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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Prosseguindo na republicação das minhas Pequenas Histórias, seguem mais três, de 4 a 6.


4. ... e El Mono silenciou o Pacaembu - Ano 1972


No último fim-de-semana o Tricolor foi a Vila Belmiro e ganhou do Santos pela primeira vez em campeonatos brasileiros. Uma façanha, sem dúvida. Mesmo com o Santos desmobilizado e desfalcado, há de se reconhecer o mérito da conquista.

Esta vitória me remeteu a outra, quase quarenta anos atrás, dezembro de 1972, quando no Pacaembu com aproximadamente 70.000 pagantes, o Grêmio fez um dos seus jogos memoráveis. Ganhou do Peixe por 1 x 0.


 E não era qualquer Santos não! Havia o goleiro Cláudio que participou das eliminatórias para a Copa do México, o capitão do Tri Carlos Alberto, Clodoaldo, Edu, Afonsinho, o veterano bi-campeão do mundo em 62, Jair da Costa, repatriado da Itália e claro, havia Pelé. Além deles, duas lendas gremistas vestiam a camisa santista, Alcindo e Oberdan, o primeiro o maior goleador da história tricolor, o segundo viria para barrar os anos de conquistas vermelhas em 1977.

O Grêmio tinha poucos craques como Anchetta e Oberti, mas possuía uma equipe guerreira  com Beto Bacamarte, Valdir Espinosa, Paulo Sérgio, Loivo, Mazinho, etc...

O Santos era franco favorito; favoritismo que aumentou quando Arnaldo César Coelho apontou pênalti de Espinosa em Clodoaldo, ainda na primeira fase. Destacado para a cobrança, Carlos Alberto Torres colocou no canto direito da meta onde o estupendo arqueiro Picasso voou e espalmou a pelota, evitando a abertura do placar. Picasso era um dos maiores goleiros brasileiros. Gaúcho de Canela, chegou a Seleção Brasileira em 1968. Foi um dos cogitados para ir a Copa de 70. Não foi, mas na mesma temporada ganhou a primeira edição da Bola de Prata da Revista Placar como o melhor de sua posição.

O empate era um grande resultado, mas no Grêmio jogava (Alfredo Domingo) Oberti, apelidado de “El Mono”, argentino vindo do Newell’s Old Boys, canhoto que se transformou no maior goleador estrangeiro da história do Imortal.

 Aos 38 minutos do segundo tempo, na meia direita, quase meia-lua da área, ele ajeitou para a perna esquerda e fuzilou, fazendo o gol no arco do Tobogã, antiga Concha Acústica, à direita das cabines de televisão. Oberti que na foto é o do meio entre os agachados, deixou o Grêmio dois anos depois, porém a sua técnica e o faro de gol se perpetuaram no imaginário dos torcedores numa época que era bem difícil sair às ruas com o nosso manto sagrado. Oberti ajudou a manter a mística da Imortalidade decretada nos versos de Lupicínio Rodrigues.

5. De uma goleada sofrida, nasceu um herói tricolor - Ano 1971


Esta crônica de hoje é um pouco diferente. Não tem vitória do Imortal, nem o protagonista esteve dentro das quatro linhas no distante 18 de Abril de 1971. Na verdade, um treinador que foi craque, jogou na Seleção Gaúcha que representou o país em 1956 no Pan-americano , também foi campeão com o Renner em 1954; antes integrou o grupo do segundo Rolo Compressor e ainda atuou pelo Palmeiras.
Mas naquela tarde, ele estava no Estádio da Montanha, mais precisamente na casamata do Clube Esportivo Bento Gonçalves,enfrentando o Grêmio Porto-alegrense que vinha invicto há 24 partidas e tinha como comandante Oto Glória, simplesmente o profissional que comandou a melhor seleção portuguesa de todos os tempos, conquistando o 3º lugar no Mundial de 1966 disputado na Inglaterra, tendo inclusive, derrotado a Seleção Canarinho por 3 x 1 em Liverpool.
O Esportivo impôs uma sonora goleada de 5 x 2 com o centro-avante Lairton marcando em 4 oportunidades, Mariotti faria o último gol alvi-azul, descontando para o Grêmio Bebeto, o Canhão da Serra e Caio. O time serrano levou a campo os seguintes atletas: Edgar, Adair, Ademir, José e Marcos, Paulo Araújo, Rui e Neca; Gonha (Vitor), Lairton e Décio (Mariotti).
Utilizando quase o mesmo time dois anos depois, em abril de 73, o Esportivo praticou outra façanha: com um gol de Décio bateu o Internacional no Beira-Rio, tornando-se o primeiro clube do interior gaúcho a vencer no novo estádio vermelho.
O Esportivo era um time harmonioso a partir do seu meio-de-campo, onde se sobressaía o rio-grandino Neca, mais tarde, atleta do Grêmio, Corinthians e São Paulo, além da Seleção Brasileira na metade da década de 70.
Pois bem! Se a foto não foi suficiente para lembrar o nome de quem estou tratando; revelo agora: Ele mesmo! Ênio Vargas de Andrade. Com essa vitória retumbante, ele passou a chamar a atenção da totalidade do meio esportivo gaúcho. Todos sabiam de suas qualidades como atleta, mas esta goleada tornou-se o seu cartão de apresentação como treinador. Em 1975 o Imortal lhe deu a primeira chance num clube de ponta e com material humano bem modesto conseguiu vencer um Grenal histórico (o dos três gols de Zequinha), fazendo frente ao poderoso rival e prosseguiu fazendo trabalhos vencedores por onde passou.
Para mim, um garoto de 12 anos, a goleada sofrida teve pelo menos este consolo. Fui apresentado a um dos meus futuros heróis. Ênio “Cabeça” Andrade, o comandante que levou o tricolor a duas finais consecutivas no Brasileirão, 1981 e 1982 e o lançou a um outro patamar.Ênio, modesto, achou que seu ciclo no tricolor encerrara. No ano seguinte, o Grêmio novamente recorreu ao time da Serra, trazendo de lá Valdir Espinosa.
Hoje no bairro Três Figueiras, Porto Alegre, existe uma rua com o nome de Ênio Andrade; sem dúvida, um justo reconhecimento dos gaúchos. Obrigado, Seu Ênio.

6. Os Imperdoáveis - A Vingança - Ano 2011


Desta vez, a série Pequenas Histórias vai viajar décadas atrás e estacionar os olhos no distante 30 de Outubro de 2011.Distante, é verdade, mas parece que foi ontem. O Imortal vivia dias difíceis, muita desconfiança por parte de sua poderosa torcida, desconfiava-se da direção que se mostrava titubeante, protagonista de vários equívocos naquele primeiro ano de sua gestão. Uma de suas muitas trapalhadas, talvez a maior, dizia respeito a embromação que o astro Ronaldinho Gaúcho, cria do Tricolor, lhe infligiu. Com jeito macio e sorrateiro, cozinhou a pseudo raposa chamada Paulo Odone até o ponto onde a temperatura constrangedora o transformou em troça nacional e a grande Nação Tricolor foi tomada de um misto de revolta e indignação que afetou a relação com a sua equipe. Desconfiava-se de craques como  Mário Fernandes, Fernando, Fábio Rochemback, Douglas, sim! Verdade, desconfiava-se do talentoso camisa 10, do argentino Miralles e incrivelmente, do Victor, o nosso fantástico goleiro.Ele no confronto pelo primeiro turno, tomado de assalto de um gremismo incontrolável quis driblar  o desafeto e se deu mal. Foi ao Inferno, demorou para se recuperar, mas teve a volta. Pois bem, naquele domingo, 30 de Outubro a torcida lotou o Olímpico Monumental para o acerto de contas com o craque rubro-negro e por tabela, com o Flamengo que tinha um senhor elenco: Felipe, Alex Silva, Thomaz, Thiago Neves, Renato Abreu, Léo Moura, Júnior César e Deivid. Na casamata , Wanderley Luxemburgo, um estrategista e malandro conhecedor dos meandros misteriosos que ocupam os vestiários e as 4 linhas do campo.O destino estava selado: O Flamengo iria pagar o pato.
Hoje não temos mais o Olímpico que foi demolido no início de 2013, porém naquele dia (ele) recebeu uma multidão que aplicou a maior vaia individual que se tem notícia por estes pagos. O até então insensível Ronaldinho bambeou, sentiu o golpe. É verdade que antes de ir a lona ainda deu passos de Muhammad Ali, mas tal qual na hora da morte, a melhora foi apenas o estertor típico dos moribundos.O caixão jazia a seu lado, faltava apenas o coveiro, ou melhor, os coveiros, tantos eram os voluntários.
A sua indiscutível arte quase lhe concedeu a glória numa cobrança de falta logo que a bola rolou; aí a mão salvadora de Victor fez o desvio providencial e a bola beijou o travessão, o goleiro tricolor estava fazendo naquele momento, o seu trivial, ou seja, operando mais um milagre.
 Como numa boa peça dramática, o Grêmio sofreu 2 gols acidentais e o espetáculo ganhou contornos de tragédia. Neste momento, Ronaldinho se refestelava, certo que o desenredo seria o mesmo de sua bem-sucedida, ainda que contraditória trajetória, misto de talento e pilantragem.
No entanto, no Imortal havia um grupo pronto para se tornar protagonista, nunca coadjuvante e como num bom faroeste, não teve piedade. André Lima por duas vezes balançou as redes do Urubu, Douglas e Miralles, o preterido de Roth; completaram o Ato com dois golaços.
Naquele longínquo e inesquecível 30 de Outubro, os gremistas exorcizaram o espectro daquele que foi sem nunca ter sido.
Ronaldinho, o maior craque produzido nas bases do Imortal estava definitivamente relegado a uma sombra pálida dentro da história do maior time do Sul do país. Dali em diante continuou a ser comentado, porém mais como uma personagem secundária  que os mais jovens atualmente tem dificuldades de associá-lo com a bela história do nosso eterno Campeão do Mundo.

Opinião




Dentro de campo

Se fora dos gramados os assuntos são desanimadores, dentro das 4 linhas o time vem apresentando progressos.

O triunfo maiúsculo do Newell's Old Boys sobre o Nacional de Montevidéo, demonstra que as vitórias tricolores foram importantíssimas; uma por ser como visitante, aliás, único a vencer fora de seus domínios; a outra por ser contra um time muito bom, o Nacional de Medellín, que vinha de uma conquista em cima justamente do clube argentino.

As vitórias mostraram um amadurecimento da equipe, à partir da esquematização tática orquestrada por Enderson Moreira, especialmente na parte ofensiva, onde brilha o menino Luan. O entrosamento vem da sequência, da repetição, mas também, do bom senso de alternar a presença de alguns atletas que sentem mais o calendário de 2014 sem descaracterizar a forma de jogo.

Para Sábado, o Imortal vai com força máxima. Acredito que isso se deve ao distanciamento do jogo anterior que foi na Terça. Em condições normais, isto é, quarta e domingo, eu não utilizaria o quadro principal para partidas no Interior. Há um confronto decisivo dia 13 de Março, não apenas por fechar o turno e anteceder duas partidas fora da Arena pela LA, que vai exigir muito do Grêmio, mas porque é contra o maior adversário da chave.

É sempre melhor tratar de assuntos que tem como principais atores, jogadores e a bola.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Opinião



Tentando digerir

Espero que este seja o último post sobre a venda de promessas de craques neste início de ano.

O estrago é monumental; sinceramente, precisa ser muito grande a necessidade de venda para a gente tentar engolir a ação. 

Fica claro para mim, que os títulos, as conquistas só vem com atletas decisivos, diferenciados, casos de Wendell e Luan. Fora disso, vira exceção, caso para estudos, um treinador diferenciado, situações atípicas, mas não se pode contar com isso. Outros atletas, evidentemente, terão a sua importância nas conquistas, mas como coadjuvantes, importantes coadjuvantes. 

Alguém imagina propostas tentadoras por Pará, Werley ou Marcelo Grohe? Poderão ser campeões, porém, não são diferenciais, não são diferenciados. Grohe está há 1 década nos profissionais do clube, já Wendell ...

Wendell é o melhor lateral que o Tricolor produziu na sua história, aliás, Wendell não fará história no clube. Possui a técnica de Everaldo e a ela é acrescida um volúpia ofensiva, uma vocação que só vi em Marinho Chagas, o patrono dos laterais ofensivos. Como ele (mais Ramiro) se comportará, sabendo que a Europa espera por ele (s)?

E o treinador com fica, quando lhe retiram o chão? Bom, pelo menos temos um jovem e promissor que sonha escalar degraus maiores, mais elevados, mas se o "professor" fosse uma das figurinhas carimbadas, que volta e meia, treinam Grêmio ou Inter, o que fariam? Pensariam de forma prática e resignada: "achei uma forma de jogar, o clube não ajuda, paciência ..." e o ânimo do grupo desaba junto com o deles.

Olhando para o Coirmão que segura D'Alessandro há anos; jogasse (D'Alessandro) no Tricolor e não fecharia uma temporada com a camisa 10. O Inter é um com o gringo e outro bem menor sem ele.

Vou digerindo lentamente mais esta provação de torcedor, esperando que a Direção esteja correta e que Breno seja a bola da vez, depois de Breno, o fulano, depois de fulano, o beltrano, depois do ...


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Opinião




A Indústria da Seca (Tricolor)

Ainda sobre a negociação do Wendell; olha, pessoal, fica difícil acreditar nos dirigentes. As rasteiras que nós, torcedores levamos, isso virou rotina nestes últimos anos no dia-a-dia do clube.

Não serei irresponsável de chamar os comandantes do clube nestes últimos anos (apesar de muita fumaça e onde há fumaça ...) de desonestos ou algo parecido; não conheço as causas de tanta dificuldade financeira que impede o clube de formar times qualificados e competitivos. Vou ficar apenas nos fatos, sem buscar as causas, porque estou distante das mesas onde se decide o destino do clube.

Então, vamos aos fatos: Virada do milênio, o Grêmio encontra solução para todos os seus problemas; uma parceria com a ISL, desembarcam vários jogadores com grife e salários superiores aos dos clubes europeus: técnico Leão, Zinho, Amato, Anderson Lima, Astrada e por aí afora; resultado: um rombo estratosférico. Um tombo que caiu no colo do Obino, aí virou pesadelo, isto é, segunda divisão.

Com a crise da ISL e a gestão nebulosa de Guerreiro, choveram ações na justiça que cozinhou em fogo brando o futuro Tricolor nos anos seguintes. Surge o famoso condomínio, a folha salarial paralela que fez a agremiação respirar sem aparelhos.

Chega 2012 e o Sr, Odone vende Mário Fernandes, Victor e comemora o fim do condomínio; agora sim! o Grêmio voltaria a ser um clube forte e fadado a ganhar os títulos novamente. Constrói a Arena que segundo os dirigentes da época, catapultaria o Tricolor para um patamar inédito. O Céu é o limite, como na propaganda: - Seus problemas acabaram.

Chegam as eleições e o presidente ideal, Fábio Koff, vence. A mídia informa que ele tem 100 milhões de reais para investir e a prioridade é o futebol. Assume e logo informa que o novo estádio é a "maior roubada". Passa o ano tentando reformar as condições do contrato com a empreiteira. E o torcedor segue tomando pela cabeça. E o interessante que nisso tudo, o clube cedeu o Olímpico, que está situado numa região em plena valorização imobiliária.

Entra 2014 e a Direção informa que o clube janta à noite, sem saber se terá o almoço do dia seguinte. Reduz a folha salarial e anuncia que o ano será de sacrifícios. No campo, o time começa a dar resposta positiva, surge a velha forma de investir nos jovens, mesclando com alguns atletas rodados. Parece que o clube vai sair do atoleiro financeiro e do jejum de conquistas. Mal a torcida esboça um sorriso, alguns momentos de felicidade e vem a notícia da venda de Wendell e outros meninos.

Como na indústria da seca no Nordeste que é bicentenária, o Tricolor engata uma escassez atrás da outra, uma crise após outra, um ciclo inacreditável e infindável; aí eu pergunto: Até quando esperar por um clube viável? Será que os gestores tão competentes em suas outras atribuições, em suas outras investidas, sejam na esfera privada, sejam na esfera pública, não conseguem ter a mesma desenvoltura quando respondem pelo Imortal?

Começo a entender o porquê dessa imortalidade, essa resistência de retirante nordestino, essa vocação para seguir em frente, apesar do pesares.

Pobre Imortal.


Opinião




O meu desencanto

Poxa Vida! Chego do meu "primeiro tempo" do trabalho, certo que iria curtir mais ainda a estupenda vitória de ontem. Ouvir comentários sobre a confirmação do imenso futebol de Wendell e Luan, a boa fase de Barcos, apesar do gol perdido, a grande pegada de todos, ninguém pipocou ou "ficou devendo"; talvez a projeção da grande "decisão" diante do Newell's Old Boys, dia 13 de Março, no entanto, o que eu li/ouvi foi a provável venda de Wendell para o futebol alemão.

Não entro nas causas, se o futebol mudou por isso ou aquilo, se o clube está quebrado, se há culpados, só lamento a situação. Caramba! Faz um mês que vendemos uma promessa, Alex Telles; aí o seu substituto, uma jóia rara, joga meia dúzia de partidas e já é transacionado. Sigo lendo e vejo que outros jovens, Bressan e Ramiro vão logo ali adiante. É f#da.

Alguém tem dúvidas que entraremos 2015 sem Luan? O "negócio futebol" engoliu a paixão do torcedor. Que pena! Volto mais triste para o batente.

Opinião



Grêmio goleia e se isola na liderança

O Atlético Nacional apresentou a Libertadores ao Grêmio. Um time muito forte que exigiu bastante do Imortal, ainda que estivesse sem 4 titulares, especialmente o ataque completo. 

O 3 a 0 é consequência da força coletiva cuja a origem está no trabalho de Enderson Moreira, mas principalmente das individualidades do Tricolor. Quantas vezes o Grêmio fez enfrentamentos parelhos em outras jornadas e aí saía derrotado, porque o adversário tinha um ou dois talentos que decidiam a parada, às vezes, até por escore elástico. Hoje foi a vez do Imortal; jogo parelho, jogo encardido, aí Luan decide, aí Wendell decide, aí Alan Ruiz decide, tudo na individualidade, mas a base está na distribuição do time em campo, que permite Ramiro na direita encontrar Riveros de centro-avante como foi contra o Nacional uruguaio, ou Wendell na esquerda e Ramiro de centro-avante, hoje. Uma grande jornada. Ah! E não era Gauchão.

Houve grandes destaques: Wendell, Ramiro e Zé Roberto estiveram muito bem. Este último foi protagonista de um lance emblemático; o Grêmio sofria pressão e a partida estava indefinida; numa jogada de Luan, Zé Roberto chutou violentamente, fazendo com que o arqueiro praticasse estupenda defesa. À partir deste lance, o Tricolor retomou "as rédeas" do jogo; mas ninguém esteve acima da atuação magnífica de Luan. Joga fácil. É craque.

A defesa se portou bem, controlou o ataque colombiano; Marcelo, Pará, Werley, Rhodolfo, Riveros e Edinho cumpriram boa jornada. Barcos esteve bem, mas perdeu dois gols incríveis que poderiam fazer falta.

O placar foi construído por Luan, recebendo um passe maravilhoso de Ramiro na primeira fase. No segundo tempo, Wendell (que tem muita qualidade) deixou Ramiro à frente do goleiro, o meio-campista bateu no contrapé de Martinez e ampliou. Quase ao final, Alan Ruiz, mais uma vez lembrou Paulo Henrique Lima, o Ganso, driblou a zaga, avançando em direção a área, quando teve a chance, utilizou a sua potente canhota e definiu o placar. 3 a 0.

Uma vitória para embalar na briga dentro do grupo chamado da "Morte".


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Pequenas Histórias



Pequenas Histórias (63) - Ano 1995


A América se curva ao Grêmio de Luiz Felipe


Aquele Agosto de 1995 não foi o mês do desgosto para a massa Tricolor. Verdade que começou triste; dia 02, estádio Parque Antártica, o Imortal safou-se, apesar da surra de 1 a 5 que levou do Palmeiras, uma derrota que em qualquer análise isolada seria vexatória, mas combinada com o resultado do Olímpico, um 5 a 0 inesquecível, encaminhou o Grêmio para a fase seguinte. Para mim, ali a virtual decisão acontecera. O título era questão de tempo.

A próxima fase começou dia 10 com o Tricolor indo a Guayaquil, Equador pegar o Emelec. Aliás, um dos adversários de grupo na primeira fase. Muita pressão, muito sufoco, mas o 0 a 0 foi garantido. 

Passados seis dias, Olímpico com 28.000 torcedores, com gols de  Jardel e Paulo Nunes, o Imortal despachava o time equatoriano e se qualificava para a final contra o Nacional da Colômbia dos ídolos Higuita, Juan Pablo Angel e Aristizábal, mesmo adversário desta caminhada de 2014.

Diferentemente de 1983, o primeiro jogo era no Olímpico, a volta na temível Medelín, ainda marcada por ser uma das sedes do narcotráfico sul-americano. 

Com a lotação praticamente esgotada (55.000 pessoas) no dia 23 de Agosto, o Grêmio venceu com grande tranquilidade; chegou fácil ao 3 a 1 com gols de Marulanda contra e Jardel no primeiro tempo. Paulo Nunes ampliou e num cochilo da zaga, que reacendeu as esperanças colombianas, Angel descontou. Ficasse no 3 a 0 e a "coruja estaria pelada".

Na noite de 30 de Agosto, quarta-feira, estádio Atanazio Girardot com mais de 50.000 torcedores, o Imortal utilizou a força máxima; isto é: Danrley; Arce, Rivarola, Adílson e Roger; Dinho, Luis Carlos Goiano, Arílson e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Jardel. Entraram ainda Luciano, Alexandre Xoxó e Nildo. O Nacional mandou a campo: Higuita; Santa, Marulanda, Foronda e Mosquera; Gutierrez, Serna, Alexis Garcia e Arango; Juan Pablo Angel e Aristizabal. Contou também com Herrera, Pabón e Matamba. Os gols foram de Aristizabal logo aos 12 minutos da etapa inicial e Dinho cobrando pênalti sofrido por Alexandre, gol assinalado aos 40 minutos do segundo tempo.

O bicampeonato da Libertadores foi consequência da grande arquitetura engendrada pelo tripé Koff-Luiz Felipe- Paulo Paixão. Além do bom futebol, o grupo apresentou atletas de personalidade muito forte, especialmente Adilson, Nildo Dinho, Rivarola, Vágner Mancini e Luis Carlos Goiano, cuja liderança repercutiu fortemente nos jovens Darnley, Arce, Roger, Carlos Miguel, Arílson, Paulo Nunes e Jardel, titulares, mais Luciano, Alexandre, Murilo, Scheidt, entre outros.

Se no primeiro título, luziu absoluta a estrela de Renato, neste, o coletivo qualificado foi o ponto alto, apesar de Jardel se tornar o artilheiro da competição com 12 gols. Mérito para Luiz Felipe Scolari.

 Em 1995, a estrela estava na casamata.

Obs: Agradecimento muito especial ao colega e amigo Alvirubro pelos subsídios (informações)  utilizados nesta crônica.


Opinião



A busca da maturidade

Tenho poucas dúvidas de que o nosso Grêmio está no caminho certo. Se o Gauchão pode ser uma referência movediça, uma convicção ardilosa, também é verdade que o Tricolor enfrentou o Naconal de Montevidéo lá na capital uruguaia e mesmo descontando uma pretensa fragilidade charrua, ganhou com bom futebol e o Grenal (dispensa comentários sobre o que ele representa). Em ambos os testes foi superior aos oponentes.

O elenco, mais do que o time, apresenta bons recursos humanos que fazem a torcida ter dúvidas quanto a melhor formação. O time propriamente dito, exerce um futebol mais ofensivo e de maior técnica do que em anos anteriores. No entanto, falta um fator fundamental presente em todos os times vencedores: a confiança. Equipes campeãs apresentaram esse fator, esse ingrediente, pois o ruim vira médio, o médio vira craque e o craque estraçalha. Há exemplos em profusão; cito alguns: Vacaria no Inter de 75 e 76, quem foi Vacaria antes e depois destes dois anos? Marinho, beque do Flamengo em 81 e mais recentemente, Pará, campeão da Libertadores pelo Santos.

A partida de amanhã à noite, além do ganho na tabela em caso de vitória, também poderá encaminhar a maturidade da equipe, se fizer uma grande atuação, não apenas coletivamente, mas de algumas peças como ocorreu diante do Novo Hamburgo.

Se conseguir isso, embala de vez nesta primeira fase; caso contrário, atrasará o time na tabela e mexerá na tão sonhada confiança que está se desenhando neste momento.


domingo, 23 de fevereiro de 2014

Opinião




As sobras do jogo de ontem e outros assuntos

O jogo de Sábado ainda está repercutindo, porque ele deu margem às mais variadas interpretações. O que realmente aconteceu ontem na Arena? Vou jogar algumas provocações aos colegas:

- O Novo Hamburgo é fraco ou esteve numa má jornada e isso facilitou a vida do Imortal?

- O fato do time estar recheados de atletas querendo "um lugar ao Sol", motivados, explica o passeio de 3 a 0?

- O esquema tático com três jogadores de grande técnica, abastecendo o centro-avante, foi o causador de tremenda superioridade?

- O esquema tático adotado é o ideal, independente de nomes e foi o responsável pela boa partida do Imortal?

- O que explica o bom rendimento de Edinho e Barcos, atletas que sofrem/sofreram críticas pouco tempo atrás?

Encerrando; sugiro a todos lerem a entrevista comovente de Edinho e sua passagem pela França na Zero Hora. Ressalta-se o bom-caratismo do Fernandão, ícone colorado. Esta história, em parte, começa a explicar onde/como o Coirmão forjou o grupo que o levou aos grandes títulos.


sábado, 22 de fevereiro de 2014

Opinião




Um passeio no final da tarde de Sábado

Tudo bem! O Novo Hamburgo mostrou fragilidade, o primeiro gol saiu cedo, etc..., mas o Imortal já teve essas facilidades em outras jornadas e não soube consolidar a sua superioridade como nesta oportunidade.

Hoje, H-O-J-E !!!, Luan lembrou Neymar, Dudu, Bernard (ex-Galo) e Alan Ruiz, Paulo Henrique Lima, o Ganso. Não com a excelência destes três craques, mas com a característica de cada um deles.

Edinho realizou a melhor jornada pelo Grêmio, combativo, a velha raça, desta vez incorporou algumas arrancadas que o deixaram à frente do goleiro Max, por mais de uma vez.

Pedro Geromel mostrou técnica no desarme, velocidade e muito tranquilidade. Conhece a rotina do lugar. 

Marcelo Grohe, uma grande defesa, mas apresentou vacilos nas saídas de gol. A sequência de jogos deve consertar esse detalhe.

Breno, Bressan e Léo Gago jogaram com seriedade e correção; Pará, mais calmo, acertou mais que errou.

Os destaques foram na ordem crescente: Alan Ruiz, Luan, Barcos e Dudu. Há muito tempo não havia 4 jogadores "rebentando a boca do balão" numa mesma jornada. Dudu estraçalhou. Mérito do treinador que indicou este "bruxo".

Por fim, o Grêmio venceu por 3 a 0, Geromel sofreu um pênalti ingênuo que Barcos converteu. No segundo, lançamento espetacular de Barcos para Dudu que chegou na cara do arqueiro e ampliou. Assim, encerrou a etapa inicial. No segunto tempo, grande jogada de Dudu que encontrou Luan, que ampliou a beleza do lance, foi a mais  rutilante da partida, driblou até o goleiro, perdeu o ângulo, girou como nos velhos tempos de futsal e serviu Hernán Barcos dentro da pequena área. O Pirata concluiu de pé esquerdo. 3 a 0.

Uma jornada brilhante. O Grêmio não tem culpa da fragilidade do Gauchão.

Opinião



É time misto, mas cheio de atrações

Poucas vezes me senti entusiasmado para ver um time misto do Tricolor jogar. Na maioria, pensava: - É programa de índio. O caso mais recente desse convencimento, foi a perda de tempo à frente da tevê para ver "aquilo"; São José x Grêmio no escaldante Passo D'Areia.

Hoje será diferente. Há inúmeras atrações no Imortal:

- A estreia de Pedro Geromel, uma das minhas esperanças para se achar o parceiro de zaga para Rhodolfo

- O lateral Breno, todas a vezes que assisti, tive a convicção que é muito bom, inclusive na bola parada

- Curiosidade para ver se Bressan pode repetir as suas boas atuações, que estão ficando raras

- A volta de Marcelo ao gol

- Léo Gago, uma aposta do treinador, começará o jogo, pode ser uma alternativa de banco para a LA

- Uma formação diferente e sonhada pela maioria da torcida ( eu me incluo nela), onde há três meias com poder ofensivo: Luan, Alan Ruiz e Dudu

- Dudu e Ruiz, a curiosidade não é só tática, mas vê-los iniciando uma partida é talvez, a maior atração deste Sábado

- Finalmente, Barcos (gostaria de ver Everaldo ou Lucas Coelho) voltando a fazer gols à partir das mais e melhores assistências que vem recebendo

Enfim, atrações não faltam, inclusive no Novo Hamburgo do competente Itamar Schulle: Jonatas Pelusso, um atacante que me chamou à atenção desde os tempos de Juventude.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Opinião



Barcos não mudou

O assunto do dia parece ser Barcos. Está no Correio, na ZH e na coluna do mestre Mário Marcos. Todas as abordagens falam da mudança de Barcos, pois eu vou nadar contra essa corrente; isto é, não foi o Barcos que mudou. Vou tentar explicar, logo a seguir.

Barcos continua jogando com toques inteligentes, segurando a bola na frente, se deslocando da área e concluindo com toques sutis, o que, às vezes é ruim, pois há situações que uma "bomba", um "canhonaço" é a melhor receita para o gol sair. Como exemplo, o gol perdido no Grenal, onde tentou meter pelo meio das pernas de Muriel.

O que mudou, então? Sai menos da área, mas isso não é o diferencial. A mudança está no seu melhor condicionamento, na forma de jogar do time e na presença de "boas companhias" no setor ofensivo.

Wendell chega com muito mais qualidade ao fundo do que seu antecessor; as triangulações pela lateral do campo (ambos os lados) favorecem qualquer atacante. Luan está sendo melhor companheiro do que Kléber.

Ainda longe do ideal, o time está acertando muito mais passes que ano passado, o desgaste é menor e o número de oportunidades de gol, aumenta.

Não vejo na fragilidade dos adversários, uma das causas da ampliação dos gols marcados, porque ano passado nessa mesma época, ou seja, disputando Gauchão, a escassez de gols de Barcos era parecida ou quase igual a 2014.

Portanto, o melhor desempenho de Barcos no presente, está mais ligado a fatores "extrínsecos". 

A mudança do Pirata vem do sistema tático que privilegia o setor ofensivo com ferramentas como velocidade, qualidade técnica e aproximação, do que posicionamento ou ânimo do argentino.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Opinião




O Grêmio de Enderson Moreira

O atual técnico tricolor aos poucos vai imprimindo um perfil novo ou, pelo menos, que andava longe do Olímpico/Arena nestes últimos anos, apesar de bons resultados, ainda que sem títulos. 

Vou enumerar alguns aspectos do time sob o seu comando:

- A transigência; isto é, ele ao verificar a necessidade de incluir três volantes, não hesitou e mudou

- A saída veloz do meio para o ataque 

- O acerto de passes e triangulações pelas beiradas do campo

- A aposta nos jovens. Não teve receio de subir juniores para o elenco principal, nem efetivar Luan

- Está buscando o melhor aproveitamento de Zé Roberto

- Foi pragmático e corajoso na troca da zaga tendo um Grenal pela frente. Sai Bressan e entra Werley.

-  Está devolvendo Barcos à grande área e o Pirata começa a corresponder

- O time exibe a pegada tradicional, mas o seu jogo não é tosco; aliou técnica à raça e isso fez com que o Tricolor se mantivesse superior aos seus adversários em todos os jogos, aí incluindo o Grenal

- O time está voando em campo; neste caso, mérito para Fábio Mahseridjean

É cedo para comemorar, mas que as mudanças estão sendo positivas, isso é quase uma certeza.





Opinião




Grêmio vence Caxias em jogo eletrizante

Uma partida muito boa de se ver; muita disputa, muita entrega, gols e pelo lado do Tricolor dá para acrescentar um bom número de acerto de passes.

Era para ser um jogo fácil pela superioridade técnica e tática que o Grêmio demonstrou no Centenário; só não foi, porque Rhodolfo vacilou em dois lances, coisa raríssima. No primeiro gol, ele desistiu de acompanhar o atacante Júlio Madureira. Verdade que a bola veio às costas de Pará, Werley se obrigou a sair da área e houve um descuido do nosso grande zagueiro, o camisa 4. No segundo, o juventudino Baiano subiu entre Edinho e Rhodolfo com bastante espaço. Depois, Rhodolfo voltou a sua regularidade "por cima", isto é, jogando bem. 

Os gols do Tricolor também foram provocados por lances incomuns: erro de passe caxiense, Luan, esperto lançou Zé Roberto que colocou com destreza para o fundo das redes de Douglas; no segundo, Barcos, provavelmente, tentando achar um atacante na área, chutou, a pelota desviou e encobriu o arqueiro, empatando. 2 a 2. O último, talvez o mais esdrúxulo; um "bago" de Busatto, o zagueiro erra o tempo de bola e Barcos mostrou frieza e habilidade para encobrir Douglas. 3 a 2. Placar definitivo, mas que não refletiu a imensa superioridade do Imortal.

O que eu vi de bom: a repetição das boas atuações de Luan e Wendell. São craques. Falta apenas a experiência para ambos. Barcos vai adquirindo confiança com os gols. Riveros muito regular e combativo. Zé Roberto cresceu, sem ainda ser o grande jogador que esperamos, porém, é uma avanço. A equipe mostrou pegada e preparo físico. Dudu mostrou personalidade.

O que eu não gostei: o time se ressentiu da presença de Grohe, do entrosamento do trio final; acho que os vacilos da primeira etapa da zaga, passam pela ausência do arqueiro titular. Torço que sejam acidentais e pontuais esses vacilos. Não gostei das ligações diretas de Rhodolfo (apesar do terceiro gol surgir de um chutão de Busatto). Edinho é uma no cravo, outra na ferradura; na média, de 1 a 5, ficaria com a nota 3. Uma aprovação tímida.

Por fim, acompanhei pela RBS e o comentarista repetiu a exaustão o erro da não expulsão do Edinho, chegando a dizer que ela (a expulsão) poderia dar outro final para a partida. Gostaria que tivesse esse mesmo comportamento, ou seja, essa ênfase no erro e suas repercussões no pênalti sofrido por Pará no Grenal. Sua manifestação neste episódio foi muito tímida. Lamentável.



terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Pequenas Histórias


Postarei as 43 "Pequenas Histórias" que escrevi ainda no blog anterior. Farei isso aos poucos. Seguem as 3 primeiras:

1.  Meu nome é Chamaco. Chamaco Rodriguez (1971)


Há quarenta anos , num domingo frio dentro da primeira semana de junho, o Imortal Tricolor veio a Santa Maria enfrentar o Inter-SM no estádio Presidente Vargas pelo Campeonato Gaúcho. Fomos ao jogo, eu e meu irmão, levados pela mão de nosso pai.

 No estádio, ficamos atrás da goleira que fica à direita das cabines de rádio, “a goleira do cemitério”. Daí decorre o apelido do campo, ”Baixada Melancólica”. Meu pai ao centro, chapéu e manta, cada filho agarrado à tela, fascinados pelo Grêmio. 

Lá estavam o goleiro negro Jair, Espinoza, Flecha, Gaspar, Chiquinho Pastor, um zagueiro que 11 entre 10 gremistas não lembram: Rostein. Ele ficou pouco tempo e era do interior paulista. Quem mais? Ah, sim! Dois argentinos vindos do River Plate, o centro-avante Néstor Leonel Scotta (anotem esse nome, escreveremos mais sobre ele) e Carlos Manuel “Chamaco” Rodriguez, um bigodão a Pancho Villa, centro-médio. O Interzinho tinha Tadeu Menezes, Donga, Plein (que jogaria no Grêmio, mais tarde) e o folclórico centro-avante Maneco.

O jogo transcorria fácil para o tricolor, 2 x0, dois gols de Scotta, quando o estádio todo ouviu os gritos de Chamaco: “Prô Pinôssa!!, Prô Pinôssa!!!” Era o gringo que jogava o tempo todo falando, indicando que a bola era para o lateral direito Espinoza (o Valdir) e, lá chegando, Espinoza esticou até o ponta-direita Flecha que, ao chegar à linha de fundo, cruzou. Scotta se passou na primeira trave, a bola abriu um pouco e foi em direção à meia-lua e, ali!!!, o lance mágico! Vendo que ia se passar, Chamaco esticou a perna esquerda para trás e de calcanhar fez um movimento no ar lançando a pelota sobre o seu corpo, inventando uma "bicicleta às avessas”.

 A bola encobriu o goleiro Valdir e morreu no centro do gol diante dos olhos de dois guris (mais o “mundo” inteiro), hipnotizados pela genialidade do lance. Nas cabines de rádio, Milton Jung narrava emocionado, dizendo que era um gol que ocorreria de 50 em 50 anos, "quem viu, viu", dizia ele. O jogo acabaria 3 x 1.

Vi vários gols de calcanhar, mas um calcanhar de bicicleta, nunca mais.

No final do ano, Chamaco Rodriguez, um cigano da bola, foi para o Uruguai envolvido na transação que trouxe Atílio Ancheta para o Grêmio, mas deixou escrita uma bela página na história do Imortal. Por muitos anos, homens que usavam bigodes espessos e grandes seriam apelidados de “Chamaco”.


2.  Renato Sá – Havia uma pedra no caminho do invicto alvinegro (1978)

O Imortal Tricolor sempre teve muita sorte com jogadores nascidos em Santa Catarina. Só para citar alguns: Áureo, Vieira, Juarez, Valdo, Oberdan, Ladinho, etc..., todos esses com passagens marcantes pelo Grêmio. Há outros e um desses é Renato Sá.

Natural de Tubarão, Renato Sá veio do Avaí para o tricolor em 1978. Está eternizado na memória dos torcedores pelo passe de cabeça para o peito de Baltazar no gol da final do Brasileiro de 1981. Mas, para mim, essa não é a maior lembrança. Há outra maravilhosa que está guardada na galeria dos jogos antológicos do nosso clube.


Corria o mês de julho de 1978, Campeonato Brasileiro, quinta-feira noturna, estádio do Maracanã, mais de 31.000 pessoas. O adversário? Bem, o adversário era o Botafogo, invicto há 52 jogos.


 Invencibilidade meio capenga, é verdade, pois dentro desta série há um empate estranho num amistoso em Uberlândia em que o técnico Zagallo mandou o time sair de campo aos 43 minutos do 2º tempo quando fora marcado um pênalti para os locatários. Time ajustado, sem muitas estrelas, também é verdade. Atacante Dé, goleiro Zé Carlos, o zagueiro René, Manfrini e Mendonça articulando o ataque. No banco o tri-campeão Zagallo. 

Na arquibancada uma faixa estampada, anunciava a 53ª vítima: Grêmio. Terrível engano! Esqueceram de combinar com o time gaúcho, treinado por Telê Santana, que transformara o time numa máquina de jogar. Também poucas estrelas: Ancheta, Tarciso, Tadeu Ricci e outros coadjuvantes como Corbo e Vilson Cereja. Mas dois deles viraram protagonistas: Renato Sá e (Jorge) Leandro, um guri de 16 anos.

Com uma atuação irrepreensível, o Tricolor aplicou 3 x 0, com Renato Sá fazendo os dois primeiros tentos e Leandro completando a goleada numa dividida corajosa com o zagueiro René, o Pato Preto, que lhe custou uma cirurgia no joelho e um longo afastamento dos campos.
No ano seguinte, Renato Sá foi emprestado justamente para o Botafogo, que viu seu grande adversário (o Flamengo) alcançar a mesma série invicta, 52 jogos.


 Em 03 de junho deste ano, tentando chegar a 53ª vítima, o Flamengo enfrentou o próprio Botafogo, e perdeu: 1 x 0 para o time de General Severiano. Quem quebrou a invencibilidade do Fla? Ele mesmo, Renato Sá.

O “Português” voltou ao Grêmio e em maio de 1981 ajeitou de cabeça uma bola que parou no peito de Baltazar que... bem, esta é outra história. Bem mais conhecida.

3. O Dia que encontrei Fábio Koff (1986)




Julho de 1986,  quarta-feira à noite, estádio Beira-Rio, Grenal e lá estava eu, quase uma hora antes, solitário, me posicionando na arquibancada superior atrás da goleira à esquerda das cabines de rádio. Pouca gente. Havia espaço suficiente para fazer um piquenique, aliás, vários piqueniques, tamanho era o deserto azul. Realmente o jogo não prometia muito, mesmo que no lado tricolor, seis campeões mundiais continuassem a envergar a jaqueta Imortal. Entre eles, o maior de todos, Renato Portaluppi.



No lado vermelho um time que começava forte na defesa, mas se enfraquecia do meio para frente. A defesa era tão boa que Mauro Galvão não tinha vez na zaga, assim sendo, foi deslocado para a lateral-esquerda.O time começava por Taffarel, Luis Carlos Winck, Pinga, Aloísio e Mauro Galvão, todos com passagem pela Seleção Brasileira. Na preliminar, um bom aperitivo, Grenal de categorias de base. O Grenal principal terminou 2 x 2. Não fora um clássico para ficar na memória, apesar de uma peculiaridade; dois gols contra, China para o Inter, Mauro Galvão para o Grêmio. Completaram o placar, Valdo (G) e Marcelo Vita (I).

Para mim, no entanto, foi marcante. Antes de começar a partida eu praticamente só nas arquibancadas, notei a chegada de três homens vindo em minha direção, todos aparentando meia-idade, um deles, magro e talvez, o mais velho, um outro meio gordo e calvo, um terceiro à distância me pareceu familiar. À medida que se aproximavam, não tive mais dúvidas, Fábio André Koff, o presidente maior vencedor da história tricolor compunha o trio. Koff  fez um aceno com a cabeça e sentou ao meu lado, à minha direita, foi secundado pelos demais. Eu louco para lhe dirigir a  palavra, mas o que dizer? Estava nervoso. Os três conversavam e eu esperava por uma inspiração e também, por uma pausa, um silêncio entre eles; uma brecha. E ela veio.

- Que desvirginada, presidente! Pois é! Saí com essa frase. O Doutor Koff se espantou, mas logo entendeu e sorriu. Veio-lhe à lembrança a frase cruel dita por importante dirigente colorado quando o Grêmio perdeu para o Flamengo o Brasileirão de 82 com Koff de presidente. Uma injustiça! Mais tarde este dirigente reconheceu e se desculpou publicamente. A frase infeliz era mais ou menos essa: “O Koff parece a Rainha Virgem, governa, mas está invicto, pois não ganha títulos”. Ano seguinte seguiram-se as conquistas da Libertadores e do Mundial. Foi sem  dúvida, “a melhor primeira vez” aqui no Sul.

Prudentemente, o senhor calvo e meio gordo trocou de lado com o presidente, deixando-o no meio deles, pois deve ter pensado que alguém que começa um papo com uma frase dessas não podia “bater” bem da cabeça.

Assim, de forma absolutamente acidental, assisti um Grenal ao lado de uma lenda viva do futebol gaúcho.

Opinião





A manutenção da tranquilidade

O Tricolor vive dias de tranquilidade dentro de campo. Apenas os bons resultados garantem a manutenção dessa condição.

A parada dessa quarta-feira é difícil. O Caxias é dos times do interior, um dos que mais colocam obstáculos à Dupla Grenal, mas isso tem que ser superado com time titular, misto ou reserva. A derrota só será aceita em condições excepcionais como desvantagem numérica de jogadores ou erros crassos de arbitragem, fora isso, a derrota será resultado inesperado.

A notícia boa foi ver em Bento, um time descaracterizado em nomes, mas conservando aspectos positivos da equipe principal como a saída através de toques (raros foram os chutões), a presença dos laterais na parte ofensiva, centro-avante com presença de área, triangulações e alguns destaques técnicos como os casos de Wendell e Luan.

Acredita-se que a fase de oscilações naturais de início de temporada, esteja chegando ao final e logo, logo o time adquirirá o padrão de jogo almejado pelo seu treinador, ainda que existam posições em aberto. Geromel, Ruiz e Dudu, por exemplo, certamente não desembarcaram no Salgado Filho para fazer turismo. Brigarão por vaga entre os 11. Bom para o Grêmio. 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Opinião



O que é qualidade e o que é fruto da fragilidade dos adversários

A grande armadilha do campeonato gaúcho é não mensurar devidamente o desempenho do time. É consequência da própria qualidade ou fraqueza dos adversários, as pontuações de Inter e Grêmio até este momento no Gauchão?

Confesso que só tenho impressão, não tenho certeza da maioria dos fatos novos do Tricolor; poucas certezas. Uma delas é a excelência do futebol de Wendell, principalmente porque ele não está debutando este ano. Tem uma amostragem maior. Outra é a de que em pouco tempo, Luan se tornará a maior referência técnica do time. Oscilará, mas será um período pequeno, especialmente se o time estiver azeitado, funcionando bem.

Outras impressões que tenho, deverão ser melhor avaliadas para um vaticínio definitivo, casos de Moisés, Alan Ruiz, Máxi Rodriguez e dos que ainda não estrearam, Pedro Geromel e Dudu. Suas biografias, neste momento, não garantem absolutamente nada.

Mesmo que a fase de grupos da LA seja mais fácil que as etapas seguintes, ainda assim, dá para se ter uma ideia deste elenco. É o que espero; que o baque, se houver, seja pequeno. Nada de choque de realidade.


domingo, 16 de fevereiro de 2014

Opinião




Vitória pelo escore clássico: 3 a 1

Sempre que uma partida termina em 3 a 1, lembro do meu pai. Ao ouvir o narrador via rádio dizer que o "prélio" terminara com o escore clássico; perguntei para o velho e ele me disse: Muitos apelidaram 3 x 1 de escore clássico. Veio a explicação que era mais ou menos assim: Ele reflete uma superioridade incontestável, mas que o derrotado caiu lutando.

O confronto na Montanha dos Vinhedos foi exatamente isso; superioridade de um; raça, dignidade, empenho de outro.

O que dá para concluir desse jogo? Que:

- Wendell é craque; joga com naturalidade

- Luan é depois de Ronaldinho Moreira, a maior potencialidade saída dos juniores na posição do meio para o ataque

- Werley é mais zagueiro que Bressan. Foi corretíssimo defensivamente, salvou gol certo e ainda meteu o seu. São 15 gols em menos de 24 meses. Um número fenomenal para um beque

- Riveros sem ser craque, é um jogador moderno. Tanto faz ser primeiro, segundo ou terceiro jogador do meio de campo. No mínimo, sempre mostrará regularidade

- Máxi se houve melhor, vendo o ataque de frente, isto é, jogando mais recuado e abastecendo o setor ofensivo vindo de trás

- Alan Ruiz teve uma atuação discreta, mas apresentou boa técnica. Pareceu um jogador de cadência. Esperava mais velocidade na execução das jogadas. Ainda é cedo, como dizia a Legião Urbana

- Everaldo mostrou muita entrega e consciência de que as suas chances são escassas. Sinceramente, achei Brandão (Esportivo) mais centro-avante do que ele

- As substituições enfraqueceram o Tricolor. Com Ramiro, Riveros, Ruiz e Máxi, quem corria era a bola; Jean Deretti e Éverton exageraram na condução da bola, como o time locatário estava com um homem a menos, a receita é tocar a bola e buscar os flancos do campo. Eles buscaram o flanco, mas a condução atrapalhou muito

- Gostei do acerto de passes. Mesmo sem 5 titulares, o Grêmio deu a impressão (não tenho a estatística da partida) de acertar muito e buscar as laterais do campo, algo que caiu na etapa final, consequência das trocas

- Embora uma grande defesa, achei o Busatto inseguro; é compreensível para um goleiro que raramente joga

O placar foi aberto logo no início, quando em grande jogada, Luan foi puxado dentro da área. Pênalti convertido por Máxi Rodriguez. Dois jogadores gremistas invadiram a área antes da cobrança. 

Em outra grande jogada individual, Alan Ruiz foi derrubado quase na risca lateral da grande área pelo lado direito. Ele mesmo cobrou forte: meio chute a gol, meio cruzamento; Werley apareceu como centro-avante e de cabeça ampliou para 2 a 0.

Segundo tempo, também no início, uma triangulação pelo lado direito que lembrou Barcos, Ramiro e Riveros no gol contra o Nacional; Máxi lançou Moisés que achou Everaldo bem colocado na marca do pênalti. 3 a 0. 

O "gol de honra" veio numa trama alviazul pela esquerda, Clayton levantou e Brandão desmarcado, fuzilou de cabeça o arco gremista. Placar final, 3 x 1.

O meu destaque foi Luan, acompanhado de perto por Wendell, Riveros e Werley.

Opinião




Tarde para conferir o futebol de Alan Ruiz & cia.

Pois é ! Confesso que à partir da estreia gremista na LA, ficou mais difícil o envolvimento com o Gauchão. 

Retornei aos tempos daquelas matérias chatas lá do ensino médio, quando a gente "tinha" que estudar (e haja concentração!!!). Eu botava o olho no livro/caderno, mas o pensamento voava e logo eu estava viajando, pensando em algo melhor e mais atraente. Este é o sentimento para a partida em Bento Gonçalves. Fica complicado não pensar no dia 25/02, Nacional de Medellín, Arena e tudo mais ... Porém, assim como as matérias chatas tiveram importância na minha formação, o campeonato gaúcho igualmente servirá para alguma coisa, dentre elas, a experimentação, os testes para quem está chegando.

Na formação de hoje, quem me desperta mais curiosidade é Alan Ruiz. Trata-se de um meia avançado, um "enganche" como ele mesmo se auto-definiu. Tem fama de ser arrematador de média distância com a sua perna canhota. Mas não é só ele, não; tem Máxi Rodriguez que ainda não "estreou" em 2014, há também Moisés, o lateral direito que sonhamos repetir o êxito de Alex Telles, Ramiro e até Bressan, todos oriundos do Juventude.

 Podem sair jogando Jean Deretti e Luan, neste caso, mais duas atrações. Olharei desconfiado para Busatto e Everaldo, torcendo que me puxem as orelhas. Além dessas todas atrações, existe uma para lá de especial: outra provável boa exibição do Wendell, que me faz lembrar o grande Marinho Chagas pela naturalidade com que chega ao fundo ofensivo do campo, pelo seu lado.

Quem sabe Pedro Geromel não das "as caras" por lá, também?

Enfim, uma grande oportunidade para quem não vem jogando continuadamente. Falta combinar com o Esportivo, ou não?







sábado, 15 de fevereiro de 2014

Opinião




Um Clima Ameno

O título da crônica poderá ser confundido com as variações climáticas desta semana no Rio Grande mais especificamente, a volta de temperaturas amenas; porém, refiro-me a mansidão que tomou conta da torcida tricolor, após a importantíssima vitória de quinta-feira. Uma tranquilidade ainda muito distante do estado de entusiasmo que tanto os clubes ambicionam.

Embora longe de se acreditar que o time encaixou, que a tão sonhada estabilidade por cima tenha chegado, a verdade é que nas ruas, nos bares, na mídia profissional, nas redes sociais, nos blogs que tratam dos assuntos do Grêmio (os que eu leio) é consenso: Estamos avançando.

A origem desta calmaria vem do acerto nos investimentos nos recursos humanos, principalmente treinador e preparador físico e uma mudança de paradigma; isto é, a volta do olhar para os jovens que são ambiciosos e principalmente, que tenham qualidade. Este olhar não mira apenas a base, mas o mercado promissor que os europeus nos ensinaram em nosso próprio quintal.

 Há alguns que não vingarão, mas é da vida; outros estourarão longe daqui, entretanto, isto também é da vida. Não estão prontos ainda. Quem sabe Yuri Mamute volte "outro jogador", tal qual aconteceu com Paulo César Tinga que precisou passar por Botafogo e Japão, antes de se tornar uma peça indispensável naquele time do Tite?

A manutenção desta trégua que os torcedores estão dando, só se manterá se o time/elenco der sinais que o caminho trilhado em busca de conquistas, é mais "em linha reta" do que em temporadas anteriores. Um encurtamento que exigirá muita qualidade, perseverança e sorte. A sorte que gruda nos vencedores.


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Opinião




Em cima dos comentários do blog

Amigos! Lendo os comentários postados na crônica sobre a importante vitória no Uruguai, enumero alguns pontos:
- O Grêmio de Enderson Moreira apresenta essa característica; a verticalidade e ocupação dos lados do campo ofensivo. Um dos representantes desse acréscimo: Wendell

- Sobre o baiano Wendell, quem se der o trabalho de ir buscar o que escrevi na sua estreia contra o Bahia, verá que afirmei que ele era mais jogador do que Alex Telles

- A rapidez e a consciência de ter que ser à base de muita transpiração, foram fundamentais na vitória desta quinta-feira

- O fato de ter marcado foi muito importante, soube segurar o placar, sem correr grandes riscos. Sair atrás no marcador como visitante é complicado

- O Edinho, seu papel, certamente estará mais identificado com a experiência, entrega e liderança do que pelo futebol apresentado. É cedo para afirmar, mas é um dos que tem a titularidade posta em risco à partir da mudança para dois volantes

- Sem desprezar o Gauchão, mas é nele que o Tricolor deve fazer experimentos

- Os dados do link disponibilizado pelo Guilherme traz vários pontos interessantes; um deles é o percentual de acerto de passes do quarteto de meio-de-campo. Passou por ali a vitória


Opinião



Vitória com autoridade

Se o Tricolor tiver qualidade e maturidade daqui para frente, dá para dizer que a vitória recém conquistada no Uruguai, encaminhou a classificação para as oitavas de final da Libertadores.

Uma vitória demonstrando autoridade desde o primeiro minuto. Não senti riscos de sair derrotado, muito pelo arranjo técnico/tático da equipe e isso, justiça seja feita, ocorreu em todos os confrontos da equipe principal em 2014, inclusive o Grenal. Sempre que entrou em campo com a equipe titular, o Tricolor foi superior aos adversários. Esta noite não foi diferente.

Enderson, mineiramente vai dando uma cara ao time. A montagem vai sendo construída sem alarde, sem promoção de "bruxos" e arrisco dizer que "as trocas de pneus" feitas com o carro andando, prosseguirão. Não acredito que mantenha nas partidas na Arena, um trio de volantes, algo que será revogado, assim que o time garantir que adquiriu estabilidade. Ramiro, Riveros e Edinho juntos, garantem vitórias, mas não garantirão disputas de títulos.

Sobre a partida: A defesa se comportou muito bem, liderada por Rhodolfo, zagueiro que não deve nada para os selecionáveis de Luiz Felipe. Wendell segue crescendo. Edinho, muita vontade, muita raça e pouco futebol. Riveros, efetivo na defesa e decisivo na frente. Ramiro discreto, mas eficiente; Zé Roberto fez sua melhor partida este ano; Luan repete Wendell; vai se firmar e Barcos está bem melhor que em 2013, porém falta a gana que citei na postagem anterior. Tem que fazer o gol, nem que seja de bico. Vai se convencer disso. Grohe, Werley e Pará, seguros.

A vitória veio na segunda etapa em ótima combinação azul, culminando com a cruzada certeira da direita de Ramiro que encontrou Riveros posicionado como centro-avante no lance; um cabeçada indefensável. 1 a 0.

Se lembrarmos que ano passado em plena Arena, o Tricolor iniciou a fase de grupos perdendo para o Huachipato, vencer o Nacional fora, foi um grande avanço. Lembrou a estreia de 2007, quando bateu o Cerro Porteño em Assunción.