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terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Opinião




As Primeiras Decisões 

Prefiro achar que é planejamento; que a partir de Fevereiro, o Tricolor comece a esboçar o grupo que vai encarar o primeiro semestre, pelo menos.

Por que penso isso? porque a nominata dos que irão encarar o Esportivo já abre mão de Campaz e Guilherme. O primeiro, sob o argumento do número de estrangeiros possíveis numa partida; o segundo, pela escassez de qualidade apresentada, mesmo que isso não seja tratado abertamente.

No outro lado desta ponta; o Grêmio poderá ter pela primeira vez, Villasanti, Bitello, Cristaldo, Ferreira e Suárez desde o início, se o treinador quiser; com Pepê e os cinco defensores.

Segue a interrogação da lateral esquerda, já que Fábio parece ser um lateral aceitável.

Compreensivelmente, o Imortal ainda está longe de ser um time confiável.

domingo, 29 de janeiro de 2023

Opinião



Vitória numa Noite de futebol sofrível 

Talvez o gramado sintético tenha contribuído para o show de horrores que recém encerrou no Passo D'Areia. Uma tortura para quem gosta de futebol. Valeu pelos três pontos e a quebra histórica da marca de nunca ter vencido neste tipo de grama.

Individualmente, de positivo, a bela fase de Bitello, que foi responsável pela mudança de rotação do time, deixando o meio e ataque mais acelerados e perigosos. Também, pelo gol redentor de Éverton Galdino que vinha deixando uma impressão muito ruim nas jornadas anteriores.

Decepcionantes foram Cristaldo, completamente inútil, sem iniciativa e entregue à marcação. Deve ter sentido o estado do gramado; Diego Souza que ainda não apresentou nada efetivo em 2023 e não dá para considerar "decepcionantes", as rotineiras atuações de Guilherme e Diogo Barbosa. Comprometedores, novamente.

Finalizando: este última semana de minhas férias será na praia, então, podem ocorrer atrasos na liberação dos comentários e um espaçamento maior entre as postagens.

sábado, 28 de janeiro de 2023

Opinião




A Distância 


Este ano, mais do que em outras edições recentes, a distância entre a Dupla Grenal para os demais concorrentes, aumentou consideravelmente; então, o Tricolor (que é nosso interesse) deve focar em bater o tradicional adversário com mais esmero neste 2023.

 Por esta lógica, a estratégia de chegar com vantagem na final, deve ser privilegiada, com isso, garantir a partida decisiva na Arena é um ponto muito importante; implica não relaxar, mesmo quando estiver atuando com o time alternativo como vai ocorrer neste Domingo.

O Inter vem se reorganizando desde o ano passado, tem um time "desenhado", um comandante técnico que tem histórico de montagem com elenco com escassez de recurso técnico, por isso, a missão gremista é bem complicada.

O Hexa, se vier, será com mais suor e competência do que os títulos anteriores.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Opinião




Impressões 


Escolhi este título para dar margem a possibilidade de erro no que escrevo a seguir:

De tudo que ouvi depois do jogo, o que mais me preocupou foi o propósito da Direção de fazer uma manifestação na FGF sobre o "anti jogo" que supostamente o Brasil praticou ontem à noite na Arena. Uma sonora bobagem. A nova Diretoria parece repetir a anterior, quando embarca na "vibe" do atual comandante técnico, isto é, Renato começa a ter as rédeas do clube, infelizmente, ditando o que deve ou não deve a Direção fazer. O presidente, na prática.

Repito, a impressão que ficou é da incapacidade gremista de bater com tranquilidade um clube que está na Série D, mais ainda, que está em reformulação. Basta ver que o goleiro Marcelo Pitol fez uma única defesa na primeira etapa (cabeçada de Bitello) e outra na etapa final, o quase gol contra do zagueiro, no mais, Zimmerman amarrou o time do Grêmio. No resto, apenas intervenções ou "bolas atrasadas" pelos avantes gremistas.

Acho que daí, decorre a irritação do treinador gremista, ele busca desviar o foco da jornada infeliz que o Tricolor realizou. Para mim, o juiz, embora jovem, foi muito bem; deu 12 minutos de acréscimos, distribuiu os cartões amarelos com critério e o vermelho foi para quem já havia sido advertido anteriormente. Nada anormal; aliás, até o corte que Reinaldo sofreu, se originou de uma jogada acidental.

Além disso, Zimmerman foi inteligentíssimo na coletiva, lembrando o jogo contra o São Paulo, Copa do Brasil, que o Tricolor gaúcho realizou e eu acrescento outro contra o mesmo São Paulo no Morumbi em 2013 pelo Brasileirão, vitória com gol de Vargas e grande atuação de Dida, quando o Grêmio de Renato jogou "por uma bola" e saiu vitorioso. Se Renato falou que com o elenco de 200 milhões de reais, o Flamengo tinha obrigação de superar os adversários, o mesmo raciocínio vale (proporcionalmente) para o confronto desta Quarta-feira. A distância do clube do interior para o Grêmio é abissal, no plano financeiro.

E o Tricolor só foi vencer um time que ficou com 10 atletas desde o segundo minuto da etapa final no "apagar das luzes" pelo mérito de Suárez; fosse um centro avante "bronco", o chute seria de bico ou um "bago" em cima do arqueiro, que garantiria o empate. Marcelo seria eleito o melhor em campo e seria chamado de "milagreiro" pelo resto de sua vida esportiva.

Infelizmente, o Grêmio dá indícios de uma recaída, uma mesmice, que transformou o clube numa letargia em 2019, 2020, que associada a outras medidas absurdas, levou a agremiação ao seu terceiro rebaixamento. Lógico, não vai cair, mas, repito, parece que o progresso de ter qualificado o elenco ficará incompleto, se o treinador não for cobrado em suas verdadeiras atribuições dentro de uma engrenagem, onde ele é importante, porém, só uma peça  intermediária do coletivo.

Vale lembrar que o presidente do Grêmio é Alberto Guerra.






Opinião




Suárez decide, de novo

Cada partida do Grêmio neste 2023 apresenta um repertório incrível de gols, graças ao talento de Luizito Suárez; cada um dos cinco que fez nestas três partidas é uma aula de competência. Todos foram de execução diferente, todos foram decisivos, pois basta subtrair os tentos do camisa 9 e o Tricolor não sairia vitorioso. Me lembrou o velho Santos de Pelé, às vezes, sofria até o momento derradeiro, aí, o camisa 10 tirava um lance da cartola e mudava o placar, ganhando ou buscando um empate suado.

É apenas a terceira partida da temporada, terceira vitória, porém, o Brasil amarrou o Grêmio: um time da Série D! desconfio que a expulsão aos dois minutos do segundo tempo foi decisiva para o Tricolor crescer no jogo, mas mesmo assim, a vitória só veio pela qualidade inquestionável de Suárez.

Acho Renato um bom treinador, no entanto, com a "mão-de-obra" que o clube disponibilizou neste ano, Guerra poderia ter sido mais arrojado, isto é, apostar num treinador estrangeiro competente. Uma hora poderá faltar jóquei.

Hoje, mesmo dando descontos de início de temporada, não se vê uma evolução coletiva. Pelo jeito, o time dependerá da individualidade de Ferreira,  de Bitello, de Cristaldo e muito principalmente, de Suárez.

É cedo, mas quando elevar o grau de dificuldades contra treinadores competentes, as deficiências poderão se ampliar, em especial, a movimentação dos volantes e laterais. 

Se a torcida e imprensa começarem a desconfiar da qualidade de Villasanti, Carballo, Bitello, Pepê e Cristaldo, o problema, com certeza, concluirão mais adiante, que está acima deles, desses atletas.

O elenco é muito bom, muito treinador sonha com um grupo como esse. Esse é o meu maior receio; desconfiar de um grupo muito bom e sofrer críticas injustas. Lógico, há contratações que não vingarão, mas no geral, o plantel é excelente para quem saiu da Série B.

Por fim, Galdino me pareceu limitadíssimo e Reinaldo é uma "vingança" do São Paulo para com os gaúchos, que empurraram Alisson e Patrick no ano passado. 




quarta-feira, 25 de janeiro de 2023


Pequenas Histórias (279) - Ano - 1969

O Hat Trick do Touro 

Fonte: https://terceirotempo.uol.com.br

Luizito Suárez estreou com um hat trick, isto é, três gols numa única partida; antigamente, acho que esse feito era chamado de "barba, cabelo e bigodes". Um feito, sem dúvida.

Lembro do Mazinho, atacante do Santos que veio trocado por Alcindo, estreando com três gols em cima do Newell's Old Boys no ano de 1972. Devem haver outros hat tricks, (Barcos?), não lembro. Mas pesquisando sobre os confrontos entre Grêmio e Brasil de Pelotas, me deparei com esta partida ocorrida em 08 de Maio de 1969, quando Hélio Pires, um atacante apelidado de Touro, pela sua força física, marcou três vezes, um 3 a 0 sobre a equipe pelotense.

Hélio já estava na história do clube, porque poucos dias antes, assinalou o primeiro tento gremista em jogos no Beira-Rio. Jogou com destaque também no Coritiba e Santos, além de outras agremiações menores. Aliás, o Tricolor teve outros atletas que tiveram a mesma trajetória (atuação no Coxa Branca e Peixe) como Negreiros e Oberdan.

O Tricolor de Sérgio Moacir não contou com o arqueiro Alberto e o centro avante Alcindo; desta forma, ele escalou: Arlindo; Valdir Espinosa, Ari Hercílio (Renato), Áureo e Everaldo; Jadir e Sérgio Lopes; Hélio Pires, Joãozinho, Tupãzinho e Volmir.

O Brasil do treinador Osvaldo Barbosa teve três atletas que vestiram/vestiriam a camiseta gremista (Suli, Otacílio e Torino): Suli; Adilson, Joceli, Moacir e Manuel; Otacílio, Marcos e Torino. Vanderlei, Maneca (Ataíde) e Aldir, o Tartaruga.

Com amplo domínio do Grêmio, o adversário se postou na defensiva e aguentou a igualdade no placar até a meia hora do primeiro tempo, quando Hélio Pires aparou cruzamento de João Severiano, o Joãozinho e cabeceou, vencendo Suli. 1 a 0.

Aos 38 minutos, o Touro driblou dois zagueiros, esperou a saída do arqueiro, trocou de pé e mandou para as redes. 2 a 0; final da etapa inicial.

Visivelmente desacelerando, o Grêmio conduziu o tempo derradeiro com cuidado e pouca exposição, ainda assim, ampliou o placar com o mesmo Hélio Pires, que recebeu ótimo lançamento do centro avante Tupãzinho: 3 a 0.

Dois minutos depois, Volmir entrou na área, ia passando por Suli, que derrubou o ponta esquerda; pênalti;  surgiu a chance de aumentar a goleada, no entanto, Espinosa cobrou mal, fora do arco, inclusive. Tiro de meta para o Xavante.

Luis Torres foi o juiz deste enfrentamento, onde o Tricolor garantiu o título do seu grupo para decidir o Gauchão.

Hélio Pires faleceu no 08 de Janeiro do ano passado. Foi um atacante que "brincava" com a 9, 8 e 7 do ataque. Para quem nunca foi titular absoluto teve uma boa média no Imortal, em 50 jogos, marcou 19 vezes.

Fonte:  Arquivo Histórico de Santa Maria

             Correio do Povo

             https://www.gremiopedia.com/


domingo, 22 de janeiro de 2023

Opinião




A Quarta posição do meio de campo 


Na história recente, o Grêmio faz o quadrado de meio de campo, recuando o ocupante do lado direito do que seria o ataque: Giuliano, Ramiro, Alisson e até Biel. Antes, os clubes faziam recuar o antigo ponta esquerda, desde a consagração do meio-campista Rivellino nessa posição; no time do Brasil tri no México.

Só que de forma involuntária, imagino, esse quarto jogador de meio é alguém "operário", isto é, o quarto também, na hierarquia qualitativa do setor. Sobram adjetivos e definições para minimizar a carência dos ocupantes, bobagens como possuir "grande importância tática para a equipe".

Pois, neste momento, confirmando as suas esperadas qualidades, o argentino Cristaldo deverá ter lugar cativo no meio, embora sem usar o número, ele é o verdadeiro 10.

Como Renato deve adotar dois volantes mais de marcação (não confundir com brucutus), de forma inicial, Villasanti e Pepê (talvez Carballo), uma grande possibilidade é colocar Bitello pelo lado, pois tem muito mais qualidade do que Alisson e Ramiro, sem violentar o seu futebol, desde que não se exija dele a chegada ao fundo como uma missão prioritária; algo que pode ser mais frequente com um lateral ofensivo.

Bitello tem condição física e técnica para se tornar um jogador que faça a recomposição defensiva pelo lado direito e, com certeza, uma arma ofensiva, porque a sua vocação não será tolhida, se suas tarefas forem adequadas para aquele corredor de atuação.

Acho que o comandante técnico Tricolor está pensando da mesma forma.


sábado, 21 de janeiro de 2023

Opinião




Grêmio vence de virada 

Primeiro é preciso dizer que sempre é complicado encarar a SER Caxias em seu estádio, então, dificuldade lá é lugar comum no histórico deste confronto. A questão está nas causas que foram diferentes nesta tarde, como elenco abaixo:

- O time do Caxias, enquanto pode, fez uma marcação forte, sem abdicar de atacar

- A ausência de Villasanti. Ela foi responsável, inclusive, pelo tento marcado pelos locatários, pois os dois volantes (Pepê e Carballo) são mais da segunda função do meio, pelo menos, essa, a impressão que o uruguaio passou. Convém salientar que tem muito boa técnica e um passe qualificado; também, sua primeira experiência como titular

- Fábio decepcionou. Entrou frouxo no lance que originou o 1 a 0 e teve uma contribuição modesta ofensivamente

- Brenno oscilou com defesas importantes e trapalhadas inexplicáveis. Pode ser consequência do  início de temporada

- Campaz está pedindo um banco. Se está jogando para ser colocado na "vitrine", o efeito está sendo o contrário

- Ferreira com uma contribuição muito abaixo do que se espera dele; aliás, faz tempo "que se espera" pelo futebol do avante

- A zaga parece ainda fora de ponto, mas são experientes e logo, logo, vão fechar os buracos que estiveram presentes nestes dois primeiros jogos

- Reinaldo parecia bem, porém, Diogo Barbosa entrou e deu uma contribuição surpreendentemente maior do que o titular

- Os outros que entraram, Thaciano conseguiu um belo arremate, Gustavinho, Thiago Santos, sem nada de especial e Éverton Galdino perdeu uma penalidade máxima que se o arqueiro caxiense caísse para o seu lado direito, todos diriam que fora uma bela cobrança. A câmera atrás da goleira mostra Galdino olhando para o canto que escolhera, ali, o seu grande defeito. Como se dizia antigamente: telegrafou o canto 

- Por fim, os destaques: Bitello pela intensidade, pela presença na área, um gol, um arremate raspando e um pênalti sofrido. O melhor do time. Também Suárez pelo faro de gol. Mais um em que a cartilha de um Camisa 9 esteve presente: uma brecha, um chute seco, certeiro, indefensável e os três pontos na mala gremista

Hoje, duas questões se sobressaíram: será que Brenno vai engrenar? será que o meio, seus dois volantes, vão fechar a entrada da área?

É começo de temporada, qualquer conclusão é precipitação "pura". Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Opinião

Cristaldo

Além de Suárez, tenho uma expectativa imensa pelo futebol de Cristaldo; ele parece ser aquele 10 que não temos desde Douglas e, em tese, com vantagens: é mais jovem e entra mais na área. 
Como não tem como (racionalmente), Renato abrir mão de dois volantes, Villa e Pepê, a briga será entre Bitello e Campaz, no momento, com ampla vantagem para o primeiro, porque não imagino que Cristaldo tenha vindo para lustrar o banco. Só o fará, se sentir muito a mudança de ares. Não deve ser o caso.

Se confirmar; o Grêmio acertará em cheio em duas posições tão importantes na formação de um time.

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Opinião




A Estreia do Especialista

Eu imagino que sou igual a maioria dos torcedores; aquela que aprecia o time, o bom jogo e determinadas posições como sendo as mais vistosas, as mais chamativas, a de especialistas. 

As posições a que me refiro são três basicamente: goleiro, um meia armador e, claro, a de centro avante. São aquelas que, geralmente, decidem não apenas uma partida, mas um campeonato inteiro e, quase sempre, a partida decisiva. Me chateia ver pseudo goleadores sendo louvados, meias instáveis rotulados como craques ou arqueiro meia-boca chamado de milagreiro. É uma banalização, com certeza.

Hoje, diante do São Luiz, o Grêmio apresentou um camisa 9 de carteirinha: Suárez. Não se sabe se vai ter uma temporada boa pelo clube, porém, nesta noite, a forma como executou os movimentos à frente do goleiro adversário, a simplicidade de finalização até mesmo naquele sem pulo no seu terceiro tento, demonstra o que um especialista faz naquela hora, naquele momento. Parece muito simples. Simples para quem é do ramo.

Esta goleada com domínio avassalador, lógico, esperado e imprescindível do Tricolor, só se materializou tão cedo pela capacidade de finalização do uruguaio. Pensem nos atacantes gremistas dos últimos anos (exceção do veterano e quase aposentado Diego Souza), quantos se atrapalharam à frente do goleiro oponente, quantos jogaram triunfos pela linha de fundo ou na mão do "guarda-metas" ou até, tropeçaram na bola.

Pois é; o Grêmio fez uma partida de luxo e diante de tantos destaques, Kannemann, o tempo todo e Luizito Suárez num tempo mais reduzido, foram as grandes estrelas do primeiro título de 2023.

Há muitos outros, mas para estes, a análise fica para as próximas postagens. Neste momento, os aplausos são para o Viking e para El Pistolero.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Opinião




A Hora de encarar 2023 


Chegou a hora dos profissionais gremistas. Eles entram em campo, alguns vestindo a Imortal pela primeira vez. É um ano cheio de esperanças. A empolgação gremista, mesmo que sem provas materiais de êxito, foi alcançada. Guerra soube ler o que havia na alma do torcedor.

Pena que Cristaldo estará de fora, acho que é o grande diferencial do meio de campo na comparação com os anos anteriores. Mas a atração é mesmo Suárez. Ele será capaz de colocar quase 50 mil torcedores numa noite de Terça-feira num amistoso de luxo. De luxo, porque vai ter volta olímpica.

Não é pouca coisa para uma abertura de temporada.


domingo, 15 de janeiro de 2023

Opinião




Apostas da Base 

Assisti 40 minutos do primeiro tempo de Grêmio versus Athletico Paranaense pela Copa São Paulo de Juniores, ontem, 14. Estava encantado com a atuação Tricolor; muitos destaques, amassando o adversário, que teve uma única chance numa falha do arqueiro gremista. Um espetáculo, tanto que o treinador Juca (acho que é o sobrinho do Paulo César Carpigianni) fez três mudanças ainda naquela fase. Para ver como andavam as "coisas".

Saí de casa e não acompanhei mais a partida; retornando, tive uma surpresa, os guris tomaram a virada e caíram fora. 2 a 3. Pelo jeito, um fiasco.

Mas da parcela que assisti, renovo o meu entusiasmo com dois garotos: os "pontas" Zinho, destro, pela esquerda e Rubens, canhoto, pela direita. Um pouco abaixo, Kauan Kelvin, o centro avante Pedro Clemente, Mila, volante e o lateral esquerdo Wesley.

Há exato um ano (13 de Janeiro de 2022), eu postava aqui sobre esses jovens (Zinho e Rubens), Kaun tinha apenas 16 anos à época e já era comentado. Vide: Tratando do que é Bom.

Zinho lembra Ferreira, Kauan Kelvin, Jean Pyerre e Rubens, talvez um Éverton Cebolinha, esquerdo.

Mesmo neste apagão que custou a queda na Copinha, pela pequena amostragem, me pareceu um grupo mais qualificado do que o da edição anterior do certame.

É aguardar para ver se vingam.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Opinião




(N) A Casa dos 30 


Uma característica aparece com força neste Grêmio de 2023: a elevada média da "casinha" Tricolor, isto é, a zaga, seus integrantes mais conhecidos, os que estavam, os que chegaram, todos estão na casa dos 30 anos ou mais.

Geromel (37), Kannemann (31), Bruno Alves (31), Diogo Barbosa (30); esse quarteto recebeu o reforço de integrantes com bastante rodagem como Fábio (32), Reinaldo (33) e Bruno Uvini (31). Apenas João Pedro foge dessa "regra". Ele está com 26 anos.

Será uma curiosidade e também, um risco, ver tantos atletas num único setor do time com idade superior a 30 anos.

É de conferir.


terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Opinião




Os que surpreendem 

Muitas vezes vi atletas que chegavam ao meio de um grande número de contratados, a maioria com mais cartaz, afirmados, se tornar destaques, contrariando as expectativas iniciais ao longo da temporada.

Neste Grêmio de 2023, as primeiras notícias dos treinos dão conta que Gustavinho e Pepê começam a mostrar futebol de qualidade e já chamam a atenção da imprensa. Eles podem ser a surpresa positiva desta temporada.

Na Copinha, um atacante esguio, um centro avante, está metendo gols: Pedro Clemente. Bom ficar de olho nele.

Por fim, lembro quem surpreendeu desde o primeiro jogo que vi dele, Roberto Dinamite, um camisa 9 que jogava com a 10. Assisti o seu primeiro gol como profissional numa partida que passou pela tevê, ao vivo: Maracanã, Vasco 2 a 1 sobre o Inter. Roberto marcou o segundo, o da virada.

Estupendo centro avante, que faleceu nesta semana. Fica o nosso reconhecimento. Maior goleador do campeonato brasileiro.

domingo, 8 de janeiro de 2023

Opinião




Duas questões para este Domingo 

Enquanto o futebol profissional no Brasil não começa o ano, as postagens rareiam, naturalmente. Ainda assim, há pontos que despertam o interesse de alguns torcedores, como é o meu caso. Seguem dois deles:

a) Com o grande número de contratações, o Grêmio parece que desistiu de apostar na base; fica uma questão: por uma ideia de futebol ou pela carência de bons valores? Hoje, às 17 h, o Tricolor atua pela terceira vez na Copinha. Levou um time muito jovem até para os padrões deste certame.

b) Silenciosamente, a Direção e Comissão Técnica mantém três atletas comprovadamente insuficientes para o elenco: Diogo Barbosa, Lucas Silva e Thiago Santos. Como diz uma velha "verdade" do esporte bretão: jogar ruim no grupo, acaba jogando.

Com esse bom número de meio-campistas, manter a dupla Lucas e Thiago é um mau sinal para os torcedores.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Opinião




Momento de Decisão 

O título é idêntico ao de um filme do final dos anos 70; Turning Point no original, direção de Herbert Ross com Ann Bancroft e Shirley McClaine.

A coincidência com o texto a seguir para por aí. O momento de decisão, o deflagrador desta postagem diz respeito a hora crucial, a encruzilhada em que o dirigente maior terá que decidir questões delicadas que poderão ser definitivamente catastróficas para o clube e para a sua biografia de cartola (e do algo mais que almeja), se fizer a escolha equivocada.

Cristiano Silva, grande repórter da Rádio Guaíba, no final de 2018, disse que Romildo Bolzan poderia concorrer ao que ele quisesse, senado, governo do RS, que ganharia fácil, fácil. Silva não errou; naquele momento o presidente gremista era idolatrado pela imensa maioria de gremistas e bem aceito pela mídia.

Veio a fatídica temporada de 2021 e Bolzan, mal assessorado, cedeu às pressões dos seus pares "entendidos", que sugeriram para substituir Renato, o insuficiente Tiago Nunes (imaginem só!). Mas os que cercaram o presidente não ficaram só nessa estrepolia; tiraram da cartola, da garrafa de gênio, a infeliz ideia de fazer emergir um dirigente falastrão e totalmente ultrapassado, cuja a principal "qualidade" era vaselinar a banda podre da imprensa. Deu no que deu.

Um terrível momento de decisão de Bolzan, que acompanhou o clube descer para o rebaixamento de forma inapelável e tremendamente justa. Viu virarem pó as suas pretensões políticas.

Alberto Guerra tem uma biografia como dirigente de futebol bem mais interessante do que boa parte dos gremistas que almeja o comando do clube. Em 2010, ele foi competente ao recuperar o Grêmio que marchava para a Série B e o deixou no final da temporada, classificado para a Libertadores.

Então, se alguém chegar e "rasgar" o ouvido dele, sejam amigos de última hora ou integrantes da mídia interesseira em suas confrarias, provavelmente, Guerra terá coragem e sabedoria para dar um gelo nessa turma e sair ileso destas armadilhas.

Um coisa é certa: Alberto Guerra terá vários momentos de decisão até se tornar um dirigente histórico.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Opinião




O Grêmio não esqueceu de nada esta noite 

Só pude ver agorinha alguns trechos da apresentação de Luizito Suárez, mas a amostragem é um show de acertos, a começar pelo astro da festa que demonstrou maturidade de uma estrela de primeira grandeza, um craque acostumado a Ajax, Barcelona, Liverpool, Atlético de Madrid e até o Nacional de tanta tradição, ou seja, curtido, mas ciente da responsabilidade e do comprometimento que terá com a massa torcedora. 

Qualquer comparação com outros atletas caros que chegaram a Arena recentemente, com passagem pelo Velho Continente é desprovida de lucidez; se for, é por ter segundas intenções. Suárez é de "outra turma".

O Grêmio acertou em cheio no atacado e no varejo nesta apresentação. Ela teve o resgate da auto estima da torcida, teve igualmente, a constatação do poderio mercadológico de um clube com mais de 8 milhões de torcedores ao longo do planeta. Eu até considero o maior do país, se for levado em consideração que é o melhor colocado fora do eixo Rio-São Paulo no ranking de número de torcedores, superando os de Minas Gerais, por exemplo. 

Seguiu homenageando o Uruguai com várias bandeiras e a presença do mais brasileiro dos uruguaios, Atílio Ancheta, que atuou de 1971 a 1980 e deu as boas vindas a Luizito.

Se alguém tem dúvidas do êxito desta noite luminosa, cito apenas um fato para comprovar: a presença de correspondentes esportivos estrangeiros destacados para cobrir o evento.

Pode dar errado? sim, pode; até o saudoso Pelé fez um negócio arriscado, quando foi desbravar os estádios norte-americanos na segunda metade da década de 70, porém, o que é uma certeza é a constatação que essa Diretoria que recém assumiu, tem noção  do tamanho da instituição que está sob o seu comando.

O ano esportivo Tricolor começa com uma goleada de competência.

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Opinião




Guerra se espelha em Koff 

Para quem viveu o primeiro rebaixamento em 1991, seu calvário no ano seguinte e a ressurreição logo em seguida sob a batuta de Fábio Koff, lembra do arrojo deste dirigente em 1993, já no primeiro mês, quando montou um "cano" de time sem recursos (diz a lenda que os cheques emitidos eram pessoais de Koff), este momento de Alberto Guerra tem a impressão que ele se inspira ou vê suas ações muito parecidas com o histórico presidente.

A última escalação do Grêmio em 1992 (Grenal sem gols) foi: Emerson; Vilson, Paulão, Vágner Fernandes e Xará; Jandir, Alaércio, Juninho e Wolney Caio; Mabília e Carlos Miguel.

Koff assume e não para de contratar. Trouxe Eduardo, o goleiro, Luiz Carlos Wink, Geraldão, Eduardo Souza, (Dorival) Júnior, o centro avante Charles, o ponta direita Fabinho,  o volante Pingo que se juntaram aos promissores Jamir, Wolney Caio, Carlos Miguel, Luciano e bons valores como o zagueirão Paulão e Juninho e a tacada de mestre: contratou o jogador mais cobiçado do Brasil, o super craque Dener. Trouxe um técnico em alta, Sérgio Cosme, que repetiu em  93 o vice da Copa do Brasil de 92; não foi bem no Grêmio, mas deixou de "herança" o seu preparador físico, o carioca Paulo Paixão.

Então, para mim, o pontapé inicial que culminou com o vice mundial em 95 e o Brasileiro de 96 foi exatamente o arrojo, a coragem e a incomensurável visão do presidente Fábio Koff em 1993.

Guerra arranca com ampla aprovação da massa. Que siga assim.