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sábado, 30 de novembro de 2013

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (57) - Ano 1953

Até a pé nós iremos (Felicidade)
 
 
"Esse garoto é bom. Esse garoto vai longe". Em 29 de Abril de 1932, numa sexta-feira, naturalmente à noite, num barzinho da Cidade Baixa, o poeta da Vila Isabel, Noel Rosa profetizou com esta frase o futuro daquele menino de 17 anos que se apresentava com o Grupo Catão. O compositor carioca, após se exibir no Cine e Teatro Imperial acompanhado pelos Ases do Samba, resolveu dar uma esticada na noite porto-alegrense e lá encontrou o menino Lupi.
 
Lupicínio nasceu em 16 de Setembro de 1914 na Ilhota, Cidade Baixa. Foi o primeiro filho homem de Francisco e Abigail. Passou por vários colégios, principalmente porque sua atenção estava voltada para a música e o futebol. Com 14 anos já vencia concursos com marchinhas para Carnaval.
 
Seu Francisco resolveu "dar um jeito" no filho e o alistou voluntariamente no Exército com 16 anos incompletos, tendo participado da frustrada Revolução Constitucionalista de 1932, situação que lhe permitiu "esparramar' seus sambas para o centro do país.
 
 Em 1933 é transferido para Santa Maria. Aqui, frequentando o clube União Familiar na rua Barão do Triunfo, conhece Iná, sua grande e avassaladora musa que rendeu clássicos da música brasileira com Felicidade e Nervos de Aço. Seu lado boêmio bateu de frente com os familiares da moça; o retorno a capital foi inevitável. Em 1935 deixa a caserna.
 
Gremista dos quatro costados, frequentador da Baixada, em 1953, Lupicínio compõem a música que se tornaria o hino do clube de seu coração. Aproveitou a greve dos bondes em Porto Alegre para abrir os primeiros versos; aliás, li no blog Grêmio Copeiro, uma frase que achei sensacional: - o hino de Lupicínio é a Marselhesa para os gremistas. Feliz observação. Eu sinto isso. Lupi aproveitou e inseriu fatos e termos marcantes na história do Tricolor como Lara, o craque Imortal, 50 anos de glórias tens Imortal Tricolor e com o Grêmio, onde o Grêmio estiver.
 
É um dos mais belos hinos de clubes, especialmente porque foi escrito por um apaixonado torcedor, ilustre mestre das letras.
 
Lupicínio teve suas obras gravadas por Mário Reis, Ciro Monteiro, Jamelão, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Elis Regina, Baby Consuelo, Zizi Possi, Vitor Ramil, Bebeto Alves, Gal Costa e Arnaldo Antunes, entre outros.
 
Lupi faleceu em 27 de Agosto de 1974, mas sua obra ficou imortalizada. Noel tinha razão.
 
Seguem vídeos para ilustrar esta crônica e uma homenagem ao primeiro hino que é pouco conhecido:
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Opinião


 
 
Outro bom exemplo do Flamengo


                                   Mais um bom exemplo que o clube da Gávea deixou para o Grêmio neste confronto de domingo contra o Goiás foi a imposição; a demonstração do seu tamanho ante o clube paranaense. Foi nítida a superioridade carioca nos dois embates.

                                   Para mim, ficam claras as semelhanças técnicas entre os dois quadros. Atlético Paranaense e Flamengo se equivalem. Pequenas diferenças os separam, à primeira vista. A análise individual dos atletas que participaram das finais, antes da bola rolar, não autorizam ninguém a dizer que havia ampla superioridade de quaisquer lados. Onde então, foi consagrador e incontestável o mérito do Flamengo na conquista do título? Tradição, camisa, história, passado, “time de chegada”, etc... Escolham as causas; para mim, todas corretas. E observem que não dá para incluir nestes itens algo como planejamento, gestão de excelência. Negativo, não foi por isso, se fosse assim, o Mengo não estaria onde está no Brasileirão. São fatores inerentes a marca e ao tempo, presentes nos momentos decisivos, que nortearam o caminho para a colocação da taça no armário e faixa no peito.

                                   Aí entra o tal “bom exemplo' para o Imortal. Sempre respeitando o Goiás, porque isso também faz parte da noção de grandeza, mesmo que a “decisão” deste final de semana, não tenha a amplitude de uma verdadeira finalíssima, tal qual a da Copa do Brasil, o time agora do Humaitá, tem que fazer valer toda a sua biografia e estatura, representadas pelos números superiores como torcida, títulos, experiência, história e até a melhor posição na tabela do que o clube do Centro-Oeste. É hora de fazer valer todos esses elementos que tornaram o Tricolor, um dos maiores clubes brasileiros.

 

                                  

 

 

 

 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Opinião


 
O bom exemplo das conquistas do Flamengo e Corinthians
 
São nossos clubes mais populares, portanto mais sanguíneos e irascíveis, mas tiveram conquistas importantes, apesar dos pesares da história recente de cada um deles. Diante disso, resolvi ver o que há (houve) de bom nas conquistas corintianas e nesta Copa do Brasil do rubro-negro carioca que pode servir de exemplo para o Imortal. Começarei pelo clube paulista, porque nele serei breve.
 
a) Um grande treinador e muita convicção nele. A direção poderia ter demitido Tite quando perdeu na pré-Libertadores para o Tolima. Uma vergonha! Os comandantes do clube fizeram ouvidos de mercador, quando os "entendidos" (sim, amigos, em todo clube grande tem os torcedores que dão cinco jogos para acertar o time, senão a corneta começa) pediram a cabeça do técnico. Resultado: Tite escreveu a mais bela página de conquistas do clube paulistano. Isso poderia ter sido abortado, se não houvesse convicção no trabalho deste gaúcho nascido na Serra.
 
b) Do Flamengo há muita coisa boa a ser olhada com atenção. O clube carioca tem tradição na formação de pratas da casa; também recorre, "pede socorro" a treinadores da base ou sem experiência como Paulo Cesar Carpegianni que largou a camisa 6 (centro-médio) para assumir o lugar de Cláudio Coutinho e ser campeão do mundo em 1981, Carlinhos, Joubert, Andrade e agora, Jayme de Almeida. Todos identificados com a história vencedora do clube da Gávea.
 
Também, notou-se que é possível carregar nas costas um Pelaipe da vida, que só soube indicar Marcelo Moreno, Carlos Eduardo e Mano Menezes, todos quase botaram à pique a nau rubro-negra no ano. Jayme salvou a pele de todos. Alçou à titularidade Wallace, Samir, Amaral, Hernane. Com ele Paulinho, Elias, André Santos recuperaram ou se firmaram. Jayme não conseguiu fazer Carlos Eduardo jogar, mas aí seria milagre.
 
Esses "fragmentos" positivos que sobressaíram de um universo nem sempre recomendável dessas duas instituições, podem e devem ser copiados.
 
Quando eu leio que o Tricolor pode contratar Gilmar Dal Pozzo, fico pensando; e o Roger? Ele seria menos que o ex-goleiro do Caxias? E os nossos jovens que vem da base ou chegam como promessas de outros clubes não poderiam repetir os meninos da Gávea? Não sei, mas acho que os caminhos são investir pesado num técnico vencedor e em franco crescimento como Tite/Muricy ou então, buscar Roger ou Cristóvão que tem identificação com o clube, são estudiosos e não são caros. Promessa por promessa, prefiro alguém com história no clube para cuidar do vestiário.
 
Para encerrar, não dá para descartar Renato, mas para isso acontecer, muitas arestas terão que ser aparadas. Aí entra o presidente Koff. Fora ele, não vejo como.
 
 
 
 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Opinião



 
O Show precisa continuar
 
Duas semanas sem futebol gaúcho no meio de semana e a gente tem a noção exata do que é "produção de fatos". O Show tem, precisa, deve continuar e aí pululam notícias extracampo com não se verifica em semanas com jogos de 3 em 3 dias. Pergunto: não existem informações nestes períodos ou é só quando o interregno é maior?
 
Esses momentos são de um aprendizado e tanto para nós. Será que a história de um Grêmio mais "enxuto" viria à baila? E cogitar novo treinador na fase crucial do campeonato? Especular interesse de grandes clubes no técnico e no centro-avante + ainda, em zagueiro e volante pelo Flamengo?
 
Não sei o que a maioria pensa, mas eu acho que a face mais oportunista e cruel do quarto poder se desvela sem qualquer pudor, porque a indústria da notícia precisa. A locomotiva tem fome de lenha e a ética vai para o espaço.
 
Algumas dessas especulações até podem se confirmar, mas eu duvido que elas seriam manchetes se permanecessem jogos nos meios de semana.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Opinião


 
 
Terça-Feira trouxe boas notícias
 
O dia trouxe notícias positivas para nós gremistas, passando um certo otimismo com relação ao objetivo mais real; a classificação para a LA, senão vejamos:
- A entrevista de Renato foi equilibrada, coerente na valorização do elenco e principalmente, respeitosa com o adversário, mas confiante, nisso incluiu o fator local do jogo como importante 
- Também passou a impressão que sabe a grandiosidade da empreitada do Domingo próximo, o seu tamanho
- Com exceção do problema com a limitação da legislação no caso dos estrangeiros, a semana começa com todos os atletas à disposição do técnico
- Fora das quatro linhas, outra boa notícia; Grêmio e construtora chegam a um acordo e a novela desgastante, que tomou muito tempo do presidente, parece que chegará ao fim neste 05 de Dezembro
- Amanhã, quarta-feira, poderá trazer um presente com o título do Atlético Paranaense, mas isso será um "plus", o Imortal parece entender qual é o seu papel nesta reta derradeira, nele está incluído a dispensa da ajuda de terceiros
 
 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Opinião



 
Planejamento de 2014 passa por dois jogos
 
Algumas expressões ficam gastas ante o uso demasiado, embora inevitável; uma delas é o tal "jogo do ano". O Imortal já teve dois recentemente, no primeiro bateu o Corinthians. Com a passagem veio logo um outro "jogo do ano" contra o Furacão paranaense, quando caiu por falta de precisão ofensiva e uma herança ruim do confronto de ida. 0 x 1.
 
Pois agora temos "os jogos que valem a próxima temporada". Não é exagero nenhum; o planejamento dentro e fora das 4 linhas passa pelo que o Grêmio fará contra Goiás e Lusa. Vale 2014, portanto, hoje, 25 de Novembro, o Tricolor tem que ter em mente a importância de passar por cima das dificuldades que foram costumeiras neste Brasileirão e vencer os confrontos derradeiros de 2013.
 
Clube e time, não há como comparar o nosso Imortal com seus adversários. É hora da camisa, tradição, qualidade do elenco, qualidade da comissão técnica e obviamente, da imensa nação de torcedores que faz do Grêmio um dos clubes mais populares do Brasil, talvez  o maior fora do eixo RJ-SP.
 
Com certeza, não dá para começar a pensar em Goiás na sexta-feira; o máximo que se aceitará é acompanhar a decisão da Copa do Brasil e torcer muito para o Atlético na quarta à noite, porque qualquer ajuda neste momento será bem-vinda.
 
2014, sem dúvidas, começa nesta segunda-feira.
 
 

domingo, 24 de novembro de 2013

Opinião



 
Grêmio empata com a Ponte Preta em Campinas
 
Como na maioria das vezes em que jogou em Campinas nestas 3 últimas décadas, o Tricolor não conseguiu sair vitorioso contra a Macaca. Tabu à parte, hoje tudo estava alinhavado para uma vitória, o clube campineiro vive a euforia de estar a um passo da final da Sulamericana, com isso, com a possibilidade de conquistar o segundo troféu da sua história centenária no plano profissional. Também está mal colocada e sem chances de sair do rebaixamento sem que um milagre aconteça, por fim, jogou com time misto e estádio vazio. Tudo isso foi insuficiente para o time gaúcho que, embora, estivesse melhor durante toda a partida, não teve competência para fazer os gols suficientes para trazer os 3 pontos.
 
O primeiro tempo trouxe um jogo morno de muitos passes errados e uma improdutividade ofensiva, cujo o ápice foi o não aproveitamento de um escanteio que proporcionou um contra-ataque mortal; Adailton bateu cruzado da esquerda para a direita. 1 a 0. Barcos, Kléber e Vargas, cada um deles, foram responsáveis pelas chances gremistas, mas a etapa inicial ficou assim.
 
O segundo tempo apresentou uma melhora tricolor, mais pelo desentrosamento e falta de qualidade do adversário. Apesar dos erros de passes irritantes do lado gaúcho, a vitória parecia que viria ao natural, tamanha era a diferença técnica entre as duas equipes. Falsa impressão. O máximo que o time conseguiu foi um empate num chute de Vargas que desviou na zaga. 1 a 1.
 
Individualmente, Rhodolfo, Souza e Vargas foram bem, sendo que este último, alternou jogadas de qualidade com arranques e perdas de bola dignas de um "peladeiro". Alex Telles repete o seu recente histórico; isto é, chega com facilidade à linha de fundo, mas não consegue dar sentido a jogada, quando se trata de consequência; algo semelhante ocorria com Mário Fernandes. Raros são gols originados em cruzamentos. Aliás, Zé Roberto, de boa atuação (enquanto teve "gás") demonstrou como se faz, servindo o chileno no tento tricolor.
 
Prosseguindo, Renato acertou em descartar Riveros, que não fez falta, porém, Máxi não entrou bem e se enrolou com a bola várias vezes, entretanto, o estrangeiro de má performance foi Barcos, que se desdobra e se doa muito em campo, mas sua produtividade é baixíssima, tal qual Alex Telles e especialmente, Kléber. Este segue devendo objetividade desde o final do primeiro turno. Bressan e Ramiro estiveram bem. Pará a cada dia me convence que a relação custo-benefício no seu caso, é prejudicial ao clube. Elano entrou muito bem no pouco tempo em que esteve em campo, Mamute passou despercebido.
 
A classificação a LA se apresenta emocionante, muito principalmente pela carência técnica dos postulantes a ela; Atlético Paranaense, Goiás, Botafogo e Grêmio, neste momento, parecem todos "japoneses". Se fosse no turfe, a decisão seria no "fotochart". Haja coração e paciência!

sábado, 23 de novembro de 2013

Galeria Imortal



Galeria Imortal (13)
 
 
Em Outubro de 1970, Grêmio e Ponte Preta se enfrentaram pela primeira vez em competições nacionais, era o Robertão. A partida foi realizada no Parque Antarctica e terminou 1 a 1. Gols de Roberto Pinto, sobrinho do lendário Jair da Rosa Pinto e Flecha. Nesta foto está a maioria dos atletas que participou do confronto. Em pé: Arlindo, Espinosa, Ari Hercílio, Jadir, Beto Bacamarte e Everaldo; agachados: Alvaci Almeida (Banha), Caio Cabeça, João Severiano (Joãozinho), Paraguaio, Gaspar e Volmir.
 
No confronto contra a Ponte, o Grêmio utilizou: Arlindo, Espinosa, Ari Hercílio, Beto e Everaldo; Jadir e Gaspar; Flecha, Caio, Paraguaio e Loivo. Entraram Di, zagueiro e Bebeto, o Canhão da Serra,  centro-avante, respectivamente nos lugares de Ari Hercílio e Flecha. O técnico era Carlos Froner.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Opinião



 
Pensando o confronto de domingo
 
Esta sexta apresentou, finalmente o assunto futebol dentro das quatro linhas. Renato acerta em cheio, levando um grupo elevado de jogadores, desta forma, mantém todos em alerta, prontos para serem utilizados a qualquer momento; aliás, momentos decisivos nestes três finais de semana. Aí entra Eduardo Vargas e os demais estrangeiros, assim, a mobilização é compacta, um bloco para os enfrentamentos contra Ponte, Goiás e a Lusa na rodada final.
 
O treinador gremista não dá indícios de qual dos 4 (Máxi, Barcos, Vargas e Riveros) sobrará por força da legislação. Isso, além do aspecto individual, também cria uma dúvida maior: qual o esquema a ser adotado? Aí não trato de 4-4-2 ou 4-3-3, mas da variação que (dependendo da escolha dos atletas) cada uma destas combinações pode proporcionar.
 
Com o gol e a zaga definidos; as alternativas começam no meio de campo; Souza, Riveros, Ramiro e Zé Roberto; Souza, Riveros, Ramiro e Máxi; Adriano, Souza, Ramiro, Zé Roberto ou ainda, Souza, Ramiro, Zé Roberto e Máxi; talvez Souza, Ramiro e Zé Roberto ou Máxi? Neste último caso, usando 3 atacantes.
 
E na frente? Vargas, Kléber e Barcos; Kléber e Barcos; Máxi e Barcos;  Vargas e Barcos?
 
Só podem jogar 11 e destes 11, 3 estrangeiros no máximo. Diante das diversas alternativas enumero duas escalações, a primeira, a que eu colocaria; a segunda, a provável de Renato.
a) Souza, Ramiro e Zé Roberto; Vargas, Kléber e Barcos
b) Souza, Riveros, Ramiro e Zé Roberto; Kléber e Barcos
 
Deixaria Máxi Rodriguez para o segundo tempo. Se ele realmente não tem condições para 90 minutos, eu prefiro que ele pegue o adversário cansado. Se Renato sacar Riveros, Vargas daria um cansaço no primeiro tempo, depois cederia o lugar para o uruguaio.
 
De qualquer forma, é fundamental marcar pontos em Campinas, independente da escalação.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Opinião


 
 
Dá para acreditar?
 
Pois continuam as notícias estranhas nesta semana, onde o futebol da Dupla deu um tempo. As mais recentes e estapafúrdias cogitam voltas de atletas como Fábio Rochemback, Gabriel e Paulão, porque tiveram boas passagens com Renato em 2010. Não dá para acreditar; o que é intrigante é a origem e os porquês de plantarem tais informações. Segue o baile, justamente, quando o Tricolor demonstrou que investir em jovens, mesclando-os com experientes "bons de bola e grupo" é o caminho mais curto para a volta ao topo.
 
Mudando de assunto; a pegação no pé de Barcos é outro fato intrigante, basta que se verifique o desempenho de outros atacantes, que logo a argumentação da falta de gols do argentino, cai por terra, é só buscarmos os números de Vargas e especialmente de Kléber.  O Grêmio de 2014 começa pelo centro-avante, senão, novamente veremos nossos atletas escorraçados brilharem em outros clubes como aconteceu com Victor.
 
A especulação em torno do interesse em Jadson é outra que não me agrada. Para o meio precisamos de alguém com mais talento e personalidade do que ele, independente de nome ou idade. Para mim, Jadson não serve. Se for para investir, indico estes nomes para várias posições: Samir, Luis Antônio, Thomas, Adrian e especialmente, Elias, todos do Flamengo; é só esperar a final da CB. Contudo, esta é a hora de olhar para as três últimas rodadas, a classificação a LA ditará o tamanho de 2014 para o Imortal.
 
 
 
 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Opinião



 
O que rola num meio de semana sem futebol
 
É uma boa experiência a gente não ter jogo do time no meio de semana; nestas ocasiões podemos aferir o comportamento da torcida, do técnico (se ele é adepto de treinos) e principalmente da mídia. Esta última, depois do que eu vi em abril deste ano, quando, segundo ela, o conflito mundial estava próximo de acontecer pelas ameaças da Coreia do Norte (era só o que se ouvia) e em seguida o atentado em Boston (que não estava no script) desviar o foco, deixando a iminente ação coreana para segundo plano no noticiário global, passei a ter um pé atrás com os meios de comunicação. Pois bem, diante disso temos o seguinte:
- Especulações sobre venda de jogadores (Bressan, Alex Telles)
- Conflitos envolvendo o Conselho Deliberativo do Grêmio
- Dúvidas sobre a titularidade de Maxi Rodriguez
- Teses sobre quem deve sair dos estrangeiros para o confronto contra a Ponte
- Questionamentos quanto a posição de Zé Roberto no meio de campo
- Sondagens de possíveis treinadores para 2014
 
Muitos desses assuntos ganharam força neste período, também pela folga dada de dois dias, a pauta fica nada atrativa e o "show deve continuar". Espero que com o reinício das atividades com bola, os assuntos se reportem a fatos concretos e o noticiário entre no ritmo normal.
 
A torcida sequiosa por informações, terá de ser inteligente para filtrar o que é real e o que é efêmero, resultado de especulações causadas pela escassez de notícias.
 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Vale a Pena?

O goleiro Julio César ganhou um aliado importante na campanha para a Copa 2014. Trata-se de seu próprio clube, o Queens Park Rangers. O treinador da equipe, Harry Redknapp afirmou ao diário Fullham Chronicle que "Ele (Júlio César) precisa jogar e pode fazê-lo em qualquer outro clube. É uma grande pessoa e precisa jogar para ir à Copa do Mundo".

Para isso, o titular da meta brasileira no amistoso deste terça feira contra o Chile, está na lista dos negociáveis a custo zero do clube que disputa a segunda divisão do campeonato inglês.

Trata-se de um goleiro experiente e no Grêmio teria a visibilidade necessária, posto a disputa da Libertadores, vale a pena investir ou o que tem em casa dá conta do recado?

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Loucura?

Pode até parecer loucura minha, mas por que só o Grêmio precisa de 03 para fazer o trabalho de 02?
Para o ano deve-se manter o trio de volantes?

domingo, 17 de novembro de 2013

Opinião



 
No sufoco, Grêmio vira o vice-líder
 
É uma frase que uso frequentemente, quando ela se faz verdadeira: O Grêmio teve problemas; o Grêmio soube solucioná-los. Foi isso que aconteceu no recém finalizado jogo na Arena.
 
O Flamengo estava com reservas, mas, salvo a falta de entrosamento, isto não se constituiu num grande benefício para o nosso Tricolor. O clube da Gávea é juntamente com os clubes de Campinas, o maior formador de craques deste país. Verdade que os libera cedo. Com o futebol-arte associado a um espírito competitivo, o Mengo dificultou as coisas. É aquela história; o peso que todos colocaram sobre os ombros do jogadores gremistas, decretavam uma "lei": tinha que vencer, mas esqueceram de avisar os rubro-negros.
 
Renato pensou bem, isto é, manteve Zé Roberto e o trio de volantes, buscando a continuidade, a sequência para o camisa 10. Máxi Rodriguez  ficou para o intervalo ou os minutos iniciais da segunda etapa. A entrada de Elano no lugar de Kléber foi outro ponto a favor do treinador.
 
Estas rodadas finais excetuando Cruzeiro e Náutico, por razões diferentes, serão de total pressão e ansiedade para as demais equipes. Não espero jogo fácil para ninguém. Um ou outro fator dentro de um jogo, poderá transformar um páreo duro num resultado elástico, mas será exceção.
 
Sobre a partida de hoje, especificamente; a defesa se portou muito bem, o gol sofrido foi acidental, pois a bola desviou no próprio companheiro do lateral que chutou. Seria um prejuízo imenso na corrida pela vaga. O meio foi discreto, Souza como destaque, Zé Roberto ainda longe de suas melhores performances e o ataque, apesar de muito entrega de Kléber e Barcos, a bola não está entrando; não acredito em falta de qualidade, mas numa associação de má fase com ansiedade. O histórico deles demonstra que é um período inédito em suas carreiras.
 
Seguindo, o grande destaque, Máxi Rodriguez, autor dos dois gols deste 2 a 1, me  faz lembrar o desempenho de Bertoglio, que sempre entrava bem; porém, quando saiu jogando, não confirmou os indícios de craque que passou a todos. Tenho muita confiança que com o cuidado de Renato, apoio do grupo e por sua própria índole, a trajetória de Máxi seja mais bem sucedida do que a do argentino. Está se credenciando a começar as partidas que virão.
 
Como escrevi em texto anterior, Renato não deve descartar qualquer integrante do seu grupo, pois a qualquer momento, precisará de um Grohe, Werley, Wendell, Lucas Coelho, Elano, tal qual precisou de Máxi hoje. Ele sabe disso.
 
Uma semana inteira para pensar na Ponte Preta, poderá dar ao técnico o tempo para reunir as forças necessárias e buscar a melhor estratégia para estes jogos decisivos.
 
 

sábado, 16 de novembro de 2013

Opinião



 
O Protagonismo de Renato
 
Existem pessoas que dificilmente passarão despercebidas; mesmo sem serem famosas. Nos grupos que frequentam ou até num primeiro contato, possuem essa característica; isto é, serão notadas sem fazer força ou ter a intenção. Renato (que é famoso) é uma dessas. Desde o início da carreira era assim; nos juvenis em que o vi na Baixada Melancólica, já era o mais vaiado ou aplaudido do que os demais garotos daquela preliminar entre Grêmio e Coirmãozinho Santamariense, no início dos 80. Os anos se passaram e  a toada foi a mesma por onde jogou, inclusive na Seleção Brasileira, dentro e fora dos gramados. A vida dele dá um bom livro. Dito isso, reforço; é impossível não notar e opinar sobre as atitudes do atual técnico tricolor. É prato cheio para a mídia especializada ou não.
 
Quando ele veio, escrevi em 30 de Junho (vide O Novo "Professor" ) que ele não era o meu preferido para treinar o Grêmio, no texto citei o inviável Muricy, desta forma, ficaria com esses, pela ordem: Roger, Cristóvão e Renato. Renato veio e surpreendeu favoravelmente; botou o Imortal entre os candidatos ao título, embora como o azarão do grupo de 3 ou 4 clubes. Isso não é pouca coisa. Seu nome invariavelmente associado ao que se via em campo e fora dele. Tudo era atribuído ao "dedo do Renato". De bom e de ruim. Achou o esquema vencedor, foi o técnico; deixou os craques fora, foi o treinador. Barcos e Kléber não fazem gol, culpa do esquema adotado por Renato; os jovens estão se firmando, mérito do Portaluppi, os jovens estão oscilando, responsabilidade do treinador. Isso, mesmo que Renato seguisse sempre afirmando que compartilha com o grupo a formatação do time e do sistema a ser empregado nas quatro linhas.
 
Portanto, num momento de afunilamento do campeonato, associado a eterna gangorra e seus interesses que superam inclusive, profissionalismo e ética de no Imprensa (vale lembrar que o Inter está à beira do rebaixamento), é natural que o protagonismo de Renato emerja com maior visibilidade e monopolize, pelo menos do lado azul, toda a origem dos acontecimentos que de lá chegam para nós, humildes torcedores.
 
Com  Renato é assim, sempre será. O ônus e o bônus chegam no superlativo. 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Pequenas Histórias



Pequenas Histórias (56) - Ano 1952


Tesourinha veste Azul, Preto e Branco
 
  
Estamos entrando na semana da Consciência Negra, cuja a data máxima é 20 de Novembro, morte de Zumbi dos Palmares. Aí eu lembrei de uma história repetida que Tesourinha foi o primeiro jogador negro do Grêmio, isso em 1952, acabando com o racismo no clube.
 
Na verdade, são dois fatos indesmancháveis: Tesourinha acabou com o racismo no Grêmio e ele não foi o primeiro atleta negro a vestir a Tricolor. Afirmações contraditórias? Podem ser, mas são verdadeiras.
 
Há fotos e documentação que mostram Antunes em 1914, Adão e Pitoco entre 1926 e 1931, mais Hermes no final dos anos 40, atletas negros ou mulatos perfilados nos elencos gremistas destas épocas. Isto poderia levar a conclusão errônea de que não havia racismo no Grêmio. Seria uma prova conclusiva. Entendo que não, porque conheço pessoas que são racistas e ainda assim, possuem amizade e respeito com negros e outras etnias. Aí é que está a questão! Alguns deles, provavelmente  tiveram a oportunidade de uma convivência interracial mais próxima que derrubou esta odiosa chaga. Uma chaga que a prática derrubou a teoria. Pode ter acontecido com estes atletas gremistas anteriores a chegada de Tesourinha.
 
Em 1952, o Tricolor estava próximo de realizar o sonho de construir um moderno e confortável estádio; isso se materializou em Setembro de 1954. O mesmo presidente, Saturnino Vazelotti, também tinha outra missão: acabar de vez com o preconceito racial no elenco. Pensou num passo impactante; assim foi em busca do maior jogador da história do principal rival, Osmar Fortes Barcellos,  Tesourinha (o primeiro da foto), o grande ausente (por lesão) da Copa do Mundo de 1950.
 
Tesourinha estreou em Março daquele ano, num amistoso em Caxias contra o Juventude. Antes da partida foi homenageado por ambos os clubes mais o Flamengo, hoje conhecido como Caxias, inclusive com discursos, onde sobressaiu a frase do  vice-presidente gremista, definitiva sobre o racismo que perdurava: " (Ele) é um abolicionista que o Vasco nos mandou". A partida terminou 5 x 3, com grande atuação do ponta-direita que anotou os terceiro e quarto gols.  Camacho abriu o marcador em ótima jogada de Tesourinha, Geada fez dois, o segundo e quinto. Descontaram Lori, Guido e Marreco para o Papo. O técnico gremista, um dos maiores incentivadores de sua contratação era Aparício Vianna e Silva, lendária figura do futebol gaúcho. O Tricolor formou com Sérgio Moacir; Gago e Joní; Hugo, Sarará e Bentevi; Tesourinha, Camacho, Geada, Pedrinho e Gita. Desnecessário dizer que houve superlotação do estádio com a renda atingindo Cr$ 50.000,00 (cinquenta mil cruzeiros).
 
Quatro meses depois, Tesourinha jogaria o seu primeiro Grenal vestindo azul, preto e branco. Foi no estádio da Montanha que pertencia ao Cruzeiro. O Grêmio venceu por 2 a 1.
 
Tesourinha jogou até 1955, quando uma lesão no joelho o fez parar. Na despedida do clube do Olímpico, entrou em campo contra o Corinthians Paulista rodeado por seis garotos que vestiam fardamentos de cada time que o craque defendeu. Foi às lágrimas.
 
 Tesourinha, sem dúvida marcou a história dos dois principais clubes do Rio Grande do Sul. 
 
 
 
 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Opinião





Grêmio volta a vencer

No Brasileiro de 1972, o Grêmio perdeu 5 jogos consecutivos sem marcar gols: Vasco, Santa Cruz, Corinthians, Palmeiras e Fluminense; caiu o técnico Daltro Menezes e no sexto contra o Flamengo, estrearam o eterno gremista Milton Martins Kuelle como treinador e Picasso no gol. 1 a 0, gol de Loivo de falta, jogo sofrido. Hoje foi igual. Muita ansiedade, a bola queimando, a torcida impaciente, um gol apenas e a reza de todos para que a partida chegasse ao final.

A ansiedade é um dos elementos que emperrou o Grêmio nestas últimas rodadas, não é apenas isso, logicamente, mas gera a incerteza, a falta de confiança e a repetição dos erros. A vitória miúda, sofrida, apertada, estancou isso. Interrompe o processo "ladeira abaixo".

Sobre a partida; Dida foi fundamental quando o 0 a 0 era uma realidade, salvou porque "tem braço". Um revés naquele momento e a vaca tinha ido para o brejo. Acima dele, dois atletas, Rhodolfo e Máxi Rodriguez; o primeiro, perfeito, o segundo, lampejos de uma técnica esmerada associada a ousadia. Merece mais chances. Zé Roberto foi bem, não deveria ter saído. Barcos, um pouco abaixo, mas mostrando que está suportando a carga da má fase, sabendo administrar esse período. Alex Telles e Pará, horríveis, um passa por uma queda acentuada de produção, o segundo, bem esse, só funciona num time azeitado, o que não é o caso.

Finalizando, Renato estava muito nervoso na entrevista de pós-jogo, a impressão que ficou: um atrito no vestiário, assim que terminou a partida. Pode ser apenas impressão.

Contra o Flamengo, certamente o time reagirá bem melhor. Vencer hoje era fundamental.




terça-feira, 12 de novembro de 2013

Opinião


 
 
Considerações na Véspera
 
Esta longa sequência de insucessos do Tricolor trouxe de volta a desconfiança penosa, que tanto deleite traz aos críticos e a alguns torcedores. Culpa, especialmente do longo jejum sem títulos, qualquer oscilada, materializa fantasmas de outros insucessos. A reação tem que ser imediata em cima do Vasco da Gama. Duas vitórias, quarta e final de semana e o objetivo mais concreto e real que sobrou, diante da grande campanha cruzeirense, se materializa.
 
Nas três últimas jornadas, a vitória escapou (houve erros em profusão, seja na defesa, seja no meio e também no ataque), mas não dá para ignorar que nestes embates os goleiros Marcelo Lomba, Weverson e Fábio foram as principais figuras em campo. Isto é sintomático. Houve produção ofensiva. Faltaram os gols.
 
Outros ensinamentos que retiramos desse momento penoso são as considerações na Imprensa gaúcha. Nota-se claramente quem observa com isenção e imparcialidade este período e aqueles que "recolhem" elementos futuros, projeções que somente beneficiam a secação, caso típico de levar em consideração a possibilidade do São Paulo ser campeão e reduzir para 3 as vagas da LA, ao mesmo tempo que desconsideram por completo a grande chance do Atlético Paranaense conquistar a Copa do Brasil, voltando a 4 as vagas. A referência é especialmente de um  "torcedor jornalista" que assumiu os comentários na Rádio Gaúcha em jornadas do Tricolor numa afronta a todos nós gremistas.
 
Finalizando; Renato deverá colocar em campo um time equilibrado, distante dos 3 volantes e 3 zagueiros e também um com armadores em excesso. É hora de simplificar e vencer. Principalmente, vencer.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

DERROTA PREOCUPANTE

Para não escrever bobagem ontem, preferi me acalmar, meditar e hoje explico as razões de achar a derrota de ontem extremamente preocupante.
Ontem o Cruzeiro de Borges (outro que não serviu ao Grêmio como tantos que passaram e aqui estão) atropelou o tricolor sem direito a anotar placa. Era o Cruzeiro, virtual campeão, mas anos a fio Grêmio, dirigentes e torcedores tem se escondido neste mantra de poder perder para o melhor. O problema é que isto se tornou tão natural que o Grêmio consolidou-se numa posição de inferioridade, ou seja, sempre haverá um melhor o que, por via de consequência, jamais nos permitirá um título.
Mas, muito mais do que a derrota, a postura do time do Grêmio me preocupa em demasia.
Atribuir a derrota ao acaso ou a má sorte é ignorar os números e eles são irretorquíveis:
Foram 65% de posse de bola do Cruzeiro contra 35% do Grêmio. E mesmo com uma posse de bola infinitamente menor o Grêmio conseguiu quase se igualar em passes errado com o Cruzeiro, foram 24 contra 29. Aí outro ponto, o Grêmio errou passes laterais posto que não conseguiu uma única e miserável assistência na partida. E, o que é mais preocupante posto que o desequilíbrio do Grêmio sempre prejudicou o ataque, a marcação defensiva naufragou, foram 06 roubada de bola do tricolor contra 21 do time de Minas e pior! O Grêmio fez 16 faltas e sofreu 25, ou seja, apanhou como boi bandido.
Os números só demonstram a proposta – ou falta – de jogo do Grêmio. Entrou para perder de pouco, não conseguiu. Compreendo o time entrar com suas linhas defensivas como já havia feito anteriormente, o problema é que no segundo tempo, não sei se por orientação técnica ou por acovardamente do time, o Grêmio recuou a sua linha de meio e passou a jogar em bloco defensivo. E não foi por opção tática, posto que o Grêmio não tinha ninguém para puxar o contra ataque, foi pelo mais puro e simples medo de levar uma goleada, que acabou se concretizando.
Jogando em bloco baixo o Grêmio demonstrou mais uma de suas limitações, falhou no estreitamento e muito pior falhou na compactação do time, permitindo inúmeras triangulações do clube mineiro ao ponto de irritar os jogadores gremistas com a intensidade dos ataques e infiltrações.
Enfim, eu vi um completo fiasco.
Outro ponto que não pode passar incólume é a passividade de Renato frente ao resultado. O time perdia, recuava, e o treinador só fez sua primeira alteração passado a metade do segundo tempo, quanto o time mineiro já promovia suas duas últimas substituições.
E novamente não me falem de má jornada, lá se vão 579 minutos sem marcar um gol, me recuso a acreditar que os goleiros adversários – todos – encarnam Gordon Banks contra o Grêmio.
Reduzir a derrota a erros individuais é ignorar completamente a mediocridade com que se apresentou o time gremista.
Mas o título da postagem não se refere em exato a vexatória derrota tricolor, não é isso que mais me preocupa, o que me aflige é a postura de Renato, como se realmente acredita-se que com o retorno do esquema o Grêmio fatalmente voltará a vencer.
Derrotas acontecem, superamos e seguimos, a teimosia de Renato é que pode nos levar a local inglório.
Digo isso porque a primeira vez que o tricolor conseguiu encaixar um contra ataque – que em teoria foi a proposta durante todo o jogo - ele foi puxado pelo Pará! Não que ele não possa fazer, mas ele recebe a bola no meio!!!!!!! Avança e entrega para Barcos fazer o que ultimamente tem feito.
Dá para perceber a situação? O Grêmio leva 03 gol num esquema com 03 zagueiros, 03 volantes e 02 laterais, alguns dos quais com jogadores do Cruzeiro completamente livres de marcação, perde completamente o meio campo, é envolvido pelo time mineiro e mais, mesmo com uma infinidade de marcadores é superado EM MUITO pela marcação do Cruzeiro, sinal de que quantidade de jogadores na defesa não é diretamente proporcional à qualidade do setor.
Com isso quero dizer que é impossível o Renato não ter percebido que o esquema naufragou, mas se ele não mudou só posso concluir que ele realmente não percebeu.
Isto me traz preocupação pois quando Renato se sentiu acuado recuou Alex Telles e, ironicamente, prejudicou a marcação pelo setor. Quando era liberado como ala o jovem jogador segurava os avanços dos laterais, agora, como legítimo lateral, não tem capacidade defensiva e em nada contribui no ataque, uma das razões – não a única – de suas últimas pífias apresentações.
Por fim, para não dizer que não falei das flores, quando a vaca já havia ido pro brejo Renato colocou Maxi para jogar. Se isto for uma amostra de que seu planejamento para um time equilibrado passa pela manutenção de um armador, todas as opções erradas se justificam, se isso foi só consequência de jogo, bom, daí até a renovação deve ser repensada. Os próximos jogos serão o fiel de Renato que precisa urgentemente aprender a falar menos e trabalhar mais. Deus me livre da desgraça de Renato que poderá ser campo fértil para as antigas teses e pedidos de Paulo Porto, dentre outros, daí sim a derrocada do Grêmio será fatal.

domingo, 10 de novembro de 2013

Opinião



 
Grêmio leva 3 x 0 em Minas
 
Quem viu Cruzeiro x Botafogo, 3 a 0, viu hoje o repeteco. Um time extremamente eficiente que não perdoa; tem chance, marca. Seedorf perdeu um pênalti num momento crucial da partida e virou goleada. Assim foi esta tarde, também.
 
O goleiro Fábio foi o melhor em campo; uma atuação de luxo com defesas providenciais no 1 a 0, ao contrário de Dida que falhou no segundo tento, quando ainda havia uma possibilidade de empate, mas não passa apenas por aí a derrota.
 
Renato tem méritos na campanha; há muito tempo está no G-4, porém o retrospecto recente de 6 jornadas sem fazer gols, com o agravante de ter menos de 40 em mais de 30 partidas, o obriga a redefinir o esquema. É imperioso que o meio de campo esteja melhor preenchido, pois o ataque realmente está desamparado. Ainda assim, Barcos, Kléber e Yuri Mamute cumpriram boa performance. Não passou por eles a derrota, nem a falta de gols, pois credito a destacada atuação do arqueiro cruzeirense o zero no placar.
 
Onde passou a derrota, então? Pelos vacilos defensivos. Dida falhou no segundo gol, Werley no primeiro e faltou cobertura no terceiro. Poucas vezes vi claramente, falhas bem pontuais "chamarem" uma derrota. Os laterais que deveriam ser alas num esquema de 3 zagueiros, não produzem nada. Não fossem as atuações ótimas anteriores de Alex Telles e estaríamos aqui o considerando um novo Gilson. Pará cumpriu a pior partida desde que veio para o Tricolor; nem quando foi improvisado no lado esquerdo, jogou tão pouco.
 
Fico tranquilo em criticar o arqueiro, porque nunca busquei superdimensionar os seus erros ( nem vou comentar àqueles que sequer passaram pela sua responsabilidade e lhes foram imputados por alguns poucos).
 
Salvaram-se Rhodolfo, Bressan, Barcos; um pouco abaixo deles, o trio do meio.
 
Nos três últimos compromissos aconteceu um fato curioso, isto é, apesar de atuações deficientes, o coletivo se houve bem: Bahia, Atlético Paranaense e Cruzeiro, as hipotéticas vitórias em casa e um empate neste domingo, só não surgiram por erros individuais nos diversos setores do time.
 
A situação é relativamente tranquila, posto que o clube paranaense deve ganhar a Copa do Brasil e o Tricolor tem 3 compromissos em casa. Não é garantia de vitórias, mas uma tendência. Agora, não será com três zagueiros e três volantes. É a hora do "professor" entrar em campo. 
 

sábado, 9 de novembro de 2013

Opinião



 
De Volta ao Brasileiro
 
Depois da queda na Copa do Brasil, que foi complicado assimilar, o Tricolor retorna ao Brasileirão, justamente contra o adversário que teoricamente é o mais difícil, num momento sublime para ele: o dia da confirmação do título.
 
Pois é! Mas essas situações podem apresentar uma mudança psicológica, alimentada pela ansiedade e a pressão natural de um estádio superlotado, e esta alteração de rotina, de comportamento, pode favorecer o Tricolor. Se perder, perdeu fora de casa para o campeão que está embaladíssimo; um empate deve ser comemorado e a vitória, então nem se fala. É a certeza do vice-campeonato.
 
Renato faz bem em proteger o grupo e aliviar os treinos. As especulações sobre 2014 só beneficiam os nossos eternos rivais gaúchos (e olhem que eles tem eméritos representantes na mídia do RS), oposição gremista e óbvio, os "entendidos", os plantonistas que adotaram o Grêmio como campo fértil para sustentarem suas teses; pois todos estes estiveram à espreita de qualquer palavra mal colocada neste momento de decepção geral dos verdadeiros tricolores.
 
Se o Imortal tem uma tarefa árdua, ela não é menor para os seus concorrentes; Botafogo, Goiás e especialmente o Atlético Paranaense que seguirá dividido em dois momentos decisivos nas competições, terão jogos exigentes pela frente neste final de semana.
 
Tenho a convicção, quase certeza, que a rodada será muito boa para o Grêmio.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Opinião


 
 
Constatações não são críticas
 
Ontem foi bem difícil postar alguma coisa sobre o jogo; uma decepção que era mistura de tristeza, indignação com a arbitragem e (contraditoriamente) um conformidade com a inoperância ofensiva. Agora com mais calma, faço algumas constatações, tomando o cuidado para que elas não se transformem em críticas.
- Ano passado morremos na semifinal da Copa do Brasil
- Ano passado ficamos em terceiro no Brasilerão
- Ano passado alcançamos a Libertadores pela seletiva
- Ano passado o treinador não era consenso
- Ano passado, David Coimbra liderava o expurgo de Victor do Grêmio, eleito o vilão pela desclassificação da Copa do Brasil
- Este ano morremos na semifinal da Copa do Brasil
- Este ano estamos em terceiro no Brasileirão
-Este ano poderemos ficar na Libertadores pela seletiva
- Este ano, o treinador não é consenso
- Este ano, David Coimbra escolheu Barcos como o vilão pela desclassificação da Copa do Brasil
- Este ano, Victor foi campeão da Libertadores, está na Seleção Brasileira, foi o principal responsável pela conquista do Galo na LA, tem uma placa no estádio Independência em alusão às suas destacadas atuações

Pensando 2014.

O ano acabou, é fato, hora de lamber as feridas, recolher os cacos e pensar no futuro.
Para o ano a primeira grande decisão deve ser tomada pela direção e começará a ser maturada agora, manter, ou não, Renato?
Hoje eu não saberia dar a resposta mais adequada, estas últimas rodadas serão cruciais para sentir a reação de torcedores, jogadores e do treineiro, a sua capacidade de assimilação da derrota e de um esquema que mostra traços de esgotamento.
Se por um lado Renato tem a campanha no Brasileiro como grande trunfo, por outro arregimenta críticos por sua forma histriônica de se comportar. É a hora de Renato falar menos e trabalhar mais e isto começa com aprimoramento de bolas paradas e jogadas de passagem pelos flancos.
O fim do ano deve reservar um grande presente, a disponibilidade de Adenor Leonardo Bachi, o Tite, vale a pena trocar? (Nem aventem a possibilidade de “Gutos Ferreiras”).
A segunda decisão diz respeito ao time. Passei 06 anos (gestões OdonexDudaxOdone) reclamando indignado dia após dia que futebol não se fazia daquela fora – demitindo dúzia e contratando em atacado a cada começo de temporada. Acabou a Copa do Brasil e a primeira coisa que a torcida pede é a repetição dos erros das últimas gestões, enfim, paciência, por isso somos só torcedores, fanáticos e passionais. Creio que o Koff terá a moderação necessária para saber o que se aproveita do grupo: E se aproveita muito!
Ano que vem temos Libertadores, alguém arrisca jogar com Marcelo e Folman? Talvez seja o ano do Dida ser suplente do Marcelo (mesmo porque se não for este o ano do Marcelo creio não ser nunca mais), enfim, isto não pode ser uma decisão meramente administrativa, da pré-temporada necessariamente virá o em melhor fase para figurar entre os titulares.
Outra decisão crucial, o treinador conta ou não com Zé Roberto e Elano? Se não conta não adianta escalá-los quando a “porca torce o rabo”. Se tem convicção no trabalho, segue com ele. Se conta com ambos é hora de fazê-los jogar.
O meio campo necessita de um articulador, é o lugar onde se deve gastar, haverá contratação ou Maxi é o escolhido? Se for, é hora de titularizar, sobra um estrangeiro, o que me leva a outra questão:
Quanto vale Vargas? Embora exista quem considere plausível pagar pelo chileno um preço mais alto do que quando ele foi vendido (sendo na época destaque da Libertadores), eu acho os valores aventados impossibilitantes. O Grêmio não deve raspar os cofres com quem já provou não ter condições de ser decisivo e determinante nas situações desfavoráveis do jogo. Além do mais, a saída do chileno resolve o problema dos estrangeiros.
Dentre as voltas, considero o Leandro de especial relevância, logo ele, tão espezinhado pelo “torcenauta”, tem a característica faltante ao grupo com a saída do estrangeiro. Ao lado de Renato deverá crescer ainda mais. Não me empolgo da mesma forma com Moreno, sua fase é pior do que a de Barcos, é reserva do ilustre “brocador”, sem chance alguma nos jogos, mais um intrigante caso a ser explicado daqui a alguns anos numa matéria do baú do esporte, o enredo? Todos conhecem: “Eu era jovem, tinha dinheiro, não sabia o que estava fazendo com a minha carreira”.
Enfim, o ano deverá findar com poucas mudanças, a necessária venda de jogador já foi efetivada, caso outro saia, deverá ser um jovem zagueiro, o que não impactará diretamente o grupo e é algo de fácil reposição. Para um futuro mais promissor o plantio deve começar hoje.

Opinião



 
 
Grêmio joga bem, mas fica no 0 x 0, de novo
 
Fiz questão de repetir o título utilizado na postagem sobre Grêmio versus Bahia, porque apesar de decepcionado pela desclassificação, acho que faltou apenas o gol. Aliás, ele veio, porém o juiz se equivocou e anulou o tento de Ramiro.
 
O Tricolor não consegue fazer o gol, apesar das oportunidades. Seria fácil acusar o centro-avante, mas os gols estão sendo perdidos de várias formas, por vários jogadores. É um mistério.
 
A postura do Atlético Paranaense me surpreendeu negativamente; apesar de guerreiro, foi muito arriscada a que adotou no segundo tempo. Dida não participou da decisão.
 
Ouvi a torcida no final do jogo reclamando de incoerência do treinador gremista; que deveria jogar com três atacantes. Como? E o Zé Roberto não deveria ter entrado? Eu pedi a entrada dele. Não foi bem, mas isso é do jogo. Paulo Baier também não jogou.
 
Acho que são times muito iguais (Furacão e Imortal), a posição no Brasileiro mostra isso, os confrontos no ano (4), dois empates, uma vitória para cada um, demonstram o mesmo. Foi no detalhe, infelizmente.
 
O negócio é virar a página e blindar o grupo, porque ele vai nos dar a classificação para a Libertadores da América. Apesar da tristeza; a vida segue, ou melhor, o Brasileiro segue.
 
 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Opinião



 
O Jogo do Ano - Parte 3
 
 
Encerrando, tratarei exclusivamente sobre o ambiente da partida, isto é, os atores e aí incluo a torcida, imprensa e obviamente, os que pisarão as 4 linhas.
 
A torcida estará presente como em nenhum outro compromisso oficial do Imortal na casa nova. Será um ruído forte, uma impressão assustadora para o adversário, que contagiará ambos os times. Poderá ser fator decisivo, dependendo de seu comportamento.
 
A Imprensa, nitidamente está dividida; alguns salientam a importância da partida, naquilo que tem de positivo, na maioria, são gremistas esperançosos, crentes que o Tricolor sairá vitorioso e encaminhará a classificação para a final contra Goiás ou Flamengo. Outra parte desta Imprensa, salienta também a importância, mas se pode depreender pela forma com que exalta essa "importância", a ideia de tudo ou nada, de maximizar o fracasso, tentando dar a decisão o peso de um fardo bastante pesado; no fundo, a intenção é equilibrar a balança sulina em caso de resultado negativo. Semeia para colher "terra arrasada". Dos isentos; estes não precisam de nenhuma linha nossa. Mostram coerência.
 
O juiz, apesar de eu ter receio de sua atuação, é justo que se mencione a sua última passagem pelo Rio Grande, quando apitou muito bem o Grenal. Tomara que sedimente esta última impressão.
 
Renato deverá mandar a campo o mesmo time que enfrentou o Bahia. Gostaria de ver Zé Roberto ou Elano desde o início; seria no lugar de um dos volantes, Ramiro ou Riveros, mantendo o trio atacante que tem vocação para gol. Entendo a opção do treinador, pois um gol sofrido, antes da feitura de um tricolor, certamente, tornará a partida dramática.
 
Estou com o palpite que o Grêmio surpreenderá positivamente, isto, causado pela maior experiência dos jogadores tricolores em situações como essa, onde não há espaço para erros. Vamos para a final.
 
 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Opinião



 
O Jogo do Ano - Parte 2
 
A segunda parte desta crônica diz respeito a um fator que poderá ser essencial para a passagem para a final contra Flamengo ou Goiás. Trata-se do aspecto psicológico dos atletas nestes pouco mais de 90 minutos amanhã.
 
Como comentei na postagem de ontem, vi o Furacão contra a Dupla Grenal. No primeiro jogo, o de ida, achei um time batível, presumível, com um excelente jogador, Paulo Baier e vários "atletas". Concordei, inclusive, com o Marcelo Flavio, quando ele comentou que o jogo fora muito ruim, que ambos "deveriam perder".
 
No confronto de domingo em que o Atlético bateu o Inter, melhorou minha impressão; apareceram as jogadas pelo lado do campo, dois bons laterais ( e o esquerdo é o reserva), saídas rápidas e triangulações, justificou a boa colocação na tabela.
 
O que eu concluí sobre isso? Bom, se o Tricolor não foi bem na Vila Capanema, assim como, os donos da casa, dá para se ter a impressão (impressão não é certeza!!!) que o fator de queda de rendimento foi exatamente o lado psicológico, o peso da decisão. São bons jogadores, mas sem uma grande decisão nos seus currículos, exceção, obviamente, Paulo Baier.
 
Aí é que entra um "handcap" favorável ao time gaúcho. Independente da idade, Dida, Pará, Rhodolfo, Souza, Riveros, Zé Roberto, Elano, Kléber, Vargas e Barcos possuem uma rodagem que não lhes permite vacilar ou "tremer a perna" numa semifinal.
 
À princípio, o jogão será equilibrado e quem tiver mais "cabeça" poderá levar vantagem. Não está decretado que o Furacão sinta mais a partida, mas, convenhamos, é uma tendência. Especialmente se a Arena rugir como nunca rugiu antes.
 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Opinião



 
O Jogo do Ano - Parte 1
 
Hoje inicio uma crônica dividida em 3 partes; será sobre a grande partida de quarta-feira, dia 6, até aqui, o jogo do ano.
 
Nesta primeira, vou enumerar alguns itens ligados ao embate de ontem e suas variantes. Para começo de conversa, sempre é melhor ganhar de 1 a 0 com "as calças na mão" como foi contra São Paulo e Botafogo, para ficar em apenas 2 exemplos do que empatar, massacrando como foi neste domingo diante do Bahia. A palavra "goal" em inglês, sabemos, quer dizer objetivo. Atingir o objetivo, esta é a razão do futebol. Acontece que se enfrentarmos 10 vezes o São Paulo daquela maneira, ganharemos 1, se enfrentarmos o Bahia, 10 vezes, ganharemos 9. É a lógica.
 
Vi todo o nosso jogo contra o time baiano e 60 % do Coirmão contra o Furacão. Achei uma única diferença; o tento de Delatorre. No mais, Muriel fez grande partida, os atleticanos cansaram de perder gols, bolas na trave, centro-avante chegando atrasado para o arremate, enfim, uma "quase" goleada. Até mesmo, na prática, Inter e Bahia foram iguais nos seus enfrentamentos, isto é, não mereceram nada além de uma derrota. O Tricolor da Boa Terra contou com o Senhor do Bonfim. Safou-se.
 
Ao contrário de partidas anteriores, Barcos, Kléber e Vargas tiveram chances, isso mesmo, assim, no plural e não seria crime nenhum, se apenas uma e tão somente uma bola, entrasse na meta do bom goleiro Marcelo Lomba. Até a cotação  de Barcos feita pelos críticos subiria aos píncaros por esse detalhe, isto é, se o Pirata não tivesse acertado a trave e sim as redes baianas.
 
Quarta, evidente que não será fácil, mas não precisa de bola de cristal, basta dizer que se trata de uma semifinal, então, qualquer facilidade encontrada nesta etapa da competição será algo surpreendente, inesperado. O aleatório poderá desequilibrar um cotejo que se mostra de forças muito iguais. A vantagem do clube paranaense advém do fato de não ter sofrido gol em casa. Um trunfo e tanto. Exigirá que o Grêmio ou ataque com o "freio de mão puxado" ou adote a tática kamikaze.
 
Vai valer muito a atitude dos jogadores, suas "rodagens" em situações como essa. Isso se viu na Vila Capanema; o Atlético sentiu a decisão. Será assunto para a parte 2, amanhã.