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quarta-feira, 29 de abril de 2020

Opinião



As Escolhas e as Consequências

Primeiro, esta postagem não é uma crítica, mas ponderações sobre as escolhas, as encruzilhadas que os dirigentes gremistas se defrontaram nos últimos anos.

O post me veio no momento em que circulam notícias das prováveis transações europeias que envolvem ex-atletas tricolores. Provavelmente, muita grana cairá na conta do Grêmio.

A opção (ou falta dela) pela venda de Arthur, sua antecipação em 2018, fez entrar valores interessantes aos cofres gremistas, mas retirou o motor, talvez a fonte de inspiração do time do meio de campo para frente. A conclusão óbvia é que fez muita falta, em especial, na Libertadores daquele ano; talvez tenha escapado a quarta conquista com a saída dele. 

Escrevi em Dezembro daquele mesmo ano sobre outro jogador que me entusiasmou desde o início, vide Tetê. Nesta crônica, cito que vi apenas três juniores capazes de rivalizar com ele em termos de expectativa: Renato, Assis e Ronaldinho. Incluí Tetê neste quarteto e não me arrependo.

Fui favorável a sua venda pelos argumentos apresentados pela Direção, enfim, o que ela faria com os recursos financeiros oriundos da transação e, mais importante ainda, ter ficado com um percentual sobre os direitos federativos (que nem sei se ainda tem). Mas é de se perguntar; um clube de ponta, supera obstáculos nas retas finais de importantes competições, sem um atleta diferenciado ou em estado de graça, mesmo que momentâneo? Para mim, não. Pode até alguém me lembrar de alguma conquista aqui ou ali, porém, tenho certeza que citará exceções.

Tetê que no Imortal só servia para o time da transição, hoje, antes dos 20 anos, é o maior nome brasileiro na Europa, ainda que alguns não tenham se dado conta. Joga mais que Vinicius Jr, Rodrygo ou outra jovem revelação tupiniquim. É convocação certa no grupo de Tite.

Fica então, a constatação; na verdade, uma pergunta: Os dirigentes não podem aguentar a condução de seus negócios à frente do clube sem a venda de promessas ou não tem visão para alcançar o que elas podem render em títulos e consagração do clube; mais, para a alegria da massa torcedora?

domingo, 26 de abril de 2020

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (231) - Ano - 1979-80


O Fenômeno

Fonte:https://tardesdepacaembu.wordpress.com/

Aos poucos, todo mundo ficará sabendo que 26 de Abril no plano esportivo é consagrado como o Dia do Goleiro. Lógico! Tem uma causa: É a data de nascimento de Hailton Correa de Arruda, Manga, que hoje completa 83 anos; foi o maior goleiro da história brasileira, talvez do mundo, pelo menos, em clubes.

Já fiz uma postagem semelhante a esta, vide O Número 1, mas acho que ele merece muito mais; aí, eu me detive na sua estatística em sua passagem meteórica pelo Imortal entre Janeiro de 1979 e Fevereiro do ano seguinte.

Foram 79 jogos de um total de 83 possíveis. Dos ausentes, dois o Tricolor colocou time completamente de reservas, há ainda um amistoso em Cascavel e apenas uma ausência com o time titular, não por acaso, uma derrota gremista para o Atlético Paranaense fora de casa. Resumindo: Manga sempre jogava.

Destes que participou, o Tricolor perdeu apenas sete jogos, isto é, 8% dos confrontos, ficando com uma média abaixo de 4% de gols sofridos e o dado mais relevante: em apenas quatro oportunidades o Imortal sofreu mais do que um gol nestes 79 em que ele foi o arqueiro. Excluindo duas goleadas anormais, um 4 a 1 (Torneio na Argentina) e outro, 3 a 0 (Campeonato Brasileiro em Piracicaba), a rotina aponta para 3% gols sofridos nos 77 jogos.

Ter Manga no gol, a chance de seu clube sair vencedor nas pelejas era muito grande.

Fica uma pergunta: Como que com esses números, o Grêmio de Manga, só ganhou o Gauchão? Pois é, são as armadilhas da vida, as mesmas que fizeram o Atlético Mineiro ser o melhor em todos os quesitos em 1977, saindo vice campeão sem perder uma única partida, porque não soube bater tiros livres diretos, contando com a complacência do árbitro da decisão que deixou a malandragem e banditismo são-paulino se sobreporem às regras do futebol.

Para mim, a falta de uma conquista mais expressiva não passou pelo desempenho de Manga no Imortal, mas por essa caixinha de surpresas que é o esporte bretão.

              https://www.gremiopedia.com/


sexta-feira, 24 de abril de 2020

Opinião



Um Malabarismo Abjeto

Em tempos de profunda escassez de assunto sobre futebol, particularmente para nós, da dupla Grenal, eu saúdo a busca de momentos interessantes, peculiares e muito principalmente, triunfantes.

Acho que neste momento, equilibrar as pautas, torná-las equânimes é motivo de elogios, afinal, o momento é idêntico para os clubes e suas torcidas, um "stand by" para Grêmio e Inter.

Mas o que provocou o título da postagem? A indisfarçável, incômoda, desnecessária postura de ficar em cima do muro, que a maior parcela da imprensa gaúcha adota, quando tem que tratar de fatos sobre a Dupla no que se refere ao comparativo.

Estou errado? então me ajudem; quando foi que qualquer eleição (seleção grenal de todos os tempos, seleção grenal dos títulos da libertadores, seleção grenal do século, etc...), não dá 6 a 5?

Explicando: Dá 6 a 5, porque não são 10 ou 12 posições num time, senão seria empate. Já viram escolhas em que há 7 a 4 ou 8 a 3? Nem no melhor Inter da década de 70, nem nos melhores momentos do Tricolor em 60, 80 ou 90, houve esta diferença; dá sempre 6 de um e 5 de outro.

Isso ocorre pela fraqueza desta parte da mídia, que precisa fazer média com o torcedor.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Opinião



Profissionalismo tem novo desafio

O futebol mudou muito nestas últimas décadas; isso se verifica já na base, quando os atletas, ainda menores de idade (na legislação) já são adotados por empresários que gerenciam os seus passos, geralmente, numa consequência saudável para a carreira de cada um. Eles adquirem hábitos de profissionalismo, antes mesmo do primeiro contrato com o clube.

Diante disso, desconfio que a dispensa de concentração, medida que veio "à forcéps", poderá introduzir no meio futebolístico um avanço tremendo para os atletas conscientes, os que levam a carreira a sério.

Vejo que a necessidade imperiosa da economia de guerra que os clubes adotarão, vai dar a chance para ver testada uma das mais antigas reivindicações dos boleiros. O fim da concentração.

A bola está com eles.


segunda-feira, 20 de abril de 2020

Opinião



A Chance dos Clubes Organizados

Este duro teste que pega toda a sociedade vai exigir uma capacidade de resiliência inédita para muitos.

No futebol brasileiro nada será diferente deste quadro, mas desconfio que os clubes que estão com as finanças em dia ou quase isso, associadas a um trabalho duradouro no elenco e "filosofia" de jogo, podem dar a eles a chance de se equipararem e até sobrepujarem a expectativa de "invencível" do Flamengo. O Grêmio está nessa visão minha.

Aliás, tratando do clube da Gávea, arrisco dizer que ele será o que mais sofrerá em termos de manutenção de performance, primeiro, porque está no topo, segundo, porque o momento mágico de Jorge Jesus à frente do elenco, parece que vai virar passado.

Talvez nem fique no Brasil.


sábado, 18 de abril de 2020

Opinião



Vai que Cola

Este espaço é sobre o Grêmio, raramente tratamos de algo diferente como foram os períodos das Copas de 14 e 18, quando os assuntos do Imortal e de todos os clubes ficaram escassos.

Estamos vivendo momento idêntico por uma causa inédita e muito, muito mais triste e preocupante; portanto, hoje tratarei de uma tema que me deixa bem chateado; "um cachorro que passaram" sobre o posicionamento revolucionário que o técnico da Copa de 70 teria adotado para a lateral esquerda, posição ocupada pelo saudoso Everaldo, estrela da bandeira Tricolor gremista. Qual seria?

Um treinador conhecido por sua verve e talento para ser formador de opinião, num programa esportivo noturno que homenageava o comandante técnico da Seleção de 70, largou essa: - Everaldo virava um terceiro zagueiro, quando o Brasil era atacado, o que era "inovador" para a época; e, pasmem, todos os "experts", veteranos da crônica esportiva presentes, silenciaram, alguns, encabulados pela lorota, outros, porque engoliram essa bem ao estilo - Vai que Cola.

Então! Dista mais de 40 anos  entre o fato e esta "descoberta"; ninguém havia percebido. Estranho, não é ? Foi um verdadeiro trabalho de arqueologia. Me engana, que eu gosto!

Trata-se de uma "pequena brincadeira" dita pelo treinador que ainda está na ativa. Ora! Não é necessário ter vivido o período, basta rever os jogos e perceber que o mesmo movimento defensivo que Everaldo fazia pelo lado esquerdo, era executado pelo lado direito; Carlos Alberto Torres, o fazia com maestria, principalmente, porque atuava também como zagueiro. Era o chamado pêndulo; ataque pela direita, o lateral direito fechava para o meio da zaga, o mesmo ocorria pelo lado oposto.

O chiste, a brincadeira dita em tom de seriedade no programa esportivo, não resiste a uma avaliação um pouco mais acurada. Basta perguntar: Se era tão inovadora e revolucionária, por que logo na primeira competição de porte, a Minicopa de 1972, o treinador abriu mão dela e, inexplicavelmente, não chamou Everaldo para a competição, o que gerou uma revolta imensa, o tal jogo da Desforra, no Beira-Rio, que uniu todos os gaúchos, gremistas, colorados e demais? Isso, antes de perder Carlos Alberto Torres por lesão, um convocado certo para o certame comemorativo ao Sesquicentenário da Independência brasileira. Nem o argumento de que Zé Maria, o substituto do capitão do tri, era defensivo (o que liberaria o lateral canhoto)  poderá ser usado, porque o Super Zé, como era conhecido no Corinthians era quase  um "ponta pela direita" de muito força e vitalidade, apesar de marcar bem.

O técnico levou Marco Antônio e Rodrigues Neto, laterais não exatamente defensivos, assim como optou por Marinho Chagas, o mais ofensivo dos laterais que existiram, isso em 1974.

A "revolução tática" acabou ali. E os argumentos, também.

Mesmo respeitando que entrou nessa onda, sigo sem entender o porquê desses fatos inconsistentes serem levados a sério e adiante.








quinta-feira, 16 de abril de 2020

Opinião



Everaldo Marques da Silva

Recém assisti ao vídeo tape de Brasil 3 x 2 Romênia, Copa do Mundo do México, ano de 1970, que o Sportv reprisou com narração atual.

Foi emocionante e assustador, porque em um dado momento, ou melhor no intervalo, os apresentadores falaram no cinquentenário daquele confronto. Cara! Meio século e eu assisti. Outro dia, eu falei que me lembrava da separação oficial do Beatles, dia 10 de Abril, também "cinquentinha".

Voltando ao jogo; como batiam naquela época; a Romênia poderia ter 3 expulsos sem exagero. Uma entrada por trás em Pelé, uma falta e chute no rosto que Jairzinho sofreu quase na bandeira de escanteio, depois da infração ser anotada e uma pegada que fez Paulo César (futuro Caju) voar e se estatelar na meia-lua da área.

Vendo o Brasil desfalcado de Gérson e Rivelino, dá para dizer que a Seleção tinha um grande banco de reservas. Paulo César, o melhor em campo, reserva.

Mas a maior satisfação, além dos gols de Pelé (2) e Jairzinho, a genialidade de Tostão, ficou por conta da atuação de Everaldo. Ele foi soberbo na parte defensiva e ainda subiu tão bem, quase marcando gols, primeiro num chute que raspou a trave direita de Adamache, depois, um balaço de fora da área que acertou a trave esquerda do arco romeno. Ambos no primeiro tempo.

Infelizmente, Everaldo se machucou quase ao final da partida; ele teve que sair e, não por acaso, o segundo gol sofrido pelo Brasil, começa pela liberdade que o lateral adversário teve; ele cruzou na cabeça de Dembrowski que contou com a saída em falso de Félix.

Ficou para a história que Everaldo se limitava às funções defensivas. Revendo lances, percebe-se que muitos avanços pelo lado esquerdo começaram com o entrosamento entre ele, Paulo César e quem mais caísse pelo flanco. O seu acerto dos passes se fosse hoje, seria sacralizado.

A lamentar, o desconhecimento dos apresentadores a ponto de chamarem o zagueiro Fontana de técnico e clássico. Quem viu sabe que a dupla Brito e Fontana que atuou muito tempo junta no Vasco da Gama, era uma das mais violentas do Brasil. Batiam até na sombra. 

Enfim, nem tudo é perfeito.


quarta-feira, 15 de abril de 2020

Opinião



A Necessidade; o maior incentivo

O mundo parece conspirar para que o Grêmio olhe com mais atenção para as categorias de base.

Há uma convergência em direção a isso: primeiro em importância, a pandemia que paralisou o futebol mundial, ninguém joga, ninguém fatura, ninguém transaciona, só existem custos, compromissos financeiros.

Porém, existe outro "primeiro", isto é, olhando a cronologia: antes do Coronavírus chegar ao Brasil, o Grêmio chegou onde nunca chegara, a decisão da Copinha nas penalidades, isso com 10 atletas num emocionante Grenal. Decidiu em 1991, mas levou um vareio da Lusa; não deu nem para sofrer, um sonoro 4 a 0.

Então, o Tricolor vendo os cofres se esvaziando com a  tendência inevitável de vender seus melhores atletas, mais ainda, sem chances de boas reposições no mercado, a necessidade fará com que recorra aos atletas da base e isso será um grande acerto, com certeza.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Opinião



De onde vem a "Inspiração"

Eu tive o prazer, a satisfação de ser escolhido monitor para um renomado professor, quando acadêmico de História. Ele era uma sumidade e estava preparando mais uma de suas teses; aí, eu entrava em campo; lia várias obras e ia destacando o que lhe interessava. Nesta epopeia, conheci obras como as de Manoelito de Ornellas, Moysés Vellinho e do "brazilianist" Joseph Love, entre outros. Todos tratando da história do Rio Grande do Sul. Aprendi muito, sem dúvida e o professor lia somente os trechos que eu selecionava, tipo, obra tal, página tal, parágrafo tal. Ele ia direto ao ponto. Baita mão na roda.

Por esses dias, um amigo me alertou para o que vem ocorrendo com frequência em nosso blog, isto é, tratamos de um assunto e logo, um, dois dias no máximo, o assunto aparece numa rede de comunicação poderosa. O post mais recente é aquele "A Razão de meu Pessimismo", dia 09, onde tratei do risco iminente da Libertadores não ser concluída em seu molde original em 2020. Escrevi e ele serviu de inspiração para a edição de uma coluna no final de semana.

Não escrevo em tom de crítica, porque é óbvio que por se tratarem de jornalistas multi mídias, convivem com a limitação do tempo e aí entram os estagiários e/ou jornalistas jovens que fazem o "trabalho pesado" de buscar assuntos que possam ser garimpados. É normal, é natural. E eles já tem determinados blogs nos "Favoritos".

Alguém poderia contestar: lógico! qualquer um chegaria a esta conclusão, a do risco que corre a competição. Eu concordo, porém, a sutileza que me faz escrever sobre a coincidência (e são várias postagens nessa mesma batida) é sempre vir aqui primeiro para sair imediatamente na mídia profissional. 

Refiro-me a opinião, porque como qualquer amador, as informações, eu busco nestas mesmas mídias.

Vai  longe o tempo em que o repórter ou jornalista esperava o final do treino e solitário, batia um papo com o técnico, talvez tomando um cafezinho ou uma birita, conseguindo assim, as tais informações de cocheira, o furo que tanta repercussão dava por longos dias. 

Então, não há nada de imoral ou oportunista, a utilização deste método atual.

Sinceramente,  é para ficar envaidecido. E eu fico.




sábado, 11 de abril de 2020

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (230) - Ano - 1989


O Jóquei

Fonte: https://www.hojeemdia.com.br/

Leio que Renato poderá em 2020 se tornar o treinador gremista com maior número de jogos na biografia azul; também, que há chances de superar os brasileiros em participações na casamata na Libertadores, pois já ultrapassou Muricy Ramalho e está próximo da marca do líder, Luiz Felipe. Logo ele, que já é o único brasileiro com conquista como jogador e treinador do torneio sul americano.

Isso decorre de seus méritos, mas igualmente, da retaguarda dos dirigentes que seguraram a barra, quando ele cometeu erros ou oscilou à frente do vestiário e do gramado. É convicção associada ao mérito de acertar na escolha.

Técnicos ganham jogos, títulos, marcam seus nomes na memória dos clubes, não são apenas coadjuvantes como demonstra Jorge Jesus e no passado, Ênio Andrade e Telê Santana; nomes vitoriosos. Repito: É convicção associada ao acerto na escolha. 

Lembro de um equívoco estupendo dos dirigentes há cerca de 30 anos (1989), quando foram buscar fora do Estado o ex-jogador Procópio Cardoso (foto acima), mineiro com um currículo interessante quando atleta, porém, à época, um treinador com títulos modestos à frente do Galo e da Raposa, ambos de Minas Gerais.

Procópio chegou tecendo grandes elogios: "sem querer desmerecer os outros clubes por onde passei, este é o que melhores condições oferece", prosseguiu: "Para mim, o importante é o talento. Não faço distinções entre futebol-força e futebol-arte. Acho que devem andar juntos". O problema é que estava pegando o time após uma derrota em Grenal e tendo apenas  duas rodadas para o fim do Brasileirão. Ficou a dúvida: Uma troca no início daquele Dezembro era planejamento para o ano seguinte ou uma improvisação inconsequente?

No dia 03, Estádio Olímpico, diante do São Paulo, Procópio estreou sem saber que aquela partida seria a única como treinador do Imortal. Pediu demissão no meio da semana seguinte. Uma decepção para ele e com certeza, para o clube.

O comandante técnico usou: Mazaropi; Alfinete, Luis Fernando, Luiz Eduardo e Vílson; Géverton, Lino, Darci e Assis (Adilson Heleno); Kita e Paulo Egídio (Almir).

Carlos Alberto Silva escalou: Gilmar Rinaldi; Neto; Adilson, Ricardo Rocha e Nelsinho; Flávio, Raí e Bobô (Cafu); Mário Tilico, Nei Bala (Paulo César) e Edivaldo.

Aos 10 minutos da primeira etapa, Edivaldo cabeceou, aproveitando falha da zaga e de Mazaropi, este, por estar adiantado. 1 a 0.

Aos 34 minutos, Mário Tilico driblou Vilson, Mazaropi e "partiu para o abraço". 2 a 0.

Kita conseguiu diminuir o escore num vacilo do setor defensivo paulista. 1 a 2.

O segundo tempo seguiu na mesma toada, o São Paulo mais organizado, sempre contundente, tanto que aos 23 minutos, Raí entrou driblando a zaga e definiu o placar. 3 a 1.

José Roberto Wright foi o árbitro e a renda foi ridícula para o tamanho deste confronto: 4.109 pagantes.

A torcida ficou na bronca com o técnico estreante, especialmente pelas substituições, por isso, as vaias.

Dois dias depois, no final da tarde da Terça-feira, Procópio se disse aborrecido com a atitude dos torcedores e pediu demissão, surpreendendo o mundo esportivo gaúcho.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro






quinta-feira, 9 de abril de 2020

Opinião


A Razão do meu Pessimismo

Logo que a pandemia se tornou o cotidiano dos brasileiros, eu postei que o ano 2020 já era. Isso na metade de Março, parecia exagerada a mensagem do texto.

Pois bem, caminhamos para o meio de Abril, os jogadores estão recebendo férias; sendo otimistas, teremos futebol em Junho.

Se o Brasileiro, o campeonato, provavelmente irá para o saco em sua versão tradicional, vide Dimensões Continentais, imaginem a Libertadores com suas particularidades de clima, geografia, distância, culturas e o mais grave: o deslocamento sempre por via aérea; com certeza, o componente mais delicado, aquele que mais será postergada a sua normalização.

Se houver bom senso, alguma competição irá dançar. Copa do Brasil, Regionais, Nacional ou Libertadores?

Façam as suas apostas.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Opinião



Em Tese, uma vantagem gremista

Uma parada intempestiva como essa que atingiu os clubes (não só os clubes) de futebol, em tese, fará menor estrago naqueles que já vem mais bem estruturados, seja na parte financeira, seja no planejamento.

O Grêmio por possuir elenco bem  entrosado e a comissão técnica mais longeva do futebol brasileiro; igualmente se diz, uma instituição bem alicerçada na questão financeira, poderá obter vantagens (ou menos prejuízos) nesta parada.

Outro aditivo: poucas serão as transações de vulto neste 2020, portanto, é crível que Matheus Henrique, Jean Pyerre e Éverton permaneçam na Arena.

Resta saber se esta "tese" se confirmará.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Opinião



Aos Meu Olhos

Esta semana, dois fatos me chamaram a atenção no que tange aos assuntos do Tricolor. 
O primeiro é a data de 31 de Março que marcou o que seria o 75º aniversário de Alcindo, o Bugre, simplesmente, o maior goleador da história centenário do Grêmio.

Sempre achei que o clube em todas as suas manifestações (direções, conselheiros e torcida) não deram a real importância ao nosso maior camisa 9. 

Não sei se ele saiu com bronca em 1971, o assédio do Santos era grande e o apelo de jogar ao lado de Pelé novamente (atuaram juntos na Copa de 66) poderiam ter causado algum desgaste na relação; é uma hipótese. De qualquer forma, 6 anos passados, o Bugre voltou ao clube, voltou a marcar gols em Grenal e finalmente, voltou a botar faixa de campeão naquele mesmo ano. Que volta!

Merece mais reconhecimento.

Nesta linha, o passamento de João Marcos, goleiro gremista em 1984, também não teve o valor que imagino, não como ícone do clube, até porque jogou apenas um ano e não botou faixa, mas fez uma grande temporada. Foi tão bem que chegou à Seleção com méritos. Poderia ter sido o arqueiro do bi da Libertadores, mas quem viveu aquela decisão de 1984, sabe que houve algo muito estranho no primeiro jogo no Olímpico. A velha raça gremista, como por encanto, não entrou no gramado aquela noite. Não passou pela atuação do arqueiro o resultado.

João Marcos jogou algumas partidas lesionado, mesmo assim, ele tem apenas 6 derrotas com o Imortal. Por coincidência, quase sempre que o seu reserva jogou, o Grêmio não foi bem.

São ironias da vida. Elas estão por aí. Querem um exemplo? Muito se discutiu se a Arena seria palco do jogo do Tricolor  pela Libertadores ou se haveria o mega show do Metallica, ambos marcados para 21 de Abril. Quem venceria a queda de braço?

Pois é ...