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sexta-feira, 31 de maio de 2013


              


            Pequenas Histórias (45)- Ano 1950


  A Estréia do Imortal no Maracanã


A Copa do Mundo está se aproximando; falta pouco mais de um ano e a final já tem endereço certo: Estádio Mário Filho, o Maracanã, Rio de Janeiro. Ele que foi inaugurado em 1950, tornou-se palco de um dos capítulos mais trágicos do futebol brasileiro: o “Maracanazzo” protagonizado por Brasil e Uruguai em 16 de Julho daquele ano. O franco favorito afundou diante do quadro Cisplatino e sua legendária camiseta azul celeste. Mas a vida continuou e no  15 de Novembro,  dia de seu aniversário, o Flamengo recebeu o Tricolor gaúcho para uma partida histórica, isto é, pela primeira vez, um clube de fora do Rio de Janeiro pisaria o gramado do “Colosso de Cimento” como era chamado o novo estádio. Com arbitragem inglesa de Mister Dykes, os times subiram as escadarias e em seguida, uma surpresa! O Grêmio vinha sem a tradicional camiseta de listras verticais, mas com a reserva azul celeste tal qual a recém-campeã do Mundo, Seleção Uruguaia. No “11” rubro-negro, um grande jogador do Imortal até o ano anterior; Hermes Nunes da Conceição, que ganhara o  apelido de Jacaré pelos cariocas e está na foto acima com a camisa do clube da Gávea entre os seus ex-companheiros gaúchos. A partida finalizou com o placar favorável ao Imortal; 3 a 1; assim movimentado: Aos 19 minutos, Geada abriu o marcador, aos 36, Washington empatou, 1 minuto após, Geada colocaria o Tricolor à frente, se não fosse o erro de arbitragem que anulou o tento legal. Não adiantou muito, pois aos 43, o mesmo Geada desviou do arqueiro Cláudio e Juvenal salvou na linha fatal, defendendo com a mão. Penalti. Clori, que entrara há pouco tempo, bateu e definiu o resultado na fase inicial. Aliás, o ingresso dele ocorreu tão cedo, porque o violento lateral Bigode, lesionou gravemente o meia-atacante Gita, que ficara “praticamente inutilizado para o futebol”, conforme o texto do Correio do Povo de dois dias após. O jornalista chega a acusar o lateral de ser omisso na final do Mundial, quando se “acovardou” à frente de Obdúlio Varela, lendário capitão da Celeste e agora com a permissividade do juiz, batia à vontade. Prossegue a revolta  do jornalista, afirmando que o atleta Gita era de família pobre; jogava futebol profissionalmente para pagar seus estudos e de seu irmão menor no Instituto Porto Alegre (IPA). Encerrou, dizendo que “Bigode era um caso de polícia”. No segundo tempo, a superioridade do time sulino foi tão grande que os atacantes chegaram a fazer a zaga flamenguista “dançar a conga” (expressão da matéria do CP). Aos 43 minutos, o bageense Ballejo deu “cifras definitivas”, quando recebeu de Clori, após um “shoot” potente desferido por Pedrinho que obrigou o goleiro Garcia a soltar a pelota. Os destaques foram Clarel e Geada, o cerebral atacante, além do jovem Sarará, egresso do quadro dos aspirantes. Os times formaram da seguinte maneira: Grêmio de Sérgio; Clarel e Joni; Hugo, Sarará e Heitor; Ballejo, Gita (Clori, depois Dirceu), Geada, Pedrinho e Gorrion. O Flamengo de Cláudio (Garcia); Gago (Osvaldo) e Juvenal; Nélio, Dequinha e Bigode; Harry, Hermes, Washington, Hélio e Esquerdinha (Eliezer). Como curiosidades da partida, temos a presença de dois atletas que jogaram a fatídica  decisão da Copa do Mundo e se envolveram no gol de Gighia, Juvenal e Bigode, além de Hermes enfrentando o seu clube de coração. Hermes foi outro atleta negro a vestir a camiseta tricolor nos anos 40, bem antes de Tesourinha, que oficialmente marcou o fim do preconceito racial anos mais tarde. Ballejo marcou o gol de número 3.000 da história do Grêmio e por fim, o Imortal, além de ser o primeiro clube de fora do Rio a jogar no Maracanã, também se tornou o primeiro vitorioso.

As Pequenas Histórias (1 a 43) foram repostadas, vide Marcadores Pequena Histórias.







quinta-feira, 30 de maio de 2013



Galeria Imortal (2)
 

Time campeão invicto de 1926 onde aparecem da esquerda para direita, em pé: Mainieri, Luiz Carvalho, Sardinha, Nenê e Coró. Agachados: Telâmaco, Pitoco, Adão, Esperança e Adroaldo. À frente de todos, Eurico Lara. Três "lendas" aparecem nesta foto; o imortal goleiro Lara, "El Maestro" Luiz Leão Carvalho (vide Pequenas Histórias 44), jogador e presidente do Tricolor; Telêmaco Frazão de Lima, um faz-tudo que foi jogador, treinador e presidente do clube, mas a maior curiosidade está contida na presença de Adão, um atleta negro, visto que o Tricolor oficialmente acabou com o preconceito racial na metade da década de 50 com a contratação de Osmar Fortes Barcellos, o Tesourinha na gestão de Saturnino Vanzelotti. 

quarta-feira, 29 de maio de 2013


Opinião



 
Koff e a Intervenção no Futebol
 
Crescemos ouvindo que o futebol tem suas regras próprias (e não estou falando das famosas 17), mas daquelas que compõem o "ecossistema" todo, o universo futebolístico que agita a economia e os corações dos torcedores; entretanto, arrisco dizer que essas regras peculiares são minoria no conjunto delas, as demais são regidas pelas mais sagradas da administração; as mesmas de qualquer empresa: planejamento, organização, controle e direção. Pois bem, à partir desse entendimento, digo que o treinador é funcionário  do clube, não é ele quem paga o salários dos jogadores ou dos membros da comissão técnica; quando ele cai, o pepino fica com a Direção do clube, assim sendo, olhando as notícias do treino azul de hoje, é essencial que o Doutor Koff arregace as mangas e faça a intervenção no elenco tricolor. Sabemos que alguns atletas não se adaptam a determinadas situações e/ou ambientes e ao sair deles, reencontram o futebol que escasseou na equipe que defendiam anteriormente. Exemplos, temos vários; Jô do Coirmão e do Galo, Paulo Nunes do Fla e do Grêmio, Abondanzzieri do Boca e do Inter. Assim sendo, torna-se imperativo Koff encaminhar as saídas de Fábio Aurélio e Marco Antônio, porque isso também é atribuição do primeiro mandatário. Luxemburgo terá que seguir o princípio basilar da hierarquia. Diretrizes, Objetivos e Metas devem ser responsabilidades de todos, mas recaem com maior peso na Direção. Dito isso; está mais do que provado que estes dois jogadores não deram e certamente não darão respostas positivas ao longo da temporada; eventualmente farão um bom jogo, o que não serve, além disso, freiam o avanço de apostas, diria, quase certezas, de jogadores jovens que precisam de sequência ou de serem primeiras opções no banco para deslancharem em suas carreiras. Caso de Jean Deretti, Wrangler, Guilherme Biteco, seu irmão Mateus, Ramiro, Paulinho, Misael e quando recuperado, Adriano. Presidente! Não dá mais para postergar essa cirurgia no futebol. Será bom para o Grêmio e também para os jogadores.  

terça-feira, 28 de maio de 2013

À nossa maneira...

Seguem algumas colagens de notícias sobre o Grêmio e, após, algumas conclusões:

2005

Grêmio reformulou elenco ao longo da Série B

10 de noviembre de 2005 17h36
Às vésperas de selar a volta do Grêmio à Série A, o técnico Mano Menezes observa que, da equipe que estreou no campeonato da Série B, apenas o meia Anderson se manteve como titular.
A equipe que enfrentou o Gama, no Distrito Federal (derrota de 2 a 1): Eduardo, Alessandro, Alessandro Lopes, Marcelo Oliveira e Marcinho; Marcus Vinicius, Nunes, Bruno e Anderson; Márcio Oliveira e Somália.
A que jogará contra a Portuguesa, neste sábado no Olímpico: Galatto, Patrício, Domingos, Pereira e Escalona; Jeovânio, Sandro, Marcelo (Paulo Ramos) e Anderson; Marcel e Ricardinho.
(…).

2007

Grêmio: Diretoria começa a reformular o elenco

O Grêmio já começou a reformulação para a temporada 2008 e a mudança inicial é no elenco. O goleiro Galatto, o lateral-direito Patrício e o volante Sandro Goiano, três dos cinco remanescentes da inesquecível volta à Primeira Divisão em 2005, serão avisados de que estão fora dos planos do técnico Vágner Mancini. Sandro poderá atuar no Corinthians de Mano Menezes, mas o jogador revela que gostaria de ficar no Olímpico.

(…).

2008

Clube prepara reformulação no elenco

A direção do Grêmio encaminha várias mudanças no plantel que ficará à disposição do técnico Celso Roth. Com o término de alguns empréstimos e a abertura da janela de negociações internacionais em agosto, seis jogadores poderão deixar o Olímpico.
(…).

2009

Internautas querem reformulação do grupo de jogadores do Grêmio

Enquete apontou que essa é a preferência para 68,56% dos participantes

Os internautas do clicEsportes que participaram da enquete "O que o Grêmio deve modificar para ter sucesso no Brasileirão 2009?" foram radicais. Para uma maioria esmagadora de 68,56% dos participantes, será preciso reforçar todas as posições e mandar metade do time embora, o que seria um grande processo de renovação no grupo gremista.
A segunda alternativa mais votada foi a de contratar novos jogadores para o ataque, com 14,83%. Já 10,64% dos internautas preferem que os reforços sejam no meio-campo. O que pouca gente quer mesmo é a volta do esquema 3-5-2: apenas 5,98%. Partiparam da enquete 4.869 pessoas.

Possível reformulação no elenco não preocupa grupo do Grêmio, garante Léo

Zagueiro espera vitória contra Atlético-PR para reerguer moral do time

Depois da eliminação da Copa Libertadores, com o empate de 2 a 2 diante do Cruzeiro, na noite de quinta-feira, André Krieger deixou o cargo de vice presidente de futebol do Grêmio e se especula uma reformulação geral no elenco de jogadores. Mas o zagueiro Léo garante que esta possibilidade não abala o elenco tricolor:
O futebol é assim mesmo. Uns vem e outros vão. O grupo do grêmio tem um bom clima – garante o jogador.
(…).
Grêmio dispensa Fábio Ferreira e pode reformular o elenco
O lateral-direito Ruy, goleiro Victor, o atacante Alex Mineiro e os zagueiros Léo e Réver também podem deixar o Olímpico
PORTO ALEGRE - O primeiro jogador a deixar o Olímpico é Fábio Ferreira. Depois dele, a lista de atletas que podem sair do Grêmio é grande. O zagueiro foi contratado no começo do ano, após uma temporada conturbada no Corinthians. No Tricolor teve pouca oportunidade.
(…).

Chance de desmanche
Outros jogadores devem deixar o clube assim que terminar a participação gremista na Libertadores. Muitas são as especulações. O lateral Ruy é um dos mais cotados para partir.
No setor defensivo, o goleiro Victor está nos planos do Bari, da Itália. O zagueiro Léo possui o interesse do Palermo. Já Réver foi especulado por Parma e Bari.
No meio-campo, são duas as possibilidades de saída. A permanência de Souza, emprestado pelo PSG, não parece mais tão certa. Entre a diretoria gaúcha e jogador está tudo acordado, porém, os dois clubes ainda possuem divergências. Durante a semana, o site oficial do Grêmio chegou a publicar que um acordo teria sido firmado e o meia ficaria mais três anos no Olímpico. A informação saiu da página gremista, gerando mistério quanto ao futuro do atleta.
Mesmo com poucas oportunidades, o garoto Douglas Costa é nome constante nas notícias sobre a janela de transferência na Europa. O Villarreal, da Espanha, ofereceu 8 milhões de euros e recebeu um não como resposta. O interesse do Manchester United no garoto é real. Os Red Devils chegaram a pedir a liberação do jovem para um período de testes na Inglaterra. A diretoria não liberou o jogador de futuro promissor.
Nesta sexta-feira, o site italiano Calcio Mercato especula o interesse da Atalanta no meia. O clube de Bergamo poderia contratar Douglas por empréstimo e ter a opção de compra ao término do acordo. No ataque, Alex Mineiro é outro que deve mudar de ares. Seu futuro deverá ser o futebol árabe.

Grêmio já esboça reformulação em seu elenco

26 de junho de 2009 • 15h12 • atualizado às 15h29
O zagueiro Fábio Ferreira rescindiu seu contrato com o Grêmio. O ala-direita Ruy pediu para sair do clube. Especula-se no Olímpico que Alex Mineiro poderá ser o próximo. E que o Grêmio só efetivará a contratação de Souza se conseguir passar para a final da Copa Libertadores.
Aos poucos o clube gaúcho vai fazendo uma reformulação em seu elenco, embora o técnico Paulo Autuori prefira outra palavra
(…).
Como Alex Mineiro, o meia Souza ainda não completou a cota máxima de jogos do Brasileiro, e também pode sair depois da Libertadores. O anúncio de sua contratação, terça-feira, foi um erro, provocado pelo diretor de futebol Luís Meira, que mandou colocar a informação no site do clube.
(…).

2010

Após eliminação, Grêmio começa a reformulação do elenco

Durante a temporada é comum as modificações no elenco em clube de futebol. Ano de Copa do Mundo é propício para isso, pois as competições param durante o Mundial. Desclassificado da Copa do Brasil, o Grêmio inicia a reformulação do seu grupo de jogadores. Ela aconteceria mesmo que o time do técnico Silas tivesse passado pelo Santos.
O Grêmio entrará de cabeça no mercado. A intenção é contratar cerca de quatro jogadores, sendo dois laterais e um atacante para ser reserva de Jonas e Borges. Os atletas mais jovens do elenco deverão ser emprestados para ganharem experiência. Os poucos utilizados e os que rendem abaixo do esperado serão dispensados.
"O grupo está em formação. Muitos atletas vão retornar após a Copa. Vamos conversar com calma com a diretoria", afirmou Silas após a eliminação na Vila Belmiro, na derrota por 3 a 1.
Existe também a possibilidade de saídas indesejadas. Neste contexto encontram-se Mário Fernandes e o goleiro Victor. "O Victor é muito importante. Ele está feliz. Pelo o que escutei tem a situação de permanência", disse o treinador.
(...)

2011

"Limpeza" do elenco do Grêmio começa com dispensa de Rodrigo

O Grêmio começou a reformular o seu elenco nesta quarta-feira. Rodrigo, zagueiro titular e trazido por indicação de Silas, foi dispensado. Ausente nos trabalhos desta semana, o jogador irá rescindir seu contrato com o clube e não faz mais parte do elenco. Além dele, outros jogadores serão dispensados até a chegada de Renato Gaúcho, novo técnico do time.
(...)

Para Lúcio, reformulação no elenco do Grêmio será normal

Após fracassar na Libertadores da América, a direção do Grêmio deve reformular o elenco de jogadores para a disputa do Campeonato Brasileiro. Alguns jogadores devem ser dispensados ou negociados e reforços chegarão ao Estádio Olímpico. Na entrevista coletiva desta quarta-feira, Lúcio afirmou que as mudanças no meio da temporada são normais
(…).

Reformulação do elenco depende de conversa entre Julinho e Pelaipe

Apresentado oficialmente como novo diretor-executivo do Grêmio na manhã de terça-feira, Paulo Pelaipe acredita que será preciso fazer uma reformulação no grupo do Grêmio. Mas a quantidade de eventuais dispensas ou novas liberações para empréstimos e vendas depende da conversa que ele teve à noite com o técnico Julinho Camargo, no hotel onde o grupo tricolor concentra-se para enfrentar o Atlético-MG, às 19h30m desta quarta.

Grupo do Grêmio encara reformulação para Brasileiro com naturalidade

A direção do Grêmio não esconde que o elenco irá mudar nos próximos dias. A reformulação já começou, e irá seguir durante as primeiras rodadas do certame nacional. Alvos da mudança, os atletas encaram com naturalidade saídas e chegadas. O objetivo é voltar a ter uma conquista de expressão, algo que não acontece desde 2001.
(...)
Com elenco tem 38 jogadores, a ideia é chegar a 30. Pensando na contratação de cerca de quatro atletas, mais de 10 devem ser negociados. Os cartolas descartam rescindir vínculos, mas procuram clubes interessados naqueles não estão sendo aproveitados no Olímpico.
(…).

Diretoria do Grêmio estuda reformulação do elenco

Logo após a perda do título do Gauchão para o Inter, no domingo, a diretoria do Grêmio se reuniu nesta segunda-feira para avaliar uma reformulação no elenco, que perdeu o título gaúcho em casa para o Inter, no domingo. Desde o início da tarde desta segunda-feira o presidente Paulo Odone se reúne com integrantes do departamento de futebol, no Olímpico, sendo que a partir das 18h ele ficou somente com o Antônio Vicente Martins.
Reforços, dispensas e renovações de contrato estão na pauta. A reformulação do grupo é inevitável. Com 37 jogadores no grupo, o clube entende que o ideal é trabalhar com 28 para disputar uma competição. E, no segundo semestre, o Grêmio terá apenas o Brasileirão. Até esta terça-feira a expectativa é de novidades para os gremistas. Ainda no domingo, o técnico Renato Gaúcho comentou sobre a dificuldade que o clube enfrenta para contratar.
(...)

Reformulação do elenco do Grêmio chega à metade do número ideal

Cinco jogadores já deixaram o clube; meta é liberar pelo menos mais cinco

Com quase 40 jogadores no elenco, Renato Gaúcho conseguiu alternar escalações durante a disputa simultânea da Taça Libertadores e do Campeonato Gaúcho. Agora, apenas com o Brasileiro pela frente, o treinador do Grêmio estabeleceu como meta diminuir para 28 o número de atletas.
Mas haverá contratações. Dois nomes foram confirmados: Miralles e Gilberto Silva. Estão próximos do acerto também Marquinhos e Paredes. Com isso, será preciso liberar entre 10 e 12 jogadores.
Cinco já deixaram o clube, alcançando praticamente a metade da meta estabelecida pela comissão técnica. Apenas o jovem zagueiro Romário foi dispensado. O goleiro Busatto foi emprestado ao ASA-AL, assim como o meia Maylson ao Sport Recife, e o lateral-esquerdo Gilson ao América-MG. O centroavante Borges foi cedido ao Santos.
O ASA-AL tenta ajudar o Grêmio nesta reformulação ambicionando também a contratação do meia Roberson. O clube alagoano chegou a anunciar o acerto, desmentido pela diretoria tricolor.

2012

Grêmio prepara segunda reformulação no elenco em dois meses de temporada

Máximas do futebol que relacionam sucesso à sequência de trabalho não são muito a cara do Grêmio. Pelo menos não ao que ocorre neste ano. O clube porto-alegrense começou a temporada em meio a uma reformulação de elenco. Ao ver que não dava certo, trocou de comando e agora inicia a segunda. Tudo isso em somente dois meses.
Para o início do ano chegaram 9 jogadores. Grolli, Naldo, Sorondo [que depois foi dispensado], Felipe Nunes, Pablo, Léo Gago, Marco Antonio, Kleber e Marcelo Moreno foram contratados e participaram da pré-temporada em Bento Gonçalves.

Para o início do ano se dizia que somente mais dois atletas seriam contratados. Um zagueiro e um meia. Posteriormente a meta passou a ser dois meias. Um volante também entrou na parada mais tarde, e agora até um lateral será anunciado.
Souza foi o 10º novo jogador a vestir a camisa do Grêmio, já nas últimas semanas, e Bertoglio, o 11º, ainda nem estreou. Além disso, o primeiro processo de reformulação afastou Miralles, reintegrou André Lima, liberou Rochemback e Douglas, além de promover alguns jovens da base e rejeitar qualquer chance de reaproveitar Lúcio - que segue afastado e tem contrato em vigor.
Mas de nada adiantou. Caio Júnior, peça fundamental nas decisões tomadas entre o fim de 2011 e janeiro de 2012 acabou caindo com 48 dias de trabalho. Luxemburgo foi contratado e nesta terça deu início de fato a segunda reformulação do elenco.
O primeiro nome a chegar pelas mãos de Luxa é o lateral direito Pará, que vem do Santos. O treinador pretende, com isso, definir Mário Fernandes como zagueiro e usar seu indicado como alternativa em ambos os lados.
Luxa também freou as negociações com Cristian Rodrigues, uruguaio do Porto, que estava encaminhado. Não é o estilo de meia pretendido. O treinador quer um camisa 10 clássico, curiosamente algo que o Grêmio tinha com Douglas, liberado na gestão anterior.
"Já temos um time base. Quem chegar não vai interferir muito. Nosso grupo é pequeno e temos que ter disputas internas. É isso que precisamos para sermos vencedores. Qualidade e quantidade", disse Kleber, ignorando a falta de entrosamento provocada por frequentes chegadas.
Ao que parece, projeto e planejamento são palavras não muito comuns nas discussões gremistas. Ou estes trocam de rumo mensalmente. Enquanto isso, o time foi eliminado do primeiro turno do Estadual pelo Caxias, mas terá uma semana livre para recuperação e, claro, chegada de novos jogadores. Se atingir a meta esperada, o Grêmio terá contratado 15 reforços para 2012. Ou seja, metade do elenco será novo em relação ao ano anterior.
Pará será o 12º reforço do Grêmio para as disputas da temporada. O jogador fez exames médicos na terça-feira e será anunciado oficialmente na quarta feira 29/2.
Fonte: Marinho Saldanha

Não é preciso entender muito de futebol para concluir a tônica que pautou a ação de nossos dirigente durante os últimos anos. Esta pode ser resumida em uma palavra – REFORMULAÇÃO. 
 
Nós, torcedores, passionais, temos, cada um, a identificação imediata e precisa do que vem sendo repetido ano após ano e que, invariavelmente nos levará ao fracasso.

Mas no momento em que há a esperança de algo novo, no momento em que um dirigente tem responsabilidade e um projeto de manutenção de grupo e trabalho o que exigimos? Sim, a tal da reformulação.

Então eu paro e me pergunto, depois de anos a fio dando errado será que agora dará certo? É a repetição da história de fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.

Nós podemos errar, temos este sagrado direito. Podemos destruir reputações hoje e amanhã dizer que estávamos errados sem qualquer cupidez ou vergonha, mas o que não devemos esperar é que os dirigentes amoldem suas ações conforme nossas vontades de torcedores, porque, se assim for, estaremos irremediavelmente fadados ao fracasso.

domingo, 26 de maio de 2013



Opinião





Vitória Consistente

Desde 2008 que o Tricolor não iniciava com vitória o Brasileiro. Não foi a única notícia boa da tarde; descontando a fragilidade do adversário, há de se valorizar alguns aspectos positivos que não apareceram inclusive contra times ruins do nosso Gauchão, a jogada de aproximação que diminui o erro de passe, ainda que Souza e especialmente, Fernando com momentos de distração e imperícia neste fundamento. A pegada foi fundamental para "asfixiar" o Náutico. Foram dois tempos uniformes, onde apenas no começo de cada um deles, o controle de jogo não foi Azul. Indo para as individualidades; gostei demais do Barcos, o melhor em campo, um pouco abaixo, Zé Roberto, Souza e os dois laterais, Pará e Alex Telles. O miolo da zaga foi bem, apenas acho (o que é natural) o Bressan meio afobado, talvez pela sua juventude. Gostaria de ver o Gabriel, ex-Lajeadense, ter uma sequência ao lado do Werley. Dida assistiu a partida, tamanha a segurança da zaga e/ou inoperância do ataque do Timbu. Vargas esteve bem e acho que o Tricolor deveria fazer muita força para mantê-lo. Construir, atacar é muito mais difícil no futebol, portanto, ter jogadores de boa qualidade técnica e finalizadores é imprescindível para tentar o título. Elano continua o mesmo, às vezes não aparece ao público, mas surge em momentos decisivos da partida. Guilherme Biteco entrou muito bem e logo, logo estará jogando mais que alguns titulares. No mais, os meias acabaram fazendo os gols na posição de centro-avante, não foi mero acaso. Encerrando, a próxima rodada aponta o confronto contra o Peixe. Historicamente o Imortal se dá mal na Vila; é um tabu a ser quebrado.

Galeria Imortal (1)
 
Estamos criando um novo quadro; nele serão mostrados times do Grêmio ao longo de sua existência para que possamos conhecer ou recordar jogadores que vestiram a camisa tricolor.

                                                                   Foto: http://www.patonauta.org

Este é o time treinado por Ênio Andrade no início de ano de 1975, mais exatamente em 16 de Março, num amistoso contra o Palmeiras de Pato Branco, Paraná. Foi 7 a 3 o placar. Em pé: Jorge Tabajara, Cláudio Duarte (Radar), Beto Bacamarte, Ancheta, Cacau e Picasso; agachados estão Zequinha, Yúra, Luiz Freire, Neca e Loivo. Havia cinco jogadores que passaram por Seleções Nacionais: Picasso, Beto Bacamarte, Zequinha e Neca (Brasileira) mais Atílio Ancheta (Uruguaia).

sexta-feira, 24 de maio de 2013



Opinião



                          
 
    Encarando o Brasileirão

 
            Neste final de semana, o Imortal começa uma nova busca a tão sonhada conquista de um título de expressão; as esperanças estão renovadas, principalmente na fala dos jogadores, após a intervenção do primeiro mandatário do clube que injetou ânimo ao grupo combalido, após o insucesso da LA. Analisando o elenco, “nós como bons torcedores...” como diz o hino de Lupicínio, damos pitacos com a melhor das intenções ( eu sei! O inferno está cheio de bem-intencionados). Faz parte do universo do esporte bretão e da paixão do ser humano. O que pensamos sobre o atual elenco; ele é suficiente? A proposta de sugestões está aberta, para isso, vou “iniciar os trabalhos” dizendo que de goleiros estamos muito bem servidos para encarar 8 meses de disputa; laterais ??? Bom, aí começam as dúvidas. Se André Santos sair, Alex Telles assume naturalmente a lateral esquerda, fica faltando o reserva. Pará e Tony ou Tinga, por mim tudo bem. Chegamos a zaga e aí vai depender da resposta de Bressan, Saimon e Gabriel, Cris deverá ser dispensado, Werley, acredito que será vendido para a Europa, portanto, torna-se indispensável trazer um zagueiro experiente. Chegamos ao meio de campo; com a iminente saída de Fernando, Adriano entra naturalmente em seu lugar e por mais absurdo que possa parecer, o setor poderá ficar mais fortalecido, pelo menos, defensivamente. Adriano é valente e tem bom passe. É uma espécie de Jeovânio, sem a fortaleza física deste, mas aguerrido e irresignado como nosso antigo volante. Com a manutenção dos demais, resta sabermos como será o aproveitamento de Max Rodriguez e se Cícero virá. Há promessas que poderão se tornar realidade; Jean Deretti, Wrangler. Na frente, Lucas Coelho e Yuri Mamute serão  aproveitados, Vargas, o Tricolor deverá revirar mundos para mantê-lo, Welliton, penso que deve ficar; ao contrário de alguns torcedores, acho que não é mau jogador. Kléber, bom sobre ele me manifestei em postagem anterior; deve ser bem avaliada a balança do custo-benefício. É excelente jogador, mas caro para ficar como “alternativa de banco”. Para encerrar, aqui vão algumas sugestões: Paulão, ex-Grêmio que está na reserva no Cruzeiro, o já citado Cícero e para o ataque, na hipótese de ficar sem Vargas e Welliton, creio que se for para investir sem fazer loucuras, vejo dois atletas: Walter, ex-Coirmão, no momento no Goiás e por mais esquisito que possa ser este nome, não vou me “encolher” de sugerir; trata-se de Lins, ele mesmo! Lins foi o segundo melhor jogador do campeonato catarinense. Tá certo!! É o catarinense, mas talvez mais experiente, possa dar uma resposta mais positiva. É veloz e joga pelos lados do ataque. O que vocês acham?

quinta-feira, 23 de maio de 2013


Opinião






Libertadores: Uma Roleta Russa
 
A LA é passado para nós, tricolores, mas ontem assisti Olímpia x Flu e fiquei lembrando de vários episódios desta e de outras edições; cheguei a conclusão que quem diz ser ela uma competição "traiçoeira" acerta em cheio. Vai muito além de planejamento, organização, qualidade, etc... Entram os famosos "detalhes" que é um conjunto de fatores que está nas quatro linhas e também no que as rodeiam. (Os fatores) passam pela língua diferente, arbitragens com estilos peculiares, clima, altitude, gramados sintéticos e obviamente, conhecimento, atitude e habilidade. Olhando o jogo do time paraguaio, vi nele o mesmo posicionamento tático que Boca, Santa Fé (na Arena) e o Grêmio em Bogotá utilizaram. Para mim, nada justifica os 4 times ficarem "enchiqueirados" como ficaram. Os meandros caprichosos do futebol levaram uns a se classificarem e outros a ficarem no meio do caminho, em especial, o Corinthians, grande candidato. O mata-mata, especialmente na LA mascara muito a qualidade dos campeões, porém é muito justo festejar e valorizar ao extremo a conquista do torneio, porque é um somatório maluco de variáveis que estabelece um mistério na fórmula para ser ganha. Coisa para sortudo e alquimista ao mesmo tempo. Tem-se que comemorar  muito o título. Apenas para citar alguns momentos que vivi: Em 83, La Plata, bastava inverterem-se os árbitros daquele Grêmio x Estudiantes que o nosso Imortal sairia de lá derrotado. Naquela época, os bandeirinhas eram árbitros escalados, e se em vez do corajoso Luiz La Rosa, estivesse o notório locatário Ramon Barreto, que anulou erradamente o quarto gol do Grêmio (César) no apito, nós estaríamos desclassificados. Em 95, se na primeira partida, a dos 5 a 0, as expulsões não tivessem desestabilizado o time do Palmeiras, a goleada não teria acontecido. O Palmeiras era mais time e a sua classificação viria no jogo da volta. Em 2006, o Coirmão só passou de fase, por uma das mais desastradas arbitragens que se tem notícia dos  50 anos de história da LA, favorecido pelos dois gols mal anulados contra o Nacional de Montevidéu. Dessa forma, aparecem nas finais, "estranhos no ninho" como Once Caldas, São Caetano e Atlético Paranaense. 2013 está me cheirando parecido; Olímpia ou Santa Fé poderão estar na final. O Galo é disparado, o melhor time; alguém aposta, com absoluta convicção, que será o campeão? Difícil. A Libertadores segue sendo a competição mais desejada por nós gremistas, mas não podemos perder de vista que além de bom futebol (que nos faltou), também não deu para contar com o"sobrenatural de almeida", personagem criado pelo imortal Nelson Rodrigues, que atazanava a vida do seu Flu, quando uma explicação razoável não era encontrada para o insucesso e cuja a sua utilização ganhou a boca de todas as torcidas do país. O Brasileirão é igualmente, muito difícil, tanto que em mais de 40 anos de disputa, ganhamos duas vezes apenas, convém salientar que o jeito de ser jogado, sem dúvida, difere dos torneios mata-mata. Esse é o foco do Grêmio, para ele é que o planejamento será voltado. À partir deste domingo até Dezembro, será nossa realidade.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Sempre Mais do Mesmo...

Momentos de crise são terreno fértil para a profusão da mais diversa gama de teóricos, profetas e teses. Alguns apocalípticos, outros messiânicos, tendo em comum a certeza de carregarem o bastião da verdade e serem a última palavra de salvação.
O nosso time não foge a regra. Em momentos de turbulência as teses, sempre tão profícuas, pululam de mentes cabotinas.
Tais considerações me levam à questão. Existe algo de novo nas proposições ou somente um renitente movimento pendular que insiste em pintar com novas cores o carcomido sistema vigente?
Temos por natureza a teimosia, ampliada pelo sentimento bairrista e arraigada pelos conceitos de hombridade que por vezes, mais do que virtudes, se rendem ao excesso e sucumbem aos vetustos conceitos.
Dos primeiros exemplos que me recordo remonta à época da Lei Pelé que, em substituição à Lei Zico, inovou artificiosamente o ordenamento jurídico. Algum clubes aproveitaram-se da novidade, alguns clubes perceberam o cisma (que à época era alardeado como o fim dos times brasileiros) e transformaram a crise em oportunidade, outros, atrelados à ideias de futebol retrogradas, bom, preferiram não vender craques...
Mas a lição parece não ter sido apreendida pelas plagas gaúchas.
Zé Roberto, mais do que jogador, homem do futebol, como que num prenúncio, talvez por ter a oportunidade de vivenciar realidades diversas, vaticinou, o antigo camisa 10 não existe mais, ele, por exigência do esporte, mudou, transformou-se, recuou e deixou de ser meia, virou volante. E mais, exemplificou, Iniesta, à época, o homem pensante do time mais badalado do momento.
O escárnio foi instantâneo e a tese “miseravelmente” pulverizada por nosso censo futebolístico superior.
Mas a história gosta de pregar suas peças e em tempos onde o futebol alemão dá as cartas qual é a referência do time germânico (Borussia)? Um homem pensante do meio, Lewandowski, um volante que recebe a bola de costas para a zaga e, a partir deste ponto, distribui o jogo. Quem assistiu ao confronto contra o Real sabe do que estou falando.
Mas alguns de nós, tão brasileiros e tão gaúchos não temos o que aprender, somos versados demais em futebol, garra, mística e, por que não dizer, em foda de mosquito...
E agora, não diferente de sempre, a palavra que toma de assalto as manchetes e se transforma no mantra da época é, REFUNDAÇÃO.
Nada mais adequado à situação, afinal, palavra tão fluida abarca nos seus mais diversos conceito toda sorte de quereres.
Por onde passa uma refundação?
Não tardaram a erigir-se, em suas sempre indefectíveis certezas, aqueles que apontam os rumos a serem seguidos e as proposições são das mais diversas.
Refundação como Renovação: A proposta é a mais pura e simples terra arrasada. Demite-se técnico, comissão técnica, departamento de futebol, metade do elenco e, se possível, conselho e presidente. Pois bem, recolhendo as manchetes sobre o tricolor desde 2004, a cada entrada de ano, a cada eliminação de competição, a cada semestre qual é a tônica, a expressão que permeia todas as notícias? Reformulação. Dispensa-se em rodo, contrata-se em dúzia. Demite-se técnico, comissão e administra-se a dívida, afinal, o Grêmio é grande...
Resultado? Um condomínio de credores, clube na penúria e nós, incautos, crendo que uma verba privilegiada como a trabalhista (sujeita até a penhora de renda) poderá ser paga da forma que melhor nos aprouver.
E refundamos o clube repetindo a estratégia que a doze anos nos dá os mesmos resultados, ignorando o ensinamento de que absurdo é esperar resultados diferentes fazendo a mesma coisa.
Outros creem que a refundação passa pela adoção de fórmulas herméticas como garantia do sucesso. Um percentual de jogadores da base, aliados a alguns jogadores fora de série e um treinador gaúcho, pronto, certeza da vitória.
Ignora-se que a base gremista tem sido depredada ano após ano, que um trabalho sério só renderá frutos a longo prazo e que a promoção de forma açodada de garotos, muito longe de resolver os problemas, serão a justa causa da manutenção deste estado de coisas.
Não falta também aqueles que reclamem a recuperação do estilo gaúcho de jogo, com raça, com gana e “sangue nos olhos”. Algo mágico, que permeia o imaginário gremista e nos leva a crer que 11 Sandros Goianos em campo serão capazes de nos levar a vitória.
Pena a realidade não ser tão condescendente, pena um clube não viver só de mística e pena derrotas de “cabeça erguida” não povoarem a sala de troféus.
O Grêmio não precisa de estilo, o Grêmio precisa de vitórias.
E agora, menos de um semestre após a assunção do maior presidente que o clube já teve, há quem lance sua biografia na lama e desconsidere tudo que já foi feito. Estes, quando bradavam pelo Velho, não queriam o Koff, queriam uma legenda, uma panaceia, um ser que povoa os sonhos gremistas, que seria alçado ao cargo de mandatário maior e, como num passe de mágica, nos faria ganhar absolutamente tudo por sua simples presença.
Isto não é o Koff que apoiei.
O Koff dos meus desejos é aquele que não refunda o Grêmio repetindo o que fazemos a doze longos anos, o Koff em quem depositei minhas esperanças sabe o conceito de administração gerencial, tem consciência de projeto e resultado.
O presidente que aguardei tem noção de que a recuperação do sentimento gremista passa exclusivamente por vencer, erguer taças, conquistas títulos e isto, não se faz somente dentro de campo, se faz PRINCIPALMENTE no campo político, na arte do possível, contratando gestores de reconhecido trabalho na base, na preparação física, viabilizando o clube em termos financeiros e constituindo um ambiente favorável, insumando uma terra que depois produzirá fruto.
Pela primeira vez em muito tempo tenho mansidão e tranquilidade no que se refere ao Grêmio e, enquanto alguns seguem profetizando o fim, eu – ao largo de buscar séquito – sigo com aquela que não costuma falhar, sigo com fé, com fé no que é programático e não no que é mágico.

terça-feira, 21 de maio de 2013


Opinião



 
...e Luxemburgo permanece
 
Certamente foi uma decisão difícil para o presidente Koff e seu grupo. O ano de 2013 se mostra muito pesado para todos nós, incluo nisso até os torcedores do Coirmão, pois o futuro que se vislumbra para eles é imensamente mais árduo do que o nosso. Tratando do Grêmio; são diversos fatores que convulsionam o ambiente: a caixa preta que é este acerto com a construtora da Arena, uma Libertadores que exigiu alteração de planejamento no enfrentamento com a LDU, renovações desgastantes, em especial a do treinador que "não é flor que se cheire" e o desempenho pífio nas duas competições. Desconto o Gauchão, porque era menos atraente. A Libertadores sim; essa competição o Tricolor ficou devendo, mas não foi só ele, no entanto, o que interessa para nós é ele e ponto final. A pressão pela saída de Luxemburgo só contribuiu para tumultuar a instituição. À princípio, sou pela permanência dele, assim como fui contra a saída do Renato. O  que ganhamos com o seu afastamento? Julinho Camargo e depois Roth, que aliás, se o Brasileiro tivesse mais duas rodadas, pelo andar da carruagem dos últimos 6 jogos, seríamos rebaixados. Era apenas Renato o problema? Voltando ao presente, os erros foram coletivos; todos os setores erraram, inclusive a torcida, essa também erra e muito. Temos exemplos de bons jogadores que saíram daqui e não encontraram substitutos à altura: Jonas, antes de sair para a Lusa, Fábio Santos, Douglas e Victor. Todos em um determinado momento foram escorraçados do Imortal. Querem maior absurdo do que o que fizeram com o nosso arqueiro? Com os técnicos o processo não é diferente. Temos um grande elenco, um técnico competente, um diretor de futebol que conhece o mercado, uma torcida apaixonada, um estádio de primeira e o maior presidente desse Rio Grande; talvez do Brasil. O que precisa, então? Um dirigente mais atuante no vestiário, encarar o treinador como funcionário do clube, fazer um diagnóstico das peças faltantes e oferecer ao comandante de campo com a maior convicção jogadores escolhidos pela Direção. Caberá ao técnico trabalhar com a disponibilidade que lhe for oferecida. Afastar jogadores que comprovadamente não são efetivos. Fazer valer a hierarquia de uma instituição centenária; caso contrário, teremos tudo às avessas e o Tricolor jogando no lixo todo o 2013, mais ainda, entrando 2014 cambaleante. Se a Direção acerta em promover a permanência de Luxemburgo, tem que passar logo para o segundo passo; dar ao grupo de jogadores a segurança que o clube não está à deriva, nem que o timoneiro é Luxemburgo. Koff é importante, fundamental, mas é humano, sendo assim, precisa de peões, bispos, cavalos, torres, etc... para lhe darem suporte, senão, o Rei ficará nu, muito próximo do xeque-mate.

segunda-feira, 20 de maio de 2013


Pequenas Histórias (44)- Ano 1935
"El Maestro" Luiz Carvalho

O Imortal hoje tem um centro-avante portenho, Hernán Barcos, um maestro na área, pois sabe "dançar conforme a música", joga o jogo que se apresenta. Além de Booth, o center-forward da pré-história do Tricolor; aquele que meteu 5 dos 10 a 0 sobre o Coirmão no primeiro Grenal, o Grêmio na década de 20/ 30 apresentou outro goleador, Luiz Leão Carvalho, craque que chegou à Seleção Brasileira e convenhamos, naquela época, um jogador dos confins do Brasil ser convocado era realmente uma façanha.

 A sua estreia no maior clássico do sul do país ocorreu em 1923, o Imortal ganhou de 3 a 2 e ele "guardou" o seu. Jogou vários Grenais e ganhou bem mais do que perdeu. Tornou-se um dos maiores ídolos juntamente com Lara e Foguinho. Saiu do Tricolor para jogar no Rio no Vasco em 1935, onde se tornou o primeiro grande lance de marketing que se tem notícia no futebol brasileiro, porque os produtores gaúchos de vinho bancaram a sua contratação e seus salários para o time da Colina, pois os torcedores vascaínos, portugueses na sua maioria, eram grande consumidores de vinhos importados e o mercado estava fechado para os nacionais. Com o sucesso do artilheiro Luiz Carvalho, ele se tornou garoto propaganda das vinícolas gaúchas e as vendas aumentaram, especialmente no ano de 1936, quando contribuiu com 8 gols para a conquista do campeonato carioca daquele ano. 

Jogou também no Botafogo. Seu último jogo foi um Grenal em 13 de Fevereiro de 1940 na Baixada, ocasião em que o Tricolor bateu o seu tradicional rival por 4 a 2 com grandes atuações de Luiz Luz, Dario e Foguinho. Os gols foram marcados por Acácio (I) aos 10 minutos, Foguinho empatou aos 15, Salvador virou aos 5 do segundo tempo, César ampliou aos 9, Foguinho marcou o quarto aos 15 e Tesourinha (I) diminuiu a diferença aos 20 minutos. O Grêmio formou com Edmundo; Dario e Luiz Luz; André, Noronha e Laxixa; Mesquita (Salvador), César, Luiz Carvalho, Foguinho e Malaquias. O Inter de Júlio; Alfeu e Risada; Celso (Nenê), Magno e Levi; Tesourinha, Russinho, Acácio, Rui (Castilho) e Carlitos. O juiz foi Alfredo Cesaro.

 Luiz Carvalho ainda foi presidente do clube em 1974/75, quando promoveu a recuperação financeira e principalmente, deu a primeira chance ao treinador Enio Andrade num clube grande. Mas por que "El Maestro"? Porque logo que se aposentou devido a uma lesão grave no joelho, assistia a Grêmio X Independiente, o tradicional clube de Avellaneda, bicampeão argentino, que excursionava exitosamente por São Paulo e Rio de Janeiro e seus jogadores eram chamados de "maestros" pela qualidade técnica; pois bem, finalizado o tempo inicial, os platinos venciam pelo escore mínimo, quando a torcida presente ao Fortim da Baixada, passou a pedir o ingresso de Luiz Carvalho.

 O velho artilheiro desceu da arquibancada, fardou-se entrou e empatou a partida, que encerraria com o placar de 2 a 1 para os tricolores. A massa torcedora passou a homenageá-lo, chamando-o de "El Maestro". Luiz Carvalho é um dos maiores ídolos dos primeiros anos  e certamente, uma das páginas mais bonitas da história do Grêmio.
bruxo niederauer

As Pequenas Histórias anteriores estão neste endereço abaixo, basta clicar no link  e terão as primeiras 43 delas:

    

sábado, 18 de maio de 2013



Opinião




O Quebra-Cabeças
 
A Emoção é nossa, a Razão deve ser dos dirigentes. Após a desclassificação e suas consequências, aliás recomendo sobre isso, a crônica do David Coimbra de hoje (é didática), surgem especulações sobre o destino do Tricolor. Trocar o treinador, fazer uma faxinada, voltar ao "terra-arrasada", etc... Há causas que justificam quaisquer medidas; ou seja, para manter ou para defenestrar o técnico. Daqui, há quase 300 km do centro dos acontecimentos, penso que o presidente Koff segue sendo o gerador do bom-senso e senhor das ações. Saberá decidir pelo melhor caminho; enfim, trocar as peças (ou não) e repor as faltantes neste quebra-cabeças. Não vi grande diferença entre os jogos que assisti dessas oitavas-de-final, exceção ao segundo jogo do Galo. Lúcio deixou o São Paulo na mão, Tolói (SP) e Henrique (Palmeiras) entregaram, os goleiros Bruno e Cássio falharam feio,  o segundo mais ainda, sorte que o atacante fez pior que ele no segundo tempo; Luis Fabiano e Barcos sumidos. No caso de Luxemburgo, penso que o que pesará será o vestiário. Se estiver dividido e sem recuperação motivado pela sua presença, Luxa deve sair; se os problemas residem dentro de campo, sejam táticos ou técnicos, eles têm arrumação "não mudando", ainda mais que livre da pressão do mata-mata, time e comissão técnica crescerão. Koff ouviu a torcida no final do ano, bancando Luxemburgo que estava a um passo do Coirmão; ouvirá de novo a torcida, quando boa parte pede a cabeça do treinador? A torcida estava certa em ambos os casos?  De qualquer forma, o grupo terá que ser "redesenhado", nem entro na questão da qualidade técnica, mas na capacidade de pender para o lado positivo a balança do custo-benefício. Exemplificando: Kléber é muito bom jogador, mas com o seu salário é viável ser banco? Elano é excelente, contudo, não é muito caro para jogar meio tempo?  André Santos é Seleção, porém, vale a pena gastar nessa transação internacional? Marco Antônio, Tony não tem futebol ou não se adaptaram aqui no Sul.Sairão? Werley e Fernando serão vendidos na janela européia? São questões postas à mesa do Presidente. Ele saberá decidir positivamente? Acredito que sim.

sexta-feira, 17 de maio de 2013



Opinião


 
 
Estratégia Equivocada
 
Ontem caiu a net e internet (tenho net combo) na minha região e fiquei só no radinho, mas deu para se ter um noção de como foi a desclassificação do Imortal. Luxemburgo errou feio, porém, ao ouvir a entrevista do Roger no final da partida e sua defesa enfática quanto a estratégia adotada, mencionando inclusive, que ela funcionou até aos 80 minutos, cheguei a conclusão que foi decisão coletiva e na minha modesta opinião, redondamente equivocada. O Grêmio fez o mesmo jogo do Boca Juniors no Pacaembu e deste Santa Fé na Arena. Aí vocês vão me dizer: Como? Se eles se classificaram e o Grêmio dançou. A minha leitura é simples; os três erraram; o Boca se safou pelos erros monumentais de arbitragem e de uma jogada acidental de Riquelme que abusou de tentar lançar a pelota no segundo pau, seja pela direita, seja pela esquerda. Num confronto normal, o Corinthians passaria. Já o Santa Fé abdicou de atacar na Arena, ciente de sua fragilidade diante de um gigante brasileiro e contou com a trapalhada grosseira do Cris. Um "Dois em Um" que caiu do Céu: pênalti infantil associado a uma expulsão gratuita. Não fosse isso e o Santa Fé passaria a noite inteira com um único arremate no final do segundo tempo, saindo com uma derrota por mais de um gol e o jogo da volta provavelmente com outro desfecho. Essas classificações passaram pelos famosos "detalhes" de quem joga uma LA. No El Campin, o Tricolor especulou pouco e contou com a imperícia de Vargas no último minuto. Fizesse o gol e a vitória mascararia uma situação real de total apatia e desarmonia no grupo. Algo há. Cabe ao presidente Koff fazer a "depuração" que o clube tanto almeja e merece. Sigo, afirmando minha total confiança no primeiro mandatário do clube. Ele, acima de todos, sabe onde estão os gargalos que impedem as vitórias que sonhamos. Aguardemos os próximos capítulos. Para encerrar este comentário, quero agradecer ao Marcelo SM, Guilherme e a minha sobrinha Lara que me deram uma grande alegria em ver em poucas horas de blog, já uma repercussão. Também gostaria de esclarecer que a minha diferença com o Guto se dá exclusivamente pela forma de exposição de suas ideias que se tornou incompatível como o modo que tenho em manejar as palavras, escrevendo e lendo. Hoje é Feriado na cidade, por isso as postagens saíram neste horário.


Opinião




O Novo Espaço
Pois é, gente! Hoje é menos opinião e mais apresentação deste novo espaço para debates, discussões, sugestões, desabafos e para muitas comemorações. Deixei  de postar no blog do Guto, algo que me dava muito prazer e também, que me proporcionou encontrar muitos gremistas e escrever sobre essa paixão fascinante que é torcer pelo nosso Grêmio, o Imortal Tricolor. Nunca foi minha intenção deixar de participar, mas acontecimentos alheios à minha vontade e, especialmente, à forma de encarar a vida, me obrigaram a buscar novos rumos. Lembrei de umas linhas do jornalista Mário Marcos de Souza em sua última postagem pela RBS, dia 03 de Janeiro de 2011, quando citou uma frase de seu irmão, justificando sua saída da empresa:"... chega uma fase da vida em que a gente precisa ficar ao lado de suas próprias ideias. Foi o que fiz." Sempre entendi o futebol como algo saudável, que serve para aproximar pessoas, povos, por isso incluí acima a foto maravilhosa que guardo há anos de um grupo de crianças batendo uma bolinha, durante uma das inúmeras guerras no Oriente Médio. É belíssima. Penso que a pluralidade de ideias e respeito devem nortear um blog; isso é o que eu entendo por "rede social"; quando isso desaparece, volta a barbárie. A razão não pode ser defendida ou compreendida pela estupidez. Vou convidar dois amigos, se eles toparem, o nosso blog já nascerá "plural" e, embora, seja criado de forma simples e sem pretensões maiores, ele estará aberto a todos aqueles que quiserem bater papo sobre o Tricolor, logicamente, ficando à vontade, democraticamente à vontade, mas acima de tudo, respeitando o espaço e a opinião dos demais, por mais esdrúxula que esta última possa ser. Um abraço; sejam bem-vindos.