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domingo, 27 de agosto de 2023

Opinião




Goleada com grande atuação 

Poderia ter sido 4 a 0, a anulação do gol de Bitello passa pela "filigrana" do detalhe das linhas traçadas e a boa vontade dos analistas do VAR. Seria o "gran finale" de uma notável atuação gremista.

Alguém poderá dizer que o Cruzeiro é limitado, mas Vasco, Goiás e Santos o que são? Então, tem que valorizar o desempenho. Se ele será uma ilha no coletivo dos jogos, isto será constatado nas próximas rodadas. Por enquanto, a análise deste texto foca os seus 90 minutos deste Domingo e ela (a análise) demonstra que Geromel é excepcional, mesmo voltando depois de 10 meses parado. Além de intervenções que parecem simples pela colocação, pela técnica do desarme, ele fez a defesa jogar melhor e mais organizada, basta ver os desempenhos de Gabriel Grando e Kannemann, discretos, tranquilos e seguros. Como sempre escrevi; um coisa é goleiro jogar com essa dupla à frente, outra é ter Werley e Bressan, por exemplo. 

O meio de campo precisa ser visto e revisto em outros jogos, porém, a chegada de Carballo, Pepê e Villasanti, alternadamente, em busca do gol, já rendeu frutos contra o Cruzeiro. 

Cristaldo fez bom jogo e Suárez, para tristeza de uns secadores travestidos de comentaristas esportivos, marcou o seu, incomodou os zagueiros e virou garçom. Grande atuação. Junto com Geromel, o diferencial da partida.

A perseguição ao título ficou inviável após a queda de rendimento contra os piores colocados na tabela, no entanto, o Grêmio por ter apenas o Brasileirão, poderá ter essa vantagem contra o Palmeiras na luta pelo vice campeonato. Arrisco afirmar que Fluminense e Flamengo, não terão fôlego para suportar a carga de disputar partidas decisivas juntamente com o certame nacional.

É um consolo, porém, também, um esboço de elenco a ser aprimorado em 2024.



sábado, 26 de agosto de 2023

Opinião




O Ponto Crucial de um Time 

Como o "time" a que me refiro é de futebol, dá para interpretar que o ponto crítico, crucial ou capital, é o clube de futebol. Mais especificamente, aqui no Brasil.

A escolha do treinador tem se revelado a parte mais sensível e decisiva nos desempenhos dessas instituições. Cito o caso de Abel Ferreira, português que se transformou no maior técnico da história do Palmeiras, que já teve Rubens Minelli, Osvaldo Brandão, Vanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe; todos com faixas importantes no peito.

Abel muda jogadores, muda esquema, não "dá bola" para o que diz dele boa parte da Imprensa e  segue  construindo uma biografia fantástica. Além dos títulos, há exemplos específicos em campo como quando atua com três atacantes baixinhos (Arthur, Roni e Dudu) mais a chegada de outro, Rafael Veiga, todos movediços; ou arma o time com dois laterais direitos, também, com massivo aproveitamento de jovens no elenco, muitos em condições de titularidade como Murilo, Vanderlan, Gabriel Menino, Jhon Jhon (essa grafia mesmo, Jhonatan), Endrick, Luiz Guilherme, Kevin, etc...

Há o caso de Jorge Jesus, que revolucionou o futebol nacional com o Flamengo demonstrando que dá para formar um "Dream Team", transformando-se no maestro das estrelas, administrando egos, canalizando para si os maiores méritos das conquistas, apesar da constelação de craques.

Mas há outros em que o comandante técnico tem nas mãos grupos desconhecidos, taxados até de medianos como foram os casos de Tiago Carpini (Juventude) e Luiz Castro (Botafogo), que vão sendo lapidados e já demonstram que bem treinados, estão preparados para grandes voos nos seus certames.

Resumindo: a figura do treinador é fundamental na construção de uma equipe vencedora. Sei que existem exceções, mas um gestor precisa se balizar pelos inúmeros exemplos da corrente majoritária. Sem um profissional competente (independente de idade, origem ou histórico de ser ex-atleta), a caminhada será mais difícil. Ele é fator imprescindível para campanhas exitosas.

Às vezes, as críticas aos elencos dos clubes são equivocadas. Muitos atletas não são bem aproveitados pela falta de conhecimento ou do trato do treinador.

Aí, a importância de quem conduz os rumos dos clubes e as suas tomadas de decisão, suas escolhas para a vaga na casamata.






quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Opinião




Cobranças 

Já em fim de carreira, quase me aposentando, áreas privada e pública, passei por tantas situações que deixam qualquer um escolado.

Uma dessas situações é participar de encontros ou reuniões para ajustes nas equipes, ouvir considerações, na maioria das vezes, críticas ao comportamento ou à condução do trabalho; porém, quase sempre, as pessoas que são o alvo, ou seja, os endereços destas críticas, não estão lá. Apenas quem não tem que ouvir, ouve o que não lhe "possui".

Leio que o Renato fez fortes cobranças ao grupo, em especial, pelo ocorrido em Santos, sendo mais específico, ao lance do gol da virada. Aí vem a pergunta? Ele foi cobrado? 

O treinador é o maior responsável pela derrota; se Ferreira  quis a reposição imediata pelo gandula, errou, porque a ideia (equivocada, mas em prática) era garantir o empate. Renato colocou Gustavo Martins para reforçar a zaga, então, vem a pergunta: Como tomar um gol de contra ataque com os defensores na área adversária? Ah! Era escanteio a favor. Mas, e daí?

Cobrar o elenco, como se estivesse isento das falhas incríveis que o Grêmio como um todo cometeu desde o trilar inicial do apito, amplia o fosso entre o grupo e seu comandante. É gol contra na certa. Amplia o "eu e vocês", nunca o "nós".

Nesta hora, a Direção precisa mostrar que não vai repetir os equívocos da gestão anterior na postura de "sim, senhor" para tudo que o treinador pratica. 

Será que virá "mais do mesmo"? A torcida precisa de uma satisfação do Presidente.


segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Opinião




O Teto, de novo 

A derrota do Tricolor acelerou a ideia completamente equivocada que o limite competitivo gremista foi atingido, isto é, "Ele bateu no Teto". 

Bater no Teto significa atingir a capacidade máxima possível das possibilidades, otimizar o desempenho dentro de sua potencialidade. Pergunto: o Grêmio atingiu essa situação? Lógico que não! E é fácil chegar a essa conclusão, se a pessoa for honesta na avaliação ou, então, ter capacidade de compreensão dos fatos, não fica difícil.

Para ilustrar, enumero alguns elementos para ir de encontro a esses fatalistas, aliás, o " de novo" do título é porque recentemente tratei do assunto, vide: Bater no Teto.

- O Alvirubro me auxiliou com esta estatística: 10 últimos jogos do Tricolor: 2 vitórias, 3 Empates e 5 Derrotas. 7 gols marcados e 12 sofridos. Entre os confrontos: Bahia, Goiás, Vasco da Gama e Santos. Essa "fotografia" representa o teto gremista? 9 pontos em 30 disputados? 30% de aproveitamento? mesmo sendo um recorte da campanha, essa parcela da imprensa crê que o Tricolor será um dos rebaixados. Incrível!

- Recém chegaram reforços. É razoável entender que com o tempo, Yturbe, Luan, Rodrigo Ely, João Pedro Galvão, Besozzi, os meninos da base (Ronald, Milla, etc..) e as voltas de Kannemann e Pedro Geromel e até Ferreira, apesar da amostragem ruim de alguns, vão acrescentar algo ao time. Haverá sucesso e fracasso nesta parcela do plantel

- Gabriel Grando, João Pedro, Villasanti, Carballo, Cristaldo, Luiz Suárez, Pepê, Reinaldo, bem treinados, será que não podem buscar um vice campeonato?

O Grêmio tem problemas, mas, uma vez corrigidos, usando este mesmo grupo de atletas poderá ir bem mais longe.

Já utilizei exemplos certeiros na postagem "linkada" acima, como o Juventude e Cuiabá, onde os elencos estavam rotulados como insuficientes, mudaram o desempenho, após a troca no comando técnico; então, essa história de "bater no teto", se for sincera a análise dos "profissionais isentos", é mais um equívoco, cuja consequência aos olhos de todos, só aumenta a discussão: é burrice ou má fé deles?

domingo, 20 de agosto de 2023

Opinião




Derrota escancara as limitações gremistas

Jogo para comprovar muitas carências e posicionamentos como a má intenção ou incompetência de certos jornalistas, que "pegam no pé" do Suárez (ficam apontando a carência de gols); hoje, ele e Villasanti fizeram muita falta.  Também, a má condução do treinador, ele é o grande responsável pelas más performances recentes.

O meio de campo é a fotografia, o instantâneo mais visível da deformidade tática da equipe. Assim como está escalado ou posicionado, os adversários passeiam em campo. Hoje, Lucas Lima na primeira etapa e Soteldo, depois, deitaram e rolaram, atuando entre o "último" volante e a zaga. Isso,  diante de um time fragilizado emocionalmente, que deu espaço pelos lados é inadmissível.

Daqui, distante dos acontecimentos, não deu para entender a substituição de Cristaldo, que fez um péssimo primeiro tempo, mas ganhou "moral" com o chute maravilhoso que deu. À princípio, não era ele para sair; pelo menos, naquela hora do jogo.

O returno será muito pegado e a janela terá muito influência. Quem contratou mal, pagará o preço. Neste momento, ouço o treinador gremista dizer que os jogos de Quarta e Domingo prejudicam, justificativa que vai cair por terra em seguida, vale lembrar que sobrou apenas o Brasileiro.

As limitações do Grêmio são vistas até pelos distraídos e a principal delas é a condução da equipe. Tem muito atleta apresentando um futebol abaixo da crítica e isso é preocupante.

Quem chegou até estas linhas deverá perguntar; mas com todas essas deficiências, o que explica o desempenho na parte de cima da tabela? Quem vem safando o time, carregando nas costas, justificando a campanha é um quarteto: Grando, Kannemann, Villasanti e especialmente, Luizito Suárez. Hoje, três deles ficaram de fora e são os que suam a camiseta, jogam e fazem os outros jogar. A posição na tabela passa pelo quarteto.

É isso! amanhã, a cabeça mais no lugar, a gente pode analisar com mais tranquilidade.

PS: A mãozinha que Renato dá para o atacante Furch no gol da virada.

 https://twitter.com/i/status/1693657988681039906

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (293) - Ano - 1958-1960


Léo, o "Pai" do Maestro Kraunus Sang 


Fonte: https://theworldofliliantrigo.wordpress.com


Saí da minha terra para Porto Alegre no final de 1984 para cumprir um estágio, que me levou em definitivo no ano seguinte.

Era o período das Diretas Já e depois, da eleição indireta de Tancredo Neves, que veio a falecer sem assumir à presidência da Nação, em 21 de Abril, um Domingo, dia exato de minha mudança. 

Na capital havia muita movimentação, em especial, na parte cultural. A fundação da Ipanema FM em 1983 deu espaço aos novos nomes do rock (TNT, Cascavelletes, Engenheiros do Hawaii, Replicantes, Astaroth, Taranatiriça, Júlio Reny, Garotos da Rua, etc...), também, o surgimento do musical Tangos & Tragédias da dupla Nico Nicolaiewsky e Hique Gomez em 1984, que deu vida aos maestros Pletskaya e Kraunus. O primeiro, eu já conhecia, pois tinha (e tenho) o álbum Musical Saracura, onde Nico se via na companhia de Silvio Marques Flávio Chaminé e Fernando Pezão (depois, baterista da Papas da Língua). O segundo, nada sabia até então.

Assisti o espetáculo pela primeira vez em 1986 no Teatro São Pedro e presenciei nestas três décadas o  musical entrar para a história do teatro brasileiro. Nico faleceu precocemente em 2014. Hique se adaptou à nova realidade e a Sbórnia, terra dos maestros, segue sua trilha de sucessos com novos personagens/integrantes.

Luiz Henrique, o Hique, entra nesta postagem, porque, assim como muitos garotos, ele também sonhou em jogar pelo Imortal. Tinha pedigree; Léo, o seu pai, atuou no Grêmio, depois de ter conquistado o Gauchão de 1954 pelo inesquecível Renner, juntamente com Ênio Andrade, Valdir Moraes, Breno Melo e outros. Hique até tentou ser zagueiro, mas, cedo, o pai vislumbrou seu futuro na música, longe da bola, assim, lhe presenteou com um violão.

Léo era centro-médio, figurou por três temporadas no Tricolor, marcando sete gols, um deles, na sua estreia em 19 de Março de 1958, num amistoso diante de uma seleção de Santa Rosa na goleada de 10 a 0, onde foi eleito o melhor jogador da partida, fruto de bons passes e visão de jogo. Um jornal da época escreveu: "Léo e Milton abusaram de jogar futebol. Nota 10."

Léo, bageense, nascido em 1933, começou a carreira no tradicional Sá Vianna, de Uruguaiana,  teve a carreira abreviada por uma lesão de menisco, ainda assim, resistiu até 1965, quando parou aos 32 anos.

O volante faleceu em 1983, sem poder ver o sucesso estrondoso do filho nos palcos pelo mundo afora. 

Hique lhe deu uma neta famosa, a escritora Clara Averbuck.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

            https://theworldofliliantrigo.wordpress.com

            https://www.gremiopedia.com 




quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Opinião




Batendo no Teto 

Ontem, ouvindo o pós jogo, entrevista com Renato, um repórter perguntou se o time do Grêmio não batera no teto. Num primeiro momento, daria para concordar com essa ideia que vem prosperando, mas, eu já saltei fora dessa "barca" após algumas evidências, que farão parte do texto abaixo.

Primeiro, uma explicação: acho o Renato muito bom técnico, porém, as necessidades do Grêmio exigem uma nova condução. Minha preferência sempre foi pelos treinadores estrangeiros, os bons, é claro, já que não vejo nada no futebol nacional, os grandes sopros de inovação vem dos europeus em especial, mais de alguns argentinos como Vojvoda.

Continuando; Renato, sua biografia, só tem momentos de relevância fora do Tricolor, noutro Tricolor, o carioca, uma Copa do Brasil e um vice da Libertadores pelo Fluminense. É só, nada no Atlético Paranaense, Bahia, Vasco e Flamengo, aquele de 200 milhões de reais.

O que bateu no teto foi a capacidade de extrair mais do elenco pelo treinador, exemplificando: cada vez que ele enfrenta o Flamengo, é aquela lamentação dele pelo desequilíbrio dos grupos, o que justificaria o rotundo fracasso de encarar o Rubro-negro 11 vezes, perder 9 e empatar 2. Aproveitamento de menos de 1%. Seria engraçado, se não fosse trágico. Felipão bateu o Flamengo no Maracanã por 1 a 0, gol de Borja, quando o Tricolor fazia água por todos os lados.

Pedi para o meu amigo Alvirubro, a estatística recente do Inter contra esse mesmo Flamengo, ou seja, entre 2018 e 2023. Sabem o que os números revelam? 13 jogos: 5 vitórias, 5 derrotas e 3 empates. 19 gols marcados e 18 gols sofridos. O Inter que não vence nada relevante em 13 anos e não conquista Gauchão há 7.

E o que dizer das goleadas do Bragantino de Pedro Caixinha e do Cuiabá de Antônio Oliveira sobre este mesmo Flamengo? Um 4 a 0, outro, 3 a 0.

Ontem, eu escrevi que Cristaldo e Carballo estão mal; aí, esta manhã, veio um lembrança cristalina, claríssima, na verdade, dois exemplos: o primeiro, o Juventude emendou uma série de derrotas com o técnico Pintado, ficou na zona de rebaixamento da Série B. Logo, a conclusão era que o grupo era insuficiente, uma provável queda para a C, não poderia ser descartada. Trocaram o treinador, veio Tiago Carpini e passadas algumas rodadas, o clube da Serra já sonha com o acesso para a A em 2024. Basicamente, o mesmo elenco.

O segundo: o Cuiabá estava despencando na tabela da A, zona do rebaixamento, trocam o comandante técnico, entra o português Antônio Oliveira e o milagre se consolida. Encerrou o turno em oitavo lugar. Olhem o grupo de jogadores, o mesmíssimo.

Então, tem muito jogador bom no Tricolor, que está sendo mal aproveitado. Fica difícil para o torcedor sensato decretar que tal atleta é uma naba (como aliás, eu já fiz), sem vê-lo sob uma outra orientação na casamata.

Concluindo: não é o elenco que bateu no teto. Bragantino, Inter, Cuiabá, não possuem grupos mais bem qualificados do que o Imortal.

Renato terá um turno inteiro e uma única competição para mudar esse panorama. Os reforços chegaram; não são bons? problema de quem avaliza e de quem contrata.


Opinião



Deu a Lógica 

Muitos poderão dizer que o Grêmio perdeu a vaga no jogo de ida, mas não é real. Hoje, o Flamengo encarou a partida como um amistoso. Não fez força para vencer; só subiria o "tom da conversa", se fosse necessário, aí, ele faria isso. A estatística do técnico gremista contra o Flamengo marca 2 empates e 9 derrotas nos últimos embates.

Eu estava tão convicto da impossibilidade de reversão da vaga, que saí da frente da televisão algumas vezes, porém, isso não me impediu de analisar alguns pontos que (para mim) ficaram escancarados, que enumero abaixo:

- Das contratações que foram saudadas como de "encorpar o elenco", apenas Rodrigo Ely confirmou. Serve para o grupo. Ao lado de Kannemann ou Geromel, por exemplo, vai crescer

- Iturbe é a nova versão do Arroyo, isto é, ninguém entendeu o porquê de sua contratação. As motivações parecem estar fora das quatro linhas

- Besozzi não conhece fundamentos. É a versão modesta do Campaz. Joga menos do que Léo Pereira ou Janderson. Para o bem dele, deve descer para o time de transição

- João Pedro Galvão; eu faço a seguinte pergunta: joga mais do que Éverton Galdino ou Élkeson?

- Esse meio com Cristaldo e Carballo, sob a batuta de Renato, não funciona. É frouxo na marcação e pouco inspirado na criação. Não são maus jogadores, mas...

- Se não estiver lesionado, por que Caíque não ficou no banco num jogo em que em tese, poderia ir para os tiros livres, o reserva do Grando foi Scheibig, um menino? Apenas uma provável lesão explica a sua ausência

Agora, o Grêmio tem que se preocupar apenas com o Brasileiro. É um consolo.



quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Opinião




Para cumprir a Tabela 

Peço a compreensão aos otimistas e tolerantes; mas a tendência para este confronto de amanhã é de confirmação de uma estatística que mostra uma desvantagem colossal, pois em 5 anos (2018-2023), 16 jogos, o Tricolor saiu vencedor em apenas 2 deles. Vide Histórico. E em uma única oportunidade, 04/08/18, a vantagem foi de dois tentos, porém, na Arena, na capital dos gaúchos.

Há exatos 40 anos, 1983, o Grêmio venceu o Flamengo no Maracanã por diferença de dois tentos, 3 a 1, partida válida pela primeira fase da Libertadores, quando o Rubro-negro já estava fora do páreo, portanto, não vejo como acreditar que nesta Quarta-feira, a história seja inesperadamente, contrastante com este retrospecto negativo.

Se isso ocorrer, ainda assim, terá que conquistar a vaga nos tiros livres da marca da cal.

Pode-se dizer que desta vez, só com muita reza e contando com o Sobrenatural de Almeida afetando os cariocas, o Grêmio chegará à decisão da Copa do Brasil.



segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Opinião




O Botafogo - Um Estudo de Caso 


O fato mais surpreendente e impactante desta edição do Brasileiro até hoje, é a campanha do Botafogo, pois é considerada a melhor entre todas da Era dos pontos corridos. São 47 pontos em 57 possíveis, isso dá 82,4% de aproveitamento. São 15 vitórias em 19 rodadas.

O ceticismo que ainda ronda a ideia dele já ser praticamente inalcançável é o seu histórico de ter dificuldade de confirmar  os títulos, quando arrancou bem em vezes anteriores e não levou o caneco. É só por isso.

Se for desconsiderado esse detalhe ( o de ser o Botafogo) e se olhar para a estatística, considerando ser Flamengo de Jorge Jesus, Palmeiras de Abel Ferreira ou mais atrás, o Corinthians de Fábio Carille (2017), a relutância em ver a qualidade dos números seria quase inexistente.

O excelente desempenho do Alvinegro carioca neste primeiro turno, merece ser analisado detidamente, porque ele é recente, pois pouco antes era sinônimo de fracasso (regional do Rio), o clube manteve o técnico estrangeiro no começo do certame e o mesmo elenco de atletas pouco conhecidos do grande público, jogadores sem uma biografia chamativa e, como num passe de mágica, o time consegue a maior campanha da história da primeira parte do campeonato.

Basta assistir uns três jogos do Botafogo para ver que não são aleatórias as suas performances. Elas são uma constante positiva tática, técnica, anímica e fisicamente. 

Um "case" a ser levado a sério, porque está revolucionando o jeito de "fazer futebol" no Brasil.

 


domingo, 13 de agosto de 2023

Opinião




Grêmio volta para o G-4 

É o resumo positivo da partida. Venceu; o fato mais importante. Está momentaneamente na vice liderança, algo impensável para a massa gremista no início do ano. Mas se o nível de satisfação do torcedor é medido degrau por degrau, uma vez campeão gaúcho e arrancando bem no Brasileirão, a exigência passou a ser vaga na Libertadores, já que o título parece irremediavelmente endereçado para General Severiano e as últimas apresentações deixaram o torcedor irritado, por isso, a importância da vitória e do envolvimento físico e emocional apresentados na Arena neste Domingo.

Vendo a partida do Botafogo, dá para entender a distância matemática entre ele e os demais participantes. Uma intensidade absurda durante o jogo inteiro. Fica a dúvida: os demais não tem condições físicas ou as razões são de ordem tática e anímica. Talvez as três coisas.

O Grêmio venceu nos detalhes, aliás, uma interpretação no final (pênalti ou não?) selou a vitória Tricolor mandante.

Gabriel Grando foi a melhor figura em campo e isso é revelador, a posse de bola que ficou em 29% para o Grêmio é outro elemento revelador. Sendo otimista dá para comemorar, pois, quando tomou sufoco, venceu. É meio simplista, porém, dá para acreditar que as vitórias dão um reforço no ânimo do elenco.

Das novidades desta tarde: Fábio, completamente envolvido. Bruno Alves sentiu a falta de Uvini e Kannemann, muito mal. Rodrigo Ely, considerando a estreia e o fato emocional de voltar ao clube do coração, uma grata surpresa.

Ronald, discretíssimo, um desconto, porque é jovem, isto é, vai oscilar. João Pedro Galvão, desentrosado, merece ser melhor observado.

Luan entrou para receber o carinho da massa. Suárez errou mais do que o normal, mas, mais uma vez, ele foi decisivo, dando excelente passe para Bitello.

Besozzi pode ser uma alternativa para os lados, o que vai arquivar de vez, iniciativas inconsequentes como testar Gustavinho.

Ao contrário do que ouvi no rádio, não achei um jogo empolgante. Possivelmente, porque vi com os olhos de gremista e torci muito para o juiz encerrar o "prélio".

Venceu, isso é melhor do que as jornadas anteriores recentes, porém, não convenceu.

Quem sabe sejam necessários jogos como esse para alcançar a estabilidade no G4?


sábado, 12 de agosto de 2023

Opinião




Os Detalhes no Futebol 


Quantas vezes presenciamos o detalhe no futebol? Quando menos se espera, ele aparece e decide um confronto, encaminha uma jornada ou até num momento extremo, garante um título. Pode se travestir de falha individual, erro de arbitragem, "morrinho artilheiro", apoio incondicional da torcida, talvez, a genialidade do craque ou o mais recente; a revisão do VAR.

Ele, o detalhe, permite a partir de sua presença, elaboração de teses, fortalecimento de direções ou desgraças delas mesmas, alegrar e/ou entristecer torcidas e departamentos financeiros.

O mais recente que balançou o ambiente gaúcho esteve presente nas cobranças de tiros livres na definição da vaga no jogo de oitavas-de-final entre Inter e River Plate: Solari bateu e converteu, mas por algum motivo no seu movimento, a bola roçou no pé de apoio e o gol foi invalidado por dois toques.

Não tivesse este detalhe tão sutil, tão imponderável, acontecido, certamente, muitas teses não teriam progredido ou sequer existido nos pagos gaúchos a contar da última Terça-feira.

A frase "o futebol é feito de detalhes", nunca esteve tão viva.

Resta  acompanhar os desdobramentos. Utilizando outro bordão clássico: - É ver para crer!

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Opinião


                                               


                                            Mais com Mais

 


Brasileirão de 2013, time base do Grêmio, vice campeão: Dida; Werley, Rhodolfo e Bressan; Pará, Souza, Riveros ou Zé Roberto e Alex Telles, Ramiro; Vargas ou Kléber e Barcos.

Com exceção de 2 ou 3 jogadores era um grupo muito bom, fez uma pontuação razoável, 18 vitórias com apenas 9 derrotas, uma a mais do que o campeão, o Cruzeiro. O que matou foi o elevado número de empates, 11.

Passou uma década e Renato amadureceu como comandante técnico, especialmente este ano e agora ganhou reforços, alguns nesta janela podem ser um diferencial importante como é o caso de João Pedro Galvão, talvez Besozzi, Rodrigo Ely ou Iturbe. Além deles, podem surgir juniores como Ronald, Natan Fernandes, Lian, Zinho e Rubens.

Há Suárez, que é um grande diferencial. Infelizmente, o Tricolor subestimou a importância de ter um goleiro de acordo com as exigências de um clube que disputa o topo dos campeonatos. Vai fazer falta num infortúnio de Gabriel Grando.

Resumindo: Mesmo assim, com estes acréscimos o Grêmio pode fazer um pouco mais do que fez neste primeiro turno. 



quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Opinião




Kannemann fica. O grande acerto da Direção 


Foi a maior notícia do dia para a torcida gremista: o zagueiro Walter Kannemann renovou por dois anos.

Pode dar errado? uma lesão? mais uma? Isto ninguém pode prever; mas o que se sabe, com certeza, que raça, dedicação, liderança que contagia ou constrange os colegas em campo, não faltarão. Nesse segundo pelotão, os constrangidos, eles ficam incomodados pelo contraste de quem se aplica sempre, dos que troteiam em campo.

O Viking se enquadra de forma clara, a uma das divisões anímicas nos elencos, isto é, aquela que separa os "guris" dos "homens", que quando a exigência se apresenta, nada de omissão.

Não há dúvidas a qual ele pertence. Jogador assim, se incomoda com derrotas e não se encolhe nos momentos cruciais.

Golaço do Presidente e seus comandados.

domingo, 6 de agosto de 2023

Opinião

 



Alerta Ligado 

Mais do que os resultados, o agravante na campanha recente do Tricolor é o seu futebol deficiente. Mesmo quando venceu (Galo 1 a 0, detalhe do VAR), quem assistiu, imagino que teve vontade de desligar a tevê e no campo, a sensação foi a mesma: desânimo, frustração por ter "perdido tempo".

Eu sempre concluo que, quando muitos atletas estão jogando mal, salvo causas extra campo, o problema é tático (leia-se treinador). Lógico! nem passa pela minha cabeça trocar Renato, mas, fica evidente que para 2024, se essa situação se mantiver, o clube deve fazer uma avaliação racional.

Determinados jogadores estão muito abaixo das necessidades para compor o grupo. Aqui, um  mea culpa; sugeri Nathan Pescador para o Tricolor, porém, seja por inadaptação, seja por estar contrariado (aí, entra o profissionalismo), ele não pode vestir a camisa do Grêmio, se esse quadro for mantido. Outro é Gustavinho (nunca apresentou nada).

Gabriel Grando  fez defesas importantes , porém, o gol do Vasco aconteceu dentro da pequena área num espaço em que ele estava no lance, assim como os zagueiros que permitiram o centro avante "se agachar" para cabecear (lembrei de Rafael Moura num Grenal).

Renato foi muito mal nas trocas, o time piorou. Ferreira, nesta etapa de sua vida profissional está demonstrando que não vai confirmar o projeto de craque que se imaginou, quando de seu surgimento. Pode melhorar, até virar titular, mas o custo-benefício aponta prejuízo no bolso gremista. Situação idêntica tenho de Bitello, com a diferença que nunca pensei que seria craque.

Salvaram-se João Pedro e Luizito Suárez, apenas. 

Uma frase sobre Suárez: Dá pena vê-lo com esta parceria. Eu fico envergonhado.

Os três próximos jogos vão dizer o que vai sobrar para o Grêmio nos quatro meses finais de 2023.

Assim como está, não dá.


sábado, 5 de agosto de 2023

Opinião




Para manter a nova Fase 

O Grêmio deste Brasileirão mostra uma diferença em relação as edições anteriores e é positiva; qual seja, não deixa pontos para os que brigam pela zona neutra e os da Z 4. 

Foram quatro derrotas, sendo três para os que momentaneamente, estão à sua frente: Botafogo, Palmeiras e Flamengo. A outra foi para o Cruzeiro.

Contra um Vasco da Gama desesperado, o Tricolor terá a chance de manter esta recente escrita; aliás, coincidência ou não, situação que lhe faz "grudar" na parte de cima da tabela. 

Com possibilidades remotas de ser campeão, o fato de não deixar pontos para os mais abaixo na classificação do certame nacional, comprova onde foi que vacilou em edições passadas.

Mesmo o clube carioca sendo o lanterna e jogando sem torcida, é importante não se descuidar. 

Com camisa pesada à frente, nunca é páreo corrido.

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Opinião

 

Reflexão

Fonte: Jornal O Globo

A imagem é forte, a visão em câmera lenta, também. Marcelo quebrou a perna de Sanchez numa disputa banal que acabou de forma trágica, provavelmente, abreviando a carreira do atleta do Argentinos Juniors.

Hoje, ouvi de Victor, estagiário que divide a sala e as tarefas comigo, que muitas pessoas nas redes sociais estão pegando pesado no julgamento do ex-lateral da Seleção Brasileira e Real Madrid.

Vi e concluí que apesar da gravidade, foi acidental; Marcelo não quis acertar a perna do adversário, a consequência e a intensidade da disputa de ambos, causaram um quadro terrificante. Aliás, o grande Tostão (Eduardo Gonçalves de Andrade), uma "moça" para jogar, em Junho de 1971 num Cruzeiro versus Flamengo, quebrou a perna de Zanata. Eram dois craques que privilegiaram a bola, sempre.

Notei também, que a imprensa brasileira tratou como um momento infeliz da partida. Assim é que deve ser visto. Uma fatalidade.

Portanto, nessa tragédia restou um momento lúcido da mídia que deu o tratamento adequado ao fato. Marcelo não teve culpa.

Para aqueles profissionais que transformaram os eventos esportivos num picadeiro para o exercício de animação de torcidas (temos versões nacional e regional desta excrescência), sempre prontos a criar "um clima" beligerante entre los Hemanos e os Manos, o fato da "vítima" no lance ser um argentino, brecou o impulso de satanizar os  platinos. Restaram-se frustrados.

Particularmente, como gaúcho, admiro nossos vizinhos do Prata, quando um D'Alessandro ou Kannemann dão o sangue, defendendo seus clubes brasileiros. São exemplos de raça e profissionalismo.

Por mim, estes animadores de torcidas poderiam ir para as suas casas e cuidar dos netos. Sofreram uma ducha de água na sua irresponsável e oportunista busca de inviabilizar o lado saudável de uma rivalidade.

Para eles, no lance fatídico desta Terça-Feira no Estádio Diego Maradona, os atores envolvidos desempenharam papéis trocados.


quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Opinião




Goleiros e Atacadores 

Estava pronto para postar sobre os reforços do Tricolor, quando li que o clube acertou com Caíque, ex Vitória, titular do ...Ypiranga de Erechim. Pelo amor de Deus!!!

No dia seguinte ao estupendo jogo de Rochet, sugerido por mim para o Grêmio, juntamente com os nomes de Santos, atual Flamengo e Renan, ex Botafogo, hoje no Sport Recife, o Imortal poderá nos "brindar" com este atacador de bolas. É sério?

Os mais antigos, eu, Alvirubro, João Henrique, talvez o Arih, devem lembrar que na hora da pelada, vinha a pergunta: Quem que vai atacar no "golo"? Pois é, Rochet pode até falhar ali na frente, mas é goleiro de outro patamar. Eu via a imprensa e a torcida do Inter discutindo entre Daniel e Keiller para a titularidade. O que é isso? Nem John, vamos combinar. 

Mesmo cansando a beleza alheia, volto a lembrar a história do Victor, quando o presidente Kalil, indignado com as inconstâncias no arco do Galo, perguntou para os seus pares: Quem é o melhor goleiro do Brasil? - É o Victor, do Grêmio e parte da torcida e da imprensa não querem ele por lá. Então, vai e compra o cara, não interessa.

Na volta, o assessor traz a boa nova: - Consegui presidente e eles aceitaram o Werley. Sério, tá brincando! Cara! que santo protetor nós temos! São dois, presidente, são dois! "São Paulos".

Kalil se elegeu prefeito após os milagres de São Victor, deve ter um busto dele em cima de sua mesa de trabalho.

A chegada de Caíque será um erro colossal. Dos que lembram apenas das penalidades que defendeu nos tiros livres e não observaram o passado e o presente de sua biografia errática.

O Grêmio para substituir Adriel, Brenno ou Gabriel Grando, tem que procurar um GOLEIRO, não um atacador de bola, que vai atrasar a caminhada do Tricolor.

Ficarei muito feliz, se num futuro próximo, eu tenha que vir aqui me retratar, reconsiderar, enfim, reconhecer o equívoco desta postagem, mas estou com o mesmo pressentimento dos tempos dos Tiagos, Nunes e Santos. 

Caíque é bola fora, aliás, bola dentro.

PS: trecho retirado de ZH de hoje, 02/08:

...Baiano, o jogador iniciou a carreira no Vitória. Depois, passou por CSA, Ermis Aradippou, do Chipre, e Rochester NY, dos Estados Unidos, até chegar à equipe gaúcha, em 2023. Antes, ele disputou o Sul-Americano sub-20 pela seleção brasileira, em 2017...




terça-feira, 1 de agosto de 2023

Opinião


Segue a segunda crônica que vejo correlação do presente com fatos dos anos 70/80



Escrito nas Estrelas

Em 1979, o Grêmio foi campeão do mais fácil Gauchão da história. Ficou 10 pontos à frente do Inter na fase final e 13 no geral. O clube da Padre Cacique sequer chegou em segundo lugar, mérito que coube ao Esportivo do jovem técnico Valdir Espinosa. Com isso, ninguém dava 1 "pila" pelo Inter na próxima competição do ano: o Brasileirão.

Chegaram Ênio Andrade e Gilberto Tim, para quem é jovem, treinador e preparador físico. Eles ajustaram o time que tinha 4 extra classes, ou melhor, 3 + 1, porque o menino Mauro Galvão, 17 anos, recém se apresentava ao mundo da bola; os demais,  o goleiro Benitez, Falcão e Mário Sérgio.

O tri campeonato veio com uma campanha invicta. Algo inimaginável e até hoje, irrepetível.

Corta para 2023: o Botafogo ficou em 5º lugar no Carioca, por convicção de quem dirige a instituição, o treinador português Luiz Castro seguiu no comando e como num passe de mágica, as vitórias apareceram de tal maneira, que faltando duas rodadas para o final do primeiro turno e já sem o seu comandante técnico, ganhou o simbólico título de campeão desta primeira parte do certame. Quase 90% de aproveitamento.

Na Rádio Guaíba, o comentarista Carlos Guimarães lembrou da campanha do inglês Leicester em 2016, quando ficou com 81 pontos, 10 a mais do que o Arsenal, o vice. Como não sei nada do futebol europeu, fiquei com este exemplo mais antigo.

Com atuações muito regulares e em alto nível, acho que o Botafogo está com a mão na taça.

É uma conspiração dos deuses associada a convicção, competência e trabalho.