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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Opinião



Ainda sobre a venda de Walace

Este episódio que culminou com a saída do volante titular gremista, deixa vários pontos para reflexão. Vamos a alguns:

 Só o despreparo da família de Walace e principalmente do seu empresário pode consumar o mau negócio que o jovem baiano concretizou. 

Walace tem apenas 21 anos, teria a oportunidade de jogar a Libertadores da América na condição de volante titular campeão olímpico (única conquista brasileira na história); além disso, poderia se firmar na primeira função do meio de campo da Canarinho principal; aguardar a janela de Agosto e, finalmente, ser transacionado para um clube europeu de ponta. Grande besteira fez Walace.

O clube rateou igualmente. Havia mecanismos legais para segurar o atleta mais um semestre no clube.

O Grêmio repete o seu histórico de não vender bem seus atletas, sejam astros, sejam atletas de menos brilho. 

Para exemplificar: Os mais antigos lembrarão que o Tricolor contratou caro Jurandir, atacante de Caxias nos final dos anos 70 e o vendeu, quase de graça para o Bahia.

E o que dizer de Hugo de De León para o Corinthians em 85. Querem mais? Renato foi dado para o Flamengo em 87. Falando em dado, recordam Ronaldinho? E Lucas Leiva, Mário Fernandes, Anderson, Douglas Costa, além de Jonas? 

Uma hora é a ISL, outra é o rebaixamento, depois a construção da Arena, tem também, as folhas paralelas, os chamados condomínios. Justificativas? Sobram várias.

De prático, o Tricolor não consegue colocar entre as cinco maiores transações gaúchas, um único nome.

Finalizando; Odorico Roman começa muito mal, porque foi de "peito aberto" falar com a Imprensa gaúcha, que sabemos, boa parcela dela tem o selo IVI (Imprensa Vermelha Isenta), que aplaudiu de pé, saudou com ênfase a relação transparente com que ele tratou dos assuntos gremistas, onde deixou escorregar que o clube precisa vender dois ou três jogadores, além de Walace. Santa Inocência.

Pronto! O noticiário azul girou apenas em torno das especulações de quais serão os próximos a deixar a Arena. Roman criou um clima desnecessário de instabilidade no grupo e de insatisfação na torcida que está empolgada pela conquista da Copa do Brasil. Uma aula de despreparo.

Roman precisa jogar a favor do clube e não oferecer sangue para os vampiros que representam parte (bem barulhenta) da imprensa sulina. O que o Grêmio ganhou com isso?

Faltou inteligência; sobrou ingenuidade.


segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Opinião


O Sinistro caminho de se desfazer dos Bons

Walace está indo embora. Trata-se de um jogador que chegou a passar pela base, já com cara de profissional; aliás, o mesmo ocorreu com China, Arílson e Renato, quando chegaram para os juniores do Grêmio.

Escrevi há tempos que o Tricolor só botaria faixa, se mantivesse as boas revelações, vide Tentando Digerir, portanto, não é pensamento de agora.

 A conquista da Copa do Brasil ocorreu, depois da Direção segurar Luan, Walace, Éverton e Pedro Rocha. 

Acertei.

Agora, não em tom de crítica, mas de constatação; vencer a Copa do Brasil é um feito importante, mas na hierarquia das quatro únicas competições relevantes: Copa do Brasil, Brasileiro, Libertadores e Mundial; ela é a mais fácil (ou menos difícil) e não pode ser parâmetro para conclusões definitivas, quanto a excelência do quadro de atletas.

Se vender dois ou três valores é imponderável (afirmação de Odorico Roman), cuja ação está no orçamento do clube; por uma questão de fácil raciocínio, esses valores serão além de os melhores do elenco, os mais jovens; é justo que o torcedor desconfie do discurso de buscar novas e mais importantes conquistas.

Não se conseguem grandes títulos fazendo reposições "menores", geralmente apostas de clubes menores ou de passado recente recheado de desconfiança por oscilações na carreira (geralmente vem em baixa para o Imortal, depois de zanzar mundo afora).

Para mim, não combinam vendas de jovens talentos (ainda que justificadas pelos dirigentes) com elencos fortes e preparados para desafios mais arrojados. É posição incoerente.

Finalizando: Ao vender Walace, mesmo com o discurso de sua inevitável necessidade; o Grêmio sinaliza a todos, que a conquista da Copa do Brasil é o seu teto. É isso ou então estaremos condenando os projetos de Barcelona, Real Madrid e, recentemente, do Palmeiras por procurarem qualificar seus grupos de profissionais. 

domingo, 29 de janeiro de 2017

Opinião



O Grande Favorito

Inicia-se hoje o campeonato gaúcho de 2017 e ele apresenta um candidato fortíssimo à conquista: Grêmio.

Antes de tudo, favorito não significa que as circunstâncias do certame não possam alterar o que se apresenta na sua arrancada, mas, é inegável que a lógica do campo, por mais traiçoeira que seja, apareça na maioria das vezes. Exemplificando: o Palmeiras era um dos favoritos no Brasileirão do ano passado, o Corinthians em 2015, etc... Então, não tem como tirar essa condição do Tricolor para o Regional/17.

Por que é favorito?

- Porque tem um grupo que caminha para três anos juntos, os reforços para grupo, na teoria, são melhores do que os que saíram

- Porque o peso de mais de uma década sem um título nacional de relevância, não existe mais

- Porque, mesmo no ano anterior, ele mais perdeu por erros estratégicos do que pela presença de méritos nos adversários. 2016, efetivamente, o Tricolor entregou de mão beijada, por colocar time misto na semifinal e também, por atuações individuais comprometedoras em Caxias do Sul. Deve estar vacinado

- Porque o principal rival está num dos seus piores momentos da história; mesmo que tenha feito boas contratações, a cabeça, o psicológico, estes fatores irão influenciar negativamente na primeira competição pós-rebaixamento

- Porque os melhores clubes do interior, Juventude e Brasil mudaram os seus grupos de profissionais, ou na casamata ou dentro de campo. O entrosamento pode necessitar de um bom tempo para surtir bons resultados

Acredito que as estreias de ambos, Grêmio e Inter, terão desfechos diferentes para confirmar a condição de um grande favorito para o Gauchão.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Opinião



Conversas Cruzadas

Como todo torcedor gremista, eu acompanho essas manifestações de alguns "líderes" do grupo de atletas gremistas, de uma forma uniforme, pedindo mais companheiros de qualidade para o elenco. Geromel, Douglas e Edílson pareciam estar orquestrados.

Vejo como, no mínimo, inconvenientes, mas podem ter consequências muito danosas para a instituição.

Alguém pode dizer que é democrático esse tipo de ação, que os profissionais tem o direito de se manifestar; sim e não; diria que é questão de hora e lugar. Fico imaginando numa nação democrática (é evidente), onde os ministros dão conhecimento publicamente para o chefe de Estado, que deveriam haver mais colegas qualificados no ministério. Não dá, né?

Os jogadores estão equivocados ou ... pior, estão visando algo ali na frente; pois é fácil detectar o que o repórter busca nesse tipo de entrevista num período de aridez de notícias ou, mais grave: Ser mal intencionado neste momento de desequilíbrio na rivalidade Grenal; as famosas agendas positiva e negativa, dependendo do viés que se quer dar ao fato. Exemplificando: Alguém ouviu algum jornalista/repórter perguntar para os jogadores colorados sobre a carência do elenco?

Além disso, não lembro de nenhuma manifestação parecida com essas, que trouxe algum benefício para o clube e até para o atleta que fez o pronunciamento.

O caso mais recente ocorreu com o Coirmão, quando o goleiro Danilo Fernandes, publicamente cobrou do elenco, que sair do rebaixamento era tarefa para homens. Não surtiu o efeito e deve ter respingado no plantel. 

Anteriormente, Fernandão, quando treinador, dizendo que o grupo estava numa "zona de conforto" e no Grêmio, Kléber, o Gladiador cobrando empenho dos demais atacantes tricolores, em especial, de Marcelo Moreno.

É hora da Direção tomar as rédeas e dar fim a este tipo de manifestação. 

Com Fábio Koff, certamente, os atletas pensariam duas vezes antes de abrir o verbo. E espero que o treinador não dê chancela ou cobertura para estes fatos.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Opinião



A Autoconfiança de Renato 

É por demais elogiável o sujeito confiar no próprio taco; esbanjar um otimismo que pode ser até contagiante. Diria que é um grande remédio para muitos males.

Renato Gaúcho é assim; ele deu confiança ao grupo Tricolor em 2010, 2013 e ano passado. Seus méritos são incontestáveis na conquista da Copa do Brasil, porém, acho que a médio prazo, o contágio de sua autoconfiança perde a eficácia e jogadores medianos que atuaram bem (com a corda toda esticada) retornam a condição natural de suas capacidades.

Essa qualidade de Renato, ele coloca à prova a todo o momento, vide Cortez treina no Grêmio,; este atleta somado aos possíveis aproveitamentos de Bressan, Fernandinho, Máxi Rodriguez, Jael e Leonardo Moura aumentam as chances de fracassos no "projeto" de reerguimento das carreiras de cada um deles e do Grêmio como consequência. É possível o sucesso de todos eles, mas é pouco provável.

Renato em 2010 trouxe o lateral Gilson e especialmente, Carlos Alberto, o "Cazalbé", crente de que recuperaria o conturbado atacante. Como sabemos, o camisa 19 só deu dores de cabeça e ficou devendo.

Li que Renato quer que a Direção dê "um ou dois tiros" a mais no reforço do elenco; pelo que se depreende desta afirmação, que estes tiros significam jogadores de qualidade indiscutível, que, no papel, pelo menos, sejam para vestir a camisa e sair jogando.

Escrevi anteriormente, que toda contratação é uma aposta, mas não está proibido apostar alto.


terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Opinião



Ação imediata e correta

A Direção azul através de seu mandatário principal deu resposta imediata e exemplar aos zum-zuns que rondavam o zagueiro Pedro Geromel, ou seja, até agora, ele fica no clube e cumpre o seu contrato.

Bolzan Jr. tem uma conduta clara e direta com o seu torcedor e mídia, uma novidade neste meio, o que lhe valeu o apelido de "pato novo", mas a verdade é que as "raposas" que possuíam conhecimento, experiência, que tinham o torcedor no papo e a boa parte da mídia no bolso, mostraram recentemente, que a fórmula está esgotada, superada, resumindo: Fórmula  Rebaixada.

Aliás, sobre o jornalismo esportivo, antes, o que parecia exagero dos torcedores gremistas, hoje fica mais evidente: Temos poucos isentos na imprensa gaúcha. A queda para a segunda divisão do Inter escancarou essa situação. O Grêmio terá que estar atento e blindar seu elenco diante do nefasto exército que está se fardando e entrando em ação para neutralizar a tendência de queda vermelha e ascensão azul.

À respeito das novidades: A vinda de Martin Chávez (que não conheço) não poderá receber críticas, porque investir em jovens é atualmente, o que de melhor ocorreu na instituição Grêmio.

Assim como Walace e Luan são grandes afirmações, temos Éverton e Pedro Rocha trilhando o mesmo caminho, portanto, não será novidade se tivermos durante 2017 as afirmações de Lincoln, Tontini, Batista, Iago, Lucas Lovatt e até este garoto uruguaio. No Grêmio ou nos clubes emprestados, eles terão condições de se destacar no cenário atual.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Opinião



Questão Geromel: Saberemos se temos Direção

O assédio europeu ao grande zagueiro gremista Pedro Geromel mostrará o tamanho da Direção gremista.

Só vejo uma chance do atleta selecionado por Tite sair do Imortal; ele decidindo peremptoriamente pela sua ida para a Europa, fora isso, impossível.

Grana para segurá-lo no elenco não é problema, pois se temos como pagar altos salários para Fernandinho, um reserva inconstante, mais Marcelo Grohe (que ganhará uma mega sena em 5 anos de contrato, que mesmo assim, não consegue sequer ser o melhor goleiro de Porto Alegre), é legítimo acreditar que a Direção possa pagar salário "europeu" para o Geromito.

Não é crível que questões financeiras retirem do grupo de Renato, o seu principal atleta.

Perder Pedro Geromel em 2017 é sinalizar, que a ambição gremista não passa de retórica para fazer a torcida dormir.

domingo, 22 de janeiro de 2017

Opinião



O  Equívoco na Arrancada

É apenas especulação, mas já fico de mau humor ao saber que o Grêmio está interessado em Bruno Cortes, lateral esquerdo que rodou por vários times, saindo deles por problemas técnicos ou comportamentais.

Concretizada a sua vinda, acredito que seja a primeira grande "furada" desta Direção, cujo o destino tem sido um vigilante atento, evitando formalizar negócios nebulosos para o clube, senão, vejamos: 

Escapou de Kayke, escapou de Angelo Rodriguez, apostas quase que certas de "bilhete corrido". Gabriel Fernandez merecia vir; pena a lesão.

Já tem Jael que leva apenas a "firma" do treinador; verdade que no meio disso, tem alguns acertos casos de Leonardo Moura e Beto da Silva + Leonardo, lateral do Boa Esporte de apenas 20 anos. 

Por que afirmo acertos ou erros sem vê-los atuar ainda?

 Porque trato de contratações, isto é, do ato de trazê-los, toda aquisição é uma aposta, mas tem algumas de inevitável destino, Zé Roberto, o veterano que nunca comprometeu em toda a sua extensa carreira, quando atuou no Imortal ou mesmo na reserva, mostrou-se um excepcional profissional. Sua vinda, só foram contra os torcedores de teses. Quebraram a cara.

Querem exemplo de crítica antecipada de desaprovação, mas de infalível acerto?  Celso Roth. Não se trata de pegar no pé, basta conhecer a biografia; azar do clube que o contratar. É equívoco certeiro. Se fosse Turfe, diria: É Pule de Dez. Não tem erro.

Deu-nos o Mazembaço e o Rebaixamento do Coirmão. Merece uma estátua na Arena.

Ao ler o interesse do Grêmio por Bruno Cortes, passa um filme na minha cabeça; um remake da contratação de André Santos.

Tomara que outro clube tome frente e a Direção seja "passada para trás" na sua aquisição. 

O clube e a torcida agradecerão.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Opinião



  Para recortar e guardar


Beto da Silva é uma grande aposta 

Pretensiosamente, eu coloquei um "para recortar e guardar", expressão sujeita à chuvas e trovoadas, se eu errar, pagarei um mico, mas não sou de ficar em cima do muro, por isso, a expectativa positiva.

Este é o tipo de contratação adequada para se envolver num contrato de longo prazo; explico: Beto da Silva está na Seleção peruana, esquadrão que de tempos em tempos, apresenta grandes jogadores, caso de Chumpitaz, Miflin, Challe, Ugo Sotil, Oblitas, Gallardo, Perico Leon e o espetacular Teófilo Cubillas.

Mais recentemente, Farfan e Paolo Guerrero, de quem, aliás, o jovem centro-avante (20 anos feitos em Dezembro) contratado pelo Grêmio é reserva imediato.

Vi o vídeo dele e, sempre ressalvando que é uma amostragem incompleta, dá para se ter ideia de como bate na bola, o jeito de correr, o cabeceio, enfim, para exemplificar, vejam dois vídeos, o primeiro de Gabriel Fernandez, o segundo de Ângelo Rodriguez: Dá para ver quem tem mais bala na agulha apenas pela amostragem.

Acredito que com este "arsenal" ofensivo: Bolaños, Luan, Beto da Silva e Jael, este último para determinadas situações de jogo, o Grêmio estará bem servido.

Éverton e Pedro Rocha, sem terem o potencial de Luan, poderão se afirmar integralmente no cenário da bola em 2017 a ponto de "correrem" o risco de negociação na janela de Agosto.

Nós, torcedores, certamente, não damos folga ao comando diretivo do Grêmio, uma vez preenchidas as vagas para o setor ofensivo, a gente já pensa num articulador para o meio de campo para grupo e um titular para a lateral esquerda.

Se Alex Telles ou Wendell, um deles, tivesse ficado, nossos problemas estariam resolvidos, por isso, sendo eles ex juniores, então dá para deduzir; se Lucas Lovatt for tudo isso que parece ser, talvez o incômodo desta posição esteja com os dias contados com a solução vinda da base.

Depois disso, apenas retoques. 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017



Álbum Tricolor (69)
BIZÚ
zerohora.com.br

Nome: Cláudio Tavares Gonçalves.
Apelido: Bizú.
Posição: Atacante.
Data de nascimento: 18 de Junho de 1960, São Vicente, SP.

JOGOS PELO TIME DO GRÊMIO
23 jogos (8 vitórias; 11 empates; e 4 derrota). Marcou 4 gols.

ESTREIA NO GRÊMIO
18.08.1991 - Grêmio 0x0 Ypiranga FC - Campeonato Gaúcho
GFBPA: Sidmar; Chiquinho, João Marcelo, Vílson e Lira; Jandir, Juninho (Mabília) e Wolnei Caio; Alcindo Sartori, Junior Potiguar e Bizú (Polaco).
Técnico: Valdyr Atahualpa Ramíres Espinosa.

ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
01.12.1991 - Grêmio 0x1 SC Internacional - Campeonato Gaúcho
GFBPA: Emerson Ferretti; Chiquinho, João Marcelo, Vílson e Lira; Pino (Grotto), Juninho e Wolnei Caio; Renato Portaluppi, Alcindo Sartori e Assis (Bizú).
Técnico: Valdyr Atahualpa Ramíres Espinosa.

CARREIRA
Caçadorense-SC (1979 e 1980); Blumenau-SC (1980 a 1982); Bangu-RJ (1982); Blumenau-SC (1983); Avaí-SC (1983 e 1984); Novo Hamburgo-RS (1985 e 1986); Caxias-RS (1987); Palmeiras-SP (1987); Colorado-PR (1988); Náutico-PE (1989 a 1991); Grêmio-RS (1991); CSA-AL (1992); Sport Recife-PE (1993); Ceará-CE (1994); Aimoré-RS (1995); Novo Hamburgo-RS (1996).

(*) Os dados dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro

FONTES:
- Jornal “Zero Hora”.
- Jornal “Correio do Povo”.
- Revista “Placar”.
- Arquivo Pessoal.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Opinião



Jael

Jael chegou uns 3 anos atrasado; ele era indicação de Renato em 2013, que fora seu treinador no Bahia.

Trata-se de um jogador de presença na área, brigador e bom na bola aérea, não é Jardel, também não é Ariel; resumindo: Um meio termo.

Vem para compor grupo, vide Jael. Pela declaração de Saul Berdichevski, o Tricolor mudou o discurso rapidinho, basta ver o que seus dirigentes diziam pós conquista da Copa do Brasil.

Paciência! Pelo menos não torrarão muita grana com ele, já que o contrato finaliza em Dezembro do corrente ano.

A verdade é que o título nacional recente, anestesiou uma parcela mais crítica da torcida, caso contrário, a forma indiferente com que os gremistas receberam o seu novo "fazedor de gols" não teria vez. As redes sociais iriam "bombar" nas críticas.

Bem; como escrevi, estou viajando e, às vezes, será difícil liberar alguns comentários rapidamente (tem mais gente no blog que segura a onda) e minhas postagens, talvez fiquem mais espaçadas até o final de Janeiro.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Opinião



Fernandinho e Máxi Rodriguez

Escrevi ontem que o Tricolor fez o diagnóstico correto do seu elenco; despachou todos aqueles que não deram o retorno esperado e vai emprestar alguns juniores; promessas, que precisarão de "quilometragem", daí, o empréstimo de Tontini e a possibilidade disso ocorrer com Lincoln, também.

A prática não é nova; Everaldo, o tricampeão de 70, jogou no Juventude, Paulo Cesar Tinga, Botafogo e Japão, Wolney Caio, Juventude, Jonas na Lusa, etc... 

De todos os atletas que não tem destino definido, Máxi e Fernandinho são aqueles, que o critério definidor dá mais dor de cabeça para a ação; ficam ou sigam em frente, a dúvida.

Não são jogadores em início de carreira, ambos já passaram por mais de cinco clubes, já rodaram por mais de um país, mas não se firmam no Imortal, nem em outras instituições.

Ambos são na teoria, bons reforços, Fernandinho é o ponta atrevido, veloz, tanto dribla, quanto pifa os atacantes; pode ser aproveitado por ambos os lados ofensivos do ataque. Na teoria.

Máxi Rodriguez é o meia canhoto, dono de um arremate forte de meia distância, o cara capaz de tirar da cartola, a solução para uma jogada encruada. Na teoria.

Em ambos os casos temos alternativas interessantes para as posições: Pedro Rocha e Éverton e (se ficar) Lincoln, uma joia de apenas 18 anos.

Essa dupla em questão, mexe com a memória do torcedor, pois em alguns lampejos de técnica e discernimento, mostrou possuir talento para a solução dos problemas do time. Pena que esses momentos são muito esparsos.

Desconfio que a Direção gremista reza por um interesse consistente de empréstimo ou venda, porém, preventivamente, silencia para não expor os jogadores, nem desvalorizá-los.

Finalizando; talvez Renato que já recuperou vários titulares: Marcelo Oliveira, Douglas, Pedro Rocha e Ramiro, possa extrair de Máxi e Fernandinho, o talento que anda escondido.

Quem aposta?

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Opinião



O Diagnóstico

As contratações para o setor ofensivo, ainda não se concretizaram, porém, a torcida deve conter a ansiedade, pior do que não contratar é contratar mal. Eu acredito que a Direção estava correta em priorizar a vinda de Gabriel Férnandez, a lesão associada a prudência do departamento médico, inviabilizaram a vinda, desta forma, não dá para condenar os dirigentes.

Se os reforços não chegam, pelo menos, a Direção está inspirada na avaliação do elenco, isto é, quem não deu a resposta esperada, sai, "foi um prazer", mas a vida segue.

Pergunto: Há alguma injustiça na liberação de Wallace Oliveira, Cadu, Fred, Wallace Reis, Negueba, Henrique Almeida, Guilherme e as possibilidades de Maxi Rodriguez, Fernandinho terem o mesmo destino?

 Yuri Mamute e Lucas Coelho estão sendo avaliados. São jovens e deram em algum momento da carreira, esperança de sucesso, diferentemente de Guilherme. Poderão ficar.

Sinceramente, desconfio que não sentiremos saudades destes liberados.

PS: Estaremos fora do estado nestes próximos dias de Janeiro; provavelmente, as postagens aconteçam mais espaçadamente.


domingo, 15 de janeiro de 2017

Opinião



Eram Cinco

Nova semana está iniciando e segue a intensa busca do Tricolor pelos "fazedores de golos" como se dizia antigamente.

Sou daqueles que pensam que a procura não deve ser tão afobada para não queimar dinheiro em pretensos craques, nem tão morosa que resulte em apenas sobras do mercado como alternativa.

Há na emergência Luan, Éverton, Pedro Rocha, Batista e até Fernandinho para a abertura da temporada. Porém, se considerarmos a fala dos dirigentes, das cinco alternativas, três já dançaram: Kayke, Gabriel Fernandez e Colman. Restam duas.

Li e não acreditei que o Grêmio quer mais um "Rodriguez", desta vez, um colombiano de pré-nome Ângelo, vide Ângelo Rodriguez. Olha! É difícil ser otimista com um atacante desconhecido, que fez 9 gols em 21 jogos na Colômbia. Já tivemos Perea, que não deixou muitas saudades.

Posso estar escrevendo uma grande bobagem, mas se for para buscar novos nomes, tentem Luis Fabiano ou William Potker e esqueçam o mercado sul-americano, por enquanto.


sábado, 14 de janeiro de 2017

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (148) - Ano - 1928/1942


A Encarnação do Grêmio

Fonte: http://www.clicrbs.com.br
2017 que recém inicia, marca 75 anos do dia em que Foguinho pendurou as chuteiras pelo Grêmio. Foram 14 anos de atividades e em Janeiro de 1942, ele disputou seu último Grenal, o de número 71, realizado em 11 de Janeiro no Estádio da Timbaúva do Força e Luz, onde hoje está um supermercado no bairro Santa Cecília.

Saiu do clube no final daquele ano.

Nas primeiras décadas de sua existência, o Imortal produziu grandes feitos e formou vários nomes míticos; considero quatro acima de todos os demais: Eurico Lara, Luiz Carvalho, Telêmaco Frazão de Lima e Osvaldo Rolla, o Foguinho. Lara não há necessidade de fazer maiores referências, morreu poucos dias depois de ganhar o Grenal Farroupilha, Luiz Carvalho e Telêmaco foram de tudo no clube, "até" presidentes.

Chegamos a Foguinho. Bom, esse aí, apenas não quis ser o primeiro mandatário; igualmente, estava naquele Grenal famoso de 1935; fez o primeiro gol e deu o passe para o segundo. Foi árbitro e mais tarde, o treinador que revolucionou o futebol gaúcho, deixou de herança, pelo menos no dna das conquistas, 12 em 13 campeonatos. Em 1961 brigou com o presidente da época, saiu, o Tricolor perdeu o hexa, ano seguinte voltou e colocou o Grêmio na trilha das conquistas novamente. Poderiam ser 13 títulos em 13 anos.

Foguinho estreou em clássicos em Novembro de 1928 no Grenal 28, ainda na Baixada, Moinhos de Vento, quando o Imortal fez 2 a 0.
* O livro A História dos Grenais (David Coimbra, Mário Marcos de Souza, Nico Noronha e Carlos A. Moreira) dá como realizado na Chácara dos Eucaliptos.

Este confronto ficou "escondido" no noticiário, porque naqueles dias o Selecionado Gaúcho perdeu para o Paranaense por 2 x 0 com repercussão forte e de indignação, pois os sul-riograndenses entraram em campo com apenas 9 atletas, sendo muito criticado o chefe da delegação, porque alguns atletas "desapareceram" na capital do Brasil e não chegaram a tempo do prélio.

Voltando ao clássico gaúcho; o Tricolor mando a campo: Armênio; Sardinha I e Sardinha II; Adão, Telêmaco e Macarrão; Domingos, Pitoco, Foguinho, Esperança e Nenê.

O Inter com Bagre; Pontes e Mabília; Marroni, Lampinha e Ryff; Dirceu, Odorico, Miro, Lourival e Ramão.

O árbitro foi Henrique Maia Faillace. Na preliminar, o São Paulo de Rio Grande enfrentou o Athetico Bancario Club.

Com mais homogeneidade, ainda que sem Lara, Luiz Luz, Luiz Carvalho e Poroto (Seleção Gaúcha), o Tricolor foi melhor na primeira fase e saiu marcando através de Telêmaco cobrando tiro livre (falta). 1 x 0. (Vide correções nos comentários).

Na etapa final, Nenê deu números finais ao clássico; 2 a 0. Mesmo sendo um amistoso, no final, houve uma refrega forte entre os jogadores, que foram acompanhados por parte dos torcedores na confusão.

O destaque maior foi o back Sardinha I.

Assim foi a estreia em Grenais de Foguinho, um meia esquerda canhoto, camisa 10, quando a numeração ainda não havia sido instituída, que possuía um "canhão" na perna esquerda.

Foguinho encarnou como ninguém a alma copeira, irresignada, que teve em outros atletas gremistas, este componente, o "vício" de não desistir: Oberdan em 77/78, Hugo De Léon 81/84, Dinho 95/97, entre tantos jogadores que aliaram técnica com a indomável vontade de vencer.

A Batalha dos Aflitos leva a marca do estilo de Foguinho em campo e dos times treinados por ele.

Fogo, o Espírito Tricolor, morreu em 1996 aos 87 anos.

Fontes: Jornal A Federação
              Jornal Correio do Povo
              Arquivo Pessoal do amigo Alvirubro
              Revista do Grêmio 1970
              www.clicrbs.com.br

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Opinião



Quem diria? Douglas é uma ótima "contratação"

O Maestro Pifador ficará mais dois anos no grupo gremista. É um dos últimos autênticos camisa 10, o canhoto habilidoso, que tem em D'Alessandro, outro representante.

Entretanto, ao contrário do argentino que mostra sinais evidentes de decadência, o catarinense vem numa curva ascendente, pelo menos, nos últimos anos de sua carreira.

Se não é um garoto, ao menos, seja pela sua inteligência, seja pela do treinador Renato, Douglas encontrou o seu melhor espaço tático entre os onze e terminou em alta o ano passado, sendo escolhido (justamente) o melhor jogador da Copa do Brasil. O Grisalho esmerilhou na reta final.

É uma história com final feliz, mas ao melhor estilo das boas tramas cinematográficas, a relação com a massa teve amor e ódio; eu mesmo saudei a sua contratação vide A volta de Douglas, mas inúmeras foram as vezes que pedi a sua saída do time e, radicalizando, até do clube. Ele deu razão em campo para estes sentimentos distintos, no entanto, reconheço com a maior satisfação, que Douglas e Geromel foram as peças que desequilibraram favoravelmente a maioria dos jogos encardidos do Imortal no Brasileiro e Copa do Brasil.

Por tudo isso, Douglas é a maior contratação de 2017 até o momento.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Opinião



Volte duas casas, permaneça uma rodada no ponto de partida

Lembram daqueles jogos com dados e casas para avançar, benefícios e retrocessos? Pois o Tricolor está assim em parte das suas contratações.

Hoje parece óbvio o que escrevi há tempos sobre dar prioridade ao futebol  numa instituição que se originou no futebol; ela deve eleger como ficha nº 1, justamente o esporte bretão, mas os dirigentes teimavam em relegar a plano inferior a busca de títulos.

A conquista da Copa do Brasil arrefeceu os ânimos da torcida, que agora olha as frustradas tentativas de conseguir atletas para o setor de ataque com mais parcimônia nas críticas. Imaginem 2016 sem conquistas e esses fracassos na negociação? A coisa estaria pegando fogo.

Não condeno a Direção pelo desfecho negativo nas vindas de Kayke e Gabriel Férnandez. "Acontece".

Porém, o discurso para 2017 coloca como prioritária a aquisição de atacantes, os fazedores de gols; então, não dá para perder tempo. O negócio é conversar com o patrono do clube, Dr. Hélio Dourado, que a cada contratação frustante e muita flauta vermelha, ia ao mercado e trazia alguém melhor; o craque paraguaio Carlos Kiese não deu certo? Despacha e que venha Hugo De Léon, o volante Zé Mário não servia? Que venha Paulo César Caju. Era assim que a banda tocava.

Agora é hora de trazer alguém inquestionável, o destino está colocando isso para o Tricolor e esse "alguém" não é, certamente, Marcelo Moreno.

 É premonitório, Presidente; está caindo no seu colo essa ventura.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Opinião



Constatações

A Terça-feira nos trouxe algumas notícias, que reforçam algumas convicções que tenho sobre o futebol. Vou enumerá-las:

- A desistência do negócio envolvendo a vinda de Kayke e o anúncio de Gabriel Férnandez (que teve lesão grave recentemente) somente após os exames médicos, demonstram que a transação se concretiza efetivamente, depois da assinatura do contrato

- Houve pouca rejeição ao nome de Leonardo Moura, porque o único inconveniente, sua idade, não "entrou em campo" em 2016. Não foi empecilho para desenvolver seu futebol, aceitação reforçada pelo êxito da passagem de Zé Roberto pelo Grêmio. A idade pesa quando os resultados não aparecem

- Michel, Lucas Lovatt (ano passado) e Leonardo são exemplos que demonstram que a Direção está atenta ao mercado. São atletas de origens diferentes com retrospecto recente abonador. Quando se tem competência, os bons negócios aparecem à frente com mais clareza

- Fora do Grêmio, mas igualmente, uma constatação importante; o rebaixamento é terrível para clube grande. Apesar da imprensa gaúcha estar fazendo uma força imensa para dar notícias positivas sobre o Coirmão (aumento do nº de sócios, interesse por Taison, Diego Polenta, manutenção de William, contratação de Marcelo Cirino), a realidade se desvela de uma forma diferente: É jogador promissor (William) saltando da barca, D'Alessandro voltando da Argentina com salário europeu e não se sabe o que fazer com ele, rescisão de jogadores vencedores, no caso, Alex, dificuldade de liberar Anderson. Não será fácil o 2017 para o nosso tradicional adversário


segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Opinião



Os Primeiros Passos de 2017

As primeiras movimentações do Tricolor neste início de ano se não são para a euforia; são animadoras.

Considerando que as notícias que circulam na mídia tenham uma boa dose de veracidade, o Grêmio está mudando a fotografia do elenco para melhor (em tese) sem inchar a folha de pagamentos; senão vejamos:

Saíram ou estão a caminho da ida: Wallace Oliveira, Fred, Wallace Reis e Marcelo Hermes, este se auto demitiu, além de  Henrique Almeida, Negueba. Pergunto: Quem deixou saudades?

Tontini e Lincoln são jovens e se o clube cedê-los por empréstimo sem cláusula de compra, isto é, garantindo o retorno deles, será bom para a dupla e especialmente para o clube que verá o amadurecimento de seus ex-juniores em instituições tradicionais do futebol nacional.

Há, ainda, o que fazer com Fernandinho e Maxi Rodriguez, que vivem de breves momentos de  inspiração, cada vez mais escassos em suas carreiras. Acredito que se houver oferta razoável por eles, o Imortal manda adiante. Pelo histórico, não sentiremos saudades, também.

Agora vem o outro lado, o das contratações. Li que Gabriel Férnandez ganha o equivalente a 30 mil reais, pois bem, que venha ganhando quatro vezes mais, ainda assim, receberá menos do que Henrique Almeida. Michel, nem se fala, seu salário é bem inferior ao de Negueba, por exemplo.

Se o Tricolor buscar Klaus, zagueiro do Juventude e Leonardo Moura, que está livre no mercado, estará recebendo dois defensores com custos inferiores aos de Wallace Oliveira e Fred.

Pelo que ganha Wallace Reis, dá para trazer alguém mais caro e de melhor expectativa de resposta.

Resumindo: A folha não está inchando até o momento e a lição do ano passado, quando não buscou Danilo Fernandes, muito melhor e com salário equivalente a 1/3 do titular gremista, parece que foi aprendida, isto é, estar efetivamente atento ao mercado. 




Pequenas Histórias



Pequenas Histórias (147) - Ano - 1935


O Gol do Avião

Fonte: Correio do Povo

Com a iminência da contratação de um atacante da Banda Oriental e o comentário do colega Rafael em postagem anterior mais a minha "estacionada" nos anos 30 nas pesquisas sobre o Imortal cheguei a esta crônica, que trata do Grenal 44 realizado nos Eucaliptos no dia 28 de Julho de 1935, o penúltimo de Lara, que já demonstrava estar doente.

Um clássico ansiosamente aguardado e de grandes provocações de ambos os contendores; o Correio do Povo fez matéria, onde os possíveis titulares de cada time manifestavam a sua opinião sobre o clássico. Havia muita confiança: Sardinha II, "O Grêmio não entra em campo para perder"; Darcy, "Meteremos dois ou três neles", Honório, "Dou um goal de vantagem e uma roda de cafezinhos"; Lara, "No final, nós na ponta"; todos, sem exceção, mostravam segurança no triunfo.

Naquele dia, 16 horas em ponto, o árbitro Ernani de Lorenzi ingressou ao gramado com as equipes.

 Assim, o jornal A Federação descreveu a entrada dos quadros: "Sob um céu azul e o sopro forte do nosso Minuano como a querer relembrar as tradições gaúchas, os dois bandos pisaram a arena".

O Grenal teve pelo Inter do técnico Mário Abreu: Penha; Natal e Risada; Garnizé, Poroto e Levy; Floriano, Tupan, Mancuso, Darcy e Prestes.

O Grêmio com Lara; Dario e Luiz Luz; Jorge, Mascarenhas e Sardinha II; Lacy, Russinho, Veroneze, Foguinho e Castillo. Este, um extrema esquerda uruguaio, principal personagem desta história.

Foi um jogo leal, mas de grande disputa como comprovam as fotos de ambos jornais pesquisados. Essa que ilustra o texto mostra Sardinha II (também chamado de Peixinho) dividindo espaço com Tupan; Mancuso entra com o joelho "armado" e Luiz Luz, o Fantasma da Área, usa as mãos para segurar a perna de Mancuso e o braço de Tupan. Com isso, a supremacia defensiva foi a tônica da partida. Natal, zagueiro colorado, seria considerado o melhor jogador do Grenal, chamado pela Imprensa de o Domingos da Ghia gaúcho.

No primeiro tempo, as melhores situações ocorreram através de Foguinho chutando no travessão vermelho e depois, quando Penha fez a melhor defesa dessa etapa num chute justamente de Fogo.

Os gols aconteceram na etapa final; o Inter saiu na frente logo aos três minutos numa avançada pela esquerda, Mancuso entra na área, Lara sai para fechar o ângulo, mas o centro-avante com um toque de habilidade, tira o arqueiro do lance. 1 a 0.

Faltando dois minutos para o clássico se encerrar vem a jogada famosa, que resultou no empate gremista. Reproduzo o texto do mesmo periódico citado, A Federação; vai com a grafia original: "Um avião passa quasi rente às cabeças dos jogadores, fazendo um barulho ensurdecedor. Nesse momento Foguinho estende o couro para Castilo e este após pequena corrida atira rasteiro. Penha fica impassível e a bola vai se aninhar mansamente à rede." 

Já o Correio do Povo descreve o lance como sendo um avanço de Lacy pela direita, ele cruza, Penha está indeciso e Castillo se aproveita, avança e coloca nas redes coloradas. 1 a 1.

O juiz deu nova saída e trilou o apito pela última vez no Grenal 44, que termina empatado.

Castillo pouco tempo depois se transferiu para o rival, mas ninguém esqueceu deste tento feito com grande dose de oportunismo e esperteza.

Fonte: Jornal A Federação
            Jornal Correio do Povo
            Site: gremio1903.wordpress.com

sábado, 7 de janeiro de 2017



Álbum Tricolor (68)
LAGUARDIA
Revista do Elche FC

Nome: Fausto Laguardia Recalde.
Apelido: Laguardia.
Posição: Meia-campo.
Data de nascimento: 7 de Agosto de 1934, Villeta, Paraguai.

JOGOS PELO TIME DO GRÊMIO
31 jogos (27 vitórias; 3 empates; e 1 derrota).

ESTREIA NO GRÊMIO
01.05.1957 - Grêmio 3x0 EC Floriano - Amistoso, Novo Hamburgo-RS
Germinaro; Aírton e Dinha; Figueiró, Laguardia e Ennio Rodrigues; Hercílio, Gessy (Delém), Juarez, Nadir (Oswaldo) e Vieira.
Técnico: Foguinho (Oswaldo Azzarini Rolla).

ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
26.01.1959 - Grêmio 6x2 GE Renner - Campeonato Metropolitano, Porto Alegre-RS
Germinaro; Orlando, Aírton e Ortunho; Laguardia e Elton; Giovanni, Rudimar, Juarez, Mílton e Vieira.
Técnico: Foguinho (Oswaldo Azzarini Rolla).

CARREIRA
Presidente Hayes-PAR (1951 a 1957); Grêmio-RS (1957 a 1959); Palmeiras-SP (1959); Elche-ESP (1959 a 1961); Murcia-ESP (1961 e 1962); Constancia-ESP (1962 a 1964).
 
TÍTULOS
Fez parte do time do Grêmio que ganhou os campeonatos metropolitanos de 1957 e 1958.

(*) Os dados dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro

FONTES:
- Jornal “Diário de Notícias”.
- Jornal “Jornal do Dia”.
- Jornal “Correio do Povo”.
- Arquivo Pessoal.