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segunda-feira, 31 de maio de 2021

Opinião

 



Crise de Identidade e mais dois assuntos

 

Quase todos os gremistas estão criticando o desempenho de Lucas Silva. Estou entre eles.

Escrevi que o Grêmio deveria repassá-lo, acho que seria bom para todo mundo, neste momento.

Se estou com a maioria nessa onda de críticas; noutro ponto, desconfio que esteja com a parcela menor, que entende que Lucas não é segundo, nem terceiro do meio de campo.

Ele é primeiro volante. Um primeiro volante insatisfatório, daí decorre a conclusão que é de outra posição do setor.

Na verdade, Lucas Silva me parece padecer do mal que afeta muitos atletas, a chamada “crise de identidade”, algo que percorreu a carreira toda de Marcus Vinícius, o camisa 9 que anotou o gol gremista no famigerado Grenal do Século, Beira-Rio, 1988 ou 1989, semifinais do Brasileirão.

Nunca se soube a verdadeira posição dele, se 8 (ponta-de-lança), se 9 (Centro avante). E nessa discussão e alternadas de lugar nos seus clubes, ele deixou de ser o grande jogador que representava ser.

Lucas Silva está nessa. E aí, afunda mesmo. Seus desempenhos ruins tem um pouco dessa indecisão. Além disso, o setor com essa formação Bíblica ***(Thiago, Matheus e Lucas) é um pecado para o time. Não lhe ajuda. 

Outro assunto: amanhã, com um pouco de sorte, o Tricolor poderá pegar um adversário meia-boca no início dos mata-matas da Sul americana. Vamos torcer, porque, além das dificuldades dentro do gramado, a realidade mundial impõem obstáculos, às vezes, intransponíveis como um surto de Covid 19 no elenco ou viagens longas e indesejadas.

 Terceiro e último ponto: confirmar a realização da Copa América para esse ano só não é a maior insensatez vista, porque alguns políticos, o prefeito de Porto Alegre, por exemplo, querem “abraçar a causa” e até oferecem a capital como uma das postulantes a ser uma das sedes deste certame. Mais irresponsável e bizarro não pode ser.

É, além de alienação, uma crueldade com a população e os profissionais de saúde.

PS: ¨***Entendo pouco de Bíblia

 

domingo, 30 de maio de 2021

Opinião




Derrota com uma verdade irrefutável 

Poderia ser creditada a derrota ao impacto que a Covid 19 provocou no elenco gremista, onde até esse momento que escrevo, apresenta o número de 8 profissionais (os 5 antes da viagem + Pedro Lucas, Rodrigues e o treinador Tiago Nunes), mas seria simplificar ou mascarar o que se viu em campo.

O Grêmio entrou mal escalado; incrivelmente com três volantes, um mais outros menos, mas no fundo, volantes, isto é, a primeira vocação deles é desarmar, defender. Isso, na prática, nada significou defensivamente e inviabilizou o poder ofensivo que não ameaçou o Ceará, salvo a jogada estupenda de Vanderson, sua tabela com Matheusinho e a bela conclusão. Final de primeira etapa: 2 a 1 para os donos da casa com Brenno fazendo duas defesas providenciais, evitando o vexame.

Um detalhe: o Ceará poupou os titulares. Repito: o Ceará poupou os titulares. Tem clássico no meio da semana e priorizou a Copa do Brasil, no momento.

O primeiro tempo, apenas Brenno, Vanderson e Geromel se salvaram do fiasco. Ruan atrapalhado, Diogo Barbosa, nefasto, por sorte, ele saiu  e foi bem substituído por Cortez que para minha surpresa, esteve bem ofensivamente.

O meio de campo: Thiago Santos, sofrível, foi uma porteira aberta e zero de contribuição ofensiva que "não é a sua". Lucas Silva, muito esforçado, mas o melhor que o Grêmio pode fazer por ele, é repassá-lo. Matheus Henrique, o menos ruim.

Léo Pereira conseguiu ser mais ineficiente do que fora Guilherme Azevedo contra o La Equidad. Ricardinho é aquela história: se a bola chegar nele, pode ser, pode ser... Léo Chú vale pelo segundo tempo.

Aliás, o técnico interino, por competência ou sorte, acertou o time com os ingressos de Cortez, Jean Pyerre e até com Jonathan Robert, embora este tenha mostrado limitações também.

Era jogo para vencer. A defesa falhou muito, mesmo tendo nela 3 dos 4 atletas que se salvaram (Brenno, Vanderson, Geromel e Jean Pyerre).

Por fim, deixo algumas informações que dão base para o título da postagem: Thiago Santos atuou pelo Grêmio 11 partidas, das últimas 14 desde a sua estreia. Ficou de fora do primeiro Grenal decisivo, jogado no Beira-Rio e de duas que o time entrou com reservas (Aragua e La Equidad). Sabem quantos gols o Tricolor sofreu nas 11 em que ele atuou? 11 (Onze).

É um conclusão super fácil de se chegar, qual seja: Com o "cão de guarda" no time, o Grêmio para vencer precisa fazer dois gols.

Fica uma certeza para mim, mas provável hipótese para a mídia: Será que se o Grêmio estivesse jogando sem o tal cão de guarda, esta realidade de 11 gols em 11 partidas, não serviria de argumento para reclamar para o time, a presença de um volantão, um cão de guarda? Pois é!

No futebol moderno, prescindir de um jogador técnico, moderno, que faça a primeira função do meio com qualidade e consequência é um pecado mortal que cedo ou tarde vai cobrar um preço caro. 

O Grêmio, às vezes, parece viver no Século passado. 

PS: Com Thiago Santos em campo, o Grêmio só não sofreu gols contra o Caxias, duas vezes e contra o poderoso Aragua na Arena.

sábado, 29 de maio de 2021

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (252) - Ano - 1972


 Jornada Sentimental

Fonte: do Autor

Já escrevi sobre os meus times de botão, os comprados com a fotinho dos jogadores e os puxadores, aqueles que geralmente eram feitos de duas camadas de cores diferentes. Os primeiros, os da minha infância, os outros, do início da minha adolescência.

O combinado na turma era não ter Grêmio ou Inter, então, havia Flamengo (João Henrique), Botafogo (Marcelo), Ponte Preta (Kydo), Coritiba/Peñarol (Marcos Rolim) e eu, América RJ/Ceará. O América, opção por haver muitos gaúchos nele, mas principalmente, pela minha admiração por Tadeu, que depois veio comandar dentro do campo, o título de 77 do Grêmio de Telê Santana (virou Tadeu Ricci)  e o Ceará, que após muito tempo, eu esqueci o porquê da escolha.

Há alguns anos, revirando guardados, encontrei um caderno fininho com a capa amarela (sua cor original, nada a ver com a ação do tempo) contendo dados dos meus times e na parte interna da própria capa, duas datas: América - 28/08/72; Ceará - 23/09/72. Era a chave do mistério de minha escolha pelo "Vozão" como é carinhosamente chamado o clube cearense.

Explico: Talvez influenciado pela Mini Copa do Mundo realizada no Brasil para festejar os 150 anos da Independência, a nossa turma dos jogos de botão (e de tudo mais) conseguiu permissão do Colégio para fazer um campeonato Sábado à tarde, naquele 23 de Setembro numa das salas de aula.

Foram 4 "sedes" com 4 participantes em cada uma, os estádios eram de madeira (compensado), bem acabados, bonitos, também um de fábrica industrial (o Estrelão), o que resultava em certas características como: a definição da bola, chata ou redonda (de feltro), campo com dimensões diferentes, encerado ou "natural", outro, o da Estrela, que era pintado, isso, na imaginação da gente, implicava dúvidas nas escolhas de escalação dos atletas, na variação dos esquemas e até, na troca dos goleiros, se a partida se encaminhasse para a decisão por penalidades, sem falar na eleição da Bola de Prata no final do torneio, posição por posição.

Pois, eu tive a sorte de conquistar o primeiro lugar e o prêmio maior, logicamente. Foram 10 botões puxadores grandes.

Muitos anos passados, pesquisando, descobri (o que esquecera), que naquele mesmo final de semana (Domingo)  do nosso torneio, o Grêmio foi ao Nordeste, enfrentar o Ceará e ficou no 0 a 0. 

Olhando a escalação que o técnico Ivonísio Mosca mandou a campo: Hélio; Arthur, Mauro Calixto, Nagel e Paulo Tavares; Joãozinho e Edmar; Jorge Costa, Erandir, Samuel e Da Costa; vi que ela batia com a nominata dos botões do meu time. Apenas não havia Hélcio e Belo, os reservas que entraram durante a partida.

O Grêmio de Daltro Menezes utilizou: Jair; Espinosa, Ancheta, Beto Bacamarte e Everaldo; Jadir e Negreiros; Carlinhos, Oberti (Mazinho), Lairton (Paulo Sérgio) e Loivo.

Mesmo com o placar fechado, os jornais falaram em grande espetáculo, que foi acompanhado por quase 20 mil pessoas no acanhado estádio Presidente Vargas.

Desse jeito, o Ceará pela coincidência de eventos daquele final de semana, entrou na minha rotina dos jogos de botão, lá atrás, há quase meio século (o que assusta!!!).

Quero dedicar esta postagem ao amigo João Henrique, que além de fazer aniversário neste Domingo (30 de Maio), naquele distante Sábado, 23 de Setembro de 1972, com o seu pai ao volante, me deu carona para levar um dos "estádios" do torneio até o Colégio. Levou e trouxe de volta. Feliz Aniversário.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

* Título do post foi inspirado no primeiro álbum solo de Ringo Starr, Sentimental Journey







sexta-feira, 28 de maio de 2021

Opinião



Mais um Adversário 

De repente e, não tão de repente assim, os clubes conhecem ou se reencontram com um novo adversário; a Covid 19.

O River Plate escapou por um golzinho de ficar em terceiro e se "habilitar" para a disputa da Sul Americana; tudo, obra da pandemia. Nem goleiro de ofício, ele tinha disponível.

Agora, nem iniciou o Brasileiro e o Tricolor já vê cinco integrantes (preparador de goleiros + 4 atletas) infectados e consequentemente, fora dos próximos compromissos. Vide Covid 19.

No caso, são 3 titulares, Rafinha, Diego Souza e Ferreira. Se considerarmos os compromissos seguintes, Brenno e Matheus Henrique mais Pinares estarão fora, também.

Como não acredito em alívio por parte da Pandemia no prazo de 6 meses, é provável que algum estrago a Covid 19 fará nos diversos objetivos dos clubes em suas competições.

Imaginem uma luta acirrada nas rodadas finais para a fuga do rebaixamento e um dos desesperados ser premiado com um surto. Desesperador.

 Não está fora de cogitação. Melhor mesmo é redobrar os cuidados.

Encerrando: Desconfio que irão para o jogo de Domingo: Vanderson, Diego Churín e Léo Chu no lugar dos titulares.

Opinião




Empate num Jogo Ruim

Recém finalizado, La Equidad e Grêmio realizaram uma partida muito pobre, que somente os torcedores destes times (imagino) se "dignaram" a ver.

Pelo lado do Tricolor, há várias razões para a má apresentação, o desentrosamento, a ansiedade de alguns meninos, as improvisações, a altitude e o péssimo gramado. Do lado colombiano, a ruindade do La Equidad que só soube bater o tempo inteiro.

A ausência de Pedro Lucas se tornou um grande desfalque, porque faltou a armação qualificada no meio, a lesão cedo de Elias, igualmente foi um obstáculo que o time enfrentou, mesmo assim, quase venceu.

Individualmente, Gabriel Chapecó foi bem, os laterais improvisados tiveram um pouco de dificuldade (natural), em especial, o lado esquerdo que pegou um ponteiro arisco, Zapata.

Os defensores centrais (Heitor e Emanuel) cumpriram o primeiro mandamento de um zagueiro, evitar o arremate, mesmo que a exigência fosse o chutão. Emanuel me pareceu mais técnico.

No meio, se houve destaques na partida, eles estiveram ali, Fernando Henrique, um bom primeiro tempo, caiu na etapa final (pode ser os efeitos do ar rarefeito), Bobsin, o melhor, comandou com a braçadeira de capitão, o centro do gramado. Bitelo, "invisível".

Na frente, Vini Paulista que começou aceso, foi perdendo força, Elias, cedo se machucou. Rildo teve o mérito de sofrer a penalidade e, mesmo improvisado, atrapalhou a defensiva colombiana.

Thaylon, me chamou mais a atenção pela pequena estatura, ainda assim, deu um arremate.

Deixo para o final, a análise de Guilherme Azevedo, atleta que eu tinha grandes esperanças, mas, à medida que a gente vai vendo, me parece que está com os dias contados no Tricolor. Ele "assimilou" o pior de Alisson e William Potker, ou seja, do primeiro: recebe a bola, olha, busca sempre a zona congestionada; quando tenta a jogada de fundo, sempre escolhe o lado errado; do segundo: baixa a cabeça e parece usar viseiras equinas. Não sei se conseguirá se livrar destas características.

Por fim: fiz uma postagem de como bater um pênalti indefensável: batida forte, "seca", no alto, na "bochecha" da rede. Exemplificando: como Edenílson cobra.  Para azar de Gui Azevedo (e do Grêmio), ele não é nosso leitor. Penalidade horrível, a que ele bateu.

Como consolo, a primeira colocação entre todos que disputam a Sul Americana.

quarta-feira, 26 de maio de 2021



A Grande Várzea

O Grêmio vai com 15 atletas na delegação para enfrentar o El Equidad, clube da Colômbia, mas no Equador. Nem levará treinador principal.

Há cerca de 10 anos, eu falei que essa Sul americana era uma segunda divisão do continente, meus amigos colorados diziam que eu estava desdenhando do título deles. Bom, passada uma década, a minha impressão segue intacta. Sorte que há argumentos sólidos para não ter torcida, porque sem a pandemia, o estádio igualmente, estaria às moscas.

É um castigo merecido para o Tricolor, porque desprezou, relevou o Brasileirão e foi incapaz de se classificar entre os 4 primeiros lugares. Até o quinto (me parece) levava a vaga direta.

Domingo, a versão 2021 começa, espero que desta vez, haja bom senso e o pensamento da Direção venha ao encontro do que pensa a massa torcedora gremista.





terça-feira, 25 de maio de 2021

Opinião




Quatro Tópicos

Dividirei a postagem em quatro partes:

a) Receei pela confirmação de meu anúncio da formação do time de Tiago Nunes, aquela que quase se confirmou no clássico à exceção de Kannemann e Alisson, lesionados. Com a contratação de Douglas Costa, à princípio, ele toma conta do lado direito do ataque

b) Se a vinda de Douglas Costa implode com a minha preocupação de manutenção de alguns remanescentes da Era Renato (letra a), a fala do presidente, que diz ser necessário trazer um goleiro mais experiente para suprir a ausência de Brenno (convocações), me acende uma luz de alerta, porque não é crível, depois do sucesso do jovem goleiro gremista mais as performances de Léo Jardim (Europa) e Phellipe Megiolaro (EUA), ainda haver receio de lançar os meninos Chapecó e Adriel. Seria um retrocesso

c) Se Tiago Nunes escalou mal o time no último Grenal, ele mostrou que enxerga o jogo que rola, pois na expulsão de Rafinha, não hesitou e sacou Maicon, que além de participação discreta no clássico, levara cartão amarelo e era substituição certa na etapa final. Maicon é um espectro do comandante do meio de alguns anos passados

d) Hoje, o que mais preocupa no time é a lateral esquerda. Se o Tricolor não encontra na base a solução, deve ir imediatamente ao mercado. Alisson, Paulo Victor e Diogo Barbosa são "moedas de troca" valiosas


segunda-feira, 24 de maio de 2021

Opinião

 



De Difícil Entendimento

 

Estou curioso para ver a eleição dos melhores do Gauchão nos diversos órgãos da Imprensa. Quase sempre cometem equívocos ou surpresas pela ótica dos leitores/ouvintes.

Um exemplo é a eleição antecipada do jornal Zero Hora (20/05), que assinamos (eu e a esposa) aqui em casa e é o único veículo integrante do grupo RBS que acompanho diariamente. Vejam os eleitos e notem o meu grifo na escolha do treinador do campeonato.

Seleção GZH do Gauchão 2021:

Goleiro: Brenno (Grêmio)
Lateral-direito: Rodinei (Inter)
Zagueiro: Víctor Cuesta (Inter)
Zagueiro: Ruan (Grêmio)
Lateral-esquerdo: Zé Mário (Ypiranga)
Volante: Edenilson (Inter)
Volante: Matheus Henrique (Grêmio)
Extrema direita: Capixaba (Juventude)
Meia: Guilherme Castilho (Juventude)
Extrema esquerda: Ferreira (Grêmio)
Centroavante: Diego Souza (Grêmio)

Técnico: Miguel Ángel Ramírez (Inter)
Árbitro: Anderson Daronco
Revelação: Brenno (Grêmio)
Craque: Ferreira (Grêmio)

Por mais esforço que fiz, não consegui encontrar elementos para tal escolha. O Grêmio teve o seu primeiro jogo adiado (Caxias) da primeira rodada, o que permitiu a liderança do Coirmão, porém, por aproveitamento, o Tricolor sempre esteve à frente de todos os disputantes.

Além disso, o Grêmio foi o time que perdeu menos (1 partida), teve a maior pontuação, saiu invicto de 3 clássicos e o mais importante: conquistou o título.

Procuro argumentos pela escolha de Ramírez e não os encontro; talvez sejam as mudanças no comando técnico do principal oponente (Renato, Thiago Gomes e Tiago Nunes), quem sabe a justificativa seja a pequena amostra de cada um deles;  mas, qual a amostragem de Capixaba,  Guilherme Castilho ou Zé Mário, meias e lateral esquerdo eleitos; seria por exclusão (dos ocupantes destas posições na Dupla)? 

Se for este o critério utilizado, quantas vezes viram Gustavo Xuxa, Leandro Leite, Juba ou qualquer outro atleta de Aymoré, São Luiz, São José, Novo Hamburgo, Pelotas, etc…para uma correta avaliação? 

Será que Cortez, Moisés ou Diogo Barbosa jogando num time do interior, "não teriam chamado a atenção" da mídia da capital e talvez figurassem na lateral?

Como eleger um treinador contestado pela própria torcida, que concorre por um clube que, juntamente  com o Grêmio, onde ambos  “disputam” solitários este páreo de dois favoritos?

 Pegando os últimos 70 anos de competição, não deu a dupla Grenal em apenas 4 oportunidades. 

Que em 9 pontos disputados contra o único real concorrente, Ramírez ganhou apenas 1? Está invicto “ao contrário”.

Basta olhar a chuva de críticas que vem recebendo nesta Segunda-feira, entre as mais amenas, o fato de ter "destruído" o time de Abel para justificar a minha derradeira linha nesta postagem:

Não entendi a escolha. Alguém entendeu?

 

 

 

 

domingo, 23 de maio de 2021

Opinião




Grêmio confirma vantagem e vira Tetra 

Esta postagem será dividida em duas partes:

a) Fui um crítico à contratação de Tiago Nunes, muito baseada na experiência sua no Corinthians e tudo que li sobre a sua passagem. As conquistas no Athlético Paranaense, embora os seus méritos, foram recheadas de detalhes que lhe beneficiaram na Copa do Brasil, mas, afinal, ele não pediu e não teve interferência e a Sul americana, bem essa, nós estamos vendo o que é.

Deixo aqui, o meu reconhecimento ao belo início de trabalho, superando as expectativas da maioria dos torcedores.

b) O título gremista foi mais do que merecido, porém, sob a batuta de Tiago Nunes, este jogo foi o pior, talvez pela tensão da decisão, talvez pelas más escolhas (Maicon e Léo Pereira) e muito principalmente, por um respeito exagerado ao adversário.

No primeiro tempo, os grandes destaques foram Geromel e Thiago Santos, ambos, detentores do espírito competitivo que uma decisão exige. Foram absolutos, sempre. Ferreira decidiu, mas o ataque foi pouco efetivo. Diego Souza jogou distante da área e se não fosse a sua grande capacidade técnica e inteligência (vide o gol gremista), pouco apareceu.

Léo Pereira, por enquanto, apenas muita velocidade e disposição. Precisa evoluir muito para pensar em ser integrante de clube de ponta. Não pode ser a primeira alternativa para a posição. 

Rafinha procura compensar a queda (natural) de seu futebol pela passagem dos anos, com experiência e uma pseudo malandragem. Saiu sem apresentar nada de positivo no clássico. A aposentadoria está próxima.

Ruan, eficiente e Diogo Barbosa, suas deficiências não foram exploradas suficientemente pelo adversário. O gol de Dourado é idêntico ao de Abel Hernandez, alguns Grenais atrás. Nos dois, os goleiros não tinham o que fazer. Cabeçada em diagonal, de cima para baixo. Faltou a cobertura defensiva.

Tiago notou e sacou o lateral.

O meio de campo gremista não existiu. Uma única exceção, Thiago Santos, jogou por ele e pelos demais, pena que só sabe defender.

Os que entraram: Vanderson substituiu com vantagem o titular; Lucas Silva, perdido, Ricardinho fez o impossível na frente do gol escancarado (seria o gramado irregular?) Pepê, um leve acréscimo, que ia se materializar no tento da vitória (a chance de Ricardinho), por fim, Cortez, tentou fechar a avenida da lateral esquerda gremista. É mais confiável que o atual ocupante da lateral esquerda.

O Grêmio é campeão com muitos méritos, porém, eles não foram vistos nesta tarde. Sorte que o Inter passa por um período delicado, dentro e fora dos gramados.

Encerrando: Há dias, eu alinhei uma escalação que provavelmente Tiago não se afastaria dela; confirmou com duas ausências por lesão: Kannemann e Alisson. Foi muito arriscado entrar com um meio que tem um volantão, um ex-jogador e um jovem que oscila muito + Diogo Barbosa.

O Grêmio de Tiago Nunes está bem superior ao dos últimos meses de Renato. Falta ao jovem treinador, um pouco mais de arrojo para as devidas modificações no time. As exigências de clube grande estão se aproximando. Pode ser que isso esteja dentro do planejamento, onde ganhar o Gauchão era obrigação e sinalização para trocar as peças que não funcionam mais ou outras que nunca funcionaram.

Por enquanto, hora da torcida comemorar.


 



Pequenas Histórias

 Pequenas Histórias (251) - Ano - 1931


Grenal Iluminado

Fonte:https://www.gremiopedia.com

Há quase 90 anos, mais exatamente, 28 de Julho de 1931, o Grêmio realizou o sonho de colocar iluminação no estádio da Baixada, Bairro Moinho de Ventos.

Seu maior incentivador e idealizador, o ex-presidente tricolor Álvaro Antunes, não viveu para ver a sua concretização.  A menina Ruth Antunes, sua filha, foi quem acionou a chave que iluminou o palco para o clássico Grenal, já que o Inter fora o convidado para tal evento histórico.

Nesta partida, várias lendas gremistas e coloradas estiveram em campo, começando pelo ex-jogador, atual técnico e futuro presidente, Telêmaco Frazão de Lima, que escalou o Imortal com: Lara; Dario e Sardinha; Mabília, Poroto e Russinho; Lacy, Artigas, Luiz Carvalho, Foguinho e Nenê.

O Inter de Carlos Lorenzi (ancestral do técnico Lisca) utilizou: Penha; Miro e Risada; Ribeiro, Magno e Alfredo; Javel, Miléo, Marroni, Honório e Rothfuchs. Jogou desfalcado de Nenê e Moreno.

O juiz foi Heitor Déste, atleta do Americano. O público de 5 mil pessoas, superlotou a Baixada, naquela noite gélida em Porto Alegre. 1 minuto de silêncio, antes da bolar rolar, marcou a homenagem a Álvaro Antunes.

O primeiro tempo ocorreu equilibrado, uma leve vantagem para os visitantes, mas ficou no 0 a 0.

Na etapa final brilharam as estrelas de dois ícones gremistas: Luiz Carvalho, o centro avante, marcou o primeiro e Foguinho, o segundo (na foto, terceiro e quarto, em pé). O jornal A Federação aponta o último tento para Nenê (o segundo, em pé).

A exemplo do centro do país, São Paulo e Rio de Janeiro, pela iniciativa de alguns gremistas abnegados, o Sul passou a ter partidas noturnas, tendo o maior clássico brasileiro como ator  desse novo momento do futebol.

Fontes: Correio do Povo
              A Federação
              Arquivo pessoal do amigo Alvirubro


   



sexta-feira, 21 de maio de 2021

Opinião




O Dia é de Douglas Costa, mas... 

O Tricolor repatriou Douglas Costa, um menino de 19, 20 anos, quando saiu e agora volta com 30 para 31 anos. Em tese, ainda tem muita lenha para queimar. 

É a notícia do dia no Brasil e até no exterior. Um lance arrojado desta Direção. No papel, o Grêmio fica com um ataque de excelência.

Mas a Comissão Técnica precisa ficar blindada nestes poucos dias que faltam para encerrar o Gauchão, pois tem duas posições delicadas no time que precisam de muita atenção, quais sejam: o companheiro de Thiago Santos e Matheus Henrique no meio e o atacante (ou quem sabe, o quarto do meio de campo) pela direita.

Eu, sem ter as variáveis que balizam as escolhas do treinador, arrisco: Darlan e Pepê, mesmo este segundo estar sem ritmo de jogo e acostumado ao lado esquerdo.

Há um terceiro lugar no time passível de uma surpresa, a lateral esquerda. Tiago Nunes pode optar pela boa presença defensiva de Bruno Cortez, já que possui a vantagem do empate no clássico.

Como é de se esperar, a definição do time será no momento limite para a publicidade dele, minutos antes do time entrar em campo.

Opinião




Um Passeio na Venezuela 

A gurizada se deu bem em Caracas; uma partida muito fácil, que não exigiu muito esforço, ainda assim, um placar elástico, que só ficou deste tamanho pela sede que Elias demonstrou nos escassos minutos que teve em campo. Ficasse 4 a 2, a sensação seria de uma imensa "rebolada", essa,  a impressão final. Elias colocou as coisas no devido lugar.

Um jogo como esse, só pode ser avaliado pelas individualidades, seja no empenho, seja na atitude, seja na técnica delas (as individualidades). E nesse teste, algumas reprovações, casos de Guilherme Azevedo, Pinares. Outros na média ou nem isso, respectivamente, Ricardinho, Rodrigues, Vanderson, Cortez e Paulo Miranda.

Houve grandes destaques; Darlan, o maior deles, "menção honrosa"  para os ingressos de  Victor Bobsin, Jean Pyerre e Elias,que aproveitaram bem as chances.

Gabriel Chapecó estreou bem; não teve culpa nos gols sofridos. Fernando Henrique jogou mais contido, limitou-se a passes curtos, seguros. Léo Chú apresentou a sua velha vocação para o ataque, ou seja, partir para cima e não ter receio de arrematar, dessa forma, achou o primeiro gol num frango do goleiro do Aragua. Se ele não arriscasse, possivelmente, não faria o tento.

Finalizando, eu fico "doente", quando vejo um diamante raríssimo como Victor Bobsin, que é um meio-campista completo; desarma, arma e se apresenta na frente, com rapidez de raciocínio e técnica, assistir os "cumpridores de função" desfilando sua "utilidade" para o time.

Para o Grenal, Darlan e Jean Pyerre colocaram uma série dúvida na escalação para o clássico. Foram muito bem, apesar da fragilidade do adversário.  


quarta-feira, 19 de maio de 2021

Opinião




A Novidade veio dar no "Arco" 

Saem Vanderlei, Paulo Victor e Júlio Cesar; entram Brenno, Adriel e Gabriel Chapecó.

O Grêmio deu uma guinada de 180 graus no seu arco. Está se dando super bem com o novo titular, o paulista Brenno.

Aliás, deste trio, antes de Brenno "acontecer", ele era o que eu menos levava fé. O único que vi entre os profissionais, antes de 2021; já o catarinense Gabriel Chapecó e o baiano Adriel, ambos me impressionaram em partidas pela Copa São Paulo e as do Brasileiro Sub-23. 

Nesta dupla, eu acreditava bem mais do que no atual dono do gol gremista.

Agora, um desses dois irá iniciar a partida na Venezuela.

Quem sabe, o Tricolor, assim como o lado esquerdo do ataque, também estará formando uma linhagem de respeito oriunda da base?

Torcida nossa, não faltará.

terça-feira, 18 de maio de 2021

Opinião



Decisão Correta 

Era previsível, mas às vezes, a gente é surpreendida com decisões estapafúrdias como poupar titulares sem uma lógica ou justificativa razoáveis. Então, poupar na semana decisiva do Gauchão, já praticamente classificado na Sul americana e, mais, diante de um adversário muito fraco, é o procedimento mais coerente a ser adotado. 

Tem-se a chance de ver alguns meninos da base e também, o ânimo de veteranos que estão foram dos titulares. 

Segue a lista que vai enfrentar o Arágua:

Goleiros: Adriel e Gabriel Chapecó

Zagueiros: Paulo Miranda, Rodrigues, Heitor e Emanuel

Laterais: Vanderson, Cortez, Victor Ferraz e Guilherme Guedes

Volantes: Fernando Henrique, Darlan e Victor Bobsin

Meias: Pinares, Jean Pyerre e Pedro Lucas

Atacantes: Guilherme Azevedo, Pepê, Ricardinho, Elias e Léo Chú


segunda-feira, 17 de maio de 2021

Opinião




Um Dia Muito Especial 

Hoje, 17 de Maio, o blog fecha 8 anos de vida. Como sempre escrevo, ele é dissidente, porque não foi pensado, nem programado, mas diante de certas circunstâncias, ele surgiu "até onde fosse possível" tocá-lo. Agora tem quase uma década.

Aproveito para parabenizar o Rodrigo que faz aniversário justamente nesta data e também, o amigo Alvirubro que fará amanhã.

Dito isso, depois de um Grenal, sempre há o que se comentar e eu vou discorrer sobre alguns assuntos, nem tão importantes, mas, no mínimo, curiosos.

a) No blog do jornalista Mário Marcos, há uma postagem interessante, vide Ramirez, onde o treinador vermelho acerta na mosca em sua última frase, ou seja, a de não ver, nem escutar nada da imprensa.

 Ponto para ele, porque boa parcela da imprensa não tem como prioridade o bom jornalismo, para esta parte, o faturamento, o "ficar bem com patrão" e "fazer média com o torcedor", vem à frente da formação moral e profissional que este importante segmento da sociedade representa.

Apenas para dar um único exemplo: Havia/há um destacado apresentador e narrador esportivo, que incursiona pela meio da canção nativista, que nunca criticou Celso Roth, Paulo Pelaipe e Fernando Carvalho, mas é/foi contumaz crítico de Luiz Felipe. Aparentemente, esse posicionamento dava impressão de terem causas "além profissionais", pró-trio e contra-Scolari. Vejam que são três personalidades que apresentam grandes momentos suscetíveis à criticas, carreiras infinitamente menores do que a de Felipão e passaram lampeiros e faceiros pela ótica deste narrador.

Mesmo que venha a cair, Ramirez dá demonstrações que é inteligente e independente; já captou o "espirito da coisa" da aldeia. Até o final do primeiro tempo do clássico, ele era o cara responsável pelos mais de 70% de posse de bola, amplo domínio e vitória parcial.

b) Outra desconfiança é a de que já havia um diagnóstico pronto em caso de quebra da sequência de vitórias de Tiago Nunes, qual seja: a ausência do cão de guarda. Por hora, esse diagnóstico teve que ser arquivado, porém, deve estar ali, pronto para ser usado futuramente.

As redes sociais por mais defeitos que tenham (e são muitos) trazem uma qualidade rara: a exposição do amor explícito do torcedor pelos seus clubes; então, mesmo errando, exagerando, exacerbando, fica o sentimento de que o primeiro, talvez único, seja o bem para o seu clube de coração.

Não há subterfúgios, o que há, quando há, é uma passionalidade que embaça a razão do torcedor, nunca um objetivo escuso.

Do verdadeiro torcedor, é claro! 


domingo, 16 de maio de 2021

Opinião




Grêmio vence o Clássico, de virada no Beira-Rio 

Primeira constatação; foi a vitória do treinador gremista. Tiago Nunes errou ao entrar com Maicon na impossibilidade de Thiago Santos, o que deixou o meio muito lento, já que Lucas Silva estava escalado na primeira ou na segunda função do meio-de-campo, mas corrigiu brilhantemente ao avançar os laterais na etapa final e mais tarde, quando fez ingressar Darlan no lugar do já combalido camisa 8, dominando por completo o setor. Aí, o seu grande mérito. Sem usar o banco inicialmente, pois perdera Luiz Fernando no começo da partida, queimando uma substituição.

Acertou também, quando fez incluir um velocista e jovem, tinindo na parte física (Léo Pereira), que, com o passar dos minutos, ele iria engolir o lateral esquerdo colorado.

Cometi uma burrice atroz durante a transmissão; como meu celular e rádio sofriam cortes, não pude ouvir a cobertura pela rádio e me submeti ao áudio infeliz da emissora que apresentou em canal aberto. Ouvi tolices como achar que Luiz Fernando estava valorizando a entrada de Moisés, nele. O cara saiu de maca. Ou ainda, aquela velha, frágil e infeliz "média", conforme o placar se movimentava. 1 a 0 para o Inter, citaram a posse de bola (mais de 70%), a velocidade de execução das jogadas, as entradas em diagonais, etc... e eu com os meus botões, só lembrando que houve uma chance para o Inter (o gol) e duas para o Tricolor (Geromel e Matheus Henrique, essa cara a cara com Lomba); ficasse empatada a primeira etapa, a análise mudaria "de chofre", pois o lance de Matheusinho foi quase nos acréscimos. Também salientaram a falha da nova "geni" do futebol gaúcho, Zé Gabriel no primeiro gol e ficaram mudos, no segundo, sem mencionar o erro da nova zaga, após a saída do menino em lance idêntico. Tem receita pronta para tudo.

Como era de esperar, a vitória gremista se tingiu de laudos técnicos pré-fabricados, vistos em outras jornadas que terminam em viradas. Ridículo.

O que vi: Brenno é um goleiro pronto e com um ingrediente essencial; tem sorte. A bola derradeira do prélio é um bafejo dos deuses do futebol. Aquela, a da trave.

Defensivamente, Rafinha cumpriu um segundo tempo maravilhoso, Geromel, o de sempre, Ruan, um etapa inicial vacilante, o gol sai às suas costas e Diogo Barbosa, bom! esse de hoje me serve. Bem defensivamente e com força ofensiva.

No meio, mesmo com todo o esforço que a mídia fez para valorizar a falta de Thiago Santos, ele (o meio) não foi melhor, nem pior do que em jornadas anteriores; teve a lentidão como fator negativo, porém, uma saída mais qualificada da bola e a cereja do bolo: o passe "com a mão" de Lucas Silva na cabeça de Diego Souza. Maicon, lento, lesionado, mas brigador. Matheus Henrique perdeu a chance de marcar gols em três partidas contínuas, o que prova que seu posicionamento é mais mérito do treinador do que a presença de um "cão de guarda", algo que eu cheguei a desconfiar. Nada a ver com a presença do camisa 5 que ficou de fora hoje.

Na frente, Léo Pereira foi premiado pela sua luta incessante, dando o passe para Ricardinho fazer  o gol definitivo do placar. Aliás, se Churín lembra este celulares modernos que fazem tudo, mas tem deficiência na função precípua, Ricardinho lembra aqueles relógios de parede, suíços, que necessitam de corda para funcionar, mas de uma precisão incrível.

Ferreira, sempre perigoso, enlouqueceu o lado direito da defesa colorada.

Diego Souza, premiado com o gol fundamental que corrigiu a distorção que até então, se via dentro do gramado. Como Luan, ele é um Homem-Grenal.

Darlan e Fernando Henrique terminaram por completar o serviço, isto é; neste jogo, cravaram o último prego no esquife.

Esta conquista passa pelo dedo do treinador.

Se vai ganhar o campeonato, não se sabe, mas que ficou bem encaminhado, ficou.



sábado, 15 de maio de 2021

Opinião




O que é Grenal imprevisível?

Utilizei a palavra imprevisível para classificar o clássico de amanhã, aliás, a Imprensa a usou ou alguma similar.

Na dúvida, busquei no dicionário sua definição para ter certeza que a empreguei corretamente. Lá estava: que não pode ser previsto.

Aí, eu me perguntei, tirando Grenais da pré-história ou de períodos de exceção, os quatro, cinco primeiros (década de 10 a 20), os anos do Rolo Compressor ou os de Foguinho à frente do Imortal, quando foi possível prever o resultado desta peleia?

Então, usar expressões como "Grenal não tem favorito", "Clássico imprevisível" ou algo parecido, ou faz parte da receita da "Semana Grenal" ou é de uma obviedade gritante e irritante. Eu não poderia ter cometido esse erro. Apontar  "Grenal como imprevisível" é o mesmo que dizer "trazia um sorriso nos lábios".

Há a "engenharia de obra pronta", que após um 2 x 5 em 1997 ou 5 x 0 em 2015, os analistas apontaram causas que escancaravam a certeza de um placar largo com o massacrado exposto em praça pública, quase sempre esquartejado. Mas, antes, o que diziam eles nos chamados "dias que antecedem ao clássico"? 

Resumindo: Se Tiago Nunes ou Ramirez perderem o Grenal de forma anormal, será uma grande surpresa, esta sim imprevisível, porque o que se prevê é um equilíbrio de forças, uma supremacia das defesas sobre os ataques, raras chances de gols, muito pouco tempo de bola corrida e se o confronto se aproximar do final, mesmo que, em tese, seja um resultado ruim para o mandante, ambas as equipes se acomodarão e transferirão para o próximo Domingo a luta pelo título.


quinta-feira, 13 de maio de 2021

Opinião




Mais uma Vitória do Estranho no Ninho 

Que estrago fizeram Renato e a Direção gremista em 2020! olhando estas partidas da Sul-americana é um desperdício e uma incongruência para o torcedor gremista; não tem nada a ver com a grandeza do clube. Que sirva de lição. Não dá para esnobar o Brasileirão, não é apenas pela questão econômica, é também, de respeito aos torcedores e a história do clube. Enfim, é o chamado mal necessário, assim como ocorre com o Cruzeiro na segundona do Nacional.

O Lanús é o menos ruim, ainda assim, assustou o Tricolor em 1 ou 2 lances, além do gol, aliás, novamente a bola aérea, desta vez, em cima de Ruan. Com os T(h)iagos, Nunes e Santos, são 7 gols sofridos em 9 jogos. Fica o alerta, pois o Grêmio encarou só times medianos ou nem isso.

Fica difícil fazer uma reflexão sobre o momento do Tricolor, porque ele lembra um boxeador que só pegou "morto" pela frente. Se por um lado é positivo, pois dá tempo e condições do novo treinador ajeitar a casa, por outro, não se sabe a real condição do time, ou seja, em que estágio ele se encontra. Como será quando encarar clubes da sua estatura?

Sobre a partida: um primeiro tempo primoroso de Rafinha (caiu na etapa final) e alguns vacilos defensivos de toda a zaga que permitiu gol e chance de Sand, cara a cara com Brenno. Esse fez uma partida correta, especialmente nas bolas mal recuadas ou lançamentos longos do adversário, que o obrigaram a sair providencialmente.

O meio de campo foi muito bem; Thiago Santos fazia a sua melhor partida do meio para frente, Lucas Silva, um dos melhores do jogo, em especial, na etapa final, Matheus Henrique conseguiu a inédita marca de fazer dois gols de cabeça em sequência e Maicon, que entrou muito bem; porém, o time ainda possui o péssimo hábito de fazer a bola passar sempre pelo camisa 8, o que nem sempre é positivo para o time. Me fez lembrar a Copa de 78, quando o jogador que não passasse a pelota para Rivellino, corria o risco de ir para "o tronco", o "pelourinho".

Na frente, Ferreira está anos-luz à frente de seus parceiros desta noite; aliás, neste vestibular, por enquanto, Luiz Fernando, Gui Azevedo e Léo Pereira, precisam apresentar mais do que o atual estágio deles. Meu feeling aponta para jogadores ideais para Atlético Paranaense, Goiás ou Sport.

Churín está parecendo aqueles celulares cheios de recursos, mas que no essencial (ligações), pecam. Ele dá combate, tenta o passe, se movimenta muito, abre brechas na defesa adversária, porém, na hora de botar para dentro do arco ...  Diego Souza, assim que ingressou, quase meteu o dele.

Darlan pouco produziu; talvez, o tempo escasso que teve.

Domingo, o novo Grêmio, assim como o novo Inter, ambos vão precisar confirmar se estão no caminho certo em suas escolhas.

Grenal absolutamente imprevisível.

Apenas para constar: Ferreira é o craque do certame.


quarta-feira, 12 de maio de 2021

Opinião



A Base do time ou Time da Base? 

Coloquei um comentário no blog do Rodrigo: https://www.diadealento.com, onde considero razoável esperar pelo mês de Junho para ver "qual é a do Tiago Nunes?" e principalmente, qual é a do Bolzan Jr.

Explico: Foi cantado em verso e prosa que o Grêmio de 2021 terá um aproveitamento massivo de atletas formados no clube, enfim, um time e elenco feitos da base. Este é o discurso.

Porém, ando muito cético ultimamente; cheguei a fazer uma escalação, que repito aqui: um goleiro mediano cascudo; Rafinha, Geromel, Kannemann e Diogo Barbosa ou Bruno Cortez (não afeta meu pensamento esta dúvida), Thiago Santos, Matheus Henrique e Maicon; Alisson, Diego Souza e Ferreira.

Chegando Douglas Costa (uma interrogação; puro marketing ou reforço real?), ele entra na vaga de Alisson até Ferreira ser vendido, aí, Alisson volta para a esquerda, posição que ocupava no Cruzeiro.

Vamos considerar que eu erro em não acreditar no aproveitamento de Brenno por Tiago Nunes, quantos da base serão aproveitados como verdadeiros titulares, além dele?

Fico com a impressão que a base do time será mais uma vez, composta por jogadores acima de 30 anos.

Tomara que seja só um grande engano da minha parte.


terça-feira, 11 de maio de 2021

Opinião




Um Mistério chamado Kannemann 

Bota assunto chato, tratar de lesões e longo tempo de tratamento.

Há jogadores que já estamos acostumados a esta situação. Em qualquer década do Grêmio, a gente lembra de atletas que frequentavam "estaleiro" como se dizia antigamente.

 Kelly, Amoroso, Robert, Sorondo (Inter) que sequer estreou, mais recentemente, Maicon, Éverton Cardoso e Pinares.

Mas tem um que é surpresa nesta desagradável lista: Kannemann. Ele não teve uma lesão daquelas famosas como fratura, distensão muscular, ruptura de ligamentos, vide Quadril . Um "desconforto".

Brincando, brincando ... em 4 meses e meio de 2021, o argentino participou de 1 partida e o texto que inseri, diz que não há previsão de retorno aos gramados.

Ele e Geromel juntos são sinônimo de muralha quase intransponível nos clássicos.

Sem o gringo, o risco de insucesso é grande.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Opinião




Recuerdos 

Estamos a 7 dias exatos do blog fechar 8 temporadas (17/05) e resolvi dar uma "viajada" no que escrevemos sobre alguns atletas jovens do elenco e encontrei esta crônica de 19 de Fevereiro do ano passado, portanto, antes da pandemia chegar com força ao Brasil e, da mesma forma, antes do "rolo" contratual do menino Ferreira, vide Ferreira. Também existe nesta postagem, referência em dar a camisa 10 para Jean Pyerre no, já distante, Janeiro de 2019, É Fácil.

É fantástica a relação de qualidade da base com uma certa posição do time gremista, a mais avançada do ataque pelo lado esquerdo. Pedro Rocha, Éverton, Pepê e Ferreira. É uma fábrica.

Semana passada escrevi que ele fatalmente chegará ao Selecionado Brasileiro, já vejo as primeiras frases na imprensa gaúcha neste sentido. É justo.

Justo também é parabenizar o Alvirubro que mencionou aqui a iminência do gol 500 da Arena, o que ocorreu com a cabeçada de Matheus Henrique.

Não me recordo de ter lido ou ouvido na mídia, a possibilidade deste fato, antes da partida contra o Caxias.


domingo, 9 de maio de 2021

Opinião



Grêmio vence e está na final do Gauchão 

O Tricolor fez uma partida correta diante do Caxias. Ganhou e ninguém que viu, poderá dizer que não mereceu o resultado e a classificação. Foi superior ao time da Serra todo o jogo. Isto é relevante, apesar da imensa diferença de tamanho dos clubes. Às vezes, isso não se faz presente dentro dos gramados. Não foi o caso, esta tarde.

Houve momentos falhos, onde a bola aérea entrou com perigo na área gremista e Tontini também perdeu uma chance próximo da meia-lua. Brenno fez uma única defesa difícil toda a partida.

O que de bom esteve presente? A naturalidade da performance de Geromel. Nem parece que veio de longa parada. Natural, igualmente, foi o desempenho de Ruan. Ao lado de capitão, ele está estabilizando, aprendendo os atalhos, ganhando confiança, adquirindo "casca". Vanderson fez um jogo eficiente, sem comprometimento defensivo e discreto no ataque. Na comparação com Rafinha, não fica devendo. Diogo Barbosa, não comprometeu.

No meio, dois destaques: Darlan, dentro do grupo, é o mais "pronto" para ser um meia de ligação na ausência de JP e no receio de lançar Pedro Lucas; Matheus Henrique ganhou muito com a presença de um volante mais fixo. Até fez gol. Thiago Santos ainda oscila, ora dando botes certos, ora, mostrando ser um camisa 5 bastante limitado. Seu êxito (penso) dependerá de ter parte de sua tarefa repassada para meio-campistas mais técnicos, para não haver defasagem no setor em confrontos de maior envergadura.

Na frente, Luiz Fernando começou bem, mas foi sumindo, sumindo ... Diego Souza não entrou em campo. Pelo histórico recente, é aceitável a má jornada. Tem crédito.

Ferreira, o melhor, disparado. Ele é o craque do campeonato, faltando só dois jogos. Claro! A mídia tradicional vai eleger alguém do clube campeão. Se for o Inter, ele não será.

Tiago Nunes teve o mérito de mexer com sabedoria. Maicon entrou bem e Churín, muitíssimo bem. Faltou o gol, o que, para um centro avante é problema. Deu passes, combateu os zagueiros, esteve presente na última bola, enfim, mostrou progressos. Ainda não sei o seu potencial; aliás, nem dele, nem de Pinares, os mais novos "gringos" do plantel.

Guilherme Azevedo voltou em alta; veloz, agressivo. Sua entrada é um dos acertos do treinador.

Rafinha e Lucas Silva não se destacaram, talvez pelo escasso tempo em campo.

O treinador,  aos poucos, pode conceber o Grêmio com uma nova nominata dos 11 mais usuais. 

A possível conquista do tetra vai lhe dar mais tranquilidade para rejuvenescer o elenco e, principalmente, o time.


 

sábado, 8 de maio de 2021

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (250) - Ano - 1986


Da Dinastia dos Canhotos 

 
Fonte: www.torcedor.gremista.nom.br

Se for considerado o histórico de haver menos pessoas canhotas do que destras, o percentual de grandes jogadores esquerdos, "sinistros", é fantástico: Tostão, Rivellino, Gérson, Maradona, Messi, estes são os maiores exemplos, mas há outros menos famosos que rebentaram dentro das quatro linhas. 

Os dois atletas mais habilidosos  que vi no Imortal, tinham três características idênticas: eram canhotos, eram argentinos e não repetiram no Grêmio todo o imenso futebol que apresentaram ao longo de suas carreiras. Oscar Alberto Ortiz e Alejandro Sabella (na foto, o que está com a bola).

Sabella conquistou o bicampeonato estadual (1985/86) e uma de suas melhores atuações pelo Grêmio ocorreu no 5 a 1, diante do Caxias.

No dia 21 de Maio de 1986, o Tricolor treinado por Valdir Espinosa utilizou os seguintes jogadores: Mazaropi; Casemiro, Baidek, Luiz Eduardo e João Antônio; China, Osvaldo e Luiz Carlos Martins; Caio Júnior, Ortiz e Sabella. Odair substituiu Osvaldo.

Dá para notar algumas alterações na posição de alguns atletas; Casemiro, originalmente era lateral esquerdo, João Antônio, volante, Caio Júnior, centro avante e Sabella, meia esquerda.

Outra curiosidade: a presença do maior craque de futsal do Brasil à época, Ortiz (pai do atual zagueiro do Bragantino, Léo Ortiz), uma tentativa frustrada de trazer o melhor jogador das quadras para os gramados para ser o camisa 9.

Chiquinho, histórico treinador do futebol gaúcho, usou: Casagrande; Amauri, Sérgio Odilon, Claudemir e Betão; Caçapava, Ricardinho e Luiz Fernando; Marcelo (Marquinhos), Vacaria (Roberto Carlos) e Ricardo.

Pelo gols, dá para ver a grande atuação de Sabella. Ele participa de quase todas as movimentações ofensivas do Imortal.

Aos 19 minutos, Sabella recebe passe de Ortiz, arremata forte, o goleiro dá rebote que é aproveitado por Caio Jr.

Logo aos 20, a vez de Ortiz marcar, aproveitando lançamento de Sabella. A bola foi no meio do gol. 2 a 0.

Aos 33 minutos, Osvaldo foi derrubado por Betão dentro da área; pênalti que China converteu. 3 a 0. Fim da etapa inicial.

Aos 7 minutos do segundo tempo, Sabella vai ao fundo, cruza, Claudemir se atrapalha e faz contra. 4 a 0.

Aos 35, o tento de honra caxiense; Luiz Fernando sofreu falta capital de Baidek e Luiz Eduardo. Ele próprio bate a penalidade máxima. 4 a 1.

No último minuto, a maior jogada da partida, justamente, protagonizada por Alejandro Sabella. De fora da área, percebe o goleiro adiantado e por cobertura num leve toque de pé esquerdo define o placar: 5 a 1.

Com a derrota, o Caxias deu adeus ao campeonato e o Grêmio prosseguiu em busca de mais uma faixa.

Uma vitória com a assinatura do pé esquerdo de Sabella.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro



 


quinta-feira, 6 de maio de 2021

Opinião




Goleada histórica na Arena 

8 a 0. Um placar inédito no moderno estádio do Grêmio. Tudo bem que aconteceu na segundona sul-americana, mas deve haver algo relevante nesta partida.

O Aragua é o exemplo que a vida sempre pode surpreender, isto é, quando eu pensava que não haveria nada pior do que o Ayacucho como adversário para o Imortal, eis que surge este jovem clube venezuelano.

Sinceramente, eu não sei o que pensar sobre esta partida. Comecei olhando o que escrevi naquele Março do enfrentamento contra o Ayacucho, vide Goleada e ali, vi que o Grêmio repetiu vacilos defensivos, vacilos preocupantes, isso nos primeiros 20 minutos, mesmo perdendo de goleada, o clube da Venezuela acumulou chances de marcar, mesmo com Geromel pela frente.

A partida desta noite é tão inusitada que os melhores em campo foram Luis Fernando e Rafinha e o mais incrível: Maicon permaneceu o tempo inteiro.

Gostei de ver Darlan atuar a partida integral e também, o ingresso de Pedro Lucas.

Concluo, afirmando que não sei o que pensar deste resultado. Claro! Matematicamente, ele encaminhou a classificação no grupo, porém, quem duvidava disso? 

Assim como a goleada do Inter, essa do Grêmio poderá ser tirada "a temperatura" já no final de semana diante do Caxias. Se ainda não é o teste ideal, pelo menos, a vitória levará o Tricolor para a final do Gauchão.

 

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Álbum Tricolor (160)
ANDERSON POLGA
GFBPA

Nome: Anderson Corrêa Polga.
Apelido: Anderson Polga.
Posição: Volante e zagueiro.
Data de nascimento: 9 de fevereiro de 1979, Santiago, RS.
 
JOGOS PELO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
170 jogos (89 vitórias; 40 empates; e 41 derrotas). 10 gols.
 
JOGOS COMO TITULAR
165 jogos (85 vitórias; 40 empates; e 40 derrotas).
 
ENTROU NO DECORRER DO JOGO
5 jogos (4 vitórias; e 1 derrota).
 
JOGOS NO ESTÁDIO OLÍMPICO
86 jogos (61 vitórias; 16 empates; e 9 derrotas). 4 gols.
 
JOGOS EM OUTROS ESTÁDIOS
84 jogos (28 vitórias; 24 empates; e 32 derrotas). 6 gols.
 
CERTAMES OFICIAIS PELO GRÊMIO
Caráter Estadual (26 jogos; 15 vitórias; 6 empates; e 5 derrotas).
Caráter Nacional (112 jogos; 53 vitórias; 27 empates; e 32 derrotas).
Caráter Internacional (24 jogos; 15 vitórias; 5 empates; e 4 derrotas).
 
CLÁSSICO GRENAL
11 jogos (5 vitórias; 4 empates; e 2 derrotas).
 
ESTREIA NO GRÊMIO
14.04.1999 - Grêmio 8x0 Lajeadense – Porto Alegre-RS, Campeonato Gaúcho.
 
ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
17.07.2003 - Grêmio 1x1 Paysandu – Belém-PA, Campeonato Brasileiro.
 
SELEÇÃO BRASILEIRA
12 jogos (8 vitórias; 3 empates; e 1 derrota). 3 gols
 
Obs: Anderson Polga integrou o elenco da Seleção Brasileira, na Copa do Mundo de 2002 (Coréia do Sul e Japão), participando de dois jogos (contra a China e contra a Costa Rica).
 
CARREIRA
Grêmio-RS (1999 a 2003); Sporting-POR (2003 a 2012); e Corinthians-SP (2012).
 
TÍTULOS PELO GRÊMIO
Copa do Brasil: 2001.
Campeonato Gaúcho: 1999 e 2001.
 
Por Alvirrubro.
 
PRINCIPAIS FONTES:
- Jornal Correio do Povo.
- Jornal Zero Hora.
- Revista Placar.
- Revista do Grêmio.
- Arquivo Pessoal.

terça-feira, 4 de maio de 2021

Opinião




Aquele Um 

No momento em que se discute e se justifica a necessidade do time ter um "volantão", hoje chamado de "cão de guarda", eu tenho saudades de outro tipo de jogador, aquele que corre, combate muito e chega à frente com qualidade, fazendo o time parecer ter um atleta a mais.

Ao longo de sua existência, em alguns momentos, o Tricolor foi agraciado com este tipo de jogador e se deu bem.

Yúra nos anos 70, Valdo nos 80 e Tinga nos 90, são exemplos deste raro jogador que tem muito "pulmão", garra e habilidade.

No início do ano passado, mais precisamente, na Copa São Paulo, a "Copinha", eu fiquei impressionado com um meio-campista com pinta de atacante, tal a sua multiplicidade em campo.

Trata-se de Gazão, que o Tricolor está firmando um contrato mais longo, vide, Gazão.

Assim, discretamente, pode estar surgindo aquele que transforma um time de 11 em 12.

PS: Para recordar: A Estreia de Arthur - Fevereiro de 2015.