Páginas

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Opinião




Quinteros ganhou uma semana para trabalhar 


No meio do tiroteio das péssimas notícias, das não menos péssimas arbitragens do Gauchão, um fato segue devidamente silencioso; qual seja, o novo treinador gremista tem uma semana inteira para se dedicar aos ajustes táticos da equipe.

Sábado, diante de um clube de Série A, o técnico gremista poderá ver se a prática de semana cheia resultou em acréscimo tático, técnico e entrosamento das muitas novidades do elenco.

Não será definitivo, pois há vários elementos que poderão influenciar na partida, como, por exemplo, uma má jornada do Juventude e um placar elástico ou até mesmo acidentes no gramado, como uma expulsão, um lesionado cedo, talvez, uma arbitragem confusa.

Enfim, é um fato novo na recente história do Grêmio.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Opinião



Respingou 


Fico imaginando os demais árbitros gaúchos de vídeo (VAR), o quanto estão "faceiros" pela perda da "boquinha" em face da lambança da turma do senhor Douglas da Silva e seus pares. Sobrou para todo mundo. Respingou geral. 

Ao tomar conhecimento dos áudios da partida de Grêmio versus Juventude, as barbaridades que disseram sobre atacante dobrar a perna, zagueiro bater antes na bola, etc... o melhor adjetivo que sobra para o quarteto do VAR é incompetentes. É o mais ameno, porque fora isso, o caldo entorna.

Não tem como a pessoa estar escalada tão somente para analisar lances, ter mais duas câmeras de vídeo além das disponíveis para os simples mortais que assistem em casa ou nas cabines de transmissões e o quarteto, repito, o quarteto, concluir pela licitude do lance, mandando o que Milton Leite narraria como "segue o lance", sem rotular de incompetente

Eles, os quatro analistas, devem agradecer a este conceito e, óbvio, se tiverem sensibilidade, pedir escusas aos seus colegas de quadro de arbitragem por fecharem a porta das vagas para o continuar da competição.

Respingou. 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Opinião



Anjinhos 

"Primeiro, informe-se dos fatos; depois, pode distorcê-los quanto quiser." (Mark Twain)

Quanto mais estão mexendo na questão do VAR, mais se tem a impressão de que é armação. Não pode ser só incompetência.

Seguindo a impressão, parece que os responsáveis pelo VAR, contraditoriamente, partem da consequência para a(s) causa(s) numa inversão da racionalidade, da lógica, tipo: - não podemos concluir pelo pênalti (consequência), temos que "embasar" a "não falta".

A partir desta conclusão, puseram-se à obra na caça pelas justificativas e assim, a equipe de quatro árbitros, após profunda análise, que não durou 1 minuto, informou ao juiz de linha que Monsalve chegou dobrando a perna e Abner chutou primeiro a bola, ou seja, brigaram bravamente com as imagens, pois o atleta gremista recebe um chutão em suas pernas, chutão esse, que se tivesse acertado a bola primeiro, pela violência do movimento do zagueiro, impulsionaria a pelota para longe, provavelmente, para escanteio. Ela, a bola, na realidade ficou centímetros do local da infração.

Faz muito bem a direção gremista em buscar o ressarcimento moral e correção de rumo nas arbitragens gaúchas, deixando que Quinteros cuide dos detalhes das quatro linhas.



domingo, 23 de fevereiro de 2025

Opinião



À Espera de um Milagre 


Importante esclarecer, não estou tirando a responsabilidade do soprador de apito do jogo do Grêmio, ontem, mas o maior vilão, aquele que está no ponto decisivo da não marcação de penalidade em Monsalve, que permitiu a desatenção e o momento de instabilidade gremista, que gerou o lance de gol do Juventude e, posterior insegurança do árbitro, chama-se equipe do VAR.

O juiz se comportou mal durante toda a partida com sua falta de personalidade, escancarada, quando assinalava que havia rodízio de faltas e, ainda que constatasse, não aplicava o cartão amarelo. Era um teatrinho, apenas.

 Entretanto, na falta em Monsalve, ele poderia não ter a visão clara e vale lembrar que dentro do gramado não tem replay. Quem devia salvá-lo é a turma da "cabine". 

Ao sair do campo no intervalo, ele teve a forte sensação de que errara. No vestiário, conversando com os auxiliares, certamente viram o lance, mas aí era tarde. Levou uma bola nas costas da turma do VAR.

Voltou para a etapa final, carregando uma tonelada nas costas, e sentiu-se aliviado no momento do gol de Edenílson. O estrago, imaginou, estava minimizado.

Bom, aí entra a turma do VAR e o chama para conferir o lance. Havia só duas sequências de imagem, segundo Paulo César de Oliveira, que mostravam a falta de Camilo. 

PC Oliveira disse ter contado 25, o número de vezes que Jonathan Pinheiro viu e reviu o lance, certamente, na busca milagrosa de um ângulo melhor, um detalhe que escapara nas inúmeras repetições, na infrutífera chance buscada para validar o gol gremista, por isso, levou quase três minutos para concluir a análise. 

Desesperançado, teve que invalidar aquele que seria o gol de alívio do Grêmio e de sua consciência. As imagens não lhe deram o que mais pediu naquele momento: um milagre.

Para mim, ficou claro, o VAR é o segredo para manipular uma arbitragem. Daí a grande preocupação de D'Alessandro com o Fifa Daniel Bins e, com certeza, o alvo da Direção gremista se quiser um final de campeonato isento.

Opinião




Roubo escancarado 


Ninguém vai me convencer de que foi incompetência da arbitragem, que ele não percebeu o pênalti. Ele pode não ter visto, é difícil de acreditar, mas se não viu, onde estava o VAR? Por que não se manifestou? É revoltante, porque está passando na cara do presidente, do torcedor, da instituição Grêmio, este "erro" incrível e aqui, na sua etimologia: - o que não pode ser acreditado. Não tem explicação a não ser...

Nem sei se, mesmo com a ação forte da Direção com relação a estes escândalos (expulsão de João Lucas indo ver o VAR, penalidade em Monsalve hoje, sem ir ao VAR), vai impedir estes "erros", pois se é algo tramado, uma missão anti Octa que será levada adiante, conforme o estabelecido.

No jogo do Inter à tarde, um árbitro experiente, Jean Pierre Lima, nos do Grêmio, Francisco Dias antes e este Jonathan Pinheiro e único juiz Fifa-Var, Daniel Bins está marcado na paleta por D'Alessandro. Está na geladeira, sem cometer equívocos.

Voltando ao jogo, mas sem desconectar da arbitragem, o Grêmio deveria sair classificado da Arena. 2 a 1 mantém o Juventude vivo. O correr do confronto, em condições "saudáveis" de isenção da arbitragem, o Tricolor sairia com uma goleada. A "mão grande" mexeu com o psicológico gremista, cheguei a temer pela expulsão de Villasanti e Braithwaite.

Finalizando, aos poucos, Quinteros vai montar uma máquina de futebol. Escrevo esta frase com a consciência do risco de perder o título regional, porém, olhando para toda a temporada. 

Hoje foi uma pequena amostragem, apesar das oscilações do time durante os 90 minutos.

Por último: o pronunciamento do dirigente gremista, recém finalizado, foi patético. Nervoso, diluiu a crítica, misturando alhos com bugalhos.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Opinião




A hora de Quinteros 


Há poucas postagens, eu escrevi sobre uma das características buscadas nas contratações do Tricolor em 2025, qual seja, atletas com forte personalidade, independente da idade e da "rodagem" de cada um.

Volpi é um exemplo, assim como Cuellar e Kike Olivera, para ficar em apenas três. Isso molda um time vencedor. Lógico, a qualidade individual e o profissionalismo têm de andar juntos na biografia dos craques.  Igor Serrote parece ser dessa "cepa" e a oportunidade chegou em momento decisivo. Se for bem, não sai do time e vira solução para o lado direito.

Tratando de "momento decisivo", também é hora do treinador motivar o grupo, acertar taticamente o time e ver quais jogadores, efetivamente, poderão dar resposta imediata, seja pelo aspecto anímico, seja pelo técnico e, principalmente, pela condição física.

O comandante técnico deverá pôr em prática todo o seu conhecimento, sua experiência, para, por exemplo, ver a vantagem (ou não) de fazer estrear Wagner Leonardo ao lado de Jemerson. Quem sabe efetivar Gustavo Martins. Seguir com Rodrigo Ely é uma temeridade.

Ajustar os movimentos de Cuellar e Villasanti é outra providência que urge. Por fim, encontrar um lugar para Monsalve, desde o início do confronto.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Opinião




Raspando 


O jogo passou no Amazon Prime, isso quer dizer que o universo de torcedores que viu a partida é menor do que o histórico de partidas do Imortal. Eu fui um que apenas acompanhou pelas rádios (assim, no plural) e nas zapeadas, a sensação é que tem muita gente divergindo, brigando com os fatos, pela disparidade de visões explanadas.

Aguardei pelos melhores momentos, mas até esta hora, encontrei tão somente o primeiro tempo, então, segue uma crônica capenga, que poderá ser melhor desenvolvida amanhã.

Primeiro, nada se justifica tomar o sufoco, correr o risco de um vexame monumental. É verdade que o São Raimundo não perdeu para ninguém de Série A ou B no seu estado natal. O treinador parece conhecer sua profissão, em especial, quando afirmou que a zaga gremista tem o seu ponto fraco na lentidão de seus beques. 

As estreias no Grêmio, se pode haver um acréscimo individual, por outro lado, enfraqueceram, de forma lógica e natural, o entrosamento do time, além da condição física não ser a ideal. Ainda assim, Kike Olivera fez um grande jogo, porque aguentou bem e marcou o gol salvador no final da partida.

Nas rádios que ouvi, houve consenso na melhora do time com o ingresso de Monsalve. É questão de tempo. Vai virar titular.

A partida de Volpi, que já era saliente durante o jogo normal, ganhou o caráter decisivo nos tiros livres, pois pegou um e encerrou a disputa, convertendo a sua cobrança.

O Grêmio terá um grande ano, o problema é a premência da decisão do Gauchão. Uma eventual perda para o Ju e, passando, para Inter ou Caxias, vai atrasar o processo evolutivo que Quinteros e o novo elenco tentam implementar.

Classificou-se, hoje, raspando.

domingo, 16 de fevereiro de 2025

Opinião



Stranger Things - a nova série do Gauchão


Está constrangedora para quem acompanha de modo geral e preocupante para a massa torcedora gremista esta nova fase do campeonato gaúcho, inaugurada no pré-jogo em Ijuí, quando D'Alessandro, ex-jogador com histórico tristemente marcado por constranger as arbitragens no RS, que agora na condição de dirigente, repete com impressionante rapidez o condicionamento dos juízes, como verificado em:

a) Etapa final diante do São Luiz, quando Valencia "mata" a pelota no braço direito, ajeitando-a para desempatar a partida.

b) No Beira-Rio, o mesmo Valencia dobra a perna, força o contato com o arqueiro e, de pronto, é assinalado o pênalti diante do Monsoon. O quinto em oito partidas. 

c) Em Erechim, o jogador João Lucas sofre um "toco" violento na perna, que o projetou para frente, onde se encontrou com o adversário. Como qualquer ser humano, numa queda, tenta proteger o rosto e, incrível! É expulso.

Foram no mínimo seis pessoas analisando o lance, juiz, bandeirinha e quatro no VAR, e nenhum deles viu a falta original. A impressão que se tem, além do condicionamento da arbitragem, é que não há necessidade de um quarteto no VAR, porque parecem peças decorativas, verdadeiras vacas de presépio, a concordar silenciosamente, balançando afirmativamente a cabeça com receio de perder a "mamata", caso decepcionem as suas chefias.

E o que explicar a presença de pessoas nefastas no corpo diretivo da arbitragem, com passado que desencoraja a sua emergência, depois de tantos anos no ostracismo? 

Realmente, há muitas coisas estranhas aparecendo neste Gauchão que é muito especial pela possibilidade do Octacampeonato gremista.

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Opinião




Vitória e muitas constatações 


Essa partida de hoje e a semana que acaba deram margem a muitas constatações. Seguem:

a) A Direção gremista precisa atuar forte, porque a declaração absurda de D'Alessandro na rodada anterior já está surtindo efeito. A expulsão de João Lucas com "VAR e tudo" não se trata de interpretação ou falta de conhecimento técnico. Houve uma falta violenta passível de análise até de cartão vermelho do atleta do Ypiranga e, para a surpresa de todos, o lateral gremista que sofreu a falta que o desequilibrou acabou expulso. 

Sendo ingênuo, apenas isso, para não ir adiante, dá para dizer que o soprador de apito entrou condicionado. Se a Direção Tricolor tiver respeito pela sua torcida, deve pedir a exclusão da equipe do VAR de jogos e recomendar ao juiz de campo procurar outros afazeres, longe dos gramados. Preocupante.

b) O que dizer de Natã Felipe? Amanhã, alguns torcedores dirão: entra técnico, sai técnico e ele não se firma. Antes, eles devem responder: Quantas partidas ele fez com a equipe titular? Quantas partidas ele foi mal? Se a resposta não for NENHUMA, há, com certeza, má vontade com o guri.

c) O Grêmio está construindo um elenco guerreiro, todos os jovens, mais Dodi, Camilo, Arezo, até João Lucas, se aplicaram na medida certa.

d) Nas partidas mais recentes: Grando, na outra, Volpi, agora Grando. Um rodízio até involuntário. Pergunto: qual foi mal por falta de "ritmo de jogo"?

e) Alguns comentaristas, na busca pela "justiça" em suas análises, colocam no mesmo balaio a não ida de Renato a Ijuí com a de Quinteros a Erechim. Que bobagem! Renato teve duas partidas em casa, depois da derrota em Ijuí, antes dela, um Grenal, todas pelo Gauchão. Tratar situações desiguais de forma igual é a maior injustiça.

 Quinteros atravessará o país (7 horas de voo) para estrear na Copa do Brasil. O bom senso recomendava ficar treinando os que irão a Roraima. Querer fazer média com a massa, bancando o justo, só faz perder a credibilidade do jornalista.

f) A Direção está de parabéns pela rapidez e qualidade nas contratações: jovens como Luan Cândido, Lucas Esteves, Wagner Leonardo, Olivera e Camilo merecem aplausos.

g) A FGF, pelo fato do presidente ter identificação com o Grêmio, está constrangida e, agindo assim, aceita os desmandos que vêm do lado vermelho. Não é por aí, que se busca a isenção.

Os obstáculos que virão na busca pelo Octa serão maiores do que os encontrados até contra os grandes do Eixo SP-RJ no Brasileirão. 

Trabalho de Hércules.


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Opinião




O Chavão 


Depois de um semestre horroroso, de gremistas duvidarem do futebol de boa parte do elenco, 2025 chega com um novo e qualificado comandante técnico e muitas alterações no elenco. Mais de uma dezena de atletas deixou o Tricolor e, aos poucos, a reposição acontece da melhor forma possível, isto é, aquisições não para o grupo, mas para brigar por titularidade, efetivamente.

São jogadores que têm (em sua maioria) um traço comum e importante:personalidade forte, aparente irresignação com maus resultados. São eles: Volpi, João Lucas, Luan Cândido, Lucas Esteves, Camilo, Cuellar e Cristian Oliveira. Não sei como é François Amuzu, tomara que tenha essa mesma característica. 

Além disso, dois jogadores estão se recuperando: Pavón e Edenílson. Outra boa notícia.

Onde entra o título da postagem? Pela importância do emblemático número de títulos consecutivos, 8, este regional ganhou um condimento especial e Quinteros tem um desafio extra, qual seja, ajustar a máquina em tempo recorde em meio a uma competição especial.

Está, de fato, trocando o pneu com o carro andando.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Opinião




Grêmio goleia com algumas atuações de luxo 

Quem apenas entender a goleada pela fragilidade do Pelotas pode ter razão, mas, se for isso, recomendo parar a leitura por aqui, pois, continuando, irão discordar do texto.

Quando o Grêmio goleou o Caxias por 4 a 0, escrevi que havia achado o time da Serra bem organizado. Vale para o Pelotas e a resistência que ambos impuseram ao Tricolor em boa parte da primeira etapa de seus enfrentamentos, ao contrário de ser demérito para o clube da Arena, reconheço nisso a qualidade da insistência, da paciência, do preparo psicológico para seguir "martelando", esperando a falha, a brecha, como se fosse Muhammad Ali no Zaire em 1974. Uma hora o "jab" iria entrar.

Entrou e passou a boiada. Houve articulação nas jogadas pela direita, onde João Lucas e, especialmente, Edenílson tiveram uma noite inspirada. Braithwaite faz o gremista esquecer Suárez e Cuellar é daqueles volantes técnicos e mordedores. Será um acréscimo na comparação com Dodi.

Aliás, com a vinda de Camilo, outro volante, Quinteros poderá, dependendo da situação, armar um meio com três (Camilo, Cuellar e Villasanti). O treinador começa a ter alternativas para variar o esquema.

Pavon entrou bem, marcou dois gols muito bonitos e destaco também a corretíssima atuação de Volpi. O goleiro fez tudo certo, com direito a defesaças, algumas, os lances invalidados, porém, não "invalida" a performance do arqueiro. Esta noite, sem reparos.

Quem segue devendo é Aravena e a zaga foi pega em linha várias vezes em todo o jogo, especialmente na etapa final. Tarefa para o técnico.


domingo, 9 de fevereiro de 2025

Opinião




O Destino bateu três vezes na porta do Grêmio


Este clássico deixou muitos fatos passíveis de análise, que para mim é difícil incluir boa parte deles numa única postagem, então, vou me ater a três, apenas: 

a) Desde 2023, que o Tricolor tem a chance de ter um goleiro à altura de suas necessidades. Rochet foi oferecido, mas os dirigentes acharam caro, preferiram colocar em risco (e perder) o campeonato brasileiro na edição em que o número 9 era simplesmente, Luizito Suárez. O equívoco custou um título que não vem há quase 3 décadas.

No ano seguinte, o destino novamente deu chance ao clube, que foi atrás do terceiro goleiro, ou seja, segundo reserva do Betis, clube mediano da Espanha, com o agravante de que Marchesín sofrera uma lesão grave e não conseguiu assumir mais a titularidade. Se fosse banco no Real Madrid ou Barcelona, se justificaria o interesse gremista. Queimou-se, assim, mais um cartucho numa posição crucial num clube de ponta.

Em 2025, o destino, sempre ele, abriu espaço para o Tricolor fechar o arco azul. Marchesín, de desempenho errático em 2024, pediu o boné. E o que fez a Direção? Buscou um goleiro questionável, que equivale ao antigo titular, mas que veio com imensa rejeição da torcida. Volpi estreou e ampliou as desconfianças. Não vai jogar o Gauchão, que é uma competição de tiro curto. No gol, um jovem goleiro que saiu com passe fixado, voltando sem atuar uma única vez pelo Cruzeiro.

Um equívoco monumental. Guerra deveria mirar-se em Kalil, quando encheu o saco de tanto crítica e buscou Victor, que deu resposta acima da esperada. Virou lenda no Galo. Justificadamente.

b) Quinteros, que é o grande lance qualitativo da Direção com o mesmo grupo do ano passado, neste sábado, já quebrou a humilhante sequência de derrotas em clássico, ainda que o empate seja lamentado por parte da torcida. 

Na verdade, o empate resultou justo, porque o domínio colorado não se converteu em maiores chances de gol do que o Grêmio. É daquelas igualdades que não se constituiu em "crime". Se houvesse um vencedor, a balança penderia para o Colorado, mas nada de placar elástico.

c) Se algum torcedor pensou em rodião, chocolate ou algo nessa direção neste 1 a 1, recomendo ver os melhores momentos do Grenal 443, aquele em que comemorar o 0 a 1 não se tornou um absurdo.

Ali, sim, temi por uma goleada, portanto, sábado houve avanços em relação ao segundo semestre de 2024, apesar dos desfalques.



Opinião




Empate elucidativo no Grenal 


O resultado do clássico restou esclarecedor para mim: o meio de campo gremista precisa ser revisto.

Fernando e Alan Patrick deram aula de futebol, mesmo quando o segundo foi melhor vigiado na primeira etapa. Quando o camisa 10 entendeu os obstáculos e buscou espaços, as diferenças entre os times se evidenciaram.

Outro detalhe que apareceu de forma contínua e aí, eu não sei se é obra do técnico ou limitação técnica, a antiga ligação direta feita por Rodrigo Ely, enforcando Braithwaite. Não deu certo à noite inteira. Precisa ser revista esta manobra.

O que ameniza é que o Tricolor é um time em formação. São ideias novas com elenco incompleto ainda e o pouco tempo de competição poderá cobrar o preço pela falta de um volante (Cuellar chegou agora), lateral esquerdo (imbróglio de Lucas), o velocista pela direita (Amuzu tem três dias de Brasil) e os beques que são uma incógnita. A questão inesperada no gol, saída de Marchesín, não teve a atenção devida pelos dirigentes que optaram pelo baratinho disponível, então, Grando segue titular.

Da partida, observando as cotações da mídia, pude ver que o olhar de cada um difere bastante, para exemplificar: gostei de Pavón, João Pedro, Rodrigo Ely e, apesar de sacrificados, Braithwaite e Viery. O primeiro não teve companhia adequada, o segundo "se virou nos 30" e protagonizou bons duelos com diferentes atacantes que caíram pelo seu setor. Cansou.

Decepções, algumas previsíveis, Dodi, que é um "régua 6", quando o jogo se apresenta nesse nível, ele vai bem, quando a exigência aumenta, não consegue acompanhar o estágio da partida, e Cristaldo, que não atua duas partidas boas em sequência. Desta forma, Villasanti sente muito a sobrecarga do meio. Talvez com Cuellar, o paraguaio se sinta mais assistido.

Aravena teve a bola do jogo para o Grêmio. Fazendo o gol na bola que bateu na trave, o VAR corrigiria o impedimento mal marcado.

De ruim, a bola aérea continua entrando. Por fim, fiquei com a sensação de que o Inter perdeu a chance de sua terceira vitória na história dos clássicos na Arena e o Grêmio (leia-se Quinteros) vai tirar lições deste primeiro Grenal.

Um clássico que deixa lições para bom entendedor. Quinteros parece ser um.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Opinião




Grêmio afunda diante do Juventude 

Havia curiosidade e expectativa neste primeiro teste de Quinteros contra um clube da Série A e o resultado resultou muito negativo.

Começando por Tiago Volpi. Alguém tem que dizer a ele que deve jogar com os pés apenas quando a situação exigir, não há necessidade de toda hora "exercitar a modernidade" dos novos goleiros. Também, por mais que tenha qualidade no chute do juventudino, a falta era da intermediária. Falhou feio.

Pode melhorar? Pode e deverá, mas pela apresentação desta noite, Grando se escalou para o Grenal. A amostragem é pequena, lembro, por exemplo, dos primeiros meses sofríveis de Marchesín, mas Volpi terá contra si a animosidade vista, antes de sua contratação.

A zaga afundou quase "uniformemente", livro apenas Gustavo Martins, que hoje simplificou.

O meio de campo, um pequeno reparo à escalação de Quinteros; melhor seria escalar Cuellar e Edenílson, porque Dodi esteve "invisível" e o camisa 8 rende mais no meio.

O treinador acertou nas mexidas de intervalo, pensou bem o jogo, no entanto, Aravena está me convencendo de que é um "quase gol", uma versão mais recente de Herrera, e Pavón esqueceu o seu futebol numa de suas muitas trocas de clube. O primeiro tem tudo para evoluir, já o argentino, o indicado é ganhar alguma graninha, enquanto é possível. O clube deve repassá-lo.

André Henrique não aproveitou a chance e Arezo sumiu na etapa final. Na primeira, ele mostrou fome de artilheiro, entretanto, desperdiçou boas oportunidades que poderiam dar um destino diferente à partida.

Monsalve, uma decepção, deveria ser o centro criativo do meio, mas as ligações diretas facilitaram a parte defensiva do Juventude e o deixaram isolado.

Por fim, isento Quinteros da derrota, porque, excetuando o posicionamento de Edenílson, o que realizou antes e durante o desenrolar do jogo, "bateu" com o que eu pensava como estratégia. Ou então, erramos conjuntamente.

Num confronto que ficou igual pela má jornada de parte do time, resultou que o da casa aproveitou as chances, o visitante, não.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Opinião





A Estreia de Volpi
 


O Grêmio estreia mais um goleiro. Tem sido assim, desde que Grohe deixou o Tricolor, lá se vão seis anos e muitas tentativas.

Costumo afirmar, e até agora não vi nada para mudar de opinião, que o atleta que fez história num clube só deixa saudades nos gramados, se for mal substituído. O exemplo mais recente é a sucessão de Luiz Suárez. Ele fica na memória e no apreço do torcedor, mas este comemora o grande momento de Braithwaite.

Tiago Volpi chegou sob olhares de suspeição e até revolta de boa parte da torcida, mas eu escrevi que, em relação a Marchesin, o catarinense, quase gaúcho, leva vantagem.

De cara, ele vai encarar uma pedreira, Juventude em Caxias e com o Grêmio utilizando os reservas, porém, pensando bem, este tipo de jogo pode dar muita confiança ao arqueiro, porque, em tese, ele será muito exigido.

Boa sorte, Volpi!

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Opinião

 



Os Beques


Nós, os torcedores, somos assim: vencidas as etapas almejadas, goleiro, lateral esquerdo, avante veloz, volante de qualidade, logo, olhamos para quem falta.

Vieram ou virão em seguida: João Lucas, Lucas Esteves, Cuellar, Tiago Volpi, Amuzu, talvez, outro velocista, também, mas falta alguém. E não é um alguém qualquer. É um patrão da área.

A necessidade imperiosa veio com o tempo. O tempo que passou para Geromel está marcando o ocaso da carreira de Kannemann, da mesma forma que o antigo camisa 3.

O Viking, quando voltar, vai precisar de ritmo de jogo, vai oscilar, vai dar botes errados, penalidades evitáveis, cartões vermelhos em hora incômoda e amarelos à profusão. Pela sua biografia vitoriosa, parte da massa torcedora "passará pano" e o time e clube sofrerão.

Pode ser diferente? Pode Kannemann retornar mais calmo, mais "jogando no atalho", etc…, mas o Grêmio não deve arriscar. Precisa de dois zagueiros titulares, sob o risco de ver "projetos" se inviabilizarem por esta inação.

sábado, 1 de fevereiro de 2025

Opinião




Grêmio goleia fácil o São Luiz 


Qualquer um pode (e deve) fazer ressalvas, refiro-me à fragilidade dos adversários, mas o que se viu foi o Grêmio meter 9 gols nos dois melhores classificados fora a Dupla (Caxias e São Luiz). Deve significar algo.

A análise superficial seria tão somente de elogios e bater de palmas, mas, contraditoriamente, eu vi um trio final (dois zagueiros e o goleiro) inconfiável. Quinteros tem obrigação de exigir da Direção dois beques com credenciais para titularidade. O goleiro, bom, o goleiro o clube trouxe Tiago Volpi, apostando no "baratinho disponível". Pode ter acertado, no entanto, neste instante, ele é um ponto de interrogação.

5 a 0 se transformou no maior placar da história deste confronto e interessante (e não recordo) com cinco gols de estrangeiros, tão somente.

Muitos jogadores tiveram atuação de luxo, casos de Cristaldo, Braithwaite e Villasanti, e um desempenho uniforme de João Pedro, Pavon, Edenílson, Monsalve e até Dodi + Vieri, muito regulares e sérios, comprometidos. Tem, também, Aravena, que marcou o seu e perdeu mais uns três. Precisa caprichar neste detalhe importante.

Quinteros só não esteve mais brilhante, porque acho que as substituições demoraram para acontecer. Se Monsalve, Cuellar e Edenílson ingressassem mais cedo, o placar seria mais dilatado.

Resumindo: Ofensivamente, um colírio para o torcedor; defensivamente, preocupa. O treinador não pode se iludir com o "zero" gols sofridos.