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quarta-feira, 30 de março de 2022

Opinião



Um Sopro de Sensatez 

Achei que demoraria muito tempo para concordar com algumas ações do Tricolor sob à Direção desses atuais mandatários; porém, as últimas notícias devolvem um pouco a sensação de que é possível fazer elenco melhor do que se tem, sem gastar muito.

Trazer os jovens emprestados Natã, zagueiro, Ricardinho, centro avante; buscar outro menino, Gabriel Teixeira, atacante do Fluminense, desistir de empilhar zagueiros e goleiros cascudos; são todas medidas saudáveis que podem dar certo. Pelo menos, são movimentos mais felizes do que os  vistos na virada do ano.

Por fim, a melhor possibilidade: Tetê. O craque poderá jogar 15 partidas apenas, mas se for otimizado o seu aproveitamento, isso será meio caminho para o retorno à Série A.

Difícil acreditar que esta Direção tenha feito tantos arranjos sensatos em tão pouco tempo.

terça-feira, 29 de março de 2022

Álbum Tricolor (163)

 
LADINHO
GFBPA
Nome: Adelardo Madalena.
Apelido: Ladinho.
Posição: lateral-esquerdo.
Data de nascimento: 24 de abril de 1947, Tubarão, SC.
Data de falecimento: 24 de março de 2022, Tubarão, SC.
 
JOGOS PELO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
159 jogos (108 vitórias; 35 empates; e 16 derrotas). 12 gols.
 
JOGOS COMO TITULAR
149 (99 vitórias; 35 empates; e 15 derrotas).
 
ENTROU NO DECORRER DO JOGO
10 jogos (9 vitórias; e 1 derrota).
 
JOGOS NO ESTÁDIO OLÍMPICO
73 jogos (57 vitórias; 13 empates; e 3 derrotas). 3 gols.
 
JOGOS EM OUTROS ESTÁDIOS
86 jogos (51 vitórias; 22 empates; e 13 derrotas). 9 gols.
 
CERTAMES OFICIAIS PELO GRÊMIO
Caráter Estadual (73 jogos; 56 vitórias; 11 empates; e 6 derrotas).
Caráter Nacional (48 jogos; 26 vitórias; 15 empates; e 7 derrotas).
 
CLÁSSICO GRENAL
16 jogos (7 vitórias; 4 empates; e 5 derrotas).
 
ESTREIA NO GRÊMIO
02.02.1977 – Grêmio 0x0 Atlético de Carazinho, Amistoso.
Estádio Olímpico, Porto Alegre-RS.
 
ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
15.11.1979 – Grêmio 2x0 Bahia, Camp. Brasileiro.
Estádio Olímpico, Porto Alegre-RS.
 
CARREIRA COMO JOGADOR
Ferroviário de Tubarão-SC (1964 a 1968), América-SC (1969), Portuguesa de Desportos-SP (1970 a 1971), América-SC (1972), Atlético-PR (1973 a 1976), Grêmio-RS (1977 a 1979), Joinville-SC (1980 a 1982), Avaí-SC (1982).
 
TÍTULOS PELO GRÊMIO
Campeonato Gaúcho: 1977.
Campeonato Gaúcho: 1979.
 
(*) Os dados aqui publicados não são oficiais. Dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.
 
Por Alvirrubro.
 
PRINCIPAIS FONTES:
- Jornal Correio do Povo.
- Jornal Zero Hora.
- Revista Placar.
- Arquivo Pessoal.

segunda-feira, 28 de março de 2022

Opinião

 


 

 Morreu Ladinho

 

Morei em Tubarão, SC, isso na virada dos anos 90. Residia na rua Esteves Jr., a rua dos Bancos, como ela é conhecida; paralela a rua do Calçadão. Não lembro o número do prédio, no entanto, recordo que o meu apartamento ficava no primeiro andar e no térreo havia uma loja de roupas e a Pizzaria Dallas.

Pois, uma noite, descemos para a pizzaria e lá estava ele com sua família, bermuda, camiseta polo e sandálias de couro: Abelardo Madalena, Ladinho, lateral esquerdo da eterna formação de 1977, o time mágico que Telê Santana formou peça por peça, um mosaico para a Imortalidade.

Ele se foi esta semana que recém findou. Nasceu e morreu em Tubarão, a  cidade que me recebeu de braços abertos, onde vivi muito próximo do rio que deu nome ao município.

Ladinho naquele ano de 1977 chegou discreto, aliás, como chegaram Oberdan, Tadeu Ricci, Éder e André. Lembrando que a contratação mais comemorada foi a do goleiro Walter Corbo, um uruguaio que esteve no grupo na Copa do México em 1970.

Ladinho, assim como os paraguaios Arce e Rivarola, anos depois, aparecia apenas pelo que fazia dentro de campo. Jamais se leu ou ouviu algo desabonador de sua parte em toda a sua trajetória de 3 anos vestindo as três cores do Grêmio.

Deixo aqui, cenas de um Grenal em que ele fez um gol de extrema técnica, sem se apavorar diante de um gigante de 1,90 m, o arqueiro Bagatini. 




sábado, 26 de março de 2022

Õpinião




Vitória veio nos acréscimos 

A vantagem veio no final, quando tudo parecia caminhar para o 0 a 0. Por falta de jeito ou imprudência, o ex-gremista Guilherme Amorim acertou a perna de Churín num lance de difícil visualização (foi necessário conferir no VAR). Lucas Silva bateu forte e embora o arqueiro tenha ido bem, a defesa se tornou impossível dada a velocidade da bola.

Foi um jogo parelho e isso não sei se é mérito do time do interior ou limitação do atual Grêmio; talvez ambos. A verdade imutável é que para ser Hexa em 2023, é necessário ser penta em 2022. Falta confirmar no próximo dia 2, Sábado.

Até o momento, os números e ações dentro do meio de campo demonstram que a história da imprescindibilidade de um cão de guarda naquele setor se confunde com outras como Branca de Neve e os 7 anões, Cinderela ou A Bela e a Fera. Com o franzino Villasanti + Lucas Silva e Bitello, o Tricolor não sofreu gols neste Regional e observem, que esse trio pode ser mexido ou ajustado. Não é o meio dos sonhos, mas já melhorou muito.

O que funcionou? Geromel. Também, o primeiro tempo de Campaz, além da média dos 90 minutos de  Villasanti e Lucas Silva, este último, o melhor.

O que deu errado? Rodrigues é esforçado, porém, é insuficiente para assumir titularidade. Diogo Barbosa, Diego Souza e Elias muito abaixo dos demais.

Luizinho Vieira viu bem o jogo no intervalo; mexeu no seu meio e o Canarinho melhorou muito, confirmando que é candidato a subir para a Série B este ano no Brasileiro. Tem bons valores como o lateral direito, Gedeílson, o meio Falcão e o ausente (suspenso) Mateus Santos. Há também, Erick, que nesta tarde, não atuou bem e um centro avante de presença na área, Hugo Almeida. Édson é bom goleiro e tem experiência.

A vantagem é grande, mas nada está decidido, especialmente, depois do que se viu no último clássico na Arena, quando o Imortal foi omisso e covarde.

quinta-feira, 24 de março de 2022

Opinião




Sem Meias Palavras

O Grêmio está próximo de conquistar o quinto Gauchão consecutivo; mas ele está muito mal. São os dois piores anos de Arena. Muita coisa equivocada aparecendo ao mesmo tempo. Eu realmente temo pelo futuro do clube, pelo menos, o futuro mais próximo. 

O rebaixamento por si só, já é deprimente. Um atestado de incompetência, que tem a assinatura de vários dirigentes e profissionais do campo; não vale dizer que fulano não tem culpa. Pega-se o exemplo de Abrahão e Mancini, eles assumiram o Grêmio faltando quatorze rodadas para o final do certame e não conseguiram chegar á frente de quatro, sendo dois, o Sport e a Chapecoense. Até o Juventude administrou melhor a crise e se salvou.

Fundo do poço? não. Houve o entendimento que o elenco e comissão técnica eram suficientes para encarar a Série B. Venderam essa ideia para o presidente e ele caiu como um patinho. Menos de sessenta dias, o treinador da convicção do vice, dançou. As contratações indicadas por essa dupla (cinco) apenas uma, Nicolas, vingou. Bruno Alves esquenta o lugar para Kannemann, Benitez e Janderson lustram o banco e nem são as alternativas iniciais. Orejuela, veio, viu e voltou. Sem ser craque, Erick, o menino da base gremista, atual Ypiranga, é muito mais jogador do que Janderson.

Roger está aí e ao meu ver, é o técnico mais superestimado do Brasil. Ontem, ele fez os que os treinadores rotulados como defasados, faziam. Aliás, em  três Grenais, em dois tomou um rodião do Cacique que mal fala português e recém chegou ao Brasil. Um fiasco. Na sua volta são sete jogos com três vitórias, um empate e três derrotas, menos de 50% de aproveitamento. Isso, no Gauchão e uma vergonhosa desclassificação para o Mirassol.

Sobre fiasco, vem à mente outro vexame. Contratar Edílson para ser "psicólogo" do elenco. Que desrespeito com os profissionais dessa área! parece a história do Marcelo Oliveira, sua importância para o grupo, quando parou. Ele dançou e ninguém sentiu falta de sua condição de fundamental para o vestiário. Um grande papo furado.

Nesta categoria se encaixam os slogans de "importância tática" de Alisson que partiu e não fez falta e a "do volante que deu estabilidade ao setor". Bobagens em cima de bobagens.

E o que dizer de Leonardo Gomes? caramba! ninguém questiona os três anos e meio sem atuar? fica assim, a imprensa e direção fingem que está tudo bem. Quem errou nesta história?

Mais uma: Diego Souza se arrasta em campo; escrevi no Grenal dos 3 a 0 que ele se salvou pelo gol e pela mística de homem Grenal. Bom! a gente olha para o banco e o que se tem? Diego Churín. Pergunto: dá para confiar nestes dois centro-avantes para uma temporada inteira?

Por fim, a última entrevista de Abrahão sobre o futebol que o time adotará; segundo ele, acabou o "tike-taka", agora é jogar para a efetividade, um Grêmio novo, regulamento embaixo do braço, blá, blá, blá... Escrevo: esta entrevista deve ser guardada, porque, não está descartada uma mudança de técnico ali na frente, talvez com nova filosofia de jogo que contrarie este pronunciamento e aí o discurso mudará, se ele se aguentar até lá.

Em Fevereiro do ano passado, eu escrevi que Bolzan Jr com Tiago Nunes era como nadar contra a corrente, usando poncho. Não é diferente de agora.

Semana que vem será Abril e o time de 2022 é uma caricatura do de 2021. 



Opinião




Classificação Ridícula 

Estou tranquilo, já respirei fundo, nada de álcool, por isso, não estou escrevendo "no calor da emoção" ou algo parecido, resumindo: foi constrangedor. Um fiasco. O Grêmio perde de trazer o seu torcedor para mais perto do clube e o "Pep" Roger desperdiça mais uma oportunidade de mostrar que avança na ascendente na sua carreira. Repetiu o que os treinadores mais limitados que passaram pelo Tricolor fizeram. Com a formação e a postura que ele definiu para este clássico, só aumentam as desconfianças que boa parte da massa tem com relação ao seu trabalho.

Três Grenais e o contestado Cacique Medina deu nó em dois deles. É óbvio que o Grêmio não se preparou de forma inteligente e eficiente; tomasse o gol que Brenno salvou numa cabeçada, a classificação estaria seriamente ameaçada.

É um conjunto de equívocos. Antes da partida, o vice  Abrahão, justificando as más jornadas de Thiago Santos, disse que os técnicos anteriores não souberam colocar o camisa 5 na sua verdadeira posição. Pô! por que ele não alertou o seu protegido, o treinador Mancini, sobre o que ele estava fazendo com Thiago Santos? O mesmo vice que contratou inicialmente, cinco atletas, entre eles: Benitez, Orijuela e Janderson. Olha! eu vi o Erick, hoje no Ypiranga, nos juniores do clube e já chamava a atenção; aí, me trazem o Janderson! é caso de demissão tácita desse dirigente.

Que credibilidade tem esse vice e o treinador, quando as contratações são absolutamente equivocadas e a titularidade de alguns jogadores é comprovada técnica e estatisticamente que não se justifica.

Infelizmente, se eu não fosse tão gremista, torceria para o Ypiranga fazer o crime neste regional.


terça-feira, 22 de março de 2022

Opinião




O Dilema 

Este clássico reserva um dilema para o treinador Roger Machado à partir da ausência de Villasanti, qual seja: escalar o inconfiável Thiago Santos e repetir a dobradinha (com Lucas Silva) que tanta dor de cabeça e aborrecimentos deu a Thiago Nunes, Luiz Felipe e Vágner Mancini, antes dele mesmo ou ter audácia e promover o ingresso de um dos ex-juniores Fernando Henrique ou Matheus Sarará, deixando o meio mais rejuvenescido e qualificado.

Eu teria mais arrojo, o arrojo que o placar permite: escalar Lucas Silva na primeira função com Bitello e fazendo entrar Gabriel Silva, que se juntaria a Campaz e Elias ou Ferreira para infernizar a defensiva vermelha.

De qualquer maneira, a vantagem é muito grande. Quase impossível perder a vaga.

domingo, 20 de março de 2022

Opinião



Areia Movediça - Parte 2 

A goleada de ontem foi surpreendente, distancia um pouco o Grêmio atual daquele que levou um baile dez dias antes no mesmo palco. Nenhum deles deve ser o verdadeiro Tricolor, algo que ocorreu com o Alvirrubro, muito incensado, após o banho de bola que deu.

Há consequências periclitantes se forem tomadas análises definitivas por esta pequena amostragem, senão vejamos:

- Campaz cresceu muito, mas ainda não achou integralmente a mecânica dos movimentos de quem tem que ser avante pelo lado direito e "fechar" o meio, quando sem a bola

- Diego Souza esteve sumidaço. Há a atenuante de estar voltando de lesão, por outro lado, tem o histórico de pouca mobilidade, mesmo quando inteiro fisicamente. Safou-se pelo gol e a mística de homem Grenal

- São três jogos sem sofrer gols sem Thiago Santos, "o volante que deu estabilidade ao setor (sic)", mas ouso arriscar ser  o primeiro da lista para substituir Villasanti, quarta-feira, ainda que com ele o time, na prática, comece perdendo por 1 a 0. Roger tem "coceirinha" para escalá-lo, afinal, dá para perder por até dois gols de diferença

- Bitello e Lucas Silva saíram machucados. Pensando na pior hipótese, podem ser três desfalques no coração do time

- Rodrigues, nitidamente é uma improvisação. Dá certo, uma, duas vezes, mas é uma "incerteza, com certeza"

- Elias evoluiu, porém, a sua imperícia segue sendo a mesma. Talvez se fosse Pepê naquelas jogadas, o marcador seria mais elástico

- Aliás, sobre imperícia, o que dizer de Diego Churín? Se estivesse 0 a 0, a chiadeira seria muito grande com a chance desperdiçada

- Historicamente, nesta situações, o Grêmio decide esperar pelo adversário, "jogar pelo regulamento"; isso vira quase sempre tragédia. Uma grande exceção foi o 5 a 0, quando o time foi para cima, mesmo vindo do intervalo, vencendo por 2 a 0. O alento é que era justamente Roger Machado, o jóquei que se negou a fechar a casinha, transformando uma goleada numa página histórica dos Grenais

É isso; a gente pensa que já viu tudo em Grenais, mas...

Opinião



Areia Movediça - parte 1

"O jogo acabou. O apito do árbitro acaba com a ilusão e coloca a vida 'real' em movimento novamente. Quando a fantasia é rompida, a realidade nos inunda mais uma vez, a carruagem é uma abóbora, o cavalo branco é um camundongo, o príncipe é um sapo. Ninguém quer ter a visão do que há por trás." 

É um trecho do magnífico livro de Anelise Chen, uma escritora nascida em Taiwan, residente nos EUA, chamado "Esforços Olímpicos". Excelente obra que estou no meio da leitura.

Corta Anelise Chen entra Argélico Fucks com o seu "pezinho no chão", quando o Inter liderava o início do Brasileirão, ano em que despencou para a Série B. Nessa, Argel acertou completamente na análise de seu elenco. Deu no que deu.

Por que essa introdução? porque o Grêmio está diante de uma armadilha; está sobre areia movediça, a mesma que fez ganhar o Regional de 2010 com as calças na mão, perdendo no Olímpico por 1 a 0 na derradeira partida. Sorte que ganhou por 2 a 0 no jogo de ida no Pinheiro Borda. Teve que dar a volta olímpica constrangido. Pior ocorreu no ano seguinte, quando, depois de bater o principal rival por 3 a 2 fora de casa, situação que lhe garantia o título até perdendo (0 a 1 ou 1 a 2). Pois o Coirmão devolveu o resultado, mesmo saindo atrás no marcador e nos tiros livre botou a mão na taça.

Mais recentemente, o Tricolor meteu 3 a 0 na Arena e conquistou a vaga ou título, não lembro, sofrendo um 0 a 2 (Nico Lopez e D'Alessandro) no Beira-Rio. Então, não tem nada decidido até porque a soberba é uma senhora tentação, seja ela ostensiva; "clube grande não cai", "nossa tragédia é parecida com a vivida pela Chapecoense", seja ela velada, um discurso interno que era "impossível um clube com a folha de 14 milhões em dia, cair".

É difícil segurar a euforia, mas precisa muito de um freio até porque o time não é essas maravilhas como demonstrarei na parte 2, aproveitando trechos do comentário do Lipatin na postagem anterior.

  

sábado, 19 de março de 2022

Opinião




Grêmio surpreende e aplica uma goleada no Clássico 

Uma vitória com escore surpreendente que apresentou vários "desmentidos", inclusive um aplicado neste blogueiro.

- Escrevi que Elias deveria ser negociado e ele foi o melhor do Grenal. Verdade que sempre o vi como um jogador de lado. Elias rebentou. Mais um júnior que cava seu espaço no time

- Assisti vídeo ZH (Mano a Mano) onde um dos jornalistas justificava a escolha por Liziero porque ele "crescia em clássico". Como assim, se ele jogou apenas um ou pelo São Paulo ele "rebentava"?

- Em todas as oportunidades desta análise (Mano a Mano), Victor Cuesta é escolhido, embora afunde em todos os Grenais. A história se repete e desmente mais uma vez os entendidos

- O comentarista que considero o melhor (Carlos Guimarães) em suas primeiras impressões deu a entender que o Inter estava dominando por completo e o gol era questão de tempo. Depois, recuou (vi a partida pela RBS com áudio da Guaíba) 

- Outro desmentido: nunca gostei do árbitro Jean Pierre Lima, mas hoje, ele teve um erro apenas, porém gravíssimo: não ter expulsado Bruno Mendez na entrada no tornozelo de Campaz

- Mais um desmentido: o comentarista Cristiano Oliveira (Rádio Guaíba) vive dizendo que o goleiro Daniel é o segundo melhor do Brasil.  Falha e falha muito; faz defesas incríveis, mas cerca alguns frangos em demasia

Bom! além de Elias, três outros jogadores foram soberbos nesta partida: Campaz, Bitello e Pedro Geromel.

Como nada é 100%, a entrevista do vice gremista foi preocupante, porque disse várias vezes que o Grêmio quer o penta campeonato regional, frase que nunca fora dita antes com ênfase. Posso estar enganado, mas meu sentimento é que em sua cabeça a passagem para a final é "favas contadas", algo que não parecia ter convicção.

Uma vitória que tem a mão de Roger Machado, mas convém lembrar que a grande diferença foi o placar. O Grêmio soube materializar no placar a atuação avassaladora; também, porque esta vitória valeu numa fase do certame mais relevante.

O Grêmio que soube porque perdeu antes, precisa saber o porquê desta vitória estupenda.


sexta-feira, 18 de março de 2022

Opinião

 


 

Um Clássico dos Céus para um Homem de Sorte

 

A sorte e a competência, geralmente, andam juntas. Já se viu torcedor creditar ao (bom) destino aquilo que foi fruto de um trabalho consistente, vitorioso, ou seja, em alguns momentos, esses dois atributos se confundem. Mais tarde, a carreira se encarrega de separá-los, deixando à vista, a nudez da carreira do profissional.  

Roger é assim; está sujeito ao rótulo "homem de sorte", porque, muito jovem (46 anos) tem em sua biografia passagens por clubes que muito treinador com extensa carreira, apenas sonha. Estão alinhados Grêmio, Palmeiras, Bahia, Atlético Mineiro e Fluminense, além de Juventude, sua primeira experiência em 2014. Aí, tudo leva a pensar - bom! o cara deve estar tapado de faixas para ter um currículo desses. - Pois é! dois campeonatos baianos e um mineiro. Esta é a realidade. Lucky Man.

Para demonstrar que, realmente tem sorte, o treinador voltando ao Grêmio, teve um teste de fogo, um Grenal, que é para  torcedor Tricolor não esquecer pelo vexame do vareio sofrido, por muitas décadas; eis que em pequeno espaço de tempo, o destino, sempre ele, proporciona ao técnico a chance de redenção, de passar uma borracha, de deletar o clássico 345 e produzir uma fotografia mais recente e feliz à Nação azul.

Sem essa oportunidade de ouro, 2022 seria de uma lembrança incômoda e renitente para ele e a instituição, aí incluída a massa torcedora. No entanto, para isso, não dá para passar essa chance de levantar, dar a volta por cima, depois de sacudir toda a poeira do Grenal, como escreveu o poeta e jornalista Paulo Vanzolini.

  

quinta-feira, 17 de março de 2022

Opinião




Jeito para Acertar 

Jaílson, Arthur, Ramiro e Luan; este, o quarteto do coração do time na conquista da terceira Libertadores pelo Grêmio. Eram quatro juniores, mais! eram quatro juniores jovens, assim como ocorreu com Danrley, Roger e mais exatamente no meio, Carlos Miguel e Arílson em 1995.

Com os ingressos de Bitello e Gabriel Silva, Roger sinaliza que vai mudar o pensamento vigente até a sua chegada e nos seus primeiros jogos. Vai investir nos garotos de talento. Há mais do mesmo no elenco. Só querer.

Ganham ele, o clube e a massa torcedora. 

terça-feira, 15 de março de 2022

Opinião




Ser ou Não Ser?

A notícia não é exatamente nova; levando-se em consideração a velocidade dos fatos e boatos. Ela teve mais ênfase na semana passada, vide Candidatura, qual seja, a força, o convencimento que o PDT está fazendo para ter Bolzan Jr. candidato ao governo estadual.

Logicamente, para isso, Romildo teria que se afastar da presidência do Grêmio num momento em que está em baixa junto ao torcedor. Ganhou uma tatuagem permanente, a do rebaixamento.

Penso que politicamente, neste momento, se lançar ao voo rumo ao Piratini é uma boa para ele. Terá muita visibilidade num ambiente que conhece desde antes do seu nascimento. Vale lembrar que o velho Bolzan pai foi eleito várias vezes; então, na pior das hipóteses, estará visando a prefeitura de Osório em 2024.

Mas e o Romildo gremistão, como ficará, saltando da "barca" (como já disse o profeta D'Alessandro) nestes tempos de baixa estima da massa Tricolor? Arrisco dizer que seu nome será  associado para sempre a forma negativa de gerenciar o Grêmio.

Difícil não concluir que a renúncia no meio da caminhada rumo a Série A, só lhe dará como alternativa o caminho do exílio, muito longe do mundo chamado Grêmio Porto-Alegrense.

domingo, 13 de março de 2022

Opinião




As Duas Grandes Contratações 

Após o vareio sofrido no Grenal, o vice de futebol Tricolor, além de criticar publicamente os jogadores, também prometeu duas grandes contratações urgentes, vide Abrahão prometeu, que eu desconfiei ser uma forma de desviar a atenção do fiasco. Até agora, os nomes tratados foram Edílson (que sacanagem!) e a possibilidade de Guilherme (aquele atacante de zero gols na passagem pelo clube).

Espero, sinceramente, que as duas grandes contratações, não sejam essas. Se forem, é caso de demissão tácita do dirigente por desrespeito ao sentimento do torcedor.


sábado, 12 de março de 2022

Opinião




Vitória evita aumento da crise 

Vejo esta vitória como absolutamente necessária para não aprofundar a crise que seria ampliar o número de partidas sem vitórias com Roger. Ele ganhou apenas duas, ambas na Arena e por coincidência (ou não), jogos em que não sofreu gols e com a ausência de um "cão de guarda" daqueles dos anos 70. Foram dois volantes leves, técnicos e sem fama de "pegadores".

Aliás, no meio de campo apareceram os maiores destaques: Bitello e Campaz, um pouco abaixo, Geromel e Gabriel Silva. Embora o adversário tenha sido o melhor time do certame, desconfio que o Ypiranga "tirou o pé do acelerador"; jogou para esconder o próprio potencial e de forma pragmática, aguentou um resultado adverso até onde não lhe causasse prejuízo. 3 a 0 me parece que seria uma demasia.

Acabei ouvindo acidentalmente a entrevista de final de jogo de Roger;  ele me pareceu encabulado e reticente na admissão que o meio de campo melhorou sem as suas escolhas anteriores. Chego a temer pelo retorno de velhas e ineficientes alternativas.

Do que vi; uma impressão, quase certeza: Elias é jogador de lado. Pode disputar com Gabriel Silva e Campaz, a posição pelo lado direito de ataque. Aliás, Gabriel Silva poderá ser alternativa para o meio, também, isto é, ser o terceiro do meio de campo, compondo com volantes mais móveis (Matheus Sarará, Bobsin, Fernando Henrique e Bitello). 

Rodrigues é uma improvisação que não deverá dar certo numa sequência de jogos e Edílson, uma contratação desesperada, algo como um galho que passa ao lado de quem está se afogando.

Encerrando: vi os 20 minutos iniciais da partida do Inter e gostei do lateral direito, acho que é  Rafinha, do Guarany. Merece ser acompanhado. Pelo menos, para tirar a dúvida.

sexta-feira, 11 de março de 2022

Opinião




 Meio de Campo: a Solução está em Casa 

Acho que o elenco do Grêmio tem grandes carências, um lateral direito, um zagueiro, um lateral esquerdo e um centro avante. Utilizei a palavra elenco e não time, porque para encarar a Série B, temos 9 ou 10 titulares confiáveis, só que Roger não descobriu isso.

Renovo o que escrevi; o Tricolor caiu por vários motivos, mas apenas dois foram essenciais para a queda: más escolhas no comando técnico e má formação do meio de campo. Ajustasse esses dois pontos e teria permanecido na A.

Roger sem ser o técnico ideal, pode, mercê de escolhas melhores, trazer o clube para a elite do futebol nacional. As escolhas que trato, referem-se a formação do meio de campo e a solução está em casa, basta que ele escale dois desses quatro nomes e dê sequência; Matheus Sarará, Victor Bobsin, Bitello e Fernando Henrique. Para mim, o mais titular deles é Bobsin.

A minha decepção com o atual treinador é que ele foi lançado aos 18 anos e em 1995 integrou a equipe que decidiu o Mundial contra o invicto Ajax, só perdendo nos tiros livres, depois de 120 minutos de equilíbrio. Havia sete jogadores muito jovens: Danrlei, Jardel e Arilson (22 anos) Roger (20), Carlos Miguel e Arce (24), Paulo Nunes (23).

Não sei o que falta para Roger escalar os meninos no meio. Talvez o receio de dar certo e incomodar as forças ocultas.


quinta-feira, 10 de março de 2022

Opinião




O Fundo do Poço 

O título não tem a ver com o desempenho da equipe, isto é, dentro das 4 linhas, porque o poço, sua profundeza máxima, ele ainda está sujeito; seja pela permanência na Série B ou pior! a queda para a C. A manchete está relacionada com a parte gerencial, a administração do clube. Ontem, a prova cabal desta decadência.

Quando o Grêmio levou 5 a 0 do Flamengo pela Libertadores, eu chamei o episódio de o nosso 7 a 1. Resumindo numa única palavra: Vexame. No entanto, apesar da derrota vergonhosa, não houve depoimentos fortes, pesados dos dirigentes que atingiam diretamente os atletas. Houve uma "globalização" das responsabilidades.

No Grenal da noite passada,  Bolzan Jr  e Abraão foram mais incisivos, deram a impressão para quem ouviu que os atores em campo foram os grandes responsáveis pela surra, pelo massacre sofrido. Achei que as manifestações em nada contribuíram e contribuirão para a saída do buraco. Ao mesmo tempo, refleti do porquê de atitudes/reações diferentes nestes dois eventos doloridos para a torcida. Cheguei a seguinte conclusão: num time em que estão alinhados Geromel, Kannemann e Maicon + o comando técnico de Renato, esse quarteto não deixaria passarem batidas essas declarações que deveriam pertencer apenas e tão somente ao vestiário. Faltam ao grupo atual, atletas com histórico vencedor e de personalidade forte. Sobrou apenas Geromel. Nem Roger fragilizado, tem topete para contestar. Aí, os cartolas "cresceram na foto".

A verdade é que esse tipo de declaração pública, nada contribuirá para aplacar a ira da torcida ou melhorar o ambiente do elenco. Foi mais um gol contra dos dirigentes. Aliás, recém ouvi que o presidente teve/terá uma conversa "olho no olho" com o plantel. Se não me engano, no final do ano passado já existiu um papo desse tipo. Resolveu?

Por fim: desta vez, não dá para conclamar a torcida e pedir apoio, porque quem está devendo (e muito) é a direção. Ela terá que dar o passo inicial na pacificação; esse movimento será colocar os interesses do clube acima dos de terceiros, ignorar quem são os empresários de jogadores a,b, c ou d e escalar os melhores.  

Onde estão Matheus Sarará, Victor Bobsin e Fernando Henrique, por exemplo? será que jogam menos do que Thiago Santos? qual o mistério?



quarta-feira, 9 de março de 2022

Opinião




Um Clássico com atuação constrangedora 

Que vergonha! Temos um time e clube tóxicos; desse jeito, a gente adoece. Nem vale a pena tratar do jogo, porque se for para escrever algo, será só para tratar do sentimento de alívio por perder pelo escore mínimo. Para mim, este Grenal é página virada, tem algo de muito mais grave ocorrendo e vou mostrar aqui, o que até um torcedor ingênuo e distante dos acontecimentos percebe:

- O clube serve primeiro para os empresários, depois vem os interesses da instituição e no fim da fila, a torcida. Exemplo: Borja (que já foi) é horroroso, Orejuela, idem, mas os salários são de jogadores de seleção. Tem outros, certamente

- Esses empresários não tem time, tanto faz, se o clube vai para a Série B ou escapar. São objetivos diferentes. Os dirigentes ou são burros ou ...

- A contratação de Janderson, eu postei duas vezes vídeo com três comentaristas goianos sendo educados, contidos  na análise, mas deixaram claro que ele tem problemas de cognição. Eu digo; é pior do que o Alisson neste quesito. Não joga no Juventude, nem Caxias

- Quem avaliou e deu o "sim" para gastar os tubos para trazer um juvenil carente de fundamentos, no caso, Campaz? 

- A permanência de Abraão na direção de futebol será uma bofetada na cara da torcida, porque, ele faltou com respeito junto a massa e eu, novamente, vou demonstrar. Ele falou que tinha "cabelo no peito" para aguentar pressão, mas por que liberou Mancini invicto, alegando situação insuportável e injusta, menos de dois meses depois de afirmar que a queda para a Série B não passava pelo treinador? Está na cara que esse vice sonhava em botar Roger no comando. Não tinha convicção, nem planejamento.  Mancini aceitou, pois foi ótimo para ele; ganhou uma baita grana e volta para a sua casa. A entrevista de Abraão foi teatral

- Outra situação gravíssima e que dá impressão, quase certeza, da influência de empresários é a manutenção de Thiago Santos, apesar de todas as provas de sua incapacidade. Esta influência parece atingir a banda podre da imprensa que recebe "jabá" para seguir defendendo este atleta. Nada, absolutamente nada, justifica a sua escalação e a defesa entusiasmada pela sua permanência como volante 

- Seguindo: onde está a coerência do técnico? Os jovens não podem ser escalados no início do clássico por serem novos, mas são lançados neste mesmo jogo com placar adverso para resolver. Se não servem para entrar numa partida que está 0 a 0, em tese, não servirão para virar o Grenal

Encerrando: há necessidade de modificações urgentes; o primeiro é despachar esse vice, pois se o clube conseguiu uma "suplementação orçamentária" para o futebol, nada justifica deixar essa grana na mão desse dirigente, porque vai torrar contra os interesses do clube. Se não teve capacidade para perceber que havia necessidade de mudanças urgentes, depois do rebaixamento, por que, neste momento, vai estar habilitado para fazer mudanças inadiáveis agora?

Uma vez, eu escrevi que, incrivelmente, Odair Hellmann se tornou mais treinador do que Roger ao longo dos anos. Não retiro nada disso.

O Grêmio, no desespero, em Julho trocará de técnico, infelizmente. Se não fizer de forma correta, não sobe em 2022.

Gauchão não é parâmetro. Não dá para esquecer.

terça-feira, 8 de março de 2022

Pequenas Histórias

 Esta postagem deveria sair antes do Clássico, não consegui me organizar, mas o Grenal, também não se realizou. 

Pequenas Histórias (265) - Ano - 1968 a 1972

Pontas: o Caminho Letal para o Gol 

Fonte:https://www.pinterest.com/

Morreram Lula (11/02) e Flecha (23/02), dois pontas genuínos. O primeiro; meu ídolo naquele ataque campeão nacional em 1970 pelo Fluminense (Cafuringa, Flávio, Samarone e Lula). A idolatria esfriou quando deixou o Rio para se juntar ao mesmo Flávio (+ Valdomiro) no grande Inter de 75 e 76.

O segundo, minha admiração prosseguiu mesmo depois que se "mandou" para Coritiba, América RJ e Guarani de Campinas. Flecha foi um monstro pela ponta direita, talvez o coadjuvante com mais ares de protagonista. Pelo menos para mim, que presenciei na Baixada Melancólica, ele botar a bola na cabeça de Néstor Scotta no primeiro gol (o argentino faria o segundo) ou no mais belo tento gremista que vi, quando centrou para Chamaco Rodriguez fazer de calcanhar numa bicicleta ao avesso o terceiro.

No Grenal do Beira-Rio, aquele que ficou para a história como o do Caio Cabeça (autor de dois gols), Flecha se imiscuiu entre os zagueiros, passou pelo goleiro Gainete, para, em seguida, ser derrubado pelo beque Walmir (Louruz) no exato instante que ia botar a bola para o fundo da rede. Scotta cobrou com sua habitual maestria a penalidade. O Tricolor ganhou de 3 a 1. Decorreriam três anos e meio para o Imortal comemorar de novo, uma vitória em clássicos.

E na partida que inaugurou o "moderno" campeonato brasileiro, quando brilhou a estrela de Néstor Scotta. O gringo marcou dois gols (o primeiro entrou no mesmo lugar, onde dez anos depois, Baltazar acertaria o arco de Waldir Perez). Coube a Flecha colocar o derradeiro prego no caixão são-paulino, executando de pé esquerdo o rebote do goleiro Sérgio em mais uma  ótima arrancada do centro-avante platino.Vide Gremio 3 x 0.

Aliás, Flecha bem que poderia viver da profissão de coveiro, pois neste mesmo ano (1971), marcou de cabeça, o gol da tranquilidade no Grenal, a pá de cal, também no Beira-Rio, no 2 a 0 (Gaspar abriu o placar) na conquista da Copa Atlântico, primeira taça a ser erguida de origem internacional no novo estádio do Coirmão.

Chegando à Seleção, ele era orgulhosamente, um coadjuvante para Zico, expoente máximo da história do Flamengo; Palhinha, herói do Cruzeiro na conquista da Libertadores (1976) e Corinthians no épico campeonato paulista (1977), primeiro título do Timão após 23 anos de seca; Rivellino, maior jogador da história deste mesmo Corinthians e herdeiro da camisa 10 nas Copas de 74 e 78. O outro da foto acima, Lula, um ponta ofensivo em sua essência; rápido, driblador e artilheiro.

Flecha e Lula apresentaram sem dúvida alguma, o que de melhor o torcedor idealiza para um ataque dos sonhos. Tinham em comum, a volúpia desbravadora de defesas pelas pontas, o cruzamento qualificado, donos de arremates mortíferos, porém, não souberam driblar as armadilhas da fama fora das quatro linhas.
Foram grandes; poderiam ser mais.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro
            Arquivo Histórico de Santa Maria


 

segunda-feira, 7 de março de 2022

Opinião



Vinho Colonial 


Faz tempo que não tomo mais vinho produzido na colônia, pois o que tenho visto são aqueles colocados em pet de 2 litros. Sou do tempo que eles vinham em garrafão de 5 litros, na verdade em 4,6 ml. Prefiro os tradicionais; temos ótimas marcas.

Um dia desses, me ofereceram "vinha da colônia", esses de pet, agradeci, recusei, expliquei o porquê. Fui retrucado: - não existe vinho melhor do que de colônia.- Eu  disse que atualmente, o "mercado" ficou "contaminado', aquilo que era marca registrada de excelência, nada mais significa, ou melhor, pode ser uma armadilha para atrair o consumidor. Hoje, não é mais referência "ser vinho da colônia". Os que leem este post, devem ter exemplos semelhantes a este (o do vinho) em outra natureza de produto.

Por que começo a crônica desta forma? porque aconselham a utilização de Thiago Santos no clássico, pois é o volante "cão de guarda" e tem mais idade, mais rodagem do que os meninos.

Estamos diante de um vinho de colônia que não convence. Ser cão de guarda e ser experiente no caso de Thiago Santos em relação aos seus resultados, não justificam esses predicados. Se fosse assim, o Tricolor não sofreria tantos gols, quanto sofre com ele. Aliás, quase que sempre para vencer, o time terá que fazer dois gols.

No clássico, ele pode rebentar? pode acabar o jogo? pode. Lembro que o criticado, justamente criticado, Alisson, andou fazendo dois gols numa de suas derradeiras apresentações pelo Grêmio, mas, sabe-se que é a famosa exceção. A "Síndrome de Gabiru".

Roger se quiser experiência, isto é, um volante mais preso e experimentado à frente da zaga, deverá escalar Lucas Silva e colocar juventude ao lado dele, dois jovens.

Thiago Santos, sua eficiência é uma verdadeira miragem. Se Matheus Sarará tivesse sido escalado na metade das vezes em que o camisa 5 foi, hoje, não haveria mais esta discussão.

domingo, 6 de março de 2022

Opinião



Um Prato para o Interior 

Diante da ruindade de Grêmio e Inter, nunca vi uma oferta de título, de faixa, de caneco, tão à disposição para os demais clubes gaúchos como em 2022.

Assisti as conquistas de Juventude (1998), Caxias (2000) e Novo Hamburgo (2017), todos coincidentemente, treinados por ex-jogadores que vi atuar: Lori no Atlético Paranaense e Pinheiros (volante), Tite (meia da Portuguesa e Guarani) e Beto (centro avante do São Borja e do Novo Hamburgo).

Em todas essas conquistas, a Dupla Grenal vacilou, "deu mole". Agora, as chances aumentaram para os clubes do interior (até o Zequinha), porque a fase gerencial e da bola rolando nos gramados de Grêmio e Inter, ela é a mais fraca de 50 anos, com certeza. Pior! não há indicativos de mudanças a curtíssimo prazo, portanto, ver uma terceira força no lugar principal do pódio do regional, naturalizou. Não espantará ninguém.

Vejo que o Ypiranga trilha este caminho com mais solidez e ambição. Coincidentemente, eu vi o seu comandante técnico como jogador. Lembro de Luizinho jogando pelo Brasil pelotense e no Atlético do Paraná.

O Gauchão está à mesa, um cardápio a preços módicos.

Opinião




Muito trabalho pela Frente 

Feliz ou infelizmente, não pude ver, nem ouvir o jogo desta tarde, só tomei conhecimento de alguns fatos da partida, logo que ela acabou, quando o comentarista Cristiano Oliveira (rádio Guaíba) tecia a sua impressão sobre o empate gremista.

Mais tarde, assisti o compacto com os melhores momentos; acho que Brenno não falhou no gol anilado, mas dá para observar que o primeiro tempo foi mais do Nóia do que do Tricolor. Na etapa final, o arqueiro Raul se destacou, demonstrando que o Grêmio voltou melhor.

Dos que começaram, novamente, o treinador insistiu em escalar Thiago Santos, que cada vez reforça a ideia que ele joga por algum motivo, alguma causa que vai além do seu futebol em campo. Foi bom ouvir o Oliveira dizer que ele não é volante, mas sim um "cometedor de faltas", sinal que reconheceu o equívoco, porque há meio ano, setembro/outubro, ele achava importante tê-lo à frente dos zagueiros.

Outra observação correta do analista: - O Grêmio pagou o preço de uma Ferrari para ter um Chevette. Ele se referia ao desempenho de Campaz. 

De positivo, parece que os meninos que entraram, Bitello, Elias e Gabriel Silva, esse trio evitou o desastre de mais uma derrota e Rildo foi bem. 

Roger fecha agora uma vitória, uma derrota e um empate. É pouco, quase nada, uma vez que enfrentou clubes modestos.

Com certeza, ele terá muito trabalho pela frente e nós, torcedores, muitos sustos e desgostos.

sábado, 5 de março de 2022

Opinião

Alerta: esta postagem não é sobre o nosso Grêmio



Crônica Infeliz 

Este post foge dos usuais assuntos do blog, porque me deparei com a crônica mais infeliz em décadas de leitura com o agravante de ser produção de um jornalista que admiro. Ela é um festival de erros e o autor deve estar encabulado por ter postado. É do Correio do Povo de hoje, vide 04 de Março.

Para criticar (justamente) a gestão atual do Inter, o cronista volta a 2016, início do Brasileiro, lembrando que não entendia a liderança do Inter (a vaca em cima do poste), concluindo que suas desconfianças estavam corretas com a queda para a Série B naquele certame. Até aí, tudo bem.

Os problemas da crônica estão, quando para criticar a administração de Barcellos e seus pares, Mombach utiliza exemplos inadequados e argumentos frágeis;  "no desejo de sepultar qualquer resquício de carvalhismo". Prossegue: "... movimento que deveria constar no estatuto como algo a ser perseguido" como se o "carvalhismo" fosse um modelo de completo sucesso.

Aí, eu chego naquela minha conclusão de anos antes: alguns dirigentes caem nas graças de parte da mídia, aquela que tem memória seletiva quando convêm.

Observem: 

- Em 2002, o carvalhismo quase levou o clube para a segunda divisão; escapou, quando dispensou Roth, contratou Cláudio Duarte e fugiu, vencendo inesperadamente o Paysandu em Belém do Pará na última rodada

- Em 2006, ele (carvalhismo) foi campeão do mundo com a dupla Fernando Carvalho e Vitorio Piffero

- Em 2010, o sucessor ungido por Carvalho, Piffero ganha a Libertadores e promove o maior vexame internacional da instituição, derrota para o Mazembe com o mesmo Roth que quase rebaixou o clube em 2002

- Em 2016, ano da vaca no poste, liderança que estranhava o cronista do Correio do Povo, o presidente era Piffero, ou seja, o carvalhismo seguia no governo do Inter

- Neste mesmo ano, mais exatamente em 08 de Agosto, Fernando Carvalho assume o comando da "swat" do Inter, porque o clube encerrava o primeiro turno do Brasileirão, "perigosamente" dois pontos acima da zona de rebaixamento. Demite Falcão e contrata Roth (aquele de 2002 e do Mazembaço) para tocar as 19 rodadas do segundo turno. Vide Carvalho assume a Swat.

- Em Dezembro daquele ano, o Inter sob o comando da dupla Piffero/Carvalho é rebaixado e o segundo compara a tragédia do rebaixamento com o lamentável acidente que envolveu a Chapecoense

- A gestão de Piffero, um carvalhista, está sendo investigada em esferas que não são exatamente esportivas

Concluindo, o carvalhismo não é o melhor modelo para ser usado na crítica de gestões de futebol. A não ser como não fazer.




sexta-feira, 4 de março de 2022

Opinião




Periferia do Futebol 

O Rio Grande do Sul é considerado um estado periférico do país, muito pela sua localização geográfica, distante do DF e do eixo Rio-São Paulo; porém, no futebol, por inúmeras vezes e com absoluta razão, a Dupla Grenal esteve elencada entre as forças apontadas como possíveis candidatas aos títulos, Copa do Brasil e Nacional. Não era (a Dupla) periférica na banca de apostas.

Porém, pelo estágio atual, periferia identifica o secundário, o "menos do que o principal" e as razões vão muito além do crescimento de Flamengo, Palmeiras e Atlético Mineiro, elas estão na incapacidade gerencial dos condutores dos destinos de Grêmio e Inter, porque, esse trio de gigantes citados, não disputa o Gauchão, nem as primeiras rodadas da Copa do Brasil.

Um já está na Série B; Inter (e também, Juventude) caminha(m) para lá. Como diz o gaúcho: - Periga o Rio Grande não ter representantes na Série A em 2023. Pobre dos torcedores.

Por fim: centro avante Rômulo, autor do segundo gol potiguar, merece ser olhado com mais atenção. Me pareceu um atacante de qualidade.

quinta-feira, 3 de março de 2022

Opinião



Diogo Barbosa, o injustiçado

Recém li na ZH uma postagem surpreendente pela rasa justificativa para a manutenção de Thiago Santos no time do Grêmio. As argumentações são tão frágeis que até eu posso rebatê-las.

O argumento principal é que Thiago Santos sofre injustiça, porque parece carregar toda a culpa dos insucessos do Grêmio; o cronista demonstra que não é apenas ele que está comprometendo: Brenno falhou, os meninos do meio não marcam, Bruno Alves não convence, Orijuela é fraco, Geromel está velho, etc... Resumindo: o coletivo anda mal das pernas, portanto, não dá para creditar apenas ao volante o fracasso do time.

Bom! primeiro: coletivo é um conjunto de unidades, neste caso, de individualidades. São interdependentes, existindo sim responsabilidade dos indivíduos no todo. Segundo, Thiago Santos em campo é quase sempre sinônimo de defesa vazada. Dá mais de um gol por partida, a sua média. Maior do que a dele, quando ausente; terceiro, ele veio com a missão precípua, quase exclusiva, de defender. Se isso não ocorre há cerca de 12 meses e diversos treinadores, então, que se coloque um atleta que dê mais retorno em outras valências; quarto, os números de Thiago Santos só não são piores, porque ele não jogou no time de transição ou de reservas, situações vividas por Matheus Sarará, Bitello, Fernando Henrique e outros jovens que não tiveram chances de sequência entre os titulares. Para eles, a necessidade de "rebentar" sempre,  é imperiosa. Oscilaram? dançam. Não tem conversa. 

Por fim, se o argumento valer, o de que o coletivo falhando, permite-se atletas serem mantidos, atuando de modo insuficiente; então, houve uma grande injustiça, quando sacaram Diogo Barbosa da lateral esquerda, pois, com o time morando, residindo e domiciliado no Z4 o campeonato inteiro, ele não seria, por essa tese, o culpado exclusivo, mesmo jogando mal; afinal, não era apenas ele. Qualquer um daquele time estaria isento da responsabilidade pelo rebaixamento, ou seja, o coletivo absolveria todos os que andavam mal.

De qualquer forma, estamos diante de um desrespeito: ou com Thiago Santos e Diogo Barbosa ou, do outro lado, com a inteligência dos leitores.

quarta-feira, 2 de março de 2022

Opinião


 

Intervenção no Futebol

Falta muito pouco para o Grêmio desandar de vez; quem sabe a perda do Gauchão. É exagero? Claro que não, basta que a racionalidade seja posta à prova. Observem; Abraão e Mancini tiveram 14 rodadas para sair da zona do rebaixamento, não foi pouca coisa. Bastava para o Imortal ultrapassar 2 adversários apenas, já que Sport e Chapecoense eram pedra cantada, cartas certas no baralho da segunda divisão. Essa dupla do futebol gremista pode ter herdada uma tarefa árdua, mas estava longe de ser impossível. O vice, o tempo todo dizia que o clube não cairia; tudo bem, isso poderia ser afirmado que estava no seu papel. Então, dá para relativizar a participação dela (a dupla) na queda. Pode-se relativizar, isto é, dá-se o direito da dúvida.

O que não tem dúvida foi o monumental equívoco de manter o treinador e a base do elenco/time que caiu para o ano seguinte. Alguém "rasgou" o ouvido de Bolzan Jr que dava para encarar a Série B com esse grupo e esse técnico. Esta pessoa tem que vazar urgente para que o Grêmio volte a ter a torcida ao seu lado. A massa não consegue ouvir tanta bravata, tanto discurso anacrônico, tanta falta de respeito para com ela como tem ouvido entrevista por entrevista, jogo após jogo.

Ontem, o vice de futebol disse que o Grêmio vai buscar o penta campeonato regional. Seria uma afirmação lógica e normal, porém, vem da mesma boca que afirmou que o Tricolor não ia cair, que este elenco era suficiente para subir em 2022, que Mancini foi injustiçado, então, os torcedores ficam em polvorosa; o raciocínio é simples: por que agora esta afirmação vai ter crédito? Além disso, os mais antigos tem uma lembrança amarga da relação Abraão/ISL, empresa que é uma das causas da seca de 15 anos sem títulos relevantes.

Estas linhas não são exageradas, dá para afirmar que o comando do futebol gremista segue perdido: afirma que o elenco está fechado, que o clube não tem dinheiro, ao mesmo tempo, fala em buscar jogadores mais experientes; tem até a absurda notícia de acerto com Edílson, 35 anos. Será que a experiência com Rafinha, Tardelli, Robinho, Thiago Neves, não serve para nada? Será que a base não consegue formar laterais? 

O primeiro passo que o presidente tem que dar é liberar este vice de futebol que não apresentou nada de bom, tanto é verdade, que antes de fechar dois meses de 2022, já dispensou o treinador, demonstrando que não existe planejamento e muito menos, convicção no trabalho, justamente no ano mais delicado do clube.

É um festival de erros sob o comando deste vice, ainda assim, a banda podre da imprensa acoberta sabe-se lá os motivos. Insiste em minimizar as ações desastrosas deste dirigente.



 

Opinião



Vexame inédito na Copa do Brasil 

Começando com a informação que não estou "p#to da vida", nem com a cabeça quente para o que vem nas linhas abaixo. O que reforça isso é o fato de nem postar nada antes desta partida, porque tinha a sensação bem nítida que a desclassificação na primeira fase era uma possibilidade bem real. Não quis azarar.

O Mirassol é um bom time, bem treinado, porém, disputa a Série C do Brasileiro e não estão nele as principais causas do fiasco gremista. Os fatores da desclassificação estão "linkados" com a transição equivocada entre o rebaixamento de 2021 e o "pensar", o "planejamento" para 2022, quando engenheiros, mestres de obra e a peonada da queda foram mantidos com muito latim e vaselina na imprensa, que ficou mansa, achando que a solução não seria fazer "terra arrasada". Só a torcida previa os filmes de terror como este de epílogo indigesto da desclassificação na Copa do Brasil.

O clube precisa reduzir a folha? é simples, observem: se um atleta que custou 10 milhões de reais por 1/4 de seus direitos federativos se torna reserva de todo e qualquer lateral esquerdo do elenco, não pode ficar no grupo (Diogo Barbosa). Thiago Santos é a maior falácia dos últimos anos na posição que atua; quando atua é certo, absolutamente certo, que o Grêmio precisará de pelo menos dois gols para triunfar na partida. E pensar que havia jornalista escrevendo que não se joga clássico sem um volante com estas características. Que bobagem! aliás, uma bobagem onerosa para a instituição e para a inteligência do leitor.

Prosseguindo: se Lucas Silva está atrás na fila para Thiago Santos com o salário que ganha, então, só liberando sem receio. Mais! Churín e Orijuela, os dirigentes tem que ter humildade para reconhecer que erraram feio. Esses dois atletas não dominam os fundamentos mais primitivos do futebol.

Resumindo: quanto o Grêmio gasta com Diogo Barbosa, Orijuela, Thiago Santos, Lucas Silva e Diego Churín? olhando pelo "espelho", a imagem invertida, quanto o clube economizará sem eles?

Por fim: a titularidade de Brenno, a permanência de Abraão, as escolhas de Roger, a Direção precisa analisar detidamente. Sem agir com serenidade e competência, o futuro do Grêmio estará comprometido nas próximas temporadas.

O que mais falta para identificar quando o Tricolor chegou ou chegará ao fundo do poço? É um salto no escuro, um voo cego.