Derrota emite + sinais de insuficiência na casamata
Este jogo me proporcionou um carrossel de expectativa; primeiro, eu achei parada torta, porém, com as ausências dos principais jogadores do Galo (Paulinho e Hulk), a esperança de uma vitória me foi considerada, depois, com a expulsão, reviravolta, mais tarde, os dois gols, alegria com a vantagem inimaginável, por fim, os grotescos erros do técnico gremista, que ocasionaram uma derrota de virada.
Há falhas para todos os gostos na expulsão: a "melancia" de Kannemann no atraso da bola, a carência técnica ou auto confiança demasiada de Gustavo Martins e o maior de todos os erros: a exclusão do zagueiro pelo soprador de apito, o Sr. Rafael Klaus, quando o cartão amarelo seria suficiente e justo. Vale lembrar que a infração foi no grande círculo do gramado. "Muita água teria que rolar" até a faixa crucial do gramado para ser "clara e manifesta chance de gol".
Tem também, uma capítulo à parte na atuação de Marchesin. O goleiro fez grandes defesas, mas em algumas, ele bateu roupa, espalmando a pelota para à frente, não à toa, o terceiro tento mineiro foi um rebote quase na marca do pênalti. Aliás, sobre penalidades, eu tenho a impressão que fiz o primeiro texto a respeito deste fundamento e a nulidade na atuação do argentino. 15 penalidades contra ele e em 13, sequer saiu na "foto".
O bom desempenho apareceu, como foram os casos de Braithwaite, Dodi e em especial, Villasanti, o melhor em campo. Soteldo foi decisivo nos gols, porém, armou muito contra ataque em bolas que (ele) poderia ter soltado de primeira.
Sobre as penalidades marcadas: a primeira, um absurdo, o jogador dobrou o joelho antes do contato. Era lance para o VAR; o segundo, pura interpretação, já vi marcarem e não. Eu assinalaria.
Chegamos ao ápice de minha análise: Renato não consegue superar técnicos com alguma "estrada" no currículo. Foi assim com Pedro Caixinha, Luis Zubeldía, Abel Ferreira, Tite, Rogério Ceni, Ramon Diaz, Arthur Jorge, Juan Pablo Vojvoda, Mano Menezes e no Gauchão, Eduardo Coudet.
Novamente, ele demonstrou incapacidade de "ver" o que estava acontecendo em campo, após as mexidas lógicas de Gabriel Milito. Renato retirou do time dois atletas que faziam bom jogo e traziam perigo ao arco atleticano. Nem a justificativa de cansaço pode ser aceita, visto que não atuaram durante a semana e foram trocados com 13 minutos de segundo tempo, isto é, com menos de 1 hora.
Por fim, autorizou o ingresso de Geromel e Ronald antes da cobrança perigosa no final da partida, que poderia ter resultado em gol e aí, nova tomada de medida estaria inviabilizada. Felizmente, o Galo desperdiçou.
Fez mais o comandante técnico: ao retirar Cristaldo, ele "matou" o poder de articulação do time, mais tarde, ao retirar Dodi e Nathan Fernandes, chamou todo o Atlético para uma "meia linha", abdicando por completo de atacar. Isso com apenas 10 contra 11, resumindo, era difícil, mas tinha conserto.
Alguém poderá dizer: ah! mas tinha o Soteldo lá na frente para desafogar. Respondo: Sozinho, só se for um Messi ou um Maradona, que obrigaria três adversários na marcação, além do mais, o venezuelano é jogador do penúltimo toque, o "pifador".
Ao abrir mão de contra atacar e até de ter mais posse de bola, o treinador presenteou o Galo com uma vitória improvável, frustrando mais uma vez, a massa gremista.
Claro! haverá quem diga que a culpa é dos jogadores, do juiz, do horário da partida, do gramado, do estranhamento do elenco ao tempo longo de treinamentos (uma semana), do psicológico pela lembrança da condição da Arena no período das enchentes, da inclinação solar, da taxa da selic... menos do treinador, afinal, ele é o mago, o painato, a Estátua.