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A Derradeira 

Chegamos ao último dia de 2021 e com ele a derradeira postagem deste ano, esperando que esta encontre todos os amigos que prestigiam este blog com muita saúde, paz, harmonia e saúde, muita saúde. Um Feliz 2022 a todos.

Como o tema daqui é (quase) sempre o Grêmio devo dizer que a contratação de Diego Souza divide opiniões, traz dúvidas quanto ao talento, a arte, o discernimento dos dirigentes azuis para conduzir com competência o destino do nosso clube. Uma hora, o Tanque não serve, noutra, é o ideal para o comando do ataque. Vamos rezar.

Sobre Benítez, noto novamente, divisões de opiniões sobre o seu futebol. Outro dia, um comentarista de profissão do Sportv (Noriega ou Carmona, não lembro) se mostrava bem desanimado com a performance do argentino; para mim, o problema do camisa 10 é a questão física; bola, eu sempre achei que tinha, ainda mais, para disputar a Série B.

Resolvendo os problemas físicos, Benítez é um grande reforço. Não sentirá o peso de uma camisa tradicional; já que é do Independiente e passou por Vasco e São Paulo. Fica a interrogação para o seu condicionamento.

Abraços a todos. 

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Divergências Azuis 

Há tempos que eu não via uma sequência de notícias desanimadoras num único ano gremista. 2021 está se superando. A mais recente, a intenção de parte da Direção de ver retornar Diego Souza ao elenco,  depois de ter sido dispensado num pacote de atletas caros e com idade elevada.

Para mim, me pareceu logo de cara, falta de coerência ventilar a retomada de negociações com Diego Souza, mas, o vice de futebol tratou de "clarear" a situação: não interessa o seu retorno, vide Diverge. Nessa, eu estou com Abraão, o que deve ser feito é uma grande reposição, aí, não se fala mais no camisa 29, que para mim, não repetirá as boas performances das últimas temporadas, nem no Tricolor e muito menos em Vasco, Sport ou assemelhados. 

É hora de antecipar os fatos, ver lá na frente. Renovam com ele e o Tanque passará a maior parte do contrato, lutando com a balança.

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Janderson 

Este é o reforço para o ataque gremista. Vi pouco, uma ou outra partida pelo Corinthians, Contra o Grêmio, não lembro dele. Deixo um vídeo com opiniões dos comentaristas de Goiás sobre a sua  saída do Goianiense.

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"Ilusão de Ótica" 

Se não é exatamente entusiasmo o que boa parte da mídia esportiva gaúcha encara a atuação de Denis Abrahão e Mancini à frente do Grêmio, também não dá para afirmar que haja reparos ao trabalho deles agora e na reta final do rebaixamento do clube.

Vejo como uma grande ilusão de interpretação, muito provavelmente por vários motivos:

a) Abraão domina a arte do adestramento; com jeito, controla boa parte da mídia, sabe bem levar essa parcela na conversa

b) Mancini, igualmente, é um treinador que consegue não se atritar com parte destes jornalistas, mantendo um relacionamento cuidadoso, sempre dizendo o que eles querem ouvir

c) O estilo turrão de Luiz Felipe, na maioria das vezes, com falas fortes e quase sempre cheio de razão, irritava velhas raposas da imprensa; aí vinha pau no veterano comandante técnico

d) Marcos Hermann não convencia ninguém em seus pronunciamentos, ainda por cima, não puxava o saco dessa turma

Por que chamo de ilusão?

Porque, para essa mídia, o trabalho de Abraão e Mancini foi melhor do que seu antecessor. É um equívoco monumental; os números comprovam isso, pois se houve algum momento de esperança de escapar do rebaixamento, ele se deu sob a batuta de Felipão; várias rodadas oportunizaram isso; a fuga do Z4, apesar disso, a sensação de melhoria veio apenas com o discurso inflamado do vice Abraão, de seu esperneio e algumas vitórias mais folgadas com Mancini em cima de adversários desinteressados.

Para comprovar que é um exagero achar que Denis e Mancini fizeram um bom trabalho que justifique as suas manutenções, basta lembrar que Luiz Felipe treinou o Tricolor em 21 jogos (Brasileirão, Sulamericana e Copa do Brasil) com 9 vitórias, 9 derrotas e 3 empates: 30 pontos ganhos em 63 possíveis, aproveitamento de 47,6%. Mancini comandou a equipe em 14 oportunidades (Brasileirão): 6 vitórias, 6 derrotas e 2 empates, 20 pontos em possíveis 42, aproveitamento de 47, 6%. Mesmo percentual de seu antecessor com o agravante que o time com ele, jamais "beliscou" a fuga do rebaixamento.

Então, não há nada que justifique a parcimônia nas críticas à manutenção dessa dupla para 2022. O que se tem é o mesmo produto do período de Felipão, apenas com o design mais moderno, o que agrada a essa parcela da mídia. 

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Indícios 

Primeiramente, desejo que o Natal esteja sendo maravilhoso para todos, uma data de reflexão, cercada de paz, harmonia e solidariedade, onde não há espaço para frustrações.

Agora, olhando a movimentação da direção gremista, seus mandatários, fico com a impressão, quase certeza, que o elenco gremista que se forma, é a terceira força do Estado. O clube também encolheu rapidamente, apresentando indícios que a situação financeira não era assim "um mar de rosas', pois os direitos de imagem não foram pagos em dia, o time feminino desmantelou-se, algumas figuras proeminentes da periferia do grupo como Marcelo Oliveira e Thiago Gomes fazem parte do passado, 25 atletas da base  e alguns treinadores destas categorias receberam o bilhete azul, jogadores do plantel principal, igualmente, estão de malas prontas (neste caso, com a aprovação, talvez unânime da torcida). Esclarecendo: algumas observações não são críticas, apenas apontamentos que corroboram o encolhimento ultra rápido da entidade.

Para reforçar a expressão terceira força; o Grêmio não consegue competir com o Ceará na contratação do lateral direito Michel Macedo do Juventude, este, que vai atrás de Darlan. Não questiono a qualidade do atleta, mas constato o fato, isto é, no valor de mercado, o lateral direito esmeraldino e o volante gremista estão na mesma faixa.

Seguindo as pistas deixadas pelos primeiros movimentos dos comandantes tricolores: os reforços são 3 reservas: Orejuela, Bruno Alves e Nicolas. Os demais "sonhados" são uma versão corinthiana de Léo Pereira ou de um Guilherme Azevedo com mais rodagem; Janderson (Goianense) e um centro avante em franca decadência, Mauro Zárate, que ficou mais tempo no banco para Rodolfo no América Mineiro. Pode dar certo? Pode, mas não é a lógica.

É natural que isso ocorra, embora inaceitável, natural, porque vem das cabeças de um vice que prometeu tirar o Grêmio do rebaixamento e não ficou uma única rodada fora do Z4 e de um treinador que fechará 18 anos de carreira em 2022 , sem ter um trabalho relevante nas 12 mais tradicionais instituições de futebol do Brasil, 2 gaúchos, 2 mineiros, 4 cariocas e 4 paulistas; inaceitável, porque, pela grandeza do Tricolor, as ambições e ações obrigatoriamente teriam que ser de mais arrojo e qualidade. Impossível acreditar que não tenha jogador promissor, sonhando em atuar no Imortal.

Deixar para Mancini sugerir reforços vai colocar o Grêmio num buraco maior do que este de final de 2021, ainda que até Abril, o calendário aceite resultados enganadores. Virão muitas indicações medíocres que atuaram com ele e alguns jogos de invencibilidade como ocorreu com Tiago Nunes de triste e arrasadora passagem pelo clube.

De qualquer forma, um Feliz Natal para os dirigentes, torcendo para que esta postagem seja um erro gigantesco e eu seja ironizado lá na frente.

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Três Arthur

 Meu sogro, homem de quadras de campo e pecuária, sentenciava: “Não se vende campo”; entendia que dinheiro algum renderia o que rende a terra.

Realmente, há patrimônios que se envolvidos em transações financeiras, podem causar arrependimentos pela inadequada avaliação do ato, quando se baliza o efeito apenas pelo presente, mesmo que este seja assustador e temerário.

Ao ler a notícia que Ronaldo Nazário comprou 90% (Noventa por cento, isso mesmo!!!) da instituição Cruzeiro por R$ 400 milhões de reais e este acontecimento é festejado, tenho que lembrar da frase do início da postagem.

Pode ser a “modernidade”, o futuro inexorável do futebol, nem discuto; porém, ao ver alguns jornalistas festejarem esse “marco” patrocinado pelo “Fenômeno”, que mexe com o antigo esporte bretão, fico na dúvida entre a burrice deles ou oportunismo, pois um clube com toda a história, tradição, títulos e torcida, que tem na sua galeria dois dos quatro maiores jogadores brasileiros que vi atuar, Tostão e Dirceu Lopes, os outros dois (Pelé e Ademir da Guia), ver o seu clube ser “comprado” por um valor que tão somente é próximo do triplo do que o Grêmio negociou o meio-campista Arthur, vide, Arthur, é deprimente e altamente prejudicial monetária, social e culturalmente, considerando.

Tomara que os demais clubes brasileiros não sejam atingidos pelo vírus desta inovação.

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Isso é do Grêmio

 

Uma (indesejada) característica gremista é pagar salários altíssimos, incompatíveis com a biografia do atleta no momento de sua contratação. Há tempos, eu escrevi, que muitos profissionais fazem “o contrato de suas vidas”, quando vestem a camiseta Tricolor.

Para exemplificar:

- Em 2010, um volante vindo de Santa Catarina acertou por 80 mil reais mensais, valor superior ao de Victor, o goleiro, que era o teto do clube. Jogou pouco, quase nada, saindo do Imortal para a Portuguesa de Desportos

- Thiago Neves, arrisco, foi com salário menor para o Sport Recife (não estou incluindo a diferença que o Grêmio teve que por)

- Tardelli no Galo e Santos, também

- David Braz no Fluminense, idem

- Robinho, Coritiba, desconfio que foi nesta mesma “batida”

 Resumindo; ninguém paga mais do que o Grêmio. Aí, nós temos a seguinte situação:

- Santos e São Paulo assustados com o salário destinado a Alisson; tendência é desistirem de negociar

- Sport Recife e Vasco da Gama, apavorados com os (noticia-se) 500 mil mensais por Diego Souza. O clube carioca tem em Nenê, o seu teto, 300 mil.

 Historicamente, o Tricolor é um grande “mão aberta”; disso resulta a dificuldade de se livrar de atletas insuficientes.

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Por que não acredito neste Grêmio? 

Mesmo que o meu pressentimento seja contrário ao desejo, eu acabo escrevendo o que sinto. Foi assim, quando muitos achavam que o Grêmio não ia cair e cravei que não havia como com o que se via dentro das quatro linhas, se safar do rebaixamento. Não se trata de escrever por impulso, quando isso pode acontecer, me afasto do teclado, respiro fundo e espero passar esta sensação. Ocorre o mesmo neste final de 2021, quando ouço entrevistas dos comandantes gremistas (e aí a imprensa não tem responsabilidade) que desanimam os torcedores mais sensatos. Querem ver? Prossigam a leitura.

O que estará numa enciclopédia do futebol nacional no verbete Vágner Mancini treinador? provavelmente: - começou sua carreira em 2004 no Paulista de Jundiaí, onde venceu no ano seguinte, a Copa do Brasil, depois suas conquistas se resumem aos regionais baiano (duas vezes), o cearense e o catarinense. Caracteriza-se por ser "bombeiro", isto é, quando um clube está ameaçado por rebaixamento, ele é contratado, porém, na maioria das vezes, não conseguindo evitar. O caso mais recente é o Grêmio de 2021-. É isso que espera e deseja o torcedor gremista?

Outro indício de fracasso: O foco não é começar um novo ciclo que leve a anos de sucesso, depois do tombo e as devidas correções de rumo, mas apenas "subir para a Série A"; aí, os comandantes da instituição tem a ideia de formar elenco com "cara de Série B", como ser jogador aguerrido, comprometido, fosse predicado, qualidade, que não se vê na "A"; ora ! William Arão, Éverton Ribeiro, Zé Rafael, Patrick de Paula, Zaracho, Hulk, não são tudo isso? O Tricolor precisa diminuir a qualidade do time para subir ali, ali, "garreado" nas últimas vagas do ascenso? Fazer uma epopeia, uma nova Batalha dos Aflitos? O que esperar de um meio de campo com Thiago Santos, Lucas Silva? de uma intenção de vender um dos goleiros para trazer um cascudo, não interessando as limitações que virão com ele no pacote? de sonhar com zagueiros limitados e em final de carreira?

Querem mais outro indicativo? Um clube superavitário que vai enxugar o elenco (justa medida, diga-se), porém, em contra-partida vai rechear o plantel com jogadores discutíveis que vão "rebaixar" a qualidade do clube, transformando-o de franco favorito em mais um daqueles que vão brigar com agremiações que namoram o acesso há anos como CSA e CRB, talvez Sampaio Correia; enfim, entrar no bolo dos seis, sete candidatos à subir. Com certeza, isso poderá ser evitado com a consciência da grandeza da instituição e o dever de patrolar os demais. O Grêmio pode e deve ser o Galo ou Flamengo da Série B; isto é, entrar e atropelar os adversários, porque tem tudo a mais que os demais. Isso não é subestimar; é se impor! É como Barcelona e Santos naquela final de Mundial em 2011.

O que seria um evento incontestável, ou seja, jogar a Série B com muita seriedade, com respeito, mas consciente que é o estranho no ninho dessa turma, com a predestinação de rapidamente voltar ao seu lugar de fato e direito, os dirigentes teimam em dificultar, mexendo onde não deveriam, os goleiros e mantendo quem deveria vazar (treinador).

Honestamente, não tem como não vir à mente a frase irretocável: - É fácil complicar; difícil é simplificar.

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A Hora do Pesadelo 

Este período que encerra o ano futebolístico, quando a imprensa esportiva tem dificuldade de manter a audiência, vira um tiroteio infernal para os torcedores, um pesadelo, pois as notícias são rocambolescas, chegando a ser inverossímeis, apesar do esforço desta mídia quando  ela se torna mais tolerante com os oportunistas que querem espaço.

A Rádio Guaíba, programa Repórter Esportivo, começou a dar espaço para Antônio Vicente Martins, que ressurgiu no noticiário, onde, a cada entrevista, "aponta" os erros da atual administração como se a sua passagem pela direção do clube fosse algo a ser reconhecido como competente. Já a ZH, alguns dos colunistas abraçaram Paulo Pelaipe como sendo "o cara" e  tome incentivo para o seu nome.

Indo para os possíveis reforços, outras especulações estapafúrdias, realmente inacreditáveis como aquela que aponta para dirigentes gremistas sondando o veterano zagueiro Manoel, reserva de David Braz no Fluminense; outra: o veteraníssimo goleiro formado na base Tricolor, Fernando Miguel, que rodou por Vitória, Vasco, Atlético Goianiense, Lajeadense, Brasil de Pelotas, etc...  para disputar posição com os selecionáveis Gabriel Grando e Brenno, além do promissor Adriel.

E Jean Carlos, outro atleta bem rodado; Palmeiras, Coritiba, Goiás, atual Náutico, especulado para ser o camisa 10 do time comandado por Mancini. Dá para acreditar? Thiago Santos, Lucas Silva e Jean Carlos. Brincadeira !!!

Resta para nós, torcedores, esperar pacientemente pela concretização dos negócios para sabermos o que é realidade nesta história toda. Ou seja, não sofrer ou se desiludir por antecipação.

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Goleiro cascudo para quê? 

Aparecem notícias sobre um provável interesse do Tricolor por um goleiro experiente. Logo agora? Sinceramente, não precisa, pelo menos com os atuais arqueiros.

Brenno é campeão olímpico, Gabriel é de Seleção Brasileira; estão curtidos. Ambos foram vistos chorando, após algumas derrotas do seu clube. Sofreram uma pressão psicológica tremenda com pouca idade e início de carreira. Viram o Grêmio morar, residir e ficar domiciliado na zona do rebaixamento. Se eram inexperientes, pegaram "casca" a fórceps, isto é, na marra. Ali, nessa situação, até poderia haver a necessidade de alguém na posição com mais rodagem.

Eu pergunto: passado um ano, experiências positivas individuais (as convocações) e negativas coletivamente, não são suficientes para torná-los mais fortes e mais seguros?

Duas observações: 

a) que goleiro curtido, cascudo, vai vir para ser banco e disputar uma Série B? Só os inconfiáveis

b)  a contratação de um goleiro com este perfil (experiente e "resiliente") só terá sentido, se o Tricolor tenciona se desfazer de Gabriel ou Brenno e preventivamente, pensa numa convocação do que ficar e Adriel se mostrar despreparado para segurar o rojão. Só assim se justifica investir em uma contratação tão específica e discutível

Finalizando, mantidos os meninos revelações, alguém imagina que estarão "verdes" ou despreparados para encarar Gauchão e Série B, depois da tortura que foi disputar o Brasileiro de 2021? Não, não é a hora de desperdiçar dinheiro e tempo com uma aventura dessas.

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As Primeiras Boas Notícias 

Está rascunhada uma postagem do que entendi até agora sobre a Direção gremista pensar em formar um elenco para disputar a Série B. Tenho muito receio deste pensamento. Porém, vou dar um tempo neste assunto, porque surgiram as primeiras boas notícias, quais são elas? As dispensas de Bruno Cortez (fará 35 em Março), Rafinha (36 anos completos) e Diego Souza (36 anos completos) que se somaram ao "adiós" dado a Borja. Corretas as dispensas, não há o que questionar; as disputas na Série B exigem preparo físico e, óbvio, qualidade, mas essa última deve estar presente sempre. O preparo físico nesta competição será essencial. Esse pensamento de ter jogador cascudo deve ser visto com muita reserva. Não é bem assim.

O problema é saber substituí-los; é a velha história, tem que tirar, certo? sim, mas e a reposição? Aí entra o Grêmio, sua tradição, sua visibilidade, seu superávit para buscar jovens com ambições de vencer, gente como Claudinho quando subiu o Bragantino, Guilherme Castilho, que estava emprestado pelo Galo ao Juventude. São exemplos que tiveram sucesso e não foram/são inacessíveis. Basta ter criatividade e trânsito nos grande parceiros que ficaram na elite do futebol, que podem ceder promessas que não serão aproveitadas num Palmeiras, Atlético Mineiro e noutros com poder de fogo menor (Botafogo, Coritiba, Vasco, Guarani).

É por aí que deve começar o garimpo.

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À Deriva 

Com quase nove anos de existência, este blog vive o pior momento do Grêmio, uma decepção atrás de outra. Não bastasse o rebaixamento, a massa torcedora tem que conviver com um teatro execrável, abjeto, desta direção, capitaneado por Dênis Abraão, que vem sendo aliviado pela Imprensa amiga; ele que abusa da conversa mole de revolução que vai sobrar meia dúzia de jogadores apenas, mas, na verdade, renova com Mancini e revê questões que já estavam decretadas como as de algumas peças que não tem condições de cumprir um 2022 a contento. Sobrou para o Thiago Gomes. Tiraram o sofá da sala.

 É convicção destes dirigentes que o trabalho foi bem feito, que o rebaixamento não passou pelas decisões de Mancini. Todos sabemos onde isto vai parar; basta ver quais partidas Mancini ganhou e as condições que os adversários oportunizaram ao Grêmio  em cada confronto. Esse jogo de cena de demitir a periferia, agentes secundários que não tiveram participação direta na debacle do clube que resultou no terceiro rebaixamento em três décadas, esta falta de transparência com o torcedor, onde se fala uma coisa e se age de forma completamente oposta, só irá afundar mais a instituição centenária, humilhando os seus dez milhões de torcedores.

Todos, torcedores e imprensa, escolheram as causas pela péssima campanha; comigo não é diferente. Mesmo sabendo de diversos fatores, enumero dois como fundamentais para a não permanência na Série A: a péssima arrancada com Tiago Nunes (8% de aproveitamento) e a persistente manutenção de certos atletas no coração do time, isto é, no meio de campo. E isso não foi exclusividade de um ou dois treinadores, todos ferraram com o time; até o veterano Felipão, que conseguiu formar um meio com Thiago Santos, Lucas Silva e Villasanti. Imaginem!!! Como é que a bola ia chegar redonda para os atacantes? Inexistindo estes dois elementos, o péssimo desempenho de Tiago Nunes e as persistentes escalações de Thiago Santos, Lucas Silva e assemelhados, o Tricolor dificilmente deixaria de escapar, ou seja, seguiria na primeira divisão do futebol brasileiro. Ia ser no sufoco, mas seria.

Se em 2004, a gente tinha a forte desconfiança, quase certeza do destino trágico, pois havia Cocito, Luciano Ratinho, Rico, Roberto Santos, Fábio Bilica, Capone e o créme de la crème; El Mono Tavarelli, simplesmente, o pior goleiro do Tricolor em todos os tempos; nesta queda de agora, era crível a fuga, já que o clube gastou os tubos, mas aí ficou as 38 rodadas no Z-4; os onerosos Diogo Barbosa, Churín, Rafinha, Villasanti, Borja (que jogador ruim!!!), Campaz e o novo crème de la crème, Douglas Costa associados a Thiago Santos e Lucas Silva; então, esse rebaixamento bateu todos os quesitos apresentados pelos rebaixamentos anteriores. Foi uma superação de incompetência, "nunca antes na história desse clube..."

Afirmo hoje, sem receio de errar: a sucessão de equívocos está em franco andamento e o maior risco, o mais letal, ele é fruto de convicção. Ninguém vai demover da cabeça dos comandantes gremistas que "o time não é tão fraco", que "temos que fazer um time com cara de Série B", que "o time estava evoluindo nas últimas rodadas"; então, "me repetindo": é ladeira abaixo.

 

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Prosseguem as "Mudanças Profundas"

Marcelo Oliveira e Thiago Gomes saíram, também Paulo Miranda e Éverton Cardoso, de quebra, querem despachar Victor Bobsin; sinceramente, haja estômago para aguentar tanta sacanagem, já que ficaram o presidente,  o vice de futebol, o treinador e sonham manter a base do time que caiu, que ficou 38 rodadas na zona de rebaixamento. Que pensa em começar uma formação de meio de campo com Thiago Santos e Lucas Silva. Que dispensam a periferia do vestiário. Até pode, mas até agora é tudo paliativo.

Sabem quando o time vai decolar com essa dupla de volantes? Quando o Íbis fizer uma final de Mundial com o Bayern München! Virarão leões no Gauchão e presas fáceis nas fases quentes de uma Copa do Brasil, por exemplo.

Às vezes, eu erro feio, mas tenho os meus momentos de lucidez e até antevisão; mostro alguns agora: Ceticismo e Ladeira abaixo. 

Novamente, eu arrisco: digo que com essa nominata inicial de meio de campo, em Abril, o Tricolor estará buscando novo treinador, consagrando um atraso de 1/3 de 2022 sem saber o rumo a ser tomado, porque não soube fazer a leitura correta da hecatombe que assolou o clube em 2021.

Planejam se desfazer de Brenno ou Gabriel, Vanderson e Victor Bobsin, dispensaram outros juniores que nem vem ao caso (Guilherme Guedes), porém, Rafinha está se oferecendo para ficar, Cortez está sendo "cortejado" e segurar Diego Souza parece não ser uma má ideia, segundo as cabeças pensantes dos dirigentes. Thiago Santos e Lucas Silva tem cadeira cativa no meio e há sempre a sombra de Alisson rondando os titulares.

Não dá para acreditar que pensam em mudanças profundas. Por enquanto, só tiraram o sono da senhora do cafezinho e de alguns vigias do clube. Eles podem ser a bola da vez.

 

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O Futebol Moderno 

Tive oportunidade de presenciar a guinada do futebol conceituado como esporte para a nova denominação/função "Negócio". Penso que a virada ocorreu nos anos 80 e de lá até o presente, ele se afastou de sua origem, se fortalecendo como "business".

Foram-se os espaços populares como a Geral do Maracanã ou Coréia no Beira-Rio, também os jogos que ocorriam nos finais de semana e em algumas Quartas ou Quintas feiras dentro de determinado mês deram lugar ao espetáculo cotidiano de Domingo a Domingo. As transações subiram a patamares elevadíssimos e os jogadores passaram a ser joguetes nas mãos de seus empresários, porém, diante da perda de autonomia, houve a troca pelos salários milionários.

Nessa transformação, o espaço das agremiações destinados aos dirigentes foi tomado por profissionais das mais diversas formações (economistas, advogados, administradores, etc...) que viram no futebol uma oportunidade de êxito em suas carreiras, mesmo que não entendessem do "riscado" e até mesmo, nem gostar desse esporte. Desapareceram os abnegados colaboradores, que, afinal, não eram a receita ideal para tocar a vida dos clubes, mas, ainda assim, conheciam mais a história e as encruzilhadas de suas paixões esportivas.

Esses neófitos, mas graduados, viram um terreno fértil para o desempenho de suas atividades, porque encontraram peculiaridades no futebol que, para a surpresa deles, eram um plus quase exclusivo dele como por exemplo; jogadores terem salários para perder partidas, porque para vencer, eles recebiam o "bicho" e no caso de títulos, premiações específicas; também, contratos longos, tipo de 3 anos, onde todos os envolvidos, torcida, jogador, dirigentes e imprensa tinham a certeza que não seriam cumpridos até o final, o que renderia uma multa extraordinária, o que permitiria um jogador atuar em outra agremiação por um salário módico, pois teria o acréscimo de seu antigo vínculo na conta, muitas vezes lhe garantindo meses de vida dócil; o mesmo ocorrendo com treinadores que não conquistam nada de relevante, mas estão sempre empregados e com contratos nos mesmos moldes citados antes (dos atletas).

Assim, exemplificando, Tardelli, mesmo com 34 anos à época, fecha contrato de 1 milhão por mês e contrato de 3 anos, o que lhe permitiu sair do Imortal, jogar no Galo, ser repassado para o Santos que o dispensou neste mês de Dezembro. O que ganharam os três clubes? Já o atleta e seu empresário...

Por que toda essa exposição acima? porque o Tricolor se quisesse fazer história, se quisesse preservar a sua instituição e sua imensa torcida, neste momento, de terceiro rebaixamento, poderia romper esse ciclo vicioso e inovar, buscando um profissional que conheça futebol para a sua vice direção e contratar um treinador que tenha potencial para quebrar paradigmas, dando, desta forma, exemplo que é possível sair da mesmice e colocar o clube na disputa de títulos, afastando o pensamento limitado de apenas subir para a Série A e, quem sabe, lutar por vaga na Libertadores em 2023.

Infelizmente, isso é só sonho de torcedor.

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Mudanças Profundas? 

Sinto muito lhes dizer; mudanças profundas? pois vai sobrar para a nutricionista e o porteiro; talvez, para alguma empresa terceirizada. Estas, as mudanças profundas da atual direção gremista. É a impressão de momento.

Seguindo o raciocínio; parece (uso esse verbo para ser cuidadoso) que os mandatários gremistas entendem que a campanha não foi ruim; "faltou uma vitória apenas", quem sabe, uma simples perda de campeonato, não enxergam que o número de rebaixamentos superou o de conquistas do Brasileirão.

Justificando os parágrafos acima: Gabriel ou Brenno serão os goleiros, aqui, tudo bem, Geromel e quem sabe, Kannemann (se não for para a Argentina), os zagueiros, prossegue o pensamento correto; agora vem o perigo: Thiago Santos é consenso que é o volante adequado para jogar a Série B, tem todas as ferramentas de B, pergunto: então, por que foi contratado para jogar a Série A? Lucas Silva, o argumento é que acabou o ano bem, deve ficar e enganar mais um tanto.

Diego Souza: começa a conversinha que é consenso que deve permanecer. Esquecem que será um ano mais velho, além da dúvida quanto estar em forma ideal. Campaz poderá ser o "camisa 10", uma incerteza para o tamanho da empreitada. Ferreira, se ninguém quiser, vai ser um dos atacantes de lado. Perceberam? São oito nomes do rebaixamento.

Verdade que alguns merecem ficar, mas o discurso da Direção vai para o espaço, quando se vê que é o mesmo presidente, o vice de futebol fazendo força para ficar, idem, o treinador Mancini, porque a ideia que ficou na parte interna do clube é que esse fez "excelente trabalho".

Infelizmente, 2022 será um ano de pequenez do clube, de acanhamento, de muitos momentos de sofrimento para os mais de 10 milhões de gremistas ao redor do Mundo.

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"Profunda Reformulação" é piada 

Li e ouvi que Bolzan Jr. vai fazer "profunda reformulação", mas nas entrelinhas, ele deixou escorregar que muitos de seus aliados, convenientes aliados, aves de rapina, na verdade, não farão parte desta medida, do expurgo. Um jogo de palavras e cena que já estavam escritas e vistas na "carta aberta" ao torcedor. Veremos, com certeza, políticos e oportunistas com novos discursos, mas colocando os interesses do clube e, em especial, da torcida, fora das prioridades. 

Quando escrevi que era preciso fazer terra arrasada, não significava destruir tudo e colocar sal sobre o solo, mas uma mexida ampla, geral e irrestrita em todos os níveis do clube até "terceirizar" a Direção se isso trouxer dias melhores para o Tricolor. Não representa pegar as joias da base, recém guindadas ao elenco principal e jogá-las às feras, mas extirpar os agentes causadores desse novo fato; o tremendo, lamacento, sinuoso, perigoso caminho da volta para a Série A. Só para lembrar, lá estarão brigando, Vasco, Cruzeiro, Sport, Bahia, Chapecoense e outros que estão num aprendizado ascendente ano após ano, caso dos dois alagoanos (CSA e CRB). O Grêmio que suou sangue em 1992 e 2005, não terá sua missão aliviada em 2022, pelo contrário; todos quererão tirar uma "casquinha" do antigo campeão mundial.

Também o torcedor sofrerá com a imprensa dita isenta; uma das rádios tradicionais de Porto Alegre entrevistou Antônio Vicente Martins e achou "ótimas" as ideias dele, nem lembraram que quando no futebol gremista, ele trouxe um diretor de futebol (Alexandre Farias)  com um salário altíssimo que durou exatos 30 dias, pois sua primeira missão foi contratar Wellington Paulista que estava impedido de jogar.

Outro jornalista conhecidíssimo por sempre elogiar o comandante da Swat mais Celso Roth e o seu amigo Paulo Pelaipe, já arrancou na frente e disse que este último é o cara adequado para este momento gremista.O fato de trazer Amoroso rebentado, tentar fazer um contrato de três anos com Ed Carlos, um eterno reserva por onde passou e contratar um centro avante acusado de estuprador na França, entre outras estrepolias, não veio convenientemente à lembrança deste profissional da imprensa.

Enfim, "profunda reformulação" nos moldes que virão pela cabeça dos atuais dirigentes, periga vir Roger para comandar o elenco. Aí, teremos entrevistas eloquentes e muitas explicações do porquê o time cair nas oitavas de alguma Copa ou pelo fato de estar fora da zona de classificação para a Série A.

Pobre Grêmio! o verdadeiro, a instituição e sua massa torcedora.

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Grêmio venceu, mas confirmou o rebaixamento

A vitória não valeu para nada a não ser constatar que por um Grenal perdido, as posições ficaram assim, Inter com 48 pontos, Grêmio, 43, mudando a vitória de lado, o Coirmão, 45 e o Tricolor, 46 pontos. Para ver como o Grêmio fez força para ser rebaixado. Um show de criatividade para ficar entre os quatro piores com os salários em dia e um elenco de 16 milhões (ou quase isso). É matéria para análise. Não é coisa de compreensão num primeiro olhar, precisa-se de tempo e calma para conhecer ponto por ponto.

Para completar a série de equívocos, terminado o jogo, uma carta aberta já pronta é apresentada, nitidamente, fora de hora com a missão de acalmar a torcida. Um golaço contra. Mais um.

Aquilo que poderia ser a primeira pedra de um novo alicerce, revela-se uma areia movediça como fundação para a construção de 2022.

Fico por aqui, amanhã, cabeça fria, virá uma postagem melhor.

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Prá Ontem !

O futebol assim como a vida, às vezes, é feito de ironia. Pode esta noite, Douglas Costa ser o responsável pela manutenção do Tricolor na Série A, mas, nesta hora, não vejo como escalá-lo; sequer ficar entre os convocados para a partida contra o Galo. É arriscar o pelego numa partida crucial, onde ele poderá não se portar com o devido profissionalismo, aliás, condizente com suas últimas atitudes e, também, por poder afetar a estabilidade emocional dos seus pares em campo.

Como fica o treinador que perdeu a mãe e teve que voltar e encarar uma parada torta dessas, vendo o seu atleta mais caro pedir para ser dispensado? O mais grave: não se trata de jogador criado longe do Grêmio, sem identificação com a instituição; pelo contrário, o discurso até chegar à capital gaúcha era de um resgate, uma retribuição pelos anos atuados na base azul.

Por tudo isso, Douglas Costa já deveria ter vazado do clube, antes mesmo desta Quinta-feira eletrizante.

Nunca uma expressão banal teve tanta razão de ser usada: - Sem noção!!!

Opinião

A Síntese 

Estava pensando qual seria a imagem ou fato que sintetizaria o ano gremista dentro de campo. Um registro deprimente, lógico. Aquele que, decorrido anos ou décadas, qualquer um identificaria: - Bah! aquele ano só deu merda. Cheguei a conclusão: Douglas Costa desembarcando no Salgado Filho, confessando juras de amor pelo clube do coração, revelando um ato  caridoso de aceitar um salário "baixo" para retribuir tudo que o Grêmio fez por ele no início de sua carreira.

A notícia recente do pedido de dispensa às vésperas da "decisão" gremista para ir ao Rio de Janeiro participar de uma cerimônia de casamento é uma agressão ao sentimento do torcedor. É direito dele? Talvez, mas como canta Francis Hime, "é questão de hora e lugar". Quando Ancheta, De Leon ou Pedro Geromel fariam tal pedido em momento tão delicado?

A vinda de Douglas Costa consegue ser o pior evento gremista do ano, o símbolo de todos os fracassos da Direção no que se refere ao futebol azul.

Grêmio e Inter com Douglas Costa e Taison demonstram que estão completamente perdidos. Pelo menos, o atleta colorado nos diverte, tentando ser um D'Alessandro ou Fernandão no aspecto liderança, Douglas, nem isso.

Pode o atual camisa 10 ser o grande nome desta Quinta-feira, mas em Janeiro, a imagem mais esperada pelos gremistas será a dele no aeroporto no setor de embarque.

Opinião

Dependência Tóxica

Incrivelmente, o Tricolor chega ainda com chances na derradeira rodada do campeonato Brasileiro. Tudo indicava que já estaria rebaixado no final de Novembro. Foi uma reaçãozinha perto do que necessitava, porque essas 19 derrotas, 1 turno inteiro, também tem a mão, a assinatura do atual comandante técnico. 

A mais recente que li, diz que Alisson ficou sem atividades físicas por 4 dias e ele foi o escolhido para o banco, deixando Elias de fora. Não que isso fosse um diferencial, mas contraria o bom senso.

Agora, com certeza, haverá um gaúcho rebaixado. Podem ser dois. O Bahia fará um confronto indefinido diante do Fortaleza na casa deste. Dizem que há uma rivalidade nordestina, mas os pedaços que vi de Cuiabá x Fortaleza, não é para animar o torcedor gremista.

Já no Alfredo Jaconi, o Tricolor dependerá como nunca do Corinthians, um clube, cuja torcida sonhava enterrar o Grêmio na Série B nesse Domingo, então, não é nada absurdo prever o time paulista desinteressado na Quinta-feira. Paciência! o Tricolor dependerá, além de sua vitória, de dois triunfos improváveis. Uma dependência que ele mesmo criou.

Opinião

Grêmio sofre gol no fim e vê a queda iminente

 O  time fez um grande enfrentamento diante do Corinthians e de um ambiente hostil em São Paulo. O empate foi o resultado justo pelo que apresentaram as duas agremiações nos dois tempos. O problema é que empatar nesta altura no campeonato é péssimo negócio para o Tricolor.

 O primeiro tempo considero de luxo pelo que vinha apresentando o Grêmio no certame (vale lembrar; são 19 derrotas/1 turno) com destaques fulgurantes como a zaga central, Lucas Silva, Campaz e Diego Souza. Algumas brilhaturas esporádicas de Ferreira e Jhonata Robert. Apenas os laterais ficaram devendo. Thiago Santos esteve bem, também. O próprio gol é mérito de jogada coletiva e do talento do Tanque, camisa 29. Um golaço. Gabriel não fez nenhuma defesa difícil.

 Aí veio a etapa complementar e o Tricolor recuou demais, seu goleiro começou a aparecer e Diogo Barbosa desmanchou rapidamente a boa impressão da jornada anterior. Uma avenida.

 Se Matheus Sarará entrou muito bem com qualidades bem acentuadas como o bote certo, maior velocidade de execução de jogadas e resistência física, o mesmo não dá para dizer de Villasanti, que mudou da água para o vinho com a chegada de Mancini. Começaram a aparecer defeitos, antes não tão acentuados como a discrição, a marcação frouxa e uma chegada de bola à frente totalmente improdutiva. Da mesma forma, a entrada de Borja foi um fracasso total; aliás, repito, o que escrevi; com exceção de Freddy Rincón, que colombiano é bom jogador? Todos que eu conheci, sempre faltaram fundamentos e sobraram defeitos; ora, a individualidade exagerada (o famoso peladeiro), ora o descomprometimento com a questão tática, alguns, a questão psicológica parecida com o que ocorria com os escravos, o famoso banzo. Para se ter ideia, Borja é centro avante da Seleção de seu país, Renato Kayser  ou German Cano são mais jogadores. Diego Souza, gordo e desinteressado é melhor do que ele. Atacante limitadíssimo.

 Para selar a sorte do time, o Tricolor é treinado por mais um daqueles profissionais que optam pela cartilha do medo. O castigo veio no final. A retirada de um atacante para colocar Ruan; a cereja do Sundae.

 Neste momento de desespero, dá para dizer que o time evoluiu, apesar de tudo, porque chega vivo à rodada final, algo que fugia dos prognósticos da maioria da mídia.

 Ironicamente, eu que já havia jogado a toalha bem antes, penso que se Cuiabá e Juventude derem mole nesta Segunda-feira, o quadro apesar de complicado, melhora bastante, pois faltarão três resultados favoráveis para que o clube se mantenha na Série A. Um, lógico, é a sua parte: vencer o Atlético Mineiro. Acredito que o Bahia perca para o Fortaleza.

De qualquer forma, repito, a faxina pegará de A a Z.

Opinião

 

A Grande Decisão em Itaquera

Existe uma eletricidade no ar para os gremistas semelhante ao enfrentamento diante do Real Madrid, quatro anos atrás, mas o objetivo é bem menor, atualmente. Foi um processo de apequenamento e erros crassos que culminou neste quadro de chegar à trigésima sétima rodada do Brasileiro, isto é, a penúltima, sem ter nunca posto o nome do clube fora do Z-4; sinceramente, não lembro disto ocorrer nem no malfadado 2004.

Costumava brincar, dizendo que eu queria ver o Grêmio apenas uma vez na liderança do campeonato nacional; na trigésima oitava derradeira rodada; ironicamente, por motivo diverso, vou repetir a frase com uma pequena variação: quero ver o Tricolor, uma única vez fora da zona de rebaixamento, a última.

O confronto diante do Corinthians é de difícil prognóstico, porque ambos os Mosqueteiros tem em suas biografias recentes, a característica de surpreender (para o bem ou para o mal) os seus torcedores.

Se o clube paulistano prepara uma festa com caixão e flores, ele monta um cenário de realização plena, de êxtase pela desgraça alheia, mas que também poderá ser combustível para uma retumbante vitória gremista.

No histórico de confrontos, nunca houve um favorito "confiável", neste Domingo, não será diferente. 

Opinião

A Vitória passou pelos Improváveis 

É uma reação ou a famosa melhora antes de expirar definitivamente? Não sei. Aguardemos os próximos dois capítulos, por enquanto, saborear a melhor exibição do time no Brasileirão.

Ninguém jogou mal, mas há destaques muito acima dos demais, casos de Kannemann, Diogo Barbosa e Ferreira; Campaz e Thiago Santos, um pouco abaixo. Os mais discretos: Diego Souza e Douglas Costa. Gabriel Grando foi um assistente tranquilo, sem defesas difíceis para se ter uma ideia da inofensividade são-paulina.

Poderia ter sido 5 ou 6 a zero, pois Thiago Santos e Borja perderam gols incríveis e Ferreira botou uma na trave. O São Paulo vai escapar no detalhe; está jogando pouco, quase nada.

Os gols foram dos contestados Thiago Santos, Diogo Barbosa e Jhonatan Robert. Quem diria?

Não tem muito o que escrever, apenas segurar a ansiedade. Que chegue logo o jogo do ano, onde o Corinthians está babando para rebaixar o Tricolor. Quem sabe não irá com muita sede ao pote e levar um revés?

Opinião

O Maior Reforço 

Neste último suspiro de esperança, isto é, as três rodadas finais, o Grêmio precisará ter um plus, que não será aumento da premiação para o elenco, discurso forte dos dirigentes, presença da torcida novamente nos estádios (Arenas gremista e corinthiana), mas o comprometimento do time, mais do que nunca.

Ao ver o primeiro tempo de Juventude versus Bragantino, não vi neles, atletas de maior qualificação do que os do Grêmio, porém, os que representaram a equipe da Serra Gaúcha entraram e se doaram de uma forma contagiante que o resultado final, com certeza, para quem estava assistindo, só poderia ser o triunfo, os três pontos.

O comprometimento, esse elemento é a peça faltante na engrenagem azul. Tomara que apareça nestes confrontos derradeiros.

Opinião

A Obviedade Ululante

Muito provavelmente, a imprensa esportiva brasileira vai escolher Cuca, o técnico do Galo, o melhor do Brasileiro. Trata-se de uma eleição cômoda amparada pelo título da competição até porque os mais bem colocados a seguir, Flamengo e Palmeiras, seus treinadores receberam contestações ao longo do ano, facilitando a eleição.

No entanto, para mim, o grande trabalho, o mais relevante e improvável no certame é o do argentino Juan Pablo Vojvoda, pois seu clube é de porte médio, sem tradição de lutar pela ponta de cima da tabela, o cearense Fortaleza.

Sigo achando tranquila a minha convicção  desta edição do campeonato nacional, qual seja, a escolha de Vojvoda como o de melhor trabalho, o mais inventivo e surpreendente de 2021 no Brasil.

A seguir, eu apresento um pedaço de texto que ZH publicou na edição de hoje sobre o pensamento do jovem treinador argentino:

  - Elevar o nível do elenco

- Conseguir uma ideia de jogo com a qual possa identificar o Fortaleza

- Promover maior uso da base

- Comprometer os atletas ao treinamento de maior intensidade

- Inserir a filosofia de que todos devem preferir ganhar jogando bem do que ganhar jogando mal

- Inserir a filosofia de que o êxito no futebol é somente buscar a vitória.

 Essas palavras são música para os meus ouvidos, aquilo que eu sonho para ver na casamata gremista. Infelizmente, o Coirmão é o clube que está se mexendo para trazer esse sopro de novidade na mesmice brasileira.

Já o Tricolor, parece, sonha com treinadores bem falantes, que adestram muito bem a imprensa gaúcha e, na contramão, dão muito pouco do que se espera de um comandante técnico de uma instituição com a biografia gremista.

Lamentável.