Empate e Atitude escancaram qual é a do Grêmio
A maioria da torcida já havia se tocado que Brasileirão e Grêmio não dá namoro, nem casamento.
O clube sempre aproveita as chances de "esclarecer" para a massa torcedora, que sonhar com o título é permitido, mas que isso não "pertence" aos mandatários da instituição.
Não querem ganhar e ponto final. O resto é firula, é conversa fiada. Por que essa certeza? Porque no primeiro turno, a segunda rodada contemplou uma partida no Nordeste contra o Ceará. Viagem longa, um incômodo; então, inexplicavelmente, o Tricolor vai com os reservas. Os "parças" foram poupados, pois havia um confronto contra o Corinthians na Arena. Resultado: dos seis pontos, ganhou dois. Deveria ter aprendido que os três pontos disputados fora, eram os mesmos diante do Coringão.
Hoje, viagem longa, cenário idêntico, apenas mudam os adversários (Fortaleza e Palmeiras), os mesmos três pontos disputados em cada um destes confrontos. Lição aprendida? Negativo. Apenas o planejado cumprido à risca. Folga com novo nome: preservação.
Ainda assim, dava para ganhar. O Fortaleza chora de ruim. Uma baba. Candidatíssimo ao rebaixamento. Verdade que o juiz ajudou, anulando um gol legítimo de Pepê em passe maravilhoso de Churín (fora isso, muito mal).
Às vezes, eu penso que a arbitragem quer boicotar o Var, porque anulam o gol e comprovam com imagens e linhas imaginárias que ele era legal. Ocorreu o mesmo hoje no Recife, mostram a penalidade no toque de mão de Roni, o juiz de campo marca e depois de comprovada a penalidade máxima, volta-se atrás.
O Grêmio ao focar apenas na decisão da Copa do Brasil, pode repetir o processo do Inter em 2010, quando o time abandonou o Brasileiro para se poupar para o Mundial. Esqueceram de avisar o Mazembe.
Sobre a partida: Paulo Victor segue com boas atuações; do quarteto defensivo gostei de Bruno Cortez no aspecto defensivo. O meio de campo foi sofrível. Lucas Silva nada tem de especial para a fama que carrega. É um bom volante, mas é menos do que o Michel dos bons tempos. Matheus Henrique; interessante! a torcida do Grêmio, de vez em quando, elege uns queridinhos; aí, toda a falha é relevada, sempre há um olhar mais benevolente. Acho que isto está ocorrendo com o nosso novo camisa 7. Não está jogando nada.
Alisson é jogador do técnico. Essa é uma frase terrível para qualquer torcida. Pelé não era jogador do técnico, nem Messi, Falcão nunca foi de nenhum treinador. Quando o jogador "cumpre importante função tática", preparem-se.
Sobrou Pinares com alguns bons lampejos, porém, Thaciano em menor tempo, mesmo que em posição diferente, seu jogo teve mais consequência.
Churín até o momento é uma decepção. Eu esperava bem mais. Tem muito centro avante brasileiro mais barato que poderia dar maior contribuição. Talvez seja cedo, mas ...
Sobra quem? Sobram Pepê e Ferreira. O primeiro meteu o gol decisivo que a arbitragem sonegou, o segundo, transformou o ataque do Grêmio. Não pode ser reserva, pior quando é reserva de time misto. Uma sacanagem com ele, com o time, com a torcida, com a instituição Grêmio.
Num campeonato completamente indefinido, o Grêmio escancara que Brasileirão "não é a sua praia".