Refletir é preciso
É evidente que construir sobre uma base bem montada sempre será melhor do que partir do zero, de uma terra arrasada, afinal, o Grêmio é tri campeão gaúcho, depois de mais de três décadas. Tem um "assoalho" firme.
Então, me arrisco a alguns pitacos, depois do que li e ouvi no "dia seguinte":
- Discordo de vozes importantes que dizem que Maicon fez muita falta. Com todo o respeito, não este Maicon próximo dos 35 anos, que não aguenta 90 minutos em campo. Explico; o seu jogo plástico, vistoso, lindo de se ver, arrisco dizer que é improdutivo, quantos lances perigosos surgem de suas "incursões" na área, de seus passes longos e precisos? poucos muito poucos. Querem ver o que é produtividade? os gols e o moderno conceito de "assistências" dos movimentos de Éverton, o avante recém saído do Imortal. Desconfio que Alisson tem mais "pifadas" do que o ex-capitão; para completar, quando o seu passe sai mal feito, o contra ataque é quase perigo de gol e o seu trote, constrangedor
- Coudet, esquecendo das dificuldades dos confrontos com o Grêmio, mostra qualidades exemplares; perdeu o seu principal atleta (Guerrero), sem ter um reserva minimamente confiável, reinventou o seu time e, bingo!! começou a fazer mais gols e parou de sofrer; então, porque o Tricolor não pode prescindir de seu homem de área em determinadas situações? Imaginem um ataque com Luis Fernando, Ferreira (Elias) e Pepê, ele poderá ser mortal se houver uma movimentação articulada, criativa, movediça
- Gastar "pólvora em chimango" é uma grande bobagem, ou seja, já que tem Guilherme Guedes, não há necessidade de buscar um lateral esquerdo
- Com um trio final com Vanderlei, Geromel e Kannemann, dois laterais seguros, os ajustes ficam por conta da movimentação mais coesa, interessada e harmônica de Lucas Silva, Matheusinho e Jean Pyerre e a definição dos atacantes
- O Grêmio conseguiu uma façanha ao chegar à decisão da Copa São Paulo, não ganhou por um gesto imaturo de seu zagueiro que foi expulso no gol da vantagem gremista, mas o que realmente importa é a "fábrica", a formação de craques ou bons jogadores. Eu vi um bom goleiro (Adriel), um lateral direito que evoluiu durante a competição (Vanderson), outro, Matheus Nunes, seguro atrás. Sem ser uma brastemp, pode evoluir, Diego Rosa era o cara. Era. Gazão é da turma do Yúra, guerreiro dos anos 70, um tipo de jogador que corre por dois, tem Léo Chu, Elias, Rildo, tem outro que falam pouco, mas eu gostei, chama-se Gonçalves, por fim, o camisa 10 Pedro Lucas. Por que não aproveitá-lo?
- Encerrando: Rever a questão de Thiago Neves. Não dá mais
Finalizando: Jeito tem. É só querer.