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segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Opinião




Ares Medievais 


No Medievo, período de aproximadamente 1.000 anos (Séculos V a XV), a Igreja Católica através da exclusividade de acesso ao conhecimento, dominou fortemente a civilização do Ocidente Europeu, onde realizou a construção ideológica que a tornou dominadora, utilizando entre várias táticas, o conformismo medieval, que inibia a experimentação do novo.

Exagerando um pouco, é o que acontece com parcela da torcida gremista, quanto à subsitituição imediata do treinador ou a sua troca para o ano vindouro.

O obstáculo para a saída urgente do técnico gremista está alicerçado no recente histórico de más substituições (reais e verdadeiras), que inibem os dirigentes atuais por receio de repetir os equívocos das trocas infelizes dos dirigentes anteriores. - Ora! viram o que aconteceu, quando tiraram o Renato.

Esta é uma frase defensiva, que serve como uma barreira para Guerra & cia. mexerem no comando técnico gremista. - Viram o que aconteceu, quando tiraram o "Mago"?

Até para quem argumenta que o mais salutar para o clube seja mudar de ares no final de ano, visando um 2025 mais forte, mais competitivo, vem a observação em forma de ameaça: - É ano do Octa, mexer é entregar para o Coirmão a hegemonia gaúcha.

Até parece que o título gaúcho/25 é favas contadas com o estado de coisas que virou o Tricolor.

 Realmente, dobrar esse pensamento que, mesmo que remotamente, lembra épocas antigas, é um trabalho difícil, ou seja, de grande resistência e, salvo engano, não se tem Direção corajosa para executar as mudanças necessárias.

sábado, 28 de setembro de 2024

Opinião




Grêmio reage no Campeonato 

Pareceu que o time de hoje nada tinha a ver com o do meio-de-semana, nem tanto pela escalação, mas pela atitude, isto é, mais ligado, interessado e pegou um adversário que preservou metade dos titulares. Deu a impressão de estar esgotado, pela classificação heroica para as semifinais da Libertadores. Foi a melhor hora para pegar o líder do Brasileirão, sem dúvidas, ainda mais, longe do Engenhão.

Marchesín esteve muito bem, João Pedro e Kannemann, os melhores pelo lado gremista, juntamente com Villasanti.

 Reinaldo recebeu apoio de Aravena e depois de Natan Fernandes, segurando o lado direito de ataque alvinegro. Gustavo Martins jogou sério, às vezes, simplificando, afinal, a partida pedia isso.

Cristaldo, um começo muito intenso, distribuindo a bola para as pontas, depois caiu de produção.

Edenílson, muito bem, mas cansou cedo, Pepê não comprometeu, no entanto, a sua contribuição defensiva, não justificou a sua preferência para o lugar de Dodi, por exemplo. 

Braithwaite sofreu novamente pelo isolamento e Aravena, discretíssimo ofensivamente, porém, grande contribuição no bloqueio. Nessa função, ele deu melhor resposta do que Soteldo. Saiu esgotado fisicamente.

A lamentar (mais uma vez), a péssima arbitragem e aí, não se trata de ser tendenciosa; é ruindade mesmo. Os jogadores tomaram conta do apito, a expulsão de Monsalve, completamente equivocada e os 12 minutos acrescidos, não corresponderam ao que se viu no segundo tempo. Sorte que ele acabou, encerrando antes, até. Foi bem, quando acatou a orientação do VAR no lance que resultaria no gol único, se não fosse ilegal.

O Tricolor perdeu muitos atletas para o enfrentamento diante do Fortaleza, mas isso foi o preço cobrado pela dedicação e entrega numa partida decisiva.

Vencendo na próxima rodada, o time entra mais tranquilo no clássico Grenal.

Enfim, uma performance que não irritou o torcedor.

 


sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Opinião




Momentos de Decisão 


Tem uma expressão nossa, do Pampa, que diz sobre "passar o cavalo encilhado". Significa oportunidade, que se montar, ela é aproveitada, se deixar o pingo seguir o destino "solito", então a chance se foi e o arrependimento virá, com certeza.

O Grêmio não quis contratar Rochet. Era caro, segundo Antônio Brum, o cavalo seguiu seu trote e serviu de montaria logo ali, adiante. Por que falo sempre em Rochet (na verdade, quando sugeri o nome dele, dei mais dois, Santos e Renan, portanto, um trio calejado)? Porque, Rochet está no auge, é goleiro de Copa do Mundo, estava disponível, é do Uruguai e tinha Suárez no Grêmio. Melhor impossível.

Com um goleiro no Brasileiro do ano passado, a distância de apenas 2 pontos e mais vitórias do que o campeão Palmeiras, seria tirada. Não tenho dúvidas. Só um golpe do destino, uma rasteira, iria impedir o tri do Grêmio.

E o que isso significaria? O Tricolor igualaria o número de títulos do rival, também seria o atual campeão, além disso, Alberto Guerra entraria para a seleta galeria em que estão exclusivamente, Hélio Dourado e Fábio Koff. É pouco? Leiam o que segue abaixo:

Ao não contratar Rochet (ou semelhante), Renato perdeu a chance de se tornar o técnico maior vencedor do clube, no caso: 1 Vice Mundial, 1 Copa do Brasil, 1 Libertadores, 1 Brasileiro, o hipotético de 2023 e com a conquista do Gauchão/24, o seu quinto, ultrapassaria Luiz Felipe, que tem as mesmas conquistas nacionais e intercontinentais e 3 Gauchões.

Momento de decisão.

Agora, o Tricolor está quase no Z4 e vai encarar o líder, fora de casa, se perder, se dirá, é natural, é o líder, depois o surpreendente Fortaleza, se perder, se dirá, são dois jogos sem o treinador. Nesse momento, o Tricolor poderá estar entre os quatro últimos e nada será feito.

Por que? Porque o fantasma da criação de "um fato novo" em semana Grenal, ou seja, a troca de técnico remeterá à lembrança dos 5 a 0 em cima do Coirmão. Convenhamos, em clássico, qualquer resultado é plausível, até a derrota. Neste caso, o Grêmio terá que juntar os cacos e esperar por um milagre.

Em caso de três insucessos, só a "data Fifa" poderá salvar o Grêmio.

Outro momento de decisão. A Direção vê novamente, o cavalo encilhado, mas ...


quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Opinião



Almirón 


O Grêmio precisa pensar em 2025, mesmo que a prioridade seja permanecer na Série A, sob pena de virar um Cruzeiro de dois, três anos atrás.

A sequência não vai dar moleza, especialmente, o clássico no Beira-Rio e um 5 a 0 entalado há quase uma década e o Grêmio cada vez mais, se desarranjando, perdendo o rumo.

Para não ficar apenas nas críticas, eu lanço duas alternativas para que a Direção Tricolor analise:

- Se tiver que trocar de forma urgente, isto é, ainda este ano, colocar Luiz Felipe de coordenador técnico e Arce como treinador

- Se Renato resistir até o final da temporada, o grande nome, aquele que "vai acontecer" no mercado internacional, logo, logo, é Jorge Almirón, um argentino,  volante que fez carreira no México (mais de 12 anos), mas que se destaca como treinador com dois vices campeonatos da Libertadores, Lanús em 2017 e com um Boca Juniors muito limitado, em 2023.

Esta semana, também fez um bom enfrentamento com o River Plate, comandando o Colo Colo, do Chile, perdendo nesta Terça-feira no Monumental de Nuñez, numa das semifinais.

Almirón é um nome a ser acompanhado e analisado pelos grandes clubes brasileiros. Espero que um deles seja o Grêmio.

Opinião




Bateu o Terror

Até hoje, eu não pensava na possibilidade real de rebaixamento. Tratava como remotíssima pela ruindade ou limitações dos adversários (Goianiense, Cuiabá, Vitória, o próprio Criciúma e dois grandes em crise, Fluminense e Corinthians), mas, muito mais pela catastrófica entrevista após o jogo do que o que se viu em campo, não dá para desprezar esse risco de ver em 2025, o Tricolor na Série B, aí, só virando SAF para se manter grande.

O que comentar da partida? Tudo igual, a diferença para o ano anterior é a ausência de Suárez. Só isso. O time é frágil defensivamente, a posição de goleiro segue provocando discussões, a marcação do meio é frouxa, a transição dele é lenta e os atacantes, raramente recebem bolas à feição ou presença de parceria. Os gols que fazem, geralmente, é por qualidade individual. Então, o "terror" do título da postagem é mais pelo que ocorreu na entrevista de Renato.

O que ele disse? novamente, ele se eximiu de responsabilidades dos tropeços. Citou as dificuldades decorrentes da catástrofe gaúcha, dos lesionados, das viagens, do calendário, da carência de atacantes até a última janela, etc... mas o mais grave foi ter afirmado que com o modelo adotado com "quatro atacantes", Soteldo, Braithwaite, "Miguel" e "Franco", o time sofreria os gols que está sofrendo,  deu a atender que isso não saiu da cabeça dele. 

Uma grande e perigosa bobagem, primeiro porque atira para os atletas, os insucessos do time, segundo, a peneira que virou o Tricolor data de mais de um ano, independente de quem atua e de que modelo tático é adotado.

A guerra declarada contra a imprensa, a repetição que com ele o time não cai e esse fosso que ele abre com essa declaração de que tinha avisado os jogadores que com "quatro atacantes", não funcionaria, com certeza, constrói um cenário propício para a crise.

Há mais dois elementos graves presentes neste quadro atual: a lembrança de atitudes de dois presidentes, o do Inter de 2016, que dizia que time grande não caía e o do Grêmio, que esperou demais para fazer a troca de técnico, depois de Renato ter dado sinais de esgotamento técnico no final de 2019. Guerra não vai agir, infelizmente.

Passo a considerar altíssima a chance do Grêmio cair pelo que se viu esta noite, seja no gramado da Arena, seja pelo o que se ouviu no pós jogo. Nas quatro linhas, Cláudio Tencate deu um nó no treinador gremista com um elenco limitadíssimo e no microfone, um gol contra para o Grêmio, que se resumiu na frase mais fora de contexto desta Quarta-feira. Disse o comandante técnico: - Eu sou muito bom e isso mexe com a imprensa.

Pobre de nós, torcedores.

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Opinião



Lógica Santista, óbvia e simples 


Acompanhando o podcast do Eduardo Garbi, Um assado para ... Elano, uma pergunta escancarou uma obviedade, mas que não encontra eco na maioria dos clubes brasileiros. E é tão simples, se não pertencesse ao estranho universo chamado Futebol. Qual seja:

Num determinado ponto do bate-papo, Duda pergunta se a água de Santos tinha algo especial, que fazia "brotar" tantos craques vindos da base do clube da Vila Belmiro.

Elano deu a explicação tão verdadeira, quanto peculiar, repito, neste âmbito esportivo; a torcida tem muita tolerância com os meninos que sobem. Ela gosta disso, quem sofre são os  que vem de fora com uma certa bagagem.

Isto é incrivelmente lógico. É da educação, do ensino, é do magistério, ou seja, quem deve receber atenção, compreensão, tolerância e até, por que não? mais afeto, são os jovens, ainda mais se tem o "DNA" da instituição.

Essa lógica só não é hegemônica entre as torcidas dos grandes clubes, porque o futebol, realmente, é uma caixinha de surpresas. Dentro e fora das quatro linhas.

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Opinião




A Lição de Roger Machado 


Com o devido desconto de quem não assistiu nenhuma partida do Inter sob o comando de Roger Machado, mas que não invalida o que segue abaixo.

Primeiro, Roger não conseguiu dar o "pulo do gato" na profissão e passar para o seleto grupo de treinadores afirmados. Ainda está na prateleira dos que ficam ricos, mas não botam faixas relevantes no peito. Além disso, suas passagens pelo Tricolor consagram o adágio que diz que "santo de casa, não faz milagres". Resumindo, os santos precisam sair de suas searas para o amadurecimento profissional e o consequente reconhecimento.

Segundo, mesmo com esse porém, Roger teve momentos de excelência na carreira, ainda que eles não se sustentaram nos diversos clubes que compõem a sua biografia de treinador. Uma hora vai "dar liga" e ele ganha a maioridade como treinador. Como gremista, não gostaria que fosse agora.

Mas a lição que Roger deixa de imediato, de cara, é que um técnico pode ajustar um elenco qualificado em curtíssimo espaço de tempo, ou seja, é possível sair de 0 a 100 km em poucos segundos como parece ser neste final de Setembro.

Se Roger vai se solidificar no cargo ou repetir os percalços anteriores, não se sabe, no entanto, esse ensinamento ele deixa; deixa também, o questionamento: Por que o técnico gremista em duas temporadas à frente do grupo azul, não consegue, pelo menos, "fechar a casinha"?



domingo, 22 de setembro de 2024

Opinião




Vitória no Sufoco 

Está difícil achar avanços no time do Grêmio, pois as justificativas para o mau desempenho estão caindo e não há evolução. Não se trata de má vontade, mas do que se vê dentro de campo.

Os reforços chegaram, o retorno ao estádio aconteceu, tempo para treinamento apareceu, após as eliminações nas demais competições, apoio da torcida sempre ocorreu, falta o quê? Tem também, a vantagem númerica (só numérica) no gramado com expulsões dos oponentes.

Apenas a vitória foi diferente das apresentações anteriores, pois as situações se repetiram, isto é, o adversário, embora enfraquecido pelas ausências de 12 jogadores, foi muito superior ao Tricolor, novamente, o Grêmio, quando encontrou um clube com treinador de reconhecida qualificação, sucumbiu taticamente. Para ilustrar: aos 19 minutos da etapa inicial, o Flamengo havia arrematado sete vezes contra uma apenas (o gol) dos locatários.

A transição do meio seguiu lenta com Cristaldo e Monsalve sendo envolvidos pelos guris do Mengo e a exposição defensiva se fez presente, mais uma vez.

Os cariocas exploraram ao máximo o lado esquerdo defensivo gremista e por ali empataram. Não foi pior, porque Marchesín esteve bem.

Braithwaite esteve isolado, verdade que na boa jogada de Reinaldo (bem ofensivamente), o dinamarquês mostrou ser do ofício. 

De novo, a defesa vazou. Nas últimas três partidas, ela sofreu sete gols, então, a vitória foi rigorosamente, uma bênção. Um empate premiaria os visitantes de forma justa.

O espírito de luta e uma dose de sorte, pois a expulsão do péssimo Carlinhos, dá para ser considerada um exagero da arbitragem, foram as novidades.

Desta vez, as mexidas deram certo e o terceiro gol é a prova concreta: Monsalve fez ótimo lance, Edenílson cruzou com "açúcar" e Diego Costa estava no lugar certo. Um testaço fulminante.

No pré jogo, a especulação é que, caindo na Libertadores, Tite sobrará, o Flamengo tentará Luiz Castro. Quem sabe não dá para abrir conversações com o ex-treinador da Seleção Brasileira?

Finalizando; os três pontos diante do Criciúma, a exemplo destes de hoje, são inegociáveis, são inadiáveis.

sábado, 21 de setembro de 2024

Opinião




Olímpico, passado, Arena, futuro e incertezas 


Os gremistas com menos de 20 anos, talvez, não sejam tão impactados quanto os demais pela troca do Olímpico pela Arena. Provavelmente, não lhes passa pela cabeça qualquer tipo de comparação. Não cabe a confrontação.

Mas a verdade é que a empreiteira que construiu a nova casa gremista esteve/está nas páginas policiais e o saudoso presidente Fábio Koff ao assumir em 2013, ele foi categórico: - A Arena não é do Grêmio. Sua frase tristemente emblemática.

Disse e foi atrás de uma reformulação do contrato. Sabe-se que fez vários ajustes, mas que hoje parecem insuficientes para o trilho da negociação sair sem estragos para o clube.

Hélio Dourado queria a reformulação do Olímpico, Koff, viu-se que achou desequilibrado o contrato e passados 12 anos, o Tricolor não consegue sequer definir o preço dos ingressos de seus jogos, ele que deveria ser o ator principal, o protagonista do espetáculo, como ocorreu diante do Galo no confronto dominical que reabriu a "praça de esportes".

Com os 70 anos do Olímpico, completados dia 19, Quinta-feira, bateu uma saudade do tempo em que éramos felizes e não sabíamos.

Deixo o link de uma postagem minha de 16 de Junho de 2013, vide A Face do Destruidor, no momento em que Fábio Koff lutava para reduzir os estragos da negociação com a OAS e construção da Arena, pouca coisa mudou.



sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Opinião




A Ajuda Involuntária do Peñarol 


É natural que seja assim, isto é, o estrago que o clube uruguaio fez nas "linhas" rubro-negras pela Libertadores, vai respingar no estado anímico e na revisão do planejamento carioca para encarar o Grêmio no Domingo, dia 22.

Aí entra a intransferível vitória gremista. Não tem como imaginar outro resultado, antes de seu início. Só circunstâncias no gramado, anti naturais no confronto poderão mudar este conceito, esta expectativa.

O Tricolor, sua Direção, sua Comissão Técnica, ambas trabalharam em silêncio esta semana e esta atitude foi a melhor possível, após o revés no final de semana, o inevitável comparativo com o principal rival, que está se encorpando, as especulações quanto a novos reforços para o arco e notícias extra campo e extra futebol envolvendo funcionário do clube. Qualquer manifestação de dentro, não teria efeito positivo para a instituição como um todo.

O Grêmio, tenho certeza, fará uma partida competitiva e resolutiva diante do Flamengo.

Como consequência, a vitória e os três pontos.


terça-feira, 17 de setembro de 2024

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (301) - Ano - 1983

Obrigado, César! 

Foto: Juan Carlos Gomez - ZH

Morreu César. Partiu para a eternidade o camisa 9 que marcou um dos gols mais importantes destes 121 anos, recém completados pelo Tricolor gaúcho.

É difícil expressar em um único texto, a gratidão daquela geração de gremistas que testemunhou o voo libertador. O  encontro de um Cesar "horizontal" com a bola e o consequente míssil para o fundo da "cidadela" jalde negra uruguaia, que alterou a gangorra Grenal. Ela pendeu fortemente para o lado azul.

César Martins de Oliveira era um centro avante técnico, que apareceu para o grande público, quando jogando o Brasileiro de 1979 pelo América RJ, tornou-se o artilheiro do certame com 13 gols, o que lhe valeu a ida para o Benfica, de Lisboa, onde atuou por quatro temporadas exitosas, porém, o destino lhe reservou a passagem pelo Grêmio como o ponto luminoso de sua carreira.

Assim como André Catimba em 1977 no Gauchão, César fez poucos gols na Libertadores, dois absolutamente importantíssimos: La Plata na batalha dos 3 a 3 e este da final, naquele mágico e gelado 28 de Julho no Olímpico Monumental.

César era um centro avante diferente, ou seja, era 9, mas tinha "pinta" de outra coisa. Se não se parecia com Alcindo e André, ambos, quase personagens saídos de um faroeste spaghetti de Sergio Leone ou Sérgio Corbucci, também não possuía o jeito carente e desprotegido de Baltazar e Caio Gaguinho, impressão que se dissipava com o balançar frequente das redes adversárias. Surpreendiam, com certeza.

 Na verdade, César passava credibilidade:

"- Eu sei que sua família gostou deste modelo, mas eu sugiro este outro que tem câmbio automático e direção elétrica.

 - Ok, tu me convenceste. Vamos optar por ele, então."

Uma pessoa que inspirava confiança e ser de fácil trato, que poderia atuar noutro ramo, sempre com sucesso.

Cesar, quis o destino, que se tornasse o libertador da nação gremista, porque, se André interrompeu a sequência do Inter no Gauchão e se Baltazar (e Paulo Isidoro) garantiu o primeiro campeonato Brasileiro, ainda havia uma defasagem, algo a superar, de suplantar o principal rival, que vinha de um octa regional e de um tri nacional.

Com o gol e o título libertador, o Tricolor mudava de patamar antes de seu principal oponente, ali, os gremistas relaxaram e puderam comemorar uma conquista inédita no Rio Grande.

Em Tóquio, a cereja do bolo. O topo, o inimaginável.

Igualar, talvez; superar, jamais. Como disse Fábio Koff: Nada pode ser Maior. Mas tudo começou no salto extraordinário de César.

Obrigado, César. Eterno César!




segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Opinião




O Torcedor segue sofrendo 


É impressionante, excetuando a seita bem conhecida, os demais torcedores gremistas estão entre a irritação e a decepção, quando não os dois sentimentos juntos. E com razão.

 Enumero alguns fatos que justificam esse estado de espírito:

- Natã Felipe foi chamado às pressas para compor o banco de reservas, pois tinha sobrado da relação, ou seja, é uma das últimas alternativas para a posição. Ele não tem um bom empresário como teve Tetê, por exemplo. O jovem zagueiro está há três anos no grupo principal e ficou no final da fila, atrás, imaginem! de Bruno Uvini, um fracasso no Tricolor e atualmente, banco do Vitória da Bahia

- Cada jogo do Grêmio, saem no segundo tempo, Cristaldo, Monsalve e Braithwaite e o time piora, invariavelmente

- Um grande amigo meu me mandou mensagem que com Soteldo, Braithwaite, Cristaldo e Monsalve, juntos, o meio fica frágil e sobrecarrega a defesa. Fiz o contra ponto; a maioria dos gols que o time sofre é quando o meio fica recheado de volantes e/ou zagueiros, geralmente no final das partidas

- Fora das 4 linhas, eu ouvi na Rádio Imortal (Alex Bagé, Cristiano Oliveira e outros), que o presidente do clube não se manifestou, saudando o aniversário do clube. Nunca tive visto isto nos meus longos anos de acompanhar o Tricolor

- Na mesma rádio, ouvi que quem assistiu o jogo treino de Grêmio versus Juventude, o desempenho de Diego Costa e Rodrigo Caio foi sofrível, o primeiro até foi expulso e o segundo, batido em velocidade, várias vezes. Pois é! e foram para o enfrentamento contra o Massa Bruta, time de velocistas e gramado propício para um jogo corrido

- A última partida antes da de ontem ocorreu há 14 dias e o que se viu? nada de novo e umas queixas de cansaço do elenco. Que que é isso, minha gente! como diria o mestre, narrador Geraldo José de Almeida

- Pelo menos, não se ouviu mais da comissão técnica que Monsalve e Cristaldo não poderiam jogar juntos

- Pedro Caixinha ajeitou seu time no segundo tempo, já o Imortal ...

- Leio também, que o Tricolor vai atrás de um novo lateral esquerdo. Para contribuir, eu sugiro um jovem de 21 anos, forte, veloz, boa técnica e está entre os melhores da posição no Brasileiro. Trata-se de Cuiabano, não sei se o clube dele vai ceder. Seria uma burrice, mas tem clube que faz dessas, quem sabe...

- E pensar que Marchesin teve que se retratar, dias atrás, por dar uma bronca em campo no Reinaldo pelas reiteradas falhas...

- Para piorar, a ZH levanta a possibilidade de permanência de Reinaldo, caso ocorra a manutenção do atual treinador, que é outro erro monumental. O "Mago" já está dando letrinha que tem clubes interessados nele para ver se ganha mais uma "abinha" em 2025. A seita delira!!!

Certo está Braithwaite, que recém chegou e percebeu que o Grêmio é muito grande para se contentar com o resultado e desempenho diante do Bragantino. Pela manifestação, ele pode acabar no banco

Como diz um ex-treinador gaúcho: É difícil, é complicado!

domingo, 15 de setembro de 2024

Opinião




Grêmio repete os mesmos erros e empata


O Tricolor repetiu os erros da temporada. Chega a 30 gols sofridos em 25 partidas no Brasileirão, portanto, há 1 ano e meio, que mantém estes números com a mesma Comissão Técnica, dá até para dizer que uma das características da equipe é tomar gols que determinam a média superior a 1 por jogo. Aí, a conclusão é simples: Em média, fazer 1 gol por partida é insuficiente para garantir os 3 pontos de uma vitória.

Novamente, um treinador competente superou o Tricolor. Pedro Caixinha tem um dos elencos mais fracos dos últimos anos do Massa Bruta e seria "presa fácil", se o Grêmio não incorresse em falhas previsíveis como as limitações físicas de Rodrigo Caio, autor de dois pênaltis (um, o juiz deu uma aliviada) e a irresponsabilidade de Reinaldo. Sua reincidência nas entregadas que já gerou conflitos dentro do gramado (recordem da bronca de Marchesin nele).

As trocas, mais uma vez, enfraqueceram o time. Diego Costa no lugar de Braithwaite é um acinte, a retirada de Cristaldo e Monsalve, mesmo que realizadas em final de partida é outro movimento sem consequência positiva para o time, porque, ainda que estivesse mal essa dupla, ela é a esperança de algo de bom em campo.

Algumas conclusões deste jogo são fáceis de extrair: 

- as contratações de Diego Costa, Rodrigo Caio e Edenílson (pedidas pelo treinador) não mostram ganhos para o elenco, não pela capacidade técnica, pois o trio tem de sobra, mas por estarem na descendente na carreira e com defasagem física, que impedem de atuar 90 minutos em alta performance, isso, quando conseguem ficar até o final

- a pausa de 10 dias no calendário, não representa absolutamente nada, o time volta jogando a mesma bolinha e cometendo os mesmos erros

- a limitação de Marchesin na hora das penalidades é de uma irritante repetição

- o lado positivo é que o time está com ótimo preparo físico

Mais uma vez, o Grêmio teve a partida (e os três pontos) na mão e deixou escapar. 

Esta crônica poderia se chamar Não vale a pena ver de novo.


sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Opinião




Hora de quebrar a Escrita 


É incrível, mas é verdade, o Grêmio não consegue vencer adversários que são comandados por treinadores competentes, mesmo que seus clubes sejam de porte menor do que o Imortal como é o caso do Bragantino.

O Tricolor começa a abrir a brecha para (pelo menos para mim, antes impensável) se submeter a um quarto rebaixamento, o que representará o risco de repetir o Cruzeiro na demora para subir novamente.

Imaginem como ficaria o elenco atual numa queda? Será, com certeza, sem Braithwaite, Monsalve, Cristaldo, Soteldo, Kannemann, talvez Jemerson, além de rifar jovens por valores abaixo do mercado. A campanha em 2025 seria com elenco parecido com o de 1992 cujo acesso se deu num discreto 12º lugar, isso mesmo! e convenhamos, impossível nos dias de hoje:

 "Campeonato Brasileiro Série B de 1992, originalmente denominado Segunda Divisão pela CBF, foi a 13.ª edição da segunda divisão do futebol brasileiro. Disputado de 9 de fevereiro até 11 de julho de 1992, a competição reuniu 32 clubes, em que doze deles foram promovidos à Série A. A competição foi vencida pelo Paraná," (Wikipedia).

Para piorar, as portas das grandes competições com excelentes retornos financeiros estarão fechadas como Libertadores e, obviamente, a Série A.

No momento em que Corinthians e Fluminense começam as suas reações, o "desenho" dos potenciais rebaixáveis se mostrará com maior nitidez e o clube grande que estiver na descendente nesta altura do certame, tende a tornar suas "braçadas" mais pesadas e inoperantes na luta contra a água que baterá no pescoço.

É neste final de semana, o início da reação ou começo da queda livre.


quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Opinião




Convicções em Evidência 


Assisti na íntegra Corinthians 3 x 1 Juventude e vi que algumas de minhas convicções estiveram presentes na sua plenitude, isto é, bem visíveis até para espectadores distraídos. São três:

- Os treinadores estrangeiros estão em melhor estágio, basta ver que Ramón Diaz atacou o Juventude no Alfredo Jaconi, quando estava perdendo por 2 a 0. Um terceiro gol sofrido faria com que a classificação para as semifinais ficasse inviabilizada no jogo da volta. O gol que conquistou nos acréscimos em Caxias, manteve o time vivo

- Os treinadores, em especial, os brasileiros, não resistem a submeter as equipes a uma "meia linha', que solidificou a expressão "Aluga-se meio campo", abdicam completamente de atacar e, por lógica, chamam a derrota e/ou o resultado que convém ao oponente. E isso, quase que invariavelmente, acontece. O goleiro Hugo não apareceu na tela da tevê todo o segundo tempo, ou quase isso. Um absurdo

- Quando o adversário tem um atleta capaz de desequilibrar o confronto e ele é o grande diferencial, deve ser submetido a uma implacável marcação individual. Lembro de um Grenal em 1979, quando o técnico Orlando Fantoni entrou com Jurandir, uma espécie de "multi uso" do meio para frente, para marcar Paulo Roberto Falcão, que simplesmente não viu a "cor da bola"

Jurandir foi eleito o melhor e o fato foi um prato cheio para chargistas e humoristas. Recordo que no dia seguinte a Seleção Brasileira foi convocada e a brincadeira era que do RS foram três, Éder, Falcão e Jurandir por estar muito próximo do futuro Rei de Roma. Outra charge aparecia alguém perguntando por Jurandir após o final da partida. A resposta: foi visto acompanhando Falcão no exame anti doping.

Rodrigo Garro jogou livre, leve e solto. Um erro imperdoável de quem enfrenta o Corinthians. Ele é meio time.

As lições estão aí, mas muitos não compreendem ou são autossuficientes. Azar de seus clubes.



domingo, 8 de setembro de 2024

Opinião




A Hora mais Inconveniente 


O assunto poderia ser creditado, ser justificado, pela pausa no campeonato brasileiro e a consequente escassez de notícias. É a competição que resta para a Dupla, mas não foi o caso.

 Quem deu origem às especulações de troca de comando técnico foi Renato Portaluppi, quando informou que há dois gigantes brasileiros com propostas para ele no ano que se aproxima. Deduziu-se que são Corinthians e Cruzeiro.

Pode ser verdadeiro, porém, esse tipo de noticiário, nunca acaba bem para o clube que tem sob sua tutela, o vínculo com o comandante técnico, em especial, se ele está próximo do Z 4.

Mesmo que a saída do treinador para 2025 seja uma forte tendência, especular a troca neste momento, quando faltam cerca de 10, 12 rodadas para o final, não traz vantagem para o clube.

Especulações desse tipo sempre serão um gol contra para a instituição.

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Memórias

 Memórias (24) - Ano - 1969


Salve a Seleção

Fonte: https://associacaoportuguesadesportos.blogspot.com

A minha geração, aquela da infância vivida nos anos 60, amava a Seleção Brasileira. Sabia de cor e salteado os onze atletas titulares, quem sabe, até os reservas imediatos. Havia poucas variações nos nomes, também era possível acompanhá-los em seus clubes no Brasil. Muitos guris tinham pôsteres de vários craques, eu mesmo, o de Tostão, o gênio mineiro.

Onde o Selecionado bicampeão mundial ia, os estádios lotavam, a semana era tomada pelo entusiasmo geral, os jornalistas esportivos ganhavam o protagonismo dos noticiários, pois o assunto era o Escrete Canarinho.

Verdade que o país vivia num abismo antidemocrático iniciado na metade da década de 60, uma noite triste que durou 21 anos, mas este cenário viviam os adultos, guris de 10 anos se preocupavam com o colégio e as peladas nos campinhos,  nas quadras de futebol de salão e campeonatos de botão. Aqueles que podiam, claro!

Assim, em 1969, o que importava para os meninos, em especial, eram as eliminatórias para a Copa do Mundo de 1970, que o Brasil acabaria por vencer, apresentando o selecionado mais brilhante de sua história. Foram seis partidas com seis vitórias, tornando-se tricampeão e conquistando de forma definitiva a Taça Jules Rimet.

Na fase de Eliminatórias ocorreu a mesma performance, seis jogos, seis vitórias, 23 gols marcados, apenas 2 sofridos e Tostão foi o artilheiro com 10 tentos. O técnico montou um timaço que recebeu o apelido de As Feras de (João) Saldanha. O país estava contagiado pelo Escrete. Parecia que o fracasso de 1966 virara um fantasma domesticado.

Na derradeira rodada, o Brasil bateu o Paraguai por um a zero, gol de Pelé, quando o Maracanã recebeu mais de 183 mil pagantes, isto é, com os que não tinham ingresso pago, o público beirou aos 200 mil torcedores no estádio. A Nação parou para testemunhar o "passaporte ser carimbado" para o México.

Neste começo deste setembro, o Brasil fará dois jogos pelas eliminatórias da próxima  Copa, a de 2026, mas quem se importa? Alguém sabe escalar os onze titulares ou os dias das partidas?

Há várias causas para o desinteresse, que este texto não vai enumerar, não é a intenção da crônica. São sinais de um novo momento.

Fica apenas a lembrança de um período mágico, da marchinha que embalava a Nação: - Noventa milhões em ação, pra frente, Brasil, salve a Seleção...

Pensando bem, melhor que seja assim, melhor que a Seleção não seja mais "a pátria de chuteiras", como outrora  escreveu Nelson Rodrigues. Ela perdeu o encanto.


 




quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Opinião



Sinais  emitidos 


Mesmo que o discurso da Direção gremista aponte para uma continuidade de total apoio ao trabalho do treinador, algumas mudanças estão ocorrendo, quase todas dão pistas ou sinais que o os limites de Renato estão mudando de tamanho no processo decisório no futebol na instituição.

A vinda de James Freitas para o staff azul,  o rodízio de auxiliares à beira do gramado nos jogos, lugar antes perpétuo de Alexandre Mendes, o Gabeira e as novas contratações, Aravena, Arezo, Braithwaite, Monsalve e Jemerson, demonstram que a Direção finalmente assumiu de vez uma de suas atribuições, ou seja, participar ativamente da parcela mais importante de um clube de futebol, isto é, o futebol.

Os reforços da janela atual contrastam com as aquisições anteriores, obra do técnico gremista: Diego Costa, Edenílson e Rodrigo Caio, todos veteranos, todos com problemas físicos evidentes, todos na descendência de suas carreiras. Nenhum consegue aguentar uma partida inteira.


segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Opinião




Analítico 


Examinando outros blogs que defendem ardentemente a atuação e, por consequência, a permanência do treinador Renato, fica escancarada a análise rasa dos acontecimentos em campo, durante todo o Brasileirão. Para todo e qualquer insucesso, existem conclusões que beiram ao fanatismo, porque elas variam nas causas, porém, a consequência é única, apesar da capacidade do técnico, a direção, o elenco, o ambiente, tudo conspirou contra ele e assim, os resultados não vieram. Pior seria sem o "mago", concluem.

Quem racionalmente, não é a favor nem anti Renato, vê que o treinador há uns cinco anos parou. E isso, num segmento tão dinâmico como é o futebol, estacionar significa "ficar para trás".

Basta olhar o desempenho do treinador nos últimos anos e se verá como ponto mais chamativo o retumbante fracasso à frente do melhor e mais caro elenco do Brasil, onde ficou apenas de Julho a Novembro/21 e zero conquistas. Um grupo de mais de 200 milhões de reais, o que, segundo o próprio treinador, fazia diferença nas competições.

No Grêmio o que se tem:

- Um vice campeonato (2023) que é uma faca de dois gumes, isto é, parece relevante à primeira vista, mas tem o Fator Suárez e a escassa diferença de dois pontos para o campeão, tendo, inclusive, vitórias a mais, no entanto, a defesa vazou demais. Foram 56 gols sofridos em 38 rodadas. Marcou 63. Nem dá para justificar como sendo de "cobertor curto", pois o saldo foi apenas de 7

- Em 2024, 17 meses depois do início do Brasileirão de 23, o time disputou 27 partidas e tem 28 gols sofridos, ou seja, o treinador em quase um ano e meio, não conseguiu ajustar o setor defensivo. Tempo e atletas, ele os teve de forma suficiente

- Neste mesmo 2024, Renato quando encarou técnicos cascudos tem um número alarmante:

a) Pedro Caixinha, 0 a 2 - Tite, 1 x 2 - Arthur Jorge, 1 x 2- Vojvoda, 0 x 1 - Coudet, 0 a 1, Abel Ferreira - 2 a 2 (depois de estar vencendo por 2 a x 0), Luis Zubeldia - 0 a 1, Rogério Ceni - 0 a 2, Gabriel Milito - 2 x 3 (depois de ir para o intervalo com 2 a 0). Só ganhou de Fernando Diniz

b) Desclassificações absurdas na Copa do Brasil e Libertadores para Ramon Diaz e Mano Menezes, com seus times na zona do rebaixamento no Brasileirão e sem poupar atletas pela dificuldade e pressão da torcida

c) Esss quedas nas oitavas-de-final inviabilizaram o ingresso de mais de 12 milhões de reais para o clube

Esta é a análise que precisa ser vista, não pontos eventuais como condição do gramado, atuação da arbitragem, viagens longas, elenco curto (num dado momento), erros pontuais e infantis de jogo, ausência de partidas como mandante. Isso tudo é cortina de fumaça, atrapalha, mas faz parte do "periférico", não absolve, nem mascara, o ponto fucral.

Da forma como a Direção conduz o futebol do Grêmio, dá para desconfiar que o clube e torcida não são prioridades, aí a virada de ano na folha do calendário é apenas um detalhe.


domingo, 1 de setembro de 2024

Opinião



Derrota emite + sinais de insuficiência na casamata


Este jogo me proporcionou um carrossel de expectativa; primeiro, eu achei parada torta, porém, com as ausências dos principais jogadores do Galo (Paulinho e Hulk), a esperança de uma vitória me foi considerada, depois, com a expulsão, reviravolta, mais tarde, os dois gols, alegria com a vantagem inimaginável, por fim, os grotescos erros do técnico gremista, que ocasionaram uma  derrota de virada.

Há falhas para todos os gostos na expulsão: a "melancia" de Kannemann no atraso da bola, a carência técnica ou auto confiança demasiada de Gustavo Martins e o maior de todos os erros: a exclusão do zagueiro pelo soprador de apito, o Sr. Rafael Klaus, quando o cartão amarelo seria suficiente e justo. Vale lembrar que a infração foi no grande círculo do gramado. "Muita água teria que rolar" até a faixa crucial do gramado para ser "clara e manifesta chance de gol".

Tem também, uma capítulo à parte na atuação de Marchesin. O goleiro fez grandes defesas, mas em algumas, ele bateu roupa, espalmando a pelota para à frente, não à toa, o terceiro tento mineiro foi um rebote quase na marca do pênalti. Aliás, sobre penalidades, eu tenho a impressão que fiz o primeiro texto a respeito deste fundamento e a nulidade na atuação do argentino. 15 penalidades contra ele e em 13, sequer saiu na "foto". 

 O bom desempenho apareceu, como foram os casos de Braithwaite, Dodi e em especial, Villasanti, o melhor em campo. Soteldo foi decisivo nos gols, porém, armou muito contra ataque em bolas que (ele) poderia ter soltado de primeira.

Sobre as penalidades marcadas: a primeira, um absurdo, o jogador dobrou o joelho antes do contato. Era lance para o VAR; o segundo, pura interpretação, já vi marcarem e não. Eu assinalaria.

Chegamos ao ápice de minha análise: Renato não consegue superar técnicos com alguma "estrada" no currículo. Foi assim com Pedro Caixinha, Luis Zubeldía, Abel Ferreira, Tite, Rogério Ceni, Ramon Diaz, Arthur Jorge, Juan Pablo Vojvoda, Mano Menezes e no Gauchão, Eduardo Coudet.

Novamente, ele demonstrou incapacidade de "ver" o que estava acontecendo em campo, após as mexidas lógicas de Gabriel Milito. Renato retirou do time dois atletas que faziam bom jogo e traziam perigo ao arco atleticano. Nem a justificativa de cansaço pode ser aceita, visto que não atuaram durante a semana e foram trocados com 13 minutos de segundo tempo, isto é, com menos de 1 hora.

Por fim, autorizou o ingresso de Geromel e Ronald antes da cobrança perigosa no final da partida, que poderia ter resultado em gol e aí, nova tomada de medida estaria inviabilizada. Felizmente, o Galo desperdiçou.

Fez mais o comandante técnico: ao retirar Cristaldo, ele "matou" o poder de articulação do time, mais tarde, ao retirar Dodi e Nathan Fernandes, chamou todo o Atlético para uma "meia linha", abdicando por completo de atacar. Isso com apenas 10 contra 11, resumindo, era difícil, mas tinha conserto.

Alguém poderá dizer: ah! mas tinha o Soteldo lá na frente para desafogar. Respondo: Sozinho, só se for um Messi ou um Maradona, que obrigaria três adversários na marcação, além do mais, o venezuelano é jogador do penúltimo toque, o "pifador".

Ao abrir mão de contra atacar e até de ter mais posse de bola, o treinador presenteou o Galo com uma vitória improvável, frustrando mais uma vez, a massa gremista.

Claro! haverá quem diga que a culpa é dos jogadores, do juiz, do horário da partida, do gramado, do estranhamento do elenco ao tempo longo de treinamentos (uma semana), do psicológico pela lembrança da condição da Arena no período das enchentes, da inclinação solar, da taxa da selic... menos do treinador, afinal, ele é o mago, o painato, a Estátua.