Opinião

Refletir é preciso

É evidente que construir sobre uma base bem montada sempre será melhor do que partir do zero, de uma terra arrasada, afinal, o Grêmio é tri campeão gaúcho, depois de mais de três décadas. Tem um "assoalho" firme.

Então, me arrisco a alguns pitacos, depois do que li e ouvi no "dia seguinte":

- Discordo de vozes importantes que dizem que Maicon fez muita falta. Com todo o respeito, não este Maicon próximo dos 35 anos, que não aguenta 90 minutos em campo. Explico; o seu jogo plástico, vistoso, lindo de se ver, arrisco dizer que é improdutivo, quantos lances perigosos surgem de suas "incursões" na área, de seus passes longos e precisos? poucos muito poucos. Querem ver o que é produtividade? os gols e o moderno conceito de "assistências" dos movimentos de Éverton, o avante recém saído do Imortal. Desconfio que Alisson tem mais "pifadas" do que o ex-capitão; para completar, quando o seu passe sai mal feito, o contra ataque é  quase perigo de gol e o seu trote, constrangedor

- Coudet, esquecendo das dificuldades dos confrontos com o Grêmio, mostra qualidades exemplares; perdeu o seu principal atleta (Guerrero), sem ter um reserva minimamente confiável, reinventou o seu time e, bingo!! começou a fazer mais gols e parou de sofrer; então, porque o Tricolor não pode prescindir de seu homem de área em determinadas situações? Imaginem um ataque com Luis Fernando, Ferreira (Elias) e Pepê, ele poderá ser mortal se houver uma movimentação articulada, criativa, movediça

- Gastar "pólvora em chimango" é uma grande bobagem, ou seja, já que tem Guilherme Guedes, não há necessidade de buscar um lateral esquerdo

- Com um trio final com Vanderlei, Geromel e Kannemann, dois laterais seguros, os ajustes ficam por conta da movimentação mais coesa, interessada e harmônica de Lucas Silva, Matheusinho e Jean Pyerre e a definição dos atacantes

- O Grêmio conseguiu uma façanha ao chegar à decisão da Copa São Paulo, não ganhou por um gesto imaturo de seu zagueiro que foi expulso no gol da vantagem gremista, mas o que realmente importa é a "fábrica", a formação de craques ou bons jogadores. Eu vi um bom goleiro (Adriel), um lateral direito que evoluiu durante a competição (Vanderson), outro, Matheus Nunes, seguro atrás. Sem ser uma brastemp, pode evoluir, Diego Rosa era o cara. Era. Gazão é da turma do Yúra, guerreiro dos anos 70, um tipo de jogador que corre por dois, tem Léo Chu, Elias, Rildo, tem outro que falam pouco, mas eu gostei, chama-se Gonçalves, por fim, o camisa 10 Pedro Lucas. Por que não aproveitá-lo?

- Encerrando: Rever a questão de Thiago Neves. Não dá mais

 Finalizando: Jeito tem. É só querer.

Opinião

Título e Show de Bola 

E o previsível terceiro título consecutivo gremista veio. Veio também, um show de bola. A surpresa: o Caxias, grande responsável pelo banho que se viu na Arena, isto é, pelo show de bola.

O início até foi até alentador. Parecia que a vitória chegaria fácil com uma boa atuação de Éverton e um Jean Pyerre desperto, chegando à frente, chutando a gol, Darlan parecendo à vontade, a defesa, seu miolo, bem e para coroar: gol de oportunismo de Diego Souza. 

Aí, como num passe de mágica (leia-se, mexidas de Lacerda, tática e de peças), surgiram defeitos incríveis no Grêmio. A Alisson, Victor Ferraz, que estavam muito mal, somaram-se pela queda repentina de produção, Lucas Silva, Cortez, Kannemann, Darlan e Jean Pyerre.

Os problemas aumentaram, quando o Caxias empatou numa falha de Geromel e Vanderlei. Imperdoável o lance em final de etapa. Mais do goleiro que estava de frente para onde a bola "caiu".

Renato acabou agravando esta situação, no momento que sacou Jean Pyerre e Éverton (só a falta de preparo físico e ritmo de jogo justificam a saída do segundo). Depois disso, o time não conseguiu trocar dois passes certos seguidos.

Diego Souza sumiu e os que entraram, cito apenas Luis Fernando que entrou com muita disposição, Thiago Neves, Maicon, David Braz e Isaque, nada acrescentaram.

A decisão só não se deu nos tiros livres, porque Vanderlei esticou o braço e tirou com a ponta da luva no último lance.

Olhando apenas a estatística, o desempenho do treinador é fantástico, mas uma análise mais acurada, mostra uma preocupante queda de produção do time gremista.

Minha opinião: O time tem elenco para fazer muita mais. Não é carência de "mão de obra". 

Minha dúvida: Renato tem condições de se "reinventar" ?

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (239) - Ano - 1972

Oriundo ou Nativo?

Fonte: Correio do Povo

Grêmio e Caxias decidem o campeonato gaúcho deste ano e eu tenho muitas lembranças do clube da Serra, desde quando ele se chamava Flamengo e o seu estádio era a Baixada Rubra, mais tarde, transformado em Centenário.

Uma dessas recordações remete ao distante ano de 1972, mês de Fevereiro, dia 20, um Domingo, quando a Festa da Uva, tradicional evento de Caxias do Sul, à época, só perdendo em importância para o Carnaval carioca no turismo brasileiro, foi escolhida não por acaso por Higino Corsetti, ministro de telecomunicações, um caxiense, para ser a primeira transmissão em cores da televisão brasileira.

Dentro deste evento, um jogo; Grêmio versus Associação Caxias, esta, uma fusão entre o Flamengo e Juventude que durou alguns anos. Como se sabe, após a dissolução, um voltou a ser Juventude, o outro, Flamengo virou Caxias. Assim, esta partida tornou-se a pioneira em jogos coloridos via tevê no país. Um zero a zero muito chato. 

Naquele início de ano, o Tricolor andava em busca de mais sangue platino para o time que tinha o uruguaio Anchetta desde Outubro do ano anterior, então, veio o argentino  Alfredo Oberti, mas ele queria mais. Acontece que a legislação só permitia dois estrangeiros nos clubes. Pensa daqui, pensa dali, o Grêmio descobriu um "hermano" nascido no Rio de Janeiro: o volante Dacunto (vide a foto, o da esquerda), filho de um craque argentino, também com o nome de guerra de Dacunto que brilhou no Vasco da Gama, Palmeiras e Santos, isso, nos anos 40.

A proposta, hoje, soa jocosa, isto é, ele teria 20 dias para demonstrar suas qualidades; na prática, dois ou três jogos, no máximo. A primeira, um 3 a 1 contra o Newell's Old Boys (estreia dele mais Oberti e Mazinho, desconfio que de Deca, também, os da foto acima), ele saiu jogando. A segunda seria essa da Festa da Uva, quando iniciou no banco de reservas.

Otto Glória, mítico treinador luso mandou a campo: Deca; Espinosa, Anchetta, Beto Bacamarte e Everaldo; Jadir e Torino; Flecha, Oberti, Mazinho e Loivo. Entraram Dacunto e Caio (Cabeça).

Pedro Ário Figueiró utilizou:Nadir; Luis Alberto, Roberto, Antônio Carlos e Paulinho; Zangão e Ênio Chaves; Sídnei, Osmar, Fernando e Tecchio.

Como disse; foi uma partida sonolenta que não agradou a ninguém que gosta de bom futebol. Pior para Dacunto que entrou numa roubada. Verdade que não jogava nada.

Mesmo assim, esse episódio me rendeu algo positivo, porque, lá em casa, a gente comprava toda a semana a revista Placar que fez uma reportagem sobre a vinda de Dacunto, onde "mancheteava": Dacunto: oriundo ou nativo? Olhei a manchete e eu, um guri de 12 para 13 anos, não sabia o que era "oriundo", nem o porquê da sua confrontação com o significado "nativo". Lógico, recorri ao dicionário e aprendi. 

Na reportagem, Dacunto se explicava: - Yo soy carioca. Nací en la Zona Sur. Estoy emocionado por jugar por la primera vez en mi tierra.

No primeiro treino, ele foi péssimo, dizia a reportagem assinada pelo jornalista Divino Fonseca. Seu clube, o Los Andes, pedia Cem mil cruzeiros, um valor considerável, portanto, suas chances de atuar no Brasil eram remotas.

Não ficou. Acrescentou seu nome à extensa lista de platinos e sul-americanos em geral, que não vingaram no Grêmio.

Fonte: Correio do Povo

            Revista Placar

            Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

PS: Pois, o amigo Alvirubro localizou a reportagem da Placar; note o erro da nacionalidade de Anchetta (ele é uruguaio)

Opinião

Thiago Neves

O melhor assunto do dia é a apresentação de Luis Fernando. Acho um acerto, embora tenha visto um único jogo seu pelo Botafogo (até fez um dos dois gols contra o Galo Carijó mineiro); tem 23 anos e características que estão fazendo falta pelo lado direito ofensivo gremista.

Outro; a quase certeza que vem alguém de peso para o comando do ataque; as falas e semblantes dos representantes tricolores denunciam isso.

Como nada é 100%, segue a (justa) bronca da massa do Imortal  com o camisa 10, Thiago Neves.

Como é convicção (ou teimosia) do treinador, vamos seguir aguentando sua precariedade dentro dos gramados. É da estatística: tanto joga que uma hora vai ir bem, exemplos temos na história gremista, alguns até viraram ídolo, após comprometer durante anos. Mas e o custo disso?

Pergunto: Se um júnior recebesse a mesma atenção, incentivo ou oportunidades, isto é, jogar uma, duas, oito, dez partidas em sequência, será que não daria melhor resultado?

Não é o que eu quero, porém, apenas para exagerar no exemplo; Renato chama Thaciano e diz: - Aconteça o que acontecer, tu vais ficar no time por uns oito, dez jogos. Qual seria a resposta?

Será que não tem clube interessado no camisa 10 Tricolor?

Opinião

Grêmio vence o Caxias em ritmo de amistoso

Foi um jogo ruim de se ver, especialmente o segundo tempo. Valeu pela vitória e o encaminhamento do título (só uma hecatombe tira a faixa do peito dos gremistas).

Pode parecer implicância, mas num meio de campo onde existem Maicon, Matheus Henrique e Jean Pyerre, o primeiro ser o destaque do setor indica que algo está errado. Verdade que o Caxias marcou mal no primeiro tempo, fato agravado pelo gol sofrido no início e aí o camisa 8 desfilou no gramado; tocou bola como um regente de orquestra. Na segunda etapa, marcado e cansado, afundou, mas não foi só ele, o ataque inexistiu e o gol não trato como acidental, porque Éverton estava bem posicionado e bateu maravilhosamente bem. Há mérito no desfecho da jogada. Porém, o ataque segue devendo.

A carência ofensiva está escancarada e o risco de empate foi iminente. Uma grande defesa de Vanderlei e o VAR salvando o empate; isso que o Caxias é muito limitado.

Se for para destacar alguém, cito Pepê, o primeiro tempo de Maicon e a boa performance de Geromel e David Braz.

O ponto negativo segue sendo Thiago Neves, porque não consegue jogar. São várias hipóteses para isso: está psicologicamente abalado ou ansioso, em franca decadência e não tem mais volta, por fim, veio contrariado para o Sul. 

Quaisquer destas alternativas o colocam fora dos planos do clube. Só os dirigentes e Comissão Técnica não sabem.

Opinião

O Inter vai ajudar o Grêmio

Pode ser uma ideia provinciana, bairrista, retrógrada, mas ela está ai em boa parte da cabeça dos gremistas, isto é, se o Inter é líder e pode (mesmo que remotamente) ser campeão de um Brasileirão sem um elenco vistoso, o fiasco gremista será maior. Perder para o Flamengo é uma coisa, perder para o Coirmão que está abaixo do Tricolor em qualquer comparação que se faça sem fanatismos, é outra.

Esta situação eu vivi em 79, ou seja, o Grêmio era "muito" em tudo na comparação com o tradicional rival. Era um dos favoritos ao Nacional daquele ano. Deu no que deu.

Se o Inter seguir avançando bem nas rodadas, o Imortal vai ter que "rever seus conceitos" e deixar de lado frescuras como calendário apertado, desumanidade para com o elenco, "só faltou o gol para vencer", "deu mole", etc... 

Basta um centro avante de qualidade e botar a molecada do ataque (Pepê, Isaque, Ferreira, Rildo, Guilherme Azevedo, Fabrício, Elias) numa espécie de vestibular, que as chances de ganhar o Brasileiro aumentam.

Quem tem uma "espinha dorsal" de time como esta? Vanderlei, Geromel, Kannemann, Lucas Silva, Matheus Henrique e Jean Pyerre. Talvez o Flamengo. Falta apenas o acabamento.

O Inter pode ser o aditivo que precisamos.

Opinião

Vale a pena ver de novo? Acho que não

A situação de Thiago Neves me fez recordar de dois episódios envolvendo o treinador gremista: Carlos Alberto e André Felipe.

O primeiro chegou em 2011 sob desconfianças, vide Bad Boy, já André, sua contratação foi festejada por boa parte da torcida, eu inclusive.

O tempo passou e o centro avante não convenceu; Renato seguiu dando força e criticando quem criticava o seu pupilo, vide Defesa. Foram mais de dois anos, ele chegou em Março de 2018; o treinador "morrendo abraçado" com ele até que a Direção agiu.

Como um remake, a novela Thiago Neves está no ar. Tomara que seja numa versão compacta e não dure muito.

Opinião

Novo Empate. Já são quatro em Cinco jogos

Empatar no Rio não é anormal, o curioso é empatar quatro em sequência num total de cinco jogos no Brasileiro.

Esquecendo esse detalhe e o olhando apenas para esta partida no São Januário, o Grêmio não está jogando verticalmente, como, aliás, não vem há muito tempo; o que agravou a situação: a saída de Éverton, também, a lesão de Diego Souza.

Houve um momento em que Jean Pyerre, Matheus Henrique e Alisson tiveram quase na mesma jogada, a chance do arremate e não o fizeram. É "institucional" isso na cartilha gremista; é mais vistoso o toque de bola, o acerto de passes, a posse de bola, do que fazer gols. São três em cinco disputas.

Analisando por setor: Paulo Victor salvou o Grêmio, de novo. A defesa se comportou muito bem no plano defensivo, mas Cortez "cansa a beleza da gente"; não acerta um cruzamento há anos.

No meio, o único jogador que procura a jogada vertical: Lucas Silva. Ironicamente, um profissional que chegou este ano e não viveu ou não conhece a "filosofia" do futebol recente do Grêmio. Matheus Henrique e Jean Pyerre precisam passar da teoria para prática. Estão muito "comuns".

Na frente, o problema crônico; a ojeriza, a aversão dos atacantes em chutar a gol. Nem se trata de criticar a qualidade dos avantes, até porque Pepê e Isaque são promissores; repito, é a ideia reinante do que é prioridade dentro de campo.

Para complicar: Renato mexeu mal, incluiu Thiago Neves e Thaciano, este último, fora do lugar, o time piorou e o goleiro gremista teve que segurar a onda lá atrás.

Esta dupla (T.Neves e Thaciano) deve ser negociada com urgência. Deve haver clubes interessados neles.

É início de campeonato, mas os problemas gremistas se repetem. 

Opinião

Campeonato à feição

Quinta rodada chegando e à minha frente (sem a sua conclusão) quem está no topo é o Coirmão. São quatro vitórias em cinco possíveis. Mistério? Milagre? Não; apenas interesse e o protagonismo de alguns jogadores. Logo a seguir; Vasco, Atlético Mineiro, Bahia, Santos e Fluminense.

Sei que hoje à noite, as posições estarão modificadas, mas não serão muitas. O campeonato está para quem se interessar  com um mínimo de competência; nem precisa ter um super elenco.

O Grêmio (que é nosso assunto de todo dia) foi o único que deixou ponto contra o Ceará; todos sabemos a causa. Contra o Corinthians, ele perdeu uma penalidade máxima, contra o Flamengo, cansou de perder gols e sofreu o castigo.

Dirão: todos os jogos são assim, é normal, alguém erra e o outro se aproveita; mas aí é que está o segredo; quem tiver um bom elenco, um treinador focado e dentro de campo muita concentração, terá esses fatores benéficos mais vezes. É a tal "sorte" de Tiger Woods.

Flamengo segue favorito, porém, dá sinais de estafa psicológica, cansou de ganhar, o Atlético Mineiro que eu (e muitos consideram favorito) é um amontoado de jogadores "meia-boca" avessos ao protagonismo, apenas com o melhor treinador em solo nacional. Será suficiente?

Palmeiras tem um técnico polêmico que, parece, ficou no tempo. São Paulo é um emaranhado de indefinições, não sabe se mantém a "revolução" de Fernando Diniz. O Corinthians só não é candidato ao rebaixamento, porque tem um pelotão que disputa as quatro vagas: Sport, Fortaleza,Coritiba, Goiás, Ceará, Bragantino e Atlético Goianense.

Vasco, Fluminense, Bahia e Botafogo? Para título nacional? Esqueçam.

Como azarões, eu colocaria o Atlético Paranaense e Santos.

O Inter? Marcelo Feijó de Medeiros poderá repetir o seu tio, Marcelo Feijó que ficou em terceiro no Gauchão de 1979 e ganhou o Brasileirão daquele ano.

O Grêmio? O Tricolor não quer, infelizmente. Já, já, voltará a poupar no Brasileirão.

Uma pena.

Opinião

Cascudos

Recebi uma mensagem do meu amigo Alvirubro, nela estava esta escalação: Vanderlei, Paulo Victor ou Júlio César; Paulo Miranda, Pedro Geromel  e David Braz ou Marcelo Oliveira; Victor Ferraz, Robinho, Maicon, Thiago Neves e Bruno Cortez; Diego Souza e Éverton. Um 3-5-2 onde todos os atletas passaram dos 32 (Trinta e Dois) anos. Com as alternativas, são 14 jogadores.

Lógico, há uma garotada no grupo, mas, eu pergunto: quando o time titular entra em campo com a maioria de guris?

Outra questão: com um calendário mais do que apertado, não seria interessante, melhor avaliar estes itens; idade, histórico de lesões e condição física dos jogadores a serem buscados no mercado?

Opinião

É por Aí!

Acho que é consenso que o setor defensivo gremista é muito confiável, um goleiro e zagueiros de Seleção, bons laterais e reservas  que dão conta do recado.

O meio de campo é o setor, onde a base melhor forma atletas, nem preciso nominá-los, então, a grande dificuldade do Tricolor, fato agravado com a saída de Éverton, é a parte ofensiva.

Renato deu entrevista, vide Atacantes, que precisa de jogadores para o ataque. Não é o risco de lesão grave de Diego Souza (ainda não se sabe a extensão dela) ou a venda de Éverton que determinaram isso; estes movimentos apenas aceleraram a busca pela solução; a convicção já estava formada quando desistiram de André e mais recentemente, de Luciano.

É por aí; não deram certo, que sejam felizes noutra freguesia; é por aí, também, a escolha do perfil das contratações; um velocista e um centro avante "convencional".

Resta saber os nomes, sempre ressalvando: a razão manda primeiro olhar para a base do clube.

Opinião

Grêmio empata a terceira em sequência

Empate no Rio contra o campeão da Libertadores parece um grande resultado. Parece, mas não é.

Não é, porque ele está "grudado" com mais dois em sequência, Ceará e Corinthians; além disso, este Flamengo está num período de turbulência e aí, o momento é de aproveitar. Resumindo: o Tricolor conquistou 50% dos pontos, mas tem contra si, o fato de ganhar uma partida apenas e ter feito míseros três gols, escancarando a carência ofensiva do time.

Especificamente sobre esta noite: Geromel segue sendo um "monstro", não sente o tempo passar, Lucas Silva não pode ser considerado reserva, Alisson está numa média alta nessas primeiras rodadas (para o que pode apresentar), Pepê vai engrenar e será inquestionável em pouco tempo.

A lesão de Diego Souza deve apressar a busca por um novo centro avante. Não dá para esperar ou então, mudar o esquema, pois não será fácil achar um bom nome com as características de Diego. 

Opinião

Os Reforços

O sonho era Diego Rosa e Tetê, 17 e 18 anos à época das negociações, a realidade é Robinho e Éverton, 32 e 31 anos (faz 32 em Dezembro). 

Pode dar certo? Pode, mas pergunto como foi o 2019 para essas novas caras gremistas? Ambos vem de lesões graves e não vinham jogando como titulares.

Enfim, é a matemática dos grandes gestores. 

Opinião

Os Donos da Casamata

Já defendi muito o treinador Renato. Há méritos no trabalho dele, basta apenas olhar para o Grêmio antes de 2016. Depois do vexame sem precedentes, a goleada de 0 a 5 no Maracanã em Outubro, ainda assim, entendi que a troca naquela hora seria ampliar a crise e complicar a luta pela vaga para a LA. Uma vez conquistada, aí era hora de reavaliar o trabalho do treinador e reformar o elenco no final de 2019.

A faxina no grupo foi grande, porém, as indicações de Diego Souza e Thiago Neves demonstraram que o "trabalho de prospecção" deste setor específico do clube, se subordinava aos desejos de Renato. Diego vai indo bem e Thiago Neves segue o caminho trilhado por Carlos Alberto, Maicosuel, Hernani Brocador, Galhardo, Luciano e tantos outros.

Adiciona-se a isso, a vontade irrefreável do comandante da casamata de desprezar o Brasileirão e a indignação de parte da torcida aumenta. A saída dele vira uma solução para ela.

Porém, liberando Renato, logo vem a segunda ação; trazer o seu substituto. Aí, correndo o olho pelo cenário nacional, dá para perceber que treinador de futebol de qualidade é um artigo de luxo, tanto que no ano passado o campeão e vice eram treinados por português e argentino. Foi uma surra ou uma aula de competência dos estrangeiros.

Olhem os clubes paulistas que, em tese, sempre são candidatos ao título, Luxemburgo foi campeão e seu time não está jogando nada, Fernando Diniz no São Paulo balança a cada rodada, Cuca é 8 ou 80 e Tiago Nunes está por um fio no Corinthians.

E Roger Machado? Ele poderia ser alternativa? Bom em seis anos de carreira, possui 3 títulos: campeão mineiro e bi campeão baiano. É relevante para substituir Renato? E Mano Menezes? E Abel Braga? Quem mais?

Sinceramente, se for para trocar, prefiro que a Direção opte por Thiago Gomes ou então, olhar para o mercado exterior. 

Resumindo: Não é de fácil resolução a troca do técnico gremista.

Opinião

Diferença

Peguei dois jogos em que o Imortal resolveu poupar o time no início do Brasileirão (2017); no caso, Sport 4 x 3 no Recife na terceira rodada; observem a escalação: Léo Jardim; Rafael Thyere, Bruno Rodrigo e Bressan; Kaio, Machado, Jailson e Conrado; Fernandinho, Nicolas Careca e Éverton. Até o esquema (3-4-3) era um improviso e Botafogo 2 x 1 Grêmio (2018), terceira rodada: Paulo Victor; Madson, Paulo Miranda, Bressan e Marcelo Oliveira; Michel, Jaílson, Alisson e Luan; André e Maicosuel.

Convenhamos! Não poderia ganhar. Com sorte, arrancaria um empate.

Pois qual foi a diferença para este Ceará 1 x 1 Grêmio? A atuação do goleiro Paulo Victor. Simples. Ele, talvez tenha feito uma das suas três melhores atuações  no Tricolor. Bastava apenas uma bola daquelas ditas "indefensáveis" ter entrado e teríamos uma cópia dos filmes anteriores que cansamos de ver, isto é: mete reservas e perde o jogo. Foi assim quase sempre, independente de chances de gol, posse de bola, controle de jogo, etc...

Cada ano, o Brasileirão fica com menos favoritos reais e mesmo assim, o Grêmio insiste no equívoco de relegar o principal campeonato do Brasil. Interessado, ele virava candidato forte para levantar a taça. Uma pena.

Com ele fora do páreo,  a dupla Flamengo e  Atlético Mineiro aparece bem à frente dos demais. No máximo, um azarão poderá incomodá-la.

Opinião

Empate escancara plano equivocado do Grêmio

É barbada! A justificativa será que o torcedor é passional, que quer que os titulares joguem todas, só que não é isso, todos sabem; imprensa, direção, comissão técnica e torcida: o Grêmio não quer competir o Brasileirão. É um peso para as mentes iluminadas que dirigem o clube.

Romildo é inteligente, se elege para qualquer cargo público, Renato, idem, ganha 1 milhão de reais por mês, então, não é carência de compreensão da realidade. É convicção deles. Por que? Porque está mais do que provada: a utilização integral de reservas numa única partida é altamente deficitária. Bota reservas, não ganha e, repito, eles (Romildo e Renato) são inteligentes, não podem desconhecer esse histórico. Resumindo: Inteligentes não repetem erros com esta frequência. É convicção.

Este empate de hoje está "linkado" com o outro empate, o do Ceará. Quem não sabia que o enfrentamento com o Corinthians seria pedreira depois da derrota dele contra o Galo? Então, a lógica recomendava garantir três pontos no Nordeste para ter "gordura" na terceira rodada. 

O que sobrou? Amanhã, o Tricolor estará na terceira rodada distante 45% do líder ou dos líderes. Mais! Vai encarar o Flamengo no Maracanã.

Sobre esta noite: Vanderlei, um assistente, na defesa, Geromel segue o grande destaque, os demais, Kannemann, um pouco abaixo do capitão, Cortez, o Cortez de sempre o que é pouco e Orijuela, muito mal.

O meio de campo sem inspiração, parece que os integrantes não tem função definida, ninguém se destacou, nem os "selecionáveis" Matheus Henrique e Jean Pyerre, o ataque foi sofrível: Alisson, incrivelmente foi o menos ruim, Diego Souza e Pepê, mal.

E a questão das penalidades? Não dá para acreditar que treinam. Nem tenho a estatística anterior, mas este ano foram 6 e perdidos 4 com jogadores diferentes batendo.

Finalizando: O treinador com suas mexidas, piorou o time. Um fracasso. 

Time está sem rumo; não evolui. Os Grenais não enganam mais.

Opinião

Velho (e ineficiente) Discurso

Segunda rodada do Brasileiro e o Grêmio já poupou os titulares massivamente. Dirão, não é o par de jogos da competição, mas toda a sequência na retomada do futebol; verdade! mas será que sempre o sacrifício recai sobre a competição mais importante do Brasil? Aquela que o Tricolor não ganhou ainda na Era dos pontos corridos? Que faz 24 anos que não conquista?

O que seria mais útil, sensato, mais próximo da vitória, utilizando os titulares; pegar o Ceará sem torcida, provavelmente atingindo seis pontos na tabela, mantendo a possibilidade matemática de chegar a nove contra o Corinthians ou botar em risco os três pontos "palpáveis" no Nordeste, enterrando matematicamente a hipótese de três vitórias consecutivas, sendo dois destes confrontos na Arena?

Até o momento e pelo histórico de decisões anteriores,  a "tradução" de poupar jogadores é "não queremos o Brasileirão". Só isso. 

Não há justificativa para manter esse discurso falso, desonesto com o torcedor.

Opinião

Paulo Victor salva o Grêmio

A impressão pré-jogo que tinha, ficou confirmada; isto é, o Ceará era o adversário para garantir três pontos. O Grêmio entregou dois pontos. A situação não foi pior, porque Paulo Victor fez uma das melhores partidas pelo Tricolor, salvou o time.

Vale lembrar que todos os 38 jogos valem cada um os mesmos três pontos. Se colocasse titulares, o Grêmio quase que com certeza, chegaria a seis pontos e teria a possibilidade de chegar a nove no final de semana. Agora, um fato é inquestionável: não fará os nove. É assim  que se perde um campeonato.

Sobre a partida: além de Paulo Victor, destaco o primeiro tempo de Isaque e o bom movimento de Alisson e Pepê, este último, uma ressalva: jogou longe da área adversária.

Não gostei da defesa, porque oscilou bastante, todo o quarteto. No meio, Darlan esteve rebolativo, Lucas Silva pode ser titular.

Na frente, Renato colocou Isaque e mais à frente, deslocado, Thaciano, que não aproveitou a chance, mesmo que tenha feito o gol salvador do empate, quando recuou para segundo volante, melhorou.

Nota decepcionante: Rodrigues, pior partida que vi dele e Thiago Neves já não chega ser uma decepção, mas uma confirmação; fracasso. A impressão minha, segue a mesma de sua contratação, qual seja, veio para o Grêmio, porque não encontrou espaço no mercado do centro do país.

Opinião

De Novo

Estava pronto para tratar da movimentação no mercado esportivo que envolve o Grêmio até que estourou esta bomba: Vai a baba enfrentar o Ceará. É muita avacalhação.

Fico pensando no tempo e no ânimo em que esses treinadores que utilizam o discurso de poupar o elenco, que é desumano jogar de três em três dias, etc... ficaram durante a permanência de Jorge Jesus no Brasil. Certamente, estavam p#tos da cara com o português que veio encher o saco deles, estava tão boa a vidinha e discurso de problemas com o calendário, etc... Devem ter soltado foguetes pela saída dele.

Saiu Jorge Jesus, mas permanece Jorge Sampaoli, também veio o espanhol Torrent. Olha! a vontade é de largar mesmo o futebol, ainda mais, quando nos acostumamos com a ausência dele por quase meio ano.

Amanhã, mesmo ganhando, o Grêmio passará um recado para os seus torcedores: está se lixando para eles.

É possível ganhar no Nordeste? É; só que isso é um veneno que será tomado em pequenas doses, isto é, vencendo, estimulará a novas preservações e quando perder desta forma, a justificativa estará na ponta da língua: - Hoje perdeu, no entanto, já provou que pode vencer com os reservas como foi o caso da partida contra o Ceará. E tome porrada contra os do meio da tabela e do Z-4. Quantas vezes vimos esse filme?

Paro por aqui, porque aprendi que quando se está "fulo da vida", não é recomendável ficar perto do teclado. E isso não tem nada a ver com álcool ou coisa parecida. Não estou turbinado; é decepção pura.

Opinião

Especulações

A imprensa informa e o Tricolor não nega, que serão três reforços para o ataque gremista, o objetivo da Direção e Comissão Técnica.

Um, os dirigentes confirmam o interesse, porque vazou; trata-se de Everaldo, centro avante formado na base, outro, Robinho, que estava no Cruzeiro e rescindiu hoje o seu vínculo com o clube mineiro.

Gosto de Everaldo; evoluiu muito desde que saiu do Grêmio, há nove meses fiz uma postagem, alertando para o aproveitamento dele (e de Guilherme Guedes) vide Everaldo, Guilherme e Guilherme Guedes; é da aldeia, na Chapecoense demonstrou que conhece os atalhos para o gol, por isso, pode ser ótima alternativa para Renato.

Já Robinho que vi jogando pelo Avaí, trata-se de um jogador inteligente e de muita entrega, dedicação, a minha dúvida é sua atual condição para fazer aquele corredor direito ou uma segunda função de meio, até porque a fábrica gremista está em plena produção; resumindo, não tenho opinião formada sobre a validade de investir nele.

Opinião

Grêmio estreia vencendo

1 a 0 em casa, diante do Fluminense parece  decepcionante, mas eu não entendi assim este resultado, por alguns fatores:

a) O Fluminense viria fechado e veio, por ser mais fraco e pela "filosofia" conhecida de seu treinador

b) O Grêmio teve alteração nos 11, sendo duas que geravam grande expectativas; a saída de Jean Pyerre e como se comportaria com o novo titular da "ponta esquerda", Pepê

c) Estreia no Brasileirão

d) A condição geral do mundo, instabilidade emocional e incertezas de continuidade do certame

Além dos três pontos conquistados, houve a boa performance de Orijuela, novamente, Lucas Silva vem jogando  bem, Geromel, o melhor, juntamente com Diego Souza, outra afirmação e Pepê que não parece se importar com a sombra de Éverton.

Vanderlei garantiu a vitória em duas defesas providenciais, uma no último lance do jogo.

Por fim, o fato mais importante: ouvindo as recentes notícias, suspeita de covid nos clubes alagoanos na Série B, Jean Pyerre com familiar contaminado, Goiás com 10 atletas na mesma situação; pergunto: como terminarão os campeonatos?

Opinião

O Brasileirão

Há pelo menos uns três anos que o Grêmio vem sendo apontado como um dos candidatos ao título do campeonato brasileiro, não será diferente nesta edição; o detalhe** está que ele (e + dois ou três) fica num degrau bem abaixo do franco favorito Flamengo. Pode ser um fator muito importante para quem pensar em "preservar o grupo". O clube carioca não fará isso, não existe mais a "ideia coletiva" da preservação do elenco, algo que se mostrou nocivo aos pretendentes do ponto máximo do certame; então ...

Outro fator diferente, este, particularmente ao Tricolor, é a conclusão que investimentos pesados em "cavalos cansados" com contratos extensos, são coisas do passado.

Para mim, saindo Éverton, a grana que entrar deverá ser investida em duas posições: um meia e um centro avante. O resto se faz em casa, joias da base.
**: Corrigido

Opinião

Um Clássico que o Grêmio tornou fácil

Que surpresa para mim! Homem de pouca fé.

Sabia que o Grêmio seria outro, muito diferente da última partida, porém, me surpreendi com a facilidade com que ganhou o Grenal. Foi sempre superior, sempre.  O Inter deu um chute perigoso que a bola resvalou no peito de Geromel e o arqueiro tricolor defendeu uma daquelas bolas que estávamos acostumados  a ver como "indefensável". E foi só.

Hoje como sempre, Geromel e Kannemann acabaram com o ataque adversário, Orijuela faz um segundo jogo bom, aliás, superior ao mais recente e Cortez voltou naturalmente. Um quarteto defensivo impecável.

No meio, Maicon e Lucas Silva foram muito bem, Matheus Henrique antes da lesão também vinha bem e Alisson completou o setor, fazendo uma partida muito boa.

Diego Souza é o cara terminal, mas nesta noite teve o acréscimo de prender a zaga colorada, mesmo quando saía da área, voltando até a sua intermediária.

O destaque: Éverton. O camisa 11 para resumir numa palavra; letal. Quando não marca, ainda assim, segue protagonista.

Acho que quem ficou devendo foi Jean Pyerre; não foi mal, mas poderia ter mais participação, tanto na frente, quanto na recomposição.

Uma menção para Isaque que entrou e marcou o gol da tranquilidade.

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A Fome

Ao contrário daquele Grenal mais recente que seria/será esquecido brevemente, este de amanhã tem caráter decisivo, isto é, nada de positivo que foi feito até agora sobrará para o time que ficar fora da final contra o Caxias. Confronto com "cara" de prejuízo sério para o derrotado.

Além deste fator, o de ser decisivo, o clássico desta Quarta-feira apresenta um "condimento" adicional que geralmente fica guardado "em economia interna": a manifestação vermelha que a "seca" incomoda. É o treinador, são os jogadores (Galhardo e Marcos Guilherme), muitos tratando do incômodo do longo jejum de vitórias em Grenais. A Fome é imensa.

Fica a curiosidade para a disputa: até onde esse estado anímico exteriorizado terá influência no jogo e seus desdobramentos?

Resumindo: O Inter diz qual é a dele; resta saber como isso chega e repercute no lado adversário.

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Um Post fora de Hora

O normal seria tratar do clássico decisivo de depois de amanhã, mas me vi tentado a dar um pitaco noutro fato desta segunda-feira; o interesse do Cruzeiro por Ferreira; até ofereceria Robinho na troca.

É uma notícia "didática", primeiro, porque o Cruzeiro tenta se livrar dos grandes salários (no atual cenário) ao mesmo tempo em que sinaliza a mudança radical, investindo em jovens (Machado, Jonathan Robert e agora, Ferreira). Jonathan, o Tricolor pediu de volta. A "dor ensina a gemer". Foram-se os dias de delírios do clube mineiro.Vide Cruzeiro quer Ferreira.

É "didática", segundo, porque é este o universo que se abrirá para Ferreira. Talvez, ele e/ou seu empresário tenha(m) sonhado com o mercado ucraniano ou russo, quem sabe o asiático (olha a pandemia aí, gente!). Se tiverem (ambos) um pouco de lucidez, não imaginam Espanha, Portugal, Inglaterra, Itália, Alemanha ou França, pelo menos na primeira divisão de cada país. Ninguém investirá num desconhecido que completará 23 anos em 2020 que não tem dez jogos por um clube nacional de ponta.

Ferreira seria um acréscimo ao elenco gremista, no entanto, parece que sonha ser um novo Tetê, porém,  poderá acordar uma  versão mais recente de Marcelo Hermes.

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À Beira de um Vexame

O que era um rascunho, começa a ser melhor esboçado: a fotografia de um vexame. 

O Grenal da volta tem a justificativa da parada, o que pode ser verdade, porque o rival conseguiu ser pior do que o Tricolor. Depois, o empate no CT Hélio Dourado, aí, a ambiência e a ressaca da vitória foram utilizadas para o 1 a 1. Na terceira rodada, pós- parada, o gramado e os reservas, as desculpas.

Do outro lado, como eterna referência, parâmetro, o trabalho de Coudet vai aparecendo a passos largos; o Inter melhora a cada rodada, mesmo que seja contra oponentes risíveis como o Esportivo.

Hoje, o Grêmio segue repetindo um erro colossal que vai ter um preço muito pesado se se mantiver, qual seja: Maicon no time. Ele é ex-jogador. Ponto Final.

Começar um meio de campo por Maicon, tendo dois jogadores de qualidade, Matheusinho e Jean Pyerre, mas que são cadenciadores, uma hora, a vida vai cobrar com juros e multa a irresponsabilidade do treinador.

Passar pelo Novo Hamburgo que teve que escalar os mesmos atletas da Quarta-feira, enquanto o Tricolor descansava seus titulares, com as calças na mão, é muito preocupante. Renato perdeu a mão do time e Romildo perdeu (há tempos) o comando do futebol gremista. 

O que dá para tratar dessa partida? Vanderlei salvou o time no 3 a  3, mas contribuiu para esse placar esdrúxulo, falhando no gol de falta. Orijuela fez a sua melhor partida, Geromel e Kannemann, ambos sem culpa nos gols sofridos e Guilherme Guedes, muito bem.

Maicon, embora o gol, reafirmo: é ex-atleta, já era lento naturalmente, agora, próximo dos 35 anos (faz em Setembro), compromete desde os primeiros minutos do primeiro tempo. Fará uma ou outra partida de exceção, de vez em quando. É pouco.

Matheus Henrique, péssimo, muito mal e Jean Pyerre vai se revelando um craque preguiçoso, indolente. Alisson, eu sempre disse que é um reserva de luxo, no máximo. É coadjuvante, nasceu para isso.

Éverton está perturbado. É difícil se manter equilibrado, sem ansiedade, quando toda hora é anunciada a sua possível venda; ainda assim, contribuiu com passes decisivos.

Resta Diego Souza, que vai quebrando o galho direitinho na área; fez três para valer dois; aliás, mais uma prova da imaturidade de certos dirigentes que diante da reclamação colorada na indicação de Daniel Bins no Grenal, elogiaram o árbitro; resultado: Bins vem ferrando o clube. Não expulsou Musto no clássico e nesta tarde/noite, anulou um gol legal do centro avante gremista o que poderia evitar o Deus nos acuda de final de jogo.

É isso! Se com Lucas Silva, mais jovem, mais combativo, a parada vai ser torta no meio de semana, o que se pode esperar, se Maicon sair jogando? 

Renato está atrasando o Grêmio. Para o próximo Grenal escolham o filme; À Espera de um Milagre ou Pânico!

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (238) - Ano - 1971

Um Grêmio versus NH para lembrar de Bebeto

Há quase meio século, o Tricolor encarou o Novo Hamburgo no antigo estádio Santa Rosa, período em que o clube anilado possuía um grande time, um dos melhores do interior naquele 1971. Prenunciava-se um confronto muito complicado para o Grêmio, ambos estavam nas primeiras colocações, o clube da capital invicto há 22 partidas.

Oto Glória resolveu escalar dois centro avantes, duas máquinas de fazer gols, Alcindo (dispensa comentários) e Bebeto, simplesmente o maior artilheiro da história dos Gauchões até hoje.

O interessante na biografia deste goleador nato, dono de um chute mortal é que não conseguiu se firmar em clube grande: Internacional, Corinthians, América do Rio (quando era forte), Bahia e Grêmio. Um mistério, realmente, porque suas qualidades eram muitas; não era um trombador sem afinidade com a bola. Era inteligente, habilidoso, ambidestro, cobrava faltas, bom cabeceador, portador de um canhão nas pernas: o Canhão da Serra.

No dia 11 de Abril, Oto Glória lançou mão de: Jair, Ivo Wortman, Di, Beto Bacamarte e Everaldo; Jadir e Gaspar; Flecha, Bebeto, Alcindo e Loivo. Na etapa final, Oto colocou Bira Lopes e Caio nos lugares  de Alcindo e Loivo, com isso, Bebeto foi para a ponta esquerda.

O Nóia de Beno Becker utilizou: Ronaldo; Di, Bernardino, Décio e Jorge Tabajara; Bira e Xameguinha; Dirceu, Helenílton, Nilo (Edson) e Jaime.

O primeiro tempo mostrou-se equilibrado com poucas chances, os goleiros contendo os arremates até que aos 43 minutos, Bebeto recebeu passe do lateral improvisado Ivo, avançou e bateu forte, vencendo o arqueiro Ronaldo. 1 a 0.

Na etapa final, a batida foi a mesma, apenas com o time locatário pressionando mais, o goleiro Jair passou a ser a principal figura no gramado e o travessão evitou o empate num chutaço de Dirceu.

Aos 39 minutos, quando o Tricolor conseguiu equilibrar as ações, o ponteiro Flecha fez grande jogada pela direita, centrou, Bebeto fechou para o meio, dividiu com Décio; ficou com o rebote e venceu o goleiro anilado. 2 a 0, resultado final.

Agomar Martins foi o árbitro nesta partida, cujo grande nome foi o inesquecível centro avante, ídolo de muitas torcidas do interior, Alberto Vilasboas dos Reis, Bebeto.

Fonte: Correio do Povo

            Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

Foto:   Correio do Povo