numa crise de consciência de final de jornada, quando a aposentadoria é o que se tem a fazer. É um ajuste de contas com seus leitores, espectadores, ouvintes, etc... Um mea culpa, quase um pedido de clemência por enganar seus seguidores e, às vezes, negar o óbvio, o que todos já sabiam.

Neste quadro, há um crescimento da mídia "amadora", das rádios e outros meios de comunicação com identidade clubística, porque essa mídia é autêntica nos seus propósitos. Não precisa fazer malabarismo na exposição de suas ideias. Não são trapezistas.

Transparência e honestidade com o trato da massa torcedora, apesar da emoção. Eis a saída.







quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020


Álbum Tricolor (153)
JOÃOZINHO
Fonte: Grêmio FBPA
Nome: João Carlos da Silva Severiano.
Apelido: Joãozinho.
Posição: Atacante.
Data de nascimento: 26 de setembro de 1941, Porto Alegre-RS.

JOGOS PELO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
423 jogos (275 vitórias; 91 empates; e 57 derrotas). 135 gols.

JOGOS NO ESTÁDIO OLÍMPICO
188 jogos (131 vitórias; 37 empates; e 20 derrotas). 59 gols.

JOGOS EM OUTROS ESTÁDIOS
235 jogos (144 vitórias; 54 empates; e 37 derrotas). 76 gols.

CERTAMES PRINCIPAIS PELO GRÊMIO
Robertão (43 jogos; 11 vitórias; 17 empates; e 15 derrotas).
Taça Brasil (28 jogos; 10 vitórias; 10 empates; e 8 derrotas).
Campeonato Gaúcho (192 jogos; 141 vitórias; 37 empates; e 14 derrotas).
Campeonato Sul-Brasileiro (9 jogos; 6 vitórias; e 3 empates).
Jogos Internacionais (27 jogos; 18 vitórias; e 4 empates; e 5 derrotas).

CLÁSSICO GRENAL (ATUANDO PELO GRÊMIO)
33 jogos (11 vitórias; 14 empates; e 8 derrotas).

ESTREIA NO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
24.11.1960 - Grêmio 4x0 Riograndense FC, em Santa Maria-RS.

ÚLTIMO JOGO PELO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
11.02.1971 - Grêmio 3x0 FC Rapid Bucuresti, Beira-Rio, Porto Alegre-RS.

CARREIRA
Carreira: Grêmio (RS) (1960 a 1971).

TÍTULOS PELO GRÊMIO (mais importantes)
Campeonato Gaúcho - 1962 a 1968 (Heptacampeão)
Campeonato Sul-Brasileiro - 1962
Campeonato da Cidade de Porto Alegre - 1964 e 1965 (Bicampeão)

SELEÇÃO BRASILEIRA
2 jogos (1 vitória; e 1 derrota). 2 gols.

Por Alvirrubro.

PRINCIPAIS FONTES:
- Revistas do Grêmio FBPA.
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal “Zero Hora”.
- Jornal “do Dia”.
- Jornal “Diário de Notícias”.
- Arquivo Pessoal.


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Opinião




 Inevitável


É da lei da vida, uma hora chega o fim, é a lei do Esporte, também.

Ao ver Maicon se arrastar nestas últimas temporadas, é triste concluir que o seu tempo de boas performances já se encerrou. Estou tratando de futebol competitivo, nada de Showball, Rachão ou Campeonato Estadual. O capitão gremista se arrasta em campo, mesmo com algumas faíscas de lucidez e passes importantes, aliás, fato cada vez mais raro. Um ou outro jogo, ele irá "tapar a boca dos corneteiros", mas quais serão estes; serão os decisivos?

Todos percebem a sua decadência, suas limitações físicas, apenas a imprensa vermelha escamoteada, que tenta incutir que toda a crítica ao atleta é injusta e indevida. Parte dessa imprensa dá números extraordinários, superlativos, ao seu desempenho dentro das quatro linhas que confesso, nem com uma lupa ou extrema boa vontade, consigo ver. Como escrevi acima, são rasgos, faíscas escassas de um bom futebol que ficou na poeira das duas últimas temporadas. Atualmente, toques laterais ou para os laterais sem consequências, sem brindar os avantes com a possibilidade do arremate ou a própria penetração do volante na área adversária.

Não existe mais o fator surpresa de 2017 e 2018. Página virada; o que se tem é história.

É claro que a culpa não é dele, só dele. Formar um meio de campo sem poder elevado de marcação, velocidade na transição, defeitos agravados pela falta  do entrosamento necessário, tudo isso, só piora a rotina do camisa 8, esgota a paciência da massa torcedora e, mais grave, retira a competitividade do time como ocorreu ontem contra o modesto Aimoré (de uma fragilidade física assustadora); modesto, mas aguerrido.

Os objetivos maiores do Grêmio para 2020 exigiram ações fortes como a faxina que incluiu até o entorno das quatro linhas, o despacho de jogadores insuficientes, a vinda de bons valores, a promoção de juniores promissores, contudo, eles são (os objetivos) reféns do que acontece dentro de campo.

2019 foi didático para o futebol brasileiro, não há espaço para “parcerias fraternais”  sem que um preço amargo seja pago por negligenciar os sinais que ele, repito, 2019 emitiu.

Se a defesa e ataque gremista estão desenhados, Vanderlei, Victor Ferraz ou Orijuela, Geromel, Kannemann e Caio Henrique, Pepê, Éverton e mais um; o meio de campo tem um titular, no máximo dois: Matheus Henrique (e Jean Pyerre).

Parece simples, mas é o coração do time. Romildo, Renato e a maioria da massa sabem disso. Forte poder de marcação, rápida transição da defesa para o ataque e presença ofensiva; tudo isso está incluído no pacote de um bom meio de campo no futebol atual.

Por isso, pergunto: conseguirá o Grêmio com Lucas Silva, Maicon, Jean Pyerre ou Thiago Neves juntos formar um meio de campo intenso e resolutivo? Ah! E tem o incremento do “imóvel” Diego Souza.




domingo, 9 de fevereiro de 2020

Opinião



Futebol sofrível só poderia dar nisso: derrota

O Grêmio cumpriu uma de suas piores jornadas dos últimos Gauchões. Um fiasco.

Entendo e aceito que Renato tenha testado o time com uma formação que dispensava armadores; meteu Luciano, Diego Souza e Éverton com Alisson + Maicon e Lucas Silva. O problema foi voltar do intervalo, depois de provada e comprovada a ineficiência desta formação. Na prática, três lentos e dois jogadores que oscilam muito; Diego, Maicon e Lucas Silva com Luciano e Alisson, respectivamente.

Do outro lado, Hélio Vieira ajeitou o fraco Aimoré, mas que tinha Vágner e Mateus Rodrigues, dupla muito boa, aliás, o centro avante com vínculo com a Lusa paulista, merece ser bem observado, acho que tem bola para jogar em clube grande, com isso, surpreendeu o desarrumado e sonolento time gremista.

Ninguém se salvou hoje: Vanderlei falhou no primeiro gol; bola aérea no meio da pequena área, ele tem 1,90 m. Poderia ter tomado o tento, mas deveria ter tentado. Victor Ferraz, burocrático, sem inspiração nos cruzamentos, Paulo Miranda, o menos ruim, mesmo assim, andou escorregando na hora errada. Aí chegamos até David Braz e Bruno Cortez. Que coisa horrorosa! Péssimos, especialmente Cortez.

O meio de campo tem a formação que os adversários pediram a Deus; lentos, burocráticos, sem imaginação para a parte ofensiva, sem gás para se defender. Melzinho na chupeta.

Na frente, Éverton deve ter atuado "revoltado", pois é só mediocridade como parceria. Alisson, a gente "espreme" a atuação dele e não sai um fato, unzinho sequer, de qualidade.

Luciano é banco, vai jogar muito numa vez e nada noutra. Chegamos a Diego Souza. Olha, o gol mascarou sua performance. Excluindo isso (embora relevante), palavra! achei que estava diante de um Braian Rodriguez que fala português.

Ferreira e Patrick deram uma melhorada, mas os demais companheiros "não estavam a fim".

Faltou alguém? Faltou. Thiago Neves. Sem comentários a sua participação.

É muito bom que haja Grenal, porque, o grupo vai ter que dar uma resposta imediata, então é melhor que não seja o Ypiranga, que poderia virar saco de pancada e proporcionar a reversão de algumas situações que se escancaram. Seria amenizá-las.

Pode até vencer o clássico, porém, as minhas convicções permanecerão firmes, a dos tais falsos diamantes; Maicon e Bruno Cortez, por razões diferentes, não podem ser titulares, o primeiro é ex-atleta para competições exigentes, o segundo não tem bola para ser titular. Neste estágio; ele é um belo reforço para o Coritiba ou Sport Recife, talvez Goiás.

Resumindo e repetindo: É bom ter um Grenal como próximo compromisso; desta forma, não haverá um sparring para mascarar a situação. Ou dá ou desce.