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quinta-feira, 29 de abril de 2021

Opinião



Vitória em Lanús encaminha a classificação 

É a Sul-Americana e a gente precisa se acostumar. A qualidade técnica cai bastante, o principal adversário do Grêmio no grupo é o Lanús que não é o bom time de 2017. Verdade que o Tricolor também não é o mesmo.

Achei sofrível a partida no seu primeiro tempo, mesmo assim, houve progressos no time: Geromel deu acréscimo individual e fez Ruan jogar muito mais tranquilo. Pareceu um veterano. Os laterais subiram pouco e Brenno não teve que trabalhar.

Na frente, outro progresso: Léo Pereira deu mais ofensividade a este setor, algo que Alisson jamais conseguiu desde a sua volta da lesão. Bastou uma bola bem trabalhada por Ferreira, um avante o acompanhando (Léo Pereira) e o placar foi aberto com uma jogada tradicional; linha de fundo, cruzamento na pequena área fora do alcance do goleiro; resultado: só empurrar para as redes.

No meio de campo, Thiago Santos fez um bom primeiro tempo, sem arriscar muito; desarmava e passava para outro, Matheus Henrique vem crescendo, apesar de algumas críticas (no meu caso, ouvi a rádio e a transmissão da Conmebol); está adquirindo confiança para avançar mais e Jean Pyerre fez um jogo contido, mas mais participativo do que em jornadas anteriores. Diego Souza, o mais modesto. 

Na segunda etapa, Ferreira seguiu sendo perigoso e Thiago Santos subiu de produção, mostrando uma boa condição física, tendo participação importante e decisiva no gol de Ferreira.

Tiago Nunes acertou todas as substituições na "lógica" delas, mas viu Maicon muito discreto, destaque para as movimentações de Churín e Luiz Fernando que trouxeram o Lanús para o campo defensivo.

Brenno apareceu bem, quando exigido, mostrando confiança na bola aérea, algo ausente nas partidas anteriores.

Os melhores, pela ordem: Ferreira (sem ele, não haveria a vitória), Thiago Santos e Geromel que eleva a qualidade defensiva, não apenas pelo seu jogo, mas pelo que representa como liderança técnica e psicológica no time como um todo.

Não houve decepções ou má jornada individual.

Agora vem um adversário que julgo superior ao Lanús, o Caxias em seus domínios.

Vitórias dão confiança até para promover mudanças mais radicais.


Opinião



A Real Estreia de Tiago Nunes

O cenário é o mais nostálgico possível para os gremistas em suas lembranças recentes. É de noite, torneio sul-americano, mesmo estádio, idêntico adversário. Assim começará, de verdade, a trajetória de Tiago Nunes. 

Obviamente, as mexidas táticas do novo treinador deverão ser quase invisíveis; até porque, o que se desenha para os próximos confrontos (com todos à disposição) é uma defesa de Brenno; Rafinha, Geromel, Kannemann e Diogo Barbosa ou Bruno Cortez e um ataque com Alisson, Diego Souza e Ferreira. Dúvidas, se é que existem (para mim, não), será o aproveitamento no meio de campo. Aposto: vai investir em Thiago Santos e Maicon. Sobra uma vaga entre Jean Pyerre e Matheus Henrique. Gurizada da base? Difícil.

O que eu espero dele, mais adiante, é uma evolução tática da equipe, pois nominalmente, o time será o do comandante técnico anterior com a bênção da Direção.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Opinião



2008 

2008 poderia ter sido o ano do tri Brasileiro do Grêmio e a consagração definitiva de Celso Roth como um estrategista. Poderia.

Aquela campanha no Nacional em seu primeiro turno foi irrepreensível, basta ver que logo na primeira rodada do returno ao vencer o São Paulo no Olímpico, o Tricolor gaúcho livrou 14 pontos em relação ao segundo colocado. Isto é, restando 18 rodadas, 54 pontos, 14 à frente do mais próximo perseguidor, só uma hecatombe tiraria o título do Imortal. Todos sabemos o que aconteceu.

Muitos tem diversas lembranças daquele Brasileirão, daquela trajetória gremista, eu fiquei com duas em especial. Uma para o bem, outra para o mal.

A ruim ficou por conta da falta de habilidade da Direção que resolveu dar um aumento salarial para o treinador no final do primeiro turno, quando o manual recomendaria estipular um prêmio polpudo se a faixa de campeão fosse colocada no peito do torcedor azul na última rodada. Erro mortal. Coincidência ou não, a maionese desandou barbaramente a partir daquele lance infeliz da Diretoria.

A lembrança boa diz respeito a grande sacada de Roth em formar o meio de campo, exatamente o sustentáculo de todos os setores, com dois meninos, um com 19 anos (Rafael Carioca) e outro com 21 (William Antunes, o Magrão). Jogaram muito. Mérito do treinador que viu qualidades e teve coragem em investir neles, desconsiderando a falta de nome e grande experiência. Botou no time e eles corresponderam. Tão entrosados quanto duplas como Léo Canhoto e Robertinho ou Milionário e José Rico na música.

No Grêmio de 2021, o maior problema (na minha modesta opinião) é a falta de qualificação de alguns atletas e/ou o desarranjo tático do setor de meio de campo.

Mas penso que a solução está no clube mesmo; há três nomes interessantes que devem ser testados como foram Rafael Carioca e William Magrão. São eles: Fernando Henrique, Victor Bobsin e Darlan.

Por que Fernando Henrique e Victor Bobsin não podem repetir a dupla de meninos que se adonou do meio campo em 2008? Por que Darlan não ganha sequência?

Por mais pragmáticas que sejam algumas posições, nunca ficarei convencido que é melhor incluir Thiago Santos no time, deixando jovens talentosos que estão pedindo passagem, sentados no banco. 

Roth ensinou que pode.





terça-feira, 27 de abril de 2021

Opinião



Esperando Godot 

O irlandês Samuel Beckett escreveu Esperando Godot na década de 50 e revolucionou o teatro com esta peça, onde dois homens num local deserto esperam por um terceiro chamado Godot.

O detalhe é que este não aparece, nem aparecerá em toda a história. Ficam os dois e mais, tarde, outros poucos e efêmeros personagens, a peça toda, discutindo a vida e suas relações.

A peça virou filme, inclusive.

Lembrei dela, porque, nós, gremistas, estamos esperando pela volta regular das boas performances de Maicon há, pelo menos, 2  anos e meio. E nada.

Passou se recuperando de lesões intermináveis com o argumento de deixá-lo pronto para os jogos de maior relevância, onde seria o diferencial do meio de campo.

Acontece que estes momentos chegam como o Flamengo 5 a 0 e as finais da Copa do Brasil contra o Palmeiras (0 a 1 e 0 a 2) e o que se vê é mais do mesmo.

Estamos em Abril/21; sabe-se que o contrato de Maicon irá até Dezembro. 

Fica a pergunta: o Grêmio irá renová-lo?

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Opinião



O Abismo

Penso (já manifestei antes) que o furo do Grêmio, pelo menos, o maior, reside no seu meio de campo: Maicon, Matheus Henrique, Jean Pyerre e Alisson formam o quarteto que estava na cabeça de Renato e, provavelmente, na arrancada de Tiago Nunes.

A insuficiência dele fez com que parte da imprensa e a Comissão Técnica, esta, com certeza, recorresse a antiquada e questionável opção de trazer um volante "às antigas". O escolhido foi Thiago Santos. Isso, em pleno 2021, quando o futebol já está "esquadrinhado" de outra forma.

Suspeito que há dois erros cruciais que afetarão o futuro gremista:

- o primeiro é acreditar na qualidade no quarteto, isto é, sonhar com o  passado de Maicon, seguir achando que Matheus Henrique pode repetir Arthur, que Jean Pyerre é diferenciado, finalmente; que Alisson é o "múltiplo tarefeiro" que toda equipe não pode prescindir 

- o segundo: ao apostar em Thiago Santos, além de reduzir a capacidade técnica de um setor essencial para a equipe, retarda, talvez até inviabiliza definitivamente, o aproveitamento de três jovens que precisam ser testados, Fernando Henrique, Victor Bobsin e Darlan

Sem uma cirurgia no coração do time, o clube vai penar para voltar a conquistar títulos relevantes. 


sábado, 24 de abril de 2021

Opinião




Vitória com show de horrores

O Grêmio ficou com o primeiro lugar entre todos os participantes do Gauchão. Para mim, o diferencial foi a vitória no Clássico, embora todo aquele que afirmar valerem 3 pontos cada confronto, estará dizendo uma verdade absoluta, ainda que um empate no Grenal e uma vitória sobre o São Luiz, por exemplo, numa inversão dos pontos conquistados, tiraria o primeiro posto do Grêmio. 

Tiago Nunes estreou com vitória e teve a favor de si, o impedimento de usar Alisson. Com isso, a equipe contou com o oportunismo de Léo Pereira no segundo gol, um vacilo do arqueiro canarinho.

Antes, o juizão deu uma mão providencial ao Tricolor, marcando uma penalidade máxima num lance, onde inexistiu falta em Matheus Henrique (para mim, o melhor do time, hoje).

O 3 a 0 veio com a ofensividade e técnica de Vanderson que aparou cruzamento da esquerda e bateu cruzado.  Um placar para lá de mentiroso. Um golpe muito duro para os donos da casa.

Lógico que esta vitória no sufoco dos 3 a 2, placar definitivo, seus erros, não podem ir para a conta do novo treinador, mas ele cometeu um erro terrível ao mudar a marcação homem a homem pela de zona na defesa, pelo menos, sem mais treinamentos. Foi um deus nos acuda a cada bola levantada na área gremista. Um "revival" dos tempos de Roger Machado, mesmo contando com Geromel e Kannemann nas suas últimas apresentações. Fosse um time mais gabaritado, o Tricolor possivelmente sairia derrotado nesta noite.

Além deste equívoco, houve outro, menor, mas evitável; qual seja, colocar Léo Chu no lado direito. Léo, ao contrário de sua geração, não funciona no lado do "pé contrário"; ele parece estar mais à vontade em ser aquele ponta tradicional que busca a linha de fundo para o cruzamento.

Já mencionei que achei Matheus Henrique, o melhor ou o menos ruim; a sua parceria de meio de campo, Jean Pyerre e Thiago Santos, essa dupla compôs as duas figuras que mais comprometeram: JP sumidaço, apesar da boa vontade do pessoal do Premiere e Thiago Santos, terrível. Se não se espera uma contribuição ofensiva dele, pelo menos, a justificativa é que é um "cão de guarda" da defesa. Bueno! amansaram a fera, porque o Ypiranga deitou e rolou. Teve o agravante de no primeiro gol, bola parada, ele estava "marcando" o goleiro Brenno no chute de Zé Mário, justamente na meia-lua da área. No segundo, ele corre atrasado no primeiro atleta do Ypiranga e no segundo, (Mossoró), não consegue evitar o arremate. Em outro lance, domina mal e o Tricolor é salvo pelo goleiro Brenno. 

Olhando os três setores do time: a defesa contou com a imperícia dos avantes adversários e a trave ajudou; destaque para Vanderson, que mesmo assim, deu uma espirrada no taco, quase causando mais um gol para os locatários. Rafinha, sua entrada, só atrapalhou mais o sistema de defesa e zero de contribuição ofensiva.

No meio, Lucas Silva errou tudo, até quando se aventurou à frente, perdendo excelente chance em passe de Churín.

Na frente, uma jornada infeliz de Diego Souza, salvo a cobrança da penalidade, nada fez e um corre-corre, em geral, improdutivo de Léo Pereira mais um Ferreira disperso e pouco consequente.

Convém frisar que o novo treinador deve ser livrado de críticas, porque era a estreia, mas deu para ver que terá muito trabalho e se mexer no que antes estava certo (marcação individual), ele vai criar mais um problema para o time numa reta final de campeonato.

Com Grêmio e Inter oscilando tanto, não será surpresa se a Dupla Ca-Ju, um deles, pelo menos, faça a final do Gauchão.

Preocupante.


Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (249) - Ano - 1970


O Colosso do Interior

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 Da minha infância, eu tenho poucas lembranças do Ypiranga de Erechim, certos nomes que soavam peculiares como o zagueiro Mujica, o lateral Cito, o centro-médio Pedruca e para por aí. A maior e mais duradoura deste período é a do festival de inauguração do notável estádio (para o interior gaúcho) Colosso da Lagoa (sempre tive curiosidade para saber o nome dessa lagoa) que teve entre seus jogos, o famoso Botafogo 5 a 2 sobre o Inter com Jairzinho fazendo três gols, sendo o primeiro logo no minuto inicial, quebrando o recorde do goleiro Gainete. Também o da estreia, Grêmio 0 x 2 Santos.

Recordo de uma frase do meu pai: - Cabe a cidade inteira no estádio. Verdade! ou quase isso. Pesquisando agora, vi que a capacidade dele era, à época, para 45 mil pessoas (há controvérsias), Erechim em 1970 tinha 48 mil habitantes.

Naquele 2 de Setembro, a região estava empolgada com o feito de ter um estádio com aquela grandeza e ver de perto, o Rei Pelé, já tri campeão do mundo. O time vinha sem quatro titulares, Joel Mendes, o goleiro e três atletas que participaram da campanha do mundial do México: Joel Camargo, Edu e Clodoaldo. O treinador era o lendário Antoninho.

Carlos Froner, treinador gremista, igualmente tinha dois desfalques: João Severiano (Joãozinho), o Pequeno Polegar e Wolmir, o Massaroca, isto é, meio ataque de fora.

Foram a campo: Breno; Espinosa (Ivo Wortman), Ari Hercílio, Beto Bacamarte (Di) e Jamir; Jadir e Everaldo (Paíca); Flecha (Bebeto), Caio Cabeça, Alcindo (Paraguaio) e Loivo.

Os paulistas usaram: Edvar; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado (Paulo), Djalma Dias e Rildo (Turcão); Léo Oliveira e Lima (Nenê); Davi, Douglas (Picolé), Pelé e Abel.

O grande número de substituições foi permitido por se tratar de um amistoso especial. Roque José Gallas foi o árbitro e o público frustrante, cerca de 20 mil pessoas.

Com exceção de um ataque com Flecha servindo Loivo, esse, livre, sem goleiro arrematou para fora, o primeiro tempo foi santista, em especial, pelas triangulações pelo lado ofensivo esquerdo com Abel, Rildo e Lima para cima de Espinosa.

Froner alterou as posições de Caio (mais à direita), trazendo Flecha para o meio, tentando neutralizar esse ponto forte do adversário.

No entanto, aos 44 minutos, Beto vacilou à frente de Pelé, esse não perdoou e, entrando como um bólido (expressão do texto da pesquisa) fuzilou de forma inapelável o arqueiro Breno. 1 a 0. Fim de primeiro tempo. Gol número 1.040 do Rei.

Na segunda etapa, devido principalmente ao número excessivo de trocas de jogadores, o espetáculo caiu bastante, mas com uma característica; o Santos querendo manter a vitória e o Tricolor, de forma desordenada, não querendo sair derrotado naquele evento importante.

Porém, mesmo martelando o oponente na maior parte destes 45 minutos, saiu mais um gol dos visitantes. Aos 37, o jovem Léo Oliveira, reserva de Clodoaldo, arrematou de fora da área, pegando um chute magnífico que bateu no poste esquerdo e ingressou no arco, dando números definitivos ao espetáculo daquela Quarta-feira à noite. 2 a 0.

Curiosamente, aquele gigante de concreto, jamais lotou, seu público mais elevado marcou 25 mil pessoas no ano de 1974.

Fonte: Jornal Correio do Povo






quinta-feira, 22 de abril de 2021

Opinião




Brenno e Diego Souza garantem a Vitória 

O futebol é fascinante por conter esse mistério de um mesmo objeto (o jogo) ser visto de formas completamente distintas por uma ou mais pessoas. 

Com o vídeo da tevê e áudio da rádio Guaíba, vi uma partida e ouvi outra. Incrível! Nem ouso dizer quem esteve correto nas observações diferentes, se eu ou o comentarista. O fato é que estivemos em lados opostos em vários momentos da partida. 

Confesso que não vi a evolução deste Grêmio daquele das partidas anteriores, a propalada movimentação de Thiago Santos, seus recuos estratégicos para liberar os zagueiros ou os laterais, a estabilidade que deu ao meio de campo, eu não vi e não tenho vergonha de confessar. Não vi mesmo!

Agora, o que vi: um grande goleiro salvando o time de ceder o empate e, talvez algo pior, já que o Tricolor ficou com 10 um bom período da etapa final.

Também a letalidade de Diego Souza que fez o primeiro e deu um passe primoroso para Paulo Miranda, que entrou muito bem, praticamente, não errando nada na zaga e de quebra, marcando o gol que se tornou o decisivo.

Uma belíssima jornada de Rafinha, que prescindiu do "fator Thiago Santos". Arrisco dizer que com Lucas Silva, Maicon ou Darlan como "volante", a sua forma de atuar não se modificaria um milímetro daquela apresentada esta noite. Basta olhar para o lado oposto, Bruno Cortez, que não se sentiu "liberado" para avançar com a presença do novo centro-médio que o Grêmio trouxe dos Estados Unidos. Onde esteve a contribuição "decisiva" do camisa 5? Nem houve evolução no futebol de Matheus Henrique e Jean Pyerre pela presença dele. Quem afirma isso, vê uma miragem. Atuação discretíssima dos dois meninos. 

Mesmo não gostando do futebol de Alisson, não dá para ficar satisfeito com a maneira que ele deixou a partida. Uma agressão que se tem var, a expulsão seria fato certeiro.

Por fim, o título da postagem é uma homenagem aos melhores em campo. A grande decepção é que o Tricolor que seria cabeça de chave da LA, se se classificasse direto; hoje, amarga uma Sul Americana, onde venceu com muitas dificuldades uma equipe que não chegaria ao quadrangular final do Gauchão.

Precisou muito do seu goleiro para não dar vexame na estreia.



quarta-feira, 21 de abril de 2021

Opinião




Ambiente Favorável 

Em 2010 para 11, a gestão mudou no Grêmio e o novo presidente não queria Renato. Não havia afinidade, mas a massa estava em êxtase com a subida da Z-4 até vaga na Libertadores. Odone aceitou a permanência do treinador pela resistência da torcida. Porém, marcou na paleta.

Em 2014, depois do vice campeonato nacional, Koff não conseguiu segurar Renato; não houve acordo salarial e o ex-ponta direita deixou o clube com uma massa torcedora chorosa, pedindo o "fico" dele que não aconteceu. Apareceram ruídos na comunicação Koff e torcida.

Em 2021, o ambiente mudou; Romildo queria que Renato ficasse, mas a torcida, não. Até os mais resistentes à saída dele (eu, entre eles), capitularam, depois de esperarem em vão por uma mudança de comportamento do treinador mais longevo do futebol nacional, em especial, nos últimos dois anos (19/20). Renato ficou sem apoio; seguiu refratário à mudanças evidentes e necessárias.

Aí está a grande vantagem de Tiago Nunes, ele vem para um lugar vago, originado pela perda de paciência da torcida com as manobras equivocadas do técnico anterior. Tiago não encontrará resistências ao seu nome, os poucos que colocaram (eu, de novo), além de não ter influência alguma no processo decisório, servem tão somente para consagrar a frase de Nelson Rodrigues: toda unanimidade é burra. Então, o terreno está pavimentado para o seu sucesso. 

Depende apenas dele.

Tiago Nunes vem para comandar um elenco jovem e de qualidade, ansioso para um lugar ao Sol, sem problemas extra-campo como por exemplo, atraso de salários ou falta de sintonia com o anseio da torcida que quer o aproveitamento da base, de preferência, com um treinador moço com ideias arejadas. Tudo fecha direitinho. 

A vinda de Tiago encontrou respaldo até na parcela colorada da Imprensa, embora eu suspeite que isso seja fruto do alívio pela demissão de Renato: - Xô, tristeza! agora vamos voltar a ganhar Grenais (mas que fique apenas entre nós, eles combinam).

Renato, seu afastamento, também promoveu outro alívio, neste caso, para a Direção, como foi citado pelo Vinnie em comentário da postagem anterior; é difícil contrariar uma lenda, agora a relação será com um "mortal". Romildo ficará mais à vontade. Alguém duvida que, depois de dizer que Rafinha não viria, o presidente recuaria da decisão, se fosse outro comandante técnico a pedir que reconsiderasse? Nunquinha.

Sintetizando: Tiago Nunes é gaúcho, tido como treinador moderno, vem com títulos relevantes, já passou pelo clube, gosta de trabalhar com a base, não encontra oposição ao seu nome na Imprensa e na maioria (bota maioria nisso) da torcida. Ambiente melhor não vai encontrar.

É tudo com ele.

terça-feira, 20 de abril de 2021

Opinião




 Ceticismo

Marcos Herrmann, vice-presidente do Grêmio, sobre Borré: "Ele é um centroavante clássico. Um homem de área mesmo".

Porém, o meu ceticismo com o novo Grêmio não para aí, vide, Demitido.

Se as notícias que chegam são verdadeiras, isto é, com Marcos Hermann e Tiago Nunes, então, estamos perdidos.

Quando alguém do futebol acha que Borré é centroavante de área, clássico, a vaca começa a ir para o brejo, pois não deve conhecer Lucas Pratto e Matías Suárez, parceiros de Borré no ataque do River. 

Quando o treinador já passou por 20 clubes e é lembrado apenas pelo que fez num único e esse é apenas emergente no cenário nacional e o seu mais recente trabalho é um rotundo fracasso em instituição idêntica ao Grêmio em ambição, tamanho e exigências, a tendência, repito, a tendência é de repetição da maior parte de sua biografia.

Bolzan Jr. está nadando de poncho contra a correnteza.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Opinião


 



Precisamos falar sobre Victor Bobsin

 

Demorou, mas chegou a vez de Victor Bobsin aparecer no time de cima. E ele vem correspondendo; começou com migalhas de minutos, ampliou o seu tempo de participação e tudo converge para que ganhe um tempo integral, quem sabe uma partida inteira para exibir o seu futebol vistoso e eficiente.

Bobsin vem colocando em prática duas expressões consagradas no futebol, que são: “volante de área a área” e “jogador que se apresenta para o jogo”. Realmente, o menino demonstra ter o fôlego tão comum à sua idade, não se omite, aparece para receber o passe e não fica rodopiando com a pelota, nem a conduz, além do necessário. ”Toco y me voy”.

Ele me faz recordar de dois camisas 5 dos anos 70 que se deram muito bem. Fisicamente, Bobsin lembra Paulo Roberto Falcão e Zanata, este último, ídolo do Flamengo e Vasco da Gama. Altos, esguios, cabelos claros e encaracolados, passadas longas, discernimento e técnica.

Falcão no juvenil (não existia a categoria juniores) formava o meio-de-campo com Clóvis, irmão de Cláudio Duarte, ex-jogador e técnico consagrado. Curiosamente, quando nos profissionais, Falcão avançou para a segunda posição do meio e Clóvis recuou para primeiro volante no Caxias. O destino fez a troca.

Zanata era craque. Aos 20 anos chegou à Seleção Brasileira, onde teve a perna fraturada acidentalmente por Tostão (craque do tri/70 e atual comentarista). Ficou 10 meses parado, o que atrasou a sua brilhante carreira. Dentro de campo percorreu idêntico caminho de migrar de centro-médio para segundo do meio.  Foi grande, mas poderia ter sido mais.

O “Paletó Velho” como a crônica carioca carinhosamente o batizara, parece ser ancestral de Victor Bobsin, no trato da bola, na passada, na economia dos toques e, especialmente, na oferta de alternativas de passe para os seus companheiros. Jogador raro.

Resumindo: o Grêmio tem um tesouro no meio-de-campo que precisa ser valorizado.

 

 

 


domingo, 18 de abril de 2021

Opinião




Vitória protocolar 

Uma partida cheia de características daquela vitória de cartilha; três pontos em casa, primeiro tempo 2 a 0, etapa final, freia, sonhando com o final da partida, o adversário cansa de perder gols após o relaxamento "natural"; dá uma apertada e consegue o terceiro tento, sem fazer força; aí, vem o chamado "gol de honra" e no fim, o escore clássico: 3 a 1.

Nessa linha, algumas confirmações ficam fáceis de ver: Thiago Gomes vestiu a camisa de "interino", não ousou como deveria ousar neste momento de sua carreira. Foi absolutamente "convencional", a sua maior "ortodoxia", a admiração pelo futebol de Alisson, uma heresia.

Outra confirmação: o problema de Bruno Cortez quando chega à linha de fundo e cruza mal é psicológico, não técnico. É incompreensível chegar a idade que chegou e não evoluir neste fundamento.

A contratação de Thiago Santos mostrou-se dispensável ante o que jogou Victor Bobsin, este, simplesmente "botou o jogo no bolso"; volante de área a área. Só precisa de sequência.

Jean Pyerre sabe jogar (com o desconto de ser contra o Nóia), mas segue caindo de produção nos segundos tempos, Diego Souza muito efetivo e Ferreira, o mais movediço e perigoso do ataque.

Pepê precisa preservar a sua imagem e ir rapidamente para Portugal. Foi bom, enquanto durou.

Por fim, o árbitro Jean Pierre Lima estacionou na carreira, ele começou antes de Daronco e viu o santa-mariense passar por ele como um bólido na carreira de juiz de futebol. Dois lances demonstram isso; primeiro, a não expulsão do lateral esquerdo em lance com Vanderson, segundo, a não expulsão do camisa 4 que já tinha cartão amarelo e derrubou Pepê, quase em cima linha da grande área anilada. Seu destino: manter-se um juiz comum.

sábado, 17 de abril de 2021

Opinião




De novo, o Sucessor

Há dezesseis dias (1º de Abril), eu tratei de um assunto cujo teor é a difícil missão de encontrar de imediato, um sucessor para um ídolo, vide O Sucessor. A questão era o arco gremista e a grande chance de Brenno, Adriel e Gabriel Chapecó.

Agora, outra lacuna delicada foi aberta no Tricolor; a saída do treinador mais longevo (e bota longevo nisso na recente história de clubes da primeira divisão nacional), cinco anos, quase seis temporadas. Ainda mais, que não é um nome recente na vida do clube. Trata-se de Renato.

O presidente Romildo tinha/tem a exata dimensão da árdua e perigosa tarefa de substituir o treinador depois deste longo tempo e, apesar de alguns não admitirem, período vitorioso. Por isso, relutou na troca. 

Não se trata apenas de grande amizade entre eles ou confiança presidencial no trabalho do treinador; é o histórico, os exemplos anteriores, os de 2011 e 2014, quando Paulo Odone e Fábio Koff tiveram que buscar um substituto para Renato Portaluppi. Nos dois eventos, os experientes presidentes erraram feio: Julinho Camargo (34 dias) e Enderson Moreira (7 meses).

O erro de Romildo/Renato foi insistir com algumas fórmulas desgastadas e apostas equivocadas. Insistência que levou a torcida ao desencanto.

Como este ciclo de Renato é maior em tempo e conquistas, é crível* que o seu sucessor terá barreiras enormes para superar; desconfio que podem ser intransponíveis se os desdobramentos da troca, contiverem os seguintes elementos: despreparo do profissional para a empreitada, impaciência da torcida e desconfiança da Direção no nome escolhido.

Hoje, pesando os prós e contras, penso que a chance de dar certa a mudança é muito pequena, ainda que tenha concordado com a medida adotada por Romildo.

O presidente terá insônia ou pesadelos.

PS: * estava redundante o texto, por isso a supressão de "acreditar".



sexta-feira, 16 de abril de 2021

Opinião



Foi doído de ver 

Se tem alguma coisa em que sou especialista é ver jogos ruins. Parei, faz tempo; assistia muito o Riograndense; como subiu umas duas ou três temporadas para a primeira divisão gaúcha, eu virei especialista em jogos de qualidade duvidosa na Segundona gaúcha. Vi clubes que não atuam mais como Armour e Fluminense de Livramento, Sá Viana e Ferro Carril de Uruguaiana; Aesa de Santo Ângelo, Acafol de Cruz Alta, mais recentemente, o Cerâmica de Gravataí; até o próprio Verdão santa-mariense está licenciado.

Então, ter visto este Caxias 0 x 0 Grêmio, foi como se eu já tivesse tomado a segunda dose da vacina. O vírus não me pega; deu para chegar bravamente até o final; mas, confesso, se a minha filha não estivesse em aula on line e a mulher numa live sobre Ayurveda, eu tinha capitulado e feito um programa a três. Que partida horrorosa! Daria para dizer que foi Ferreira F. C. versus o fantasma do Fortes e Livres da cidade de Muçum do Vale do Taquari ou o Ta-guá de Getúlio Vargas.

Os goleiros não trabalharam, os escassos lances perigosos ficaram simbolizados pelo incrível gol perdido por Elias que sem goleiro e em cima da linha derradeira, conseguiu chutar para o lado, justamente onde Pitol estava esparramado na quina da pequena área, longe da meta. Lógico que o goleiro gargalhou com o instante hilário no Centenário.

Se for para destacar alguém, fico novamente com os três que já vinham se sobressaindo nas jornadas anteriores: Ferreira, Darlan e Ruan.

Os estreantes Rafinha e Thiago Santos foram bem, em especial, o primeiro que mostrou que não se assusta com momentos críticos como jogar pela primeira vez sem conhecer os companheiros e numa semana de intensa instabilidade. Tem personalidade e rodagem.

Quem foi muito mal: Pepê, por favor! despachem o cara para Portugal, antes que o Porto desista de quitar alguma parcela restante, igualmente, Ricardinho. Sobre este, há de lembrar que faz gols, que como se sabe é o objetivo (goal em inglês) do futebol, no entanto, ele parece um poste dentro do gramado. Prejudicou o ataque. Ataque que melhorou com a entrada de Elias aos 28 minutos da etapa final. Muito tarde; aliás, mais grave do que isso, o crime que Thiago Gomes cometeu ao deixar Léo Chú assistir até o minuto 37 da etapa final o péssimo desempenho de Pepê, quando o jovem ingressou pela esquerda.

É isso! O time padeceu de muita coisa nesta noite.

Por fim: não dá para deixar de comentar sobre a fraca atuação do juiz Anderson Farias que, sem prejudicar os times, prejudicou o ... digamos, espetáculo... ao deixar correr frouxo as faltas de ambos os lados. Faltas marcadas e relevadas nos cartões.

Jogo ruim e picotado é tudo que o torcedor/espectador não quer. 

Jogo para torcedores teimosos.

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Opinião



O Thiago certo para apostar 

Há tempos que menciono meu sonho de ver o Grêmio formar treinadores, assim como consegue formar volantes, atacantes, etc... citei o nome de Thiago Gomes, vide Estamos chegando lá, portanto, não é de agora minha intenção de vê-lo ganhar uma chance.

Substituir Renato é extremamente difícil, ainda mais nesta última passagem, onde quebrou vários recordes (nem vou mencionar aqui), então, o treinador que for escolhido, deve sair de uma decisão bem pensada, seja no currículo, seja na filosofia que o clube quer adotar dentro de campo e, muito importante, a duração do tempo de contrato. Um nome inconfiável com contrato longo, implica jogar dinheiro pelo ralo.

É comum neste momento pipocarem nomes na imprensa, mas a Direção tem que estar focada e acima de tudo, convicta do que quer. Nomes conjecturáveis eternamente nessas situações, emergentes de um só trabalho, queridinhos da mídia, outros com empresários influentes, todos esses consistem em armadilhas que um clube do tamanho do Tricolor não pode embarcar.

Torço sinceramente, que a escolha do próximo técnico venha de um consenso entre as melhores cabeças pensantes dos dirigentes que comandam uma nação de quase 10 milhões de torcedores.

Boa sorte e muita reflexão.


Opinião




A Face do Grêmio de 2021

Na década de 70, os norte-americanos resolveram popularizar o futebol (soccer) e investiram pesado em nomes mundiais em final de carreira; lá aportaram, Chinaglia, Cruyiff, Franz Beckenbauer, além de brasileiros como Carlos Alberto Torres, Rildo, Edu e o maior de todos, o âncora do projeto: Pelé.

Passado quase meio século, o futebol ianque ainda não está entre os melhores da América, mas avançou, porém, tem muitas deficiências, uma longa caminhada para ser reconhecido como de alta competitividade. Um exemplo: Bressan é destaque de seu time. O Bressan.

Pois deste território da América do Norte vem um dos "reforços" para o Grêmio. Trata-se de Thiago Santos, 31 anos e apenas um clube de destaque na sua biografia (Palmeiras), onde ficou mais tempo na reserva. 

Eu o elejo como sendo a cara do Grêmio deste ano; estão todos enganados, se acham que a face de 2021 é o aproveitamento massivo de atletas oriundos da base. Faço essa restrição, porque para o lugar que será de Thiago Santos existem dois guris com passagem pela Seleção Brasileira, Fernando Henrique e Victor Bobsin, que assistirão pela tevê, Thiago desfilar o seu "futebol", ou seja, serão preteridos.

Não se trata de uma mera contratação (Thiago Santos), mas de um sinal aos torcedores, um aviso que os avanços táticos e técnicos que o esporte bretão apresentou/apresenta nestes últimos anos, no Grêmio, isso é considerado  como frescura, utilizando um termo gauchesco. Precisa-se, segundo os mandantes tricolores de um "volante-volante".

Aliás, usando outro termo, desta vez, inglês, para definir o futebol de Thiago Santos, diria que ele é um "must"(o).


quarta-feira, 14 de abril de 2021




A Zebra que o Grêmio fez virar Lógica

As postagens  nossas e os comentários dos colegas deste blog só confirmaram o que se esperava: muita dificuldade e descrença na classificação. Ninguém é louco ou mora numa bolha de otimismo. A ruindade, a incapacidade do Grêmio, tornou o Independiente Del Valle, o terceiro ou quarto clube em hierarquia do incipiente e ingênuo futebol equatoriano, o favorito para passar para a Libertadores. Sem dúvida nenhuma, deu a LÓGICA. Duas vitórias.

Não há nada que justifique a superioridade de um clube modesto que não esteja correlacionada com a incompetência de um dos poderosos clubes, "habituée" de várias edições da Libertadores. Tem méritos? sim, mas, os equatorianos lá na sua humildade, precisam saber porque ganharam tão facilmente dentro de campo, porque, por tudo que ocorreu no extra-campo, já eram vencedores, antes da bola rolar.

De repente, o Grêmio ressuscitou Kannemann e sua estranha lesão, aliás, estranha lesão também tinha ou tem Jean Pyerre e diminuiu o "desconforto muscular" que atinge Maicon antes de longas viagens? e outra ressurreição, a do Pepê, quando a água bateu no queixo. É evidente que nem com um passe de mágica, o time remendado, costurado no "camarim", pouco antes de entrar no palco, faria bonito. 

Por tudo isso, o novato Del Valle pisou no gramado da Arena como o favorito para a vaga, repito, o Grêmio pariu a nova lógica do confronto.

Dá para tratar do jogo? Não, não dá, isso fica para as próximas postagens. 

Deixo mais alguns lamentos:

- Decorem esse time: um goleiro cascudo e mediano; Rafinha, Geromel, Kannemann e Diogo Barbosa; Thiago Santos, Matheus Henrique e Maicon; Alisson, Diego Souza e Ferreira. 

Ele ficará hibernado por 3 ou 4 jogos para que (não que seja em sua essência, mas na aparência) assim como um político corrupto pego no crime, se esconderá, desaparecerá, será colocado um time diferente para acalmar a massa, para pensar que, finalmente virão as sonhadas mudanças e depois com os ânimos acalmados, aí estarão firmes, fortes, lampeiros, Diogo Barbosa, Alisson e Maicon, associados às novidades Rafinha e Thiago Santos e a gurizada assistindo do banco e os que sobrarem, da arquibancada, quando isso for permitido, se não ficarem jogando vídeo game em casa, curtindo o "isolamento forçado"

- O segundo lamento: haverá em boa parte da imprensa, elementos que reforçarão a importância de Maicon e Alisson para a "mecânica de jogo", o "melhor futebol do Brasil", logo que o time  encarreirar 3 ou 4 vitórias diante de adversários meia-boca, nelas incluídas algum Grenal para anestesiar a parcela da torcida que ainda resiste às mudanças, eles reaparecerão

- Terceiro e último lamento: o presidente Romildo demonstra ser um grande político (aqui não no sentido da política partidária), porque já se antecipou ao momento de crise, dizendo que o clube experimenta agora idêntico período ao de 2015, isto é, que o Grêmio passa por transformações que darão resultados logo, logo, ali adiante. Vacinou-se

Difícil dormir com tremenda ladainha e desencanto.




Opinião



Grêmio de incertezas, joga a vida na Libertadores 

É um Grêmio inconfiável, este que enfrenta o Del Vale, hoje à noite.

Não se trata de exagero; começando pelo mais visível e simples: o desempenho no desafio de ida. Fosse na altitude de Quito a partida, muito provável, o placar seria praticamente irreversível, pois, se no Paraguai com 15 minutos de etapa final, o time "babou na gravata", morreu fisicamente, na capital dos equatorianos, o crime seria gigantesco.

Analisando individualmente a presumível  escalação, esta, também é motivo de preocupação: Brenno vem bem, mas o quarteto defensivo será composto por um quarto lateral direito do elenco na hierarquia (Felipe), Rodrigues que vem oscilando, Kannemann. um zagueiro que precisa de ritmo de jogo, sempre que para por um tempo mais longo e Cortez, que é banco. 

No meio de campo, Matheus Henrique, cujo futebol estacionou e fica a dúvida: o problema reside nele ou no seu posicionamento. Para o resultado final, isso é irrelevante, ou seja, prejuízo para o time está presente.

Seguindo; Maicon, se inteiro, ele já é quase um aposentado, imaginem voltando de um "desconforto muscular". Confirmado Alisson, aí o estrago para o time é monumental.

Cogita-se o retorno de Jean Pyerre, depois de longa parada. Sobram três hipóteses: Irresponsabilidade, maquiavelismo ou desespero. Voltar agora como o "condutor do time", significa jogar uma carga pesada para que ele afunde de vez.

Diego Souza é a grande unanimidade neste momento. Carrega o time nas costas, juntamente com Ferreira.

Pepê, outra dúvida, se sair jogando, só pode ser no lugar de Alisson, passando Ferreira para a direita, mas volta de longo período. 

Pior que cair fora da Libertadores: ter que jogar a segunda divisão sul americana, atrapalhando de vez, a chance de reestruturar a Comissão Técnica e mirar com planejamento e lucidez, o campeonato nacional.

Este é o cenário para a noite de Quarta-feira.

terça-feira, 13 de abril de 2021

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (248) - Ano - 1997

Drama em Alta Voltagem 

Fonte: Jornal Zero Hora

Pela Libertadores, este Grêmio versus Guarani-Paraguai de 1997, certamente está entre os embates mais dramáticos em termos de classificação.

Antes, um dos mais sofridos para a massa torcedora, o Tricolor não estava em campo. Foi aquele América de Cali 0 x 0 Estudiantes de La Plata no triangular de 1983, que levou o Imortal à final contra o Peñarol e seu, consequente, primeiro título de Libertadores. Que sufoco!

Pois esse de 97, mais exatamente no dia 06 de Maio, era o jogo de volta.O primeiro, 2 a 1 para o Guarani no estádio Defensores del Chaco, ou seja, uma simples vitória de 1 a 0, bastava para o Grêmio avançar. Vale lembrar que os gols paraguaios, ambos de Ovelar foram marcados em posição adiantada e o beque Rivarola fora expulso.

Em Porto Alegre, Evaristo de Macedo utilizou os seguintes atletas: Danrlei; Arce, Luciano, Mauro Galvão e Roger; Dinho, Luis Carlos Goiano e Carlos Miguel; Paulo Nunes, Maurício Pantera (Marcos Paulo) e Rodrigo Gral.

O uruguaio Luis Cubilla, lendário ex-ponta direita escalou o Guarani, assim: Gomez; Barrios, Caballero, Romero e Ocampos; Delgado, Diaz, Franco e Ojeda; Ovelar e Soto. Entraram também; Sotelo, Dominguez e Almada.

 O time paraguaio veio apenas para se defender, imagens mostravam em determinados momentos, apenas Danrlei no campo defensivo gremista, os demais 21 ocupavam a metade guardada pelo Guarani.

Apesar do adversário bater demais, quem teve jogador expulso foi o Grêmio, isso, aos 28 minutos da etapa inicial; Luciano, o beque que substituía o titular Rivarola, suspenso.

O primeiro tempo azul foi de um time atabalhoado que irritou a torcida e frustou com o 0 a 0, placar que resistiu até os 18 minutos da etapa final, quando os torcedores já demonstravam sinais de impaciência. Naquele instante, Paulo Nunes avançou com raça, driblando dois adversários, batendo de perna esquerda no lado esquerdo do arco. 1 a 0. Desafogo, gol que classificava o time.

Aos 24, Luis Carlos Goiano acertou a trave em cobrança de falta. Os ventos estavam mudando e a passagem de fase parecia uma certeza. Mas 1 a 0 é o fio da navalha; é andar pela corda bamba.

Aos 43 minutos em jogada confusa, o Guarani contra atacou com três jogadores e Ovelar, livre, sem goleiro, empatou a partida. 1 a 1.

Muita reclamação junto ao bandeirinha, invasão de campo, revolta. A classificação se esboroou pelo possível erro da arbitragem. Foram alguns minutos de paralisação com parte da torcida se encaminhando para as saídas do Olímpico. Afinal, com o tumulto, o tempo já estava por conta dos acréscimos do juiz e ainda que fazendo o improvável gol, a decisão iria para os tiros livres da marca do pênalti.

A partida é reiniciada, bola recuada, um chutão para a área do Guarani, há uma casquinha de um avante gremista e Rodrigo Graal, esperto, se antecipa à zaga, ajeita e coloca no canto direito do goleiro. 2 a 1. O Olímpico estremece.

Logo, a decisão vai para os pênaltis e o show de horrores se apresenta: Dinho e Arce acertam os primeiros, Sotelo também converte a sua cobrança. A partir daí, o Tricolor erra os três restantes com Mauro Galvão, Carlos Miguel e Rodrigo Graal e os paraguaios, quatro; Danrlei brilha em dois chutes e outros dois tomam o destino da linha de fundo. Grêmio classificado.

Agora, O Tricolor vive situação semelhante, diante do Del Vale. Tomara que passe desta vez,  sem drama.

Fonte: https://gremio1983.wordpress.com/

Seguem os principais lances:







segunda-feira, 12 de abril de 2021

Opinião



"O Gol Qualificado" 

A derrota de 1 a 0 fora de casa numa disputa, onde fazer gol pode ser critério de desempate é mau negócio. Perder é mau negócio, então, um 2 a 1 passar a ter relevância. 

Sempre que ocorre esse placar, essa derrota, o que primeiro vem à mente do torcedor e da mídia é o pensamento simples: 1 a 0 classifica. O que é verdade.

Mas, como é decisão, em geral, esta classificação será dramática. Para isso, basta o gol não sair em seguida. Caso isso ocorra, a exposição defensiva aumenta.

Quando sai o tão necessário tento que habilita o clube para a próxima etapa, surge a grande dúvida: recuar, tentando manter o placar ou buscar ampliar para ter mais segurança?

Nesta hora, há sempre o perigo da hesitação. Aí, o segundo gol vem e 2 a 0 parece ser confortável.

Parece, porque aquela vantagem gigantesca numa decisão, pode se desmanchar nos acréscimos com o revés de ter a sua meta vazada uma vez. Apenas uma vez.

Casado esse resultado com o insucesso do 1 a 2 do jogo de ida; isso, encaminha a decisão para os tiros livres com a reversão anímica do "quase" por ter tido "a classificação nas mãos" até os momentos finais.

Resumindo: não será fácil passar pelo Del Vale. 

sábado, 10 de abril de 2021

Opinião




O Pesadelo 

No Grêmio atual, discurso e prática são duas linhas paralelas, isto é, não se encontram nunca. Explico:

Tudo parece apontar para o aproveitamento massivo da base gremista. Quantitativamente, uma verdade. Basta ver a relação de inscritos na Libertadores, porém ... há controvérsias.

As primeiras contratações vão de encontro ao discurso; dois atletas com mais de 30 anos, que não são para compor grupo.

Outro indício; a derrota para o Del Vale forneceu munição para os condutores do clube/time pedirem cautela, calma com os jovens, como se esses fossem os responsáveis pela derrota gremista. Isso me cheira à busca de justificativas para a condução do time dos sonhos (deles e pesadelo nosso), recheados de cascudos. Estão à espreita, esperando o bote para implodir o futuro da garotada e do clube.

Talvez não seja exatamente assim, mas poderá ser assim: um goleiro cascudo, mediano, "passe" na mão, carreira discreta; Rafinha, Geromel, Kannemann e Diogo Barbosa; Thiago Santos, Matheus Henrique e Maicon, Alisson, Diego Souza e a cereja do bolo do projeto: recuperar Éverton Cardoso.

Não é nenhuma paranoia minha. Se deixarem, o projeto será esse com Rafinha, Diogo Barbosa, Thiago Santos,  Maicon, Alisson e sem Vanderson, Brenno e Ferreira.

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Opinião




Grêmio tem que comemorar o resultado 

Olhando esta partida, eu lembrei por duas vezes um professor de educação física de colégio (Iradil) que também era treinador da equipe profissional do Riograndense, quando eu era infanto-juvenil e presenciei um diálogo dele com o preparador físico sentados nas arquibancadas: - O certo era tirar o Calé (o ponta esquerda) que não está jogando nada, mas ele fez o gol da vitória (1 a 0 no jogo mais recente).

Alisson não está jogando absolutamente nada, mas vão lembrar que ele "colocou com a mão" a bola na cabeça do Diego Souza no gol gremista e a segunda vez que lembrei do querido mestre, quando o técnico fez entrar o Léo errado, possivelmente, porque fizera o gol isolado no Grenal. Escrevi em postagem recente que era partida para Léo Pereira no segundo tempo. Era Ferreira de um lado, Léo Pereira no outro.

O Grêmio escapou de tomar uma goleada, tipo uns 4 a 1. Tudo bem! "roubaram" do Tricolor no gol mal anulado. Virando 2 a 0, a história poderia ser outra. Poderia, isto é, uma incerteza.

O que se tem de concreto é um time mediano do Equador, mas muito organizado, encarando um time muito desfalcado, é verdade, porém, podia estar mais arrumado e melhor escalado.

As traves, o goleiro Brenno (melhor em campo) e a imperícia equatoriana decretaram o magro 1 a 2.

O que se pode ver de forma cristalina: Diogo Barbosa, repito o que escrevi antes: é a pior contratação dos últimos anos do Grêmio, pela sua modesta biografia, pelos 10 milhões pagos e, mais grave, por 1/4 do "passe". Esta noite deu saudade de M-a-r-c-e-l-o  O-l-i-v-e-i-r-a. Incrível. É contratação de empresário, não tenham dúvidas.

Lucas Silva não acrescentou nada, Matheus Henrique, o menos ruim e Pinares, muito mal. Não convence. Se é ele, se é problema de posição ou outro fator, não sei. O que se sabe é que não convence. Alisson é caso de falta de pulso do presidente. Submissão total do primeiro mandatário.

Do que eu gostei: David Braz entrou muito bem, acertou todas e reorganizou a defesa, após a expulsão de Ruan. Boa surpresa.

Ferreira, um valente, marcou, correu, no entanto, pareceu mais um segundo lateral esquerdo. Cansou.

 Diego Souza é aquela história, parado, pouca movimentação, entretanto, tem o gol, tem o passe genial para Ferreira fazer legalmente o gol e ainda criou a melhor  chance da segunda etapa. E Brenno, o cara que garantiu sair vivo do Defensores del Chaco (antigo Puerto Sajonia).

Enfim, acho que a análise desta partida, ou seja, suas consequências, só serão melhor avaliadas após o segundo confronto.

O que ficou claro é que um time modesto e ajeitado, pode encarar um gigante da América, se este estiver só esparramado no gramado, verdadeiramente Um bando.   


Opinião



O Jogo do Constrangimento 

Está aí uma partida do Grêmio que o que menos se falou foi do futebol propriamente dito.

Os atletas mais comentados foram os vetados para o jogo, os positivados ou suspeitos de contaminação pelo Corona Vírus.

Os meninos que irão para o confronto (outra curiosidade deste confronto, dos veteranos, o que resiste em estar em campo é Diego Souza) pouco foram comentados.

Os assuntos periféricos ao rolar da bola dominaram o noticiário, vide Veto, então, nem há garantias da realização deste jogo de ida.

Tomara que o desfecho deste imbróglio seja o mais racional e que os atletas e delegação em geral, saiam bem na partida e no retorno ao país.

Mais um capítulo estranho na vasta história da Libertadores da América.

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Opinião




O Cerco 

Mais de 1 ano de convivência com a pandemia e o mês passado, Março, apontando números assustadores de mortes, internações, sofrimentos, apesar da grande notícia que é a vacina.

No futebol continental, o cerco está se fechando. Considero a elite dos clubes como um oásis na saúde e cuidados dentro da sociedade brasileira, especialmente, pois nem ele está se safando; o Grêmio é um exemplo.

Com tantos países evitando brasileiros, dá para afirmar que a Libertadores corre sério risco de ser interrompida.

Desconfio que a meta da Conmebol seja definir os participantes nos grupos e depois anunciar novas medidas, entre elas, a paralisação do torneio.

É o mais sensato.


quarta-feira, 7 de abril de 2021

Opinião




A Pandemia muito presente

Achava um "milagre", muito mais do que competência, o Grêmio, em especial para nós, não ter sido atingido pelos efeitos da pandemia que assola o mundo desde a virada de 2019. 

Era um caso ali, outro mais adiante, porém, ter seus planos alterados como ocorreu diante do peruano Ayacucho (jogando no Equador) e nesta semana, a repetição do fato (a partida sai do Equador e vai para o Paraguai), é o ápice do "encontro Covid 19 e o Tricolor".

É o ápice, porque atinge treinador e, por enquanto, se noticia três atletas, dois divulgados (Paulo Victor e Vanderson). Pode aumentar o número.

À princípio, essas notícias ruins, não são de todo prejudiciais ao clube, pois sai da altitude e vem para um país mais próximo. Além disso, embora a falta de torcida, o Del Valle não mais está em seus domínios, assim como ocorreu na fase anterior com o oponente gremista.

Não se sabe a extensão do atingimento do vírus no elenco; diante disso, dá para afirmar que no outro certame, o Gauchão, o Grêmio poderá sentir mais fortemente, a triste realidade que, antes, apenas "vizinhava" os profissionais do futebol.

Ficou para Sexta-feira. 

terça-feira, 6 de abril de 2021

Opinião




Intervenção no Coração do Time 

Maicon não viajou. Não vai enfrentar o Del Valle, abrindo a possibilidade para mudanças no meio de campo. Assim mesmo, no plural, porque segundo se lê, há chances de uma intervenção mais radical na escalação

São duas formações aventadas; primeiro, o ingresso simples de Darlan, ficando o meio: Darlan, Matheus Henrique, Pinares e Alisson. A segunda: Lucas Silva, Matheus Henrique, Darlan e Pinares.

Esta última alternativa me agrada mais, não pelo preterimento ao nome de Alisson, mas, porque é hora de ser mais pragmático, isto é, de neutralizar um adversário desconhecido, pois ele já não é o mesmo de 2020 e a altitude equatoriana.

Com esta formação, Pinares "flutuará" atrás das linhas ofensivas gremista (Ferreira e Diego Souza) com a segurança do trio de volantes, com o acréscimo dos lançamentos longos de Darlan para Ferreira e até, de Vanderson, eventualmente.

Depois, conforme o desenrolar do jogo, será hora de Léo Pereira na direita.

domingo, 4 de abril de 2021

Opinião




O Coração do Time 

É bom ganhar clássico. É importante, também; no entanto, ele não se esgota no apito final. Deixa lições, a maior delas é saber porque ganhou (Grêmio) e porque perdeu (Inter).

O Grêmio ganhou, porque a bola de Praxedes encontrou a presença de Brenno, da mesma forma, no detalhe do enquadramento do corpo do beque central colorado na hora do arremate, depois de fazer fila no meio de campo, isso salvou o Tricolor. E pela eficiência de Léo Chú.

As mexidas de Renato estão entre as razões da vitória, Darlan, Léo Pereira e Léo Chú, muito mais do que o ingresso de Lucas Silva e Ricardinho. Elas melhoraram o time.

Maicon, Matheus Henrique, Pinares e Alisson formaram um quarteto frágil, inconfiável, que por pouco não determinou (o quarteto) a derrota gremista. Dizer que o Tricolor "deu" o campo para o adversário para especular contra ataques é enxergar a metade do copo com água. Talvez, a sabedoria desta adoção vem da humildade de perceber a inferioridade tática e física de exercer o domínio deste importante setor.

Mesmo respeitando a história de Maicon e a aplicação do incansável Alisson, repito que esta dupla precisa sair do time. Ela serve para determinados jogos e, importante, jogos de meio de tabela de um certame de turno e returno. Nunca num afunilamento de semifinais de Copa do Brasil ou quartas de Libertadores.

Se o Tricolor está pensando em investir pesado em um ou dois nomes, este é o setor a ser agraciado com novidades. 

Não existe preço absurdo para trazer Claudinho, absurdo será apostar no passado de Maicon, na incerteza do futebol de Pinares, na instabilidade emocional e anímica de Jean Pyerre e na precocidade de Pedro Lucas. Este ainda não está pronto.

No meio de campo reside o "furo do time". O resto está no elenco.



Opinião




A Vitória passou pelas atuações do Meninos 


Brenno deu um chutão para frente, Ricardinho passou para Léo Pereira, que achou Léo Chú na esquerda, esse, enquadra o corpo para o pé direito, ele que é canhoto; mandou um arremate maravilhoso; esta sim, bola indefensável. 1 a 0. Quatro nomes saídos da base gremista.

 Acrescenta-se Vanderson, o melhor do jogo, Ruan, soberbo na área e Darlan, que ao ingressar no segundo tempo, tornou a bola do meio de campo vertical.

 A vitória foi merecida, porém, ela correu sério risco com a malfadada manutenção de Alisson e Maicon, que cada vez mais (essa manutenção) cai por terra a versão de que o Grêmio precisa muito deles. Do quarteto, Pinares e Matheus Henrique mereciam melhor parceria.

 Talvez este parágrafo não deveria constar nesta postagem, mas eu preciso escrever: Quem bateu de frente com o treinador, foi defenestrado. Vanderlei não engoliu a preterição incompreensível nos jogos contra o Palmeiras e saiu rapidamente. Jean Pyerre; seu pai disse umas verdades e o camisa 10 já foi oferecido em troca com o Bragantino. Já Paulo Victor está aí, firme no elenco, provavelmente, esperando a temperatura baixar para ser o goleiro "cascudo" do plantel. Assim, assim, na moita. A Direção não pode assistir passivamente a formação desta confraria de jogadores ruins e outros que já são ex.

 É por isso, que já manifestei mais de uma vez, o Grêmio precisa repassar Maicon e Alisson, caso contrário, quando as competições afunilarem, a tal "hora da onça beber água", o time vai ficar no meio do caminho.

 Hoje, Vanderson demonstrou que não merece ser reserva, assim como o crescimento de Ruan é uma realidade, a boa performance de Brenno e outros que estão entrando bem, Darlan, Léo Pereira, Ricardinho e Léo Chú é inquestionável.

 Esse é o caminho para a reformulação. Reformulação com Fernando Henrique e Victor Bobsin, por exemplo.

 Agora é o Del Vale.

PS: Um erro imperdoável meu; a omissão do nome de Ferreira, grande destaque. O único do ataque titular que fez algo produtivo. Outro da base.

 

 

 


quinta-feira, 1 de abril de 2021

Opinião




O Sucessor 

O ídolo que ganha contornos mitológicos, quando sai de cena, abre um vazio no sentimento dos admiradores (torcedores, no caso do esporte) difícil de ser preenchido.

Citando três exemplos: 

- No melhor time do Internacional de Manga, Paulo Cesar Carpeggiani, Falcão, o maior ídolo, aquele que teve contornos de semideus foi Figueroa, líder, capitão, fez o gol do primeiro título nacional do Coirmão e ainda por cima, declamava poesias de Pablo Neruda.

Ele, em 1976, por motivos pessoais, saiu abruptamente do Inter, promovendo uma comoção. Logo veio o seu sucessor: Marião, um zagueiro obeso, desengonçado, antítese do chileno. Antes de descer no aeroporto, já estava reprovado pela massa colorada. Era uma heresia trazer um cara do Operário do Mato Grosso (antes da divisão deste), ainda por cima, chamado de "Marião" para o lugar do Capitão dos Andes. 

E assim passaram Beliato, Gardel, Larry e outros menos lembrados. Até que um zagueiro da Ferroviária de Araraquara, Mauro, chegou bem discreto e ao lado de outro Mauro (Galvão) acabou com o dilema. Era 1979, ano do tri nacional. Três anos de divórcio da torcida com a camisa 3.

- Em 2003, Danrley foi afastado do arco gremista; estava em franca decadência, depois de ser dono da posição por exatos 10 anos. Também foi um desfile de nomes como Eduardo Martini (2003), Márcio e Tavarelli (2004), Eduardo e Galatto (2005), Marcelo Grohe (2006), Saja (2007) até que Victor assumiu a bronca e freou a dança das cadeiras. Ficou quatro anos e meio.

- Estamos vivendo algo semelhante com a saída de Marcelo Grohe; uma mescla do que aconteceu nos casos anteriores (Figueroa e Danrley), ou seja, uma rejeição antecipada de parte da torcida e também da imprensa a qualquer nome que venha para substituí-lo e a dificuldade dos sucessores dentro de campo com desempenhos discutíveis. Uma receita infalível para o fracasso e a protelação da solução do problema.

Vanderlei rescindiu seu contrato, Paulo Victor deve seguir idêntico destino.

Resta saber se Brenno, Adriel e Gabriel Chapecó terão esses dois ingredientes essenciais para alcançar o sucesso no arco gremista: qualidade e a paciência dos torcedores.

Pelo menos, não são "estranhos no ninho". São formados na base.



Opinião




Empate em jogo movimentado

Dez minutos da Quinta-feira Santa e eu precisando acordar às 6:00 h, então, vou ser sucinto:

- Jogo muito bom de ser visto, o São Luiz não ficou atrás e é um time bem arrumado com alguns destaques técnicos, em especial, o lateral direito Lucas e o 10, Gustavo Xuxa

- O primeiro tempo do Tricolor foi muito satisfatório; destaque para Darlan, Léo Pereira e Brenno e aquele Bobsin da segunda metade desta primeira fase. 

- O Tricolor caiu muito na etapa complementar; só reagiu com os ingressos de Pedro Lucas e Léo Chú. Tomou a virada, mas buscou o empate com gol de Chú

- Brenno, o melhor em campo, inclusive pegou uma "bola indefensável" no ângulo, daquelas que passamos 8, 9 anos tomando gols. Depois dele, Darlan e Léo Pereira (esse, abriu o placar)

- A defesa foi muito exigida. A bola aérea entrou mais de uma vez; ambos os gols sofridos surgiram assim. Cortez salvou dois gols, brecando o arremate final

- Decepcionantes foram Elias, muito tímido, fora do lugar, Éverton Cardoso, sumidaço e Lucas Silva, porque se espera dele uma liderança, senão técnica, pelo menos anímica. Pelo que ganha, sugiro que seja liberado

- De ruim mesmo, a confirmação da mediocridade da cobertura esportiva da RBS. Fazia tempo que não usava o áudio da tevê. Erraram quase o tempo todo o nome ou origem do clube de Ijuí e presente aquela irrefreável vocação do comentarista de balizar seus comentários, conforme o placar da partida. Os mais antigos devem se lembrar do personagem "Múcio", de Jô Soares, que numa discussão entre dois de seus amigos, tentava dar razão a ambos, mudando a opinião a todo momento. Ficou assim:o Grêmio fez 1 a 0, "merecido, está superior, etc, etc... O São Luiz vira a partida e  vem  "no entanto, dizíamos que o time de Passo Fundo (sic) tinha tudo para virar, etc, etc... O Grêmio empata e aí vem "por outro lado, o Grêmio voltou a jogar bem e não podia estar perdendo para o Passo Fundo (sic), etc, etc ...

 Risível.