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quinta-feira, 29 de junho de 2023

Opinião


Sem Mocinhos nesta História 



Ouço, mais do que leio, a defesa intransigente da Imprensa pela Imprensa neste episódio da lesão de Suárez. Querem fazer crer que a versão definitiva e "corajosa" dos jornalistas é a única com  créditos e méritos.

Sem exageros, hoje, a palavra impactante "aposentadoria", que era a manchete que deflagrou o processo de ação e reação das pessoas, já não aparece mais nas reportagens sobre Luizito; então, certamente, houve equívoco ou exagero de parte dos profissionais da Imprensa.

Ao longo dos anos, quem é mais velho deve lembrar que um conhecido animador de torcidas, ainda na ativa, em 2001 entrou ao vivo na sua rádio, à noite, para "cravar" com exclusividade, que Paulo Cesar Carpeggiani estava acertado com a CBF. No dia seguinte, Luiz Felipe Scolari  assumia a batuta do escrete Canarinho.

Ouvi, também, de outro experiente narrador de futebol, que o mesmo Felipão, já campeão do mundo, iria assumir o Inter. Estava informando em primeira mão.

Porém, a maior barrigada é essa que foi publicada no Correio do Povo no dia 13 de Dezembro de 1999, coluna de Hiltor Mombach, informação de Luiz Henrique Benfica, que o Grêmio contrataria Carlos Alberto Parreira, juntamente com Admildo Chirol como preparador físico, ambos campeões mundiais na Comissão Técnica de 1970 na campanha do México. O treinador ganhou também a Copa realizada em 1994 nos EUA.

Deram até o valor do salário de Admildo Chirol, vejam na imagem; seria de R$ 35 mil reais.

Não sabiam de apenas um detalhe (e que detalhe!!!), Chirol havia falecido há exato 1 ano, isto é, em Dezembro de 1998.

Então, quando a torcida fica "cabreira" com certas notícias, ainda mais, quando elas vem em cascata de forma negativa e em apenas um único clube desta rivalidade; ela não deixa de ter um pouco de razão, especialmente, porque a Imprensa tem muita dificuldade em fazer o mea culpa.

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Opinião




Encerrando um Ciclo 


Com a provável saída de Lucas Silva, o Tricolor, além de economizar uma grana, também vai ao encontro do desejo da maior parte da torcida, qual seja, ver o clube se desfazendo de atletas caros que não deram resultado dentro de campo.

Thiago Santos, Diogo Barbosa, agora Lucas Silva e um pouco antes, Alisson, suas saídas de forma melancólica, apenas demonstram que muitas vezes, os torcedores estão cobertos de razão. Todos estes profissionais ganharam muito mais tempo e oportunidades do que jovens saídos da base, alguns sem nenhum minuto no time profissional, caso de Tetê. 

Hoje, as comparações parecem absurdas como Thiago Santos x Villasanti ou Alisson x Tetê, no entanto, os fatos estão aí para comprovar que elas existiram.

Esta Direção parece conhecer futebol, pois, assim como é producente investir num craque de elevado valor (Suárez), desfazer-se de jogadores caros e improdutivos, é indicativo de que a instituição está bem gerida.

Pelo menos, esses exemplos são indicativos claros dos acertos. Vamos ver como ela (a Direção) se comporta na próxima janela de negociações.

domingo, 25 de junho de 2023

Opinião




Grêmio avança na Tabela 

O Tricolor está fazendo algo que a torcida sempre exigiu dele: vencer os clubes do rodapé da tabela, isto é, não tropeçar em jogos que fazem a diferença lá no final. Bateu o América MG e Coritiba nestas últimas rodadas. Hoje, um 5 a 1 sem questionamentos (quase).

Já que Atlético Mineiro, Flamengo e Palmeiras se revezam no "dar mole", o Grêmio e Botafogo que não tem culpa disso, vão galgando postos na classificação. Verdade que o Inter, tão criticado, sua diferença para o Imortal é tão somente o resultado do Clássico: 3 pontos.

O time apresentou fragilidades defensivas a começar pelas indecisões de Gabriel Grando na bola aérea. Fez intervenções decisivas no primeiro tempo, porém, se o adversário fosse mais qualificado como ocorreu contra o Flamengo, seus vacilos poderiam ser irreversíveis naquela altura do jogo. O Tricolor pela sua grandeza, pelas competições que participa, precisa ver esses meninos da base amadurecer ou, então, negociá-los e trazer um arqueiro com mais rodagem. Repito, Adriel, Grando e Brenno serão arqueiros ótimos, mas ainda precisam percorrer uma estrada que o nosso clube talvez não possa esperar. 

Por outro lado, a parte ofensiva funcionou muito bem. Gols em belas jogadas com os segundo, terceiro e quarto. Ótimas trocas de passes e arremates consequentes. O primeiro e quinto tiveram um "quê" de  acidental. 

A janela de Julho será muito importante, porque o retrato da equipe poderá ser alterado para o "bem" (Michael e um novo 9) ou para o "mal" (a saída de Bitello, sem uma reposição a altura).

Parece incrível que o clube que saiu desacreditado da Série B, hoje, meio ano passado, está na vice liderança do campeonato mais difícil do planeta. Mérito da Direção que revolucionou o elenco e injetou um ânimo inimaginável no torcedor a partir da contratação de Luizito Suárez.

Aliás, nos últimos anos, eu não vi o Grêmio tão dependente de um único atleta, quanto nessa temporada. Com as devidas proporções, o Tricolor lembra o Santos dos anos 60. Sem o camisa 10 era outro papo. Sem El Pistolero ...

Fechar o primeiro turno no bolo de cima é sinalização (mediante acertos na janela) que o clube pode ter um 2024 sólido financeiramente e com chances de botar faixa nos grandes torneios.




quinta-feira, 22 de junho de 2023

Opinião




Grêmio vence e alcança o G 4 

O Tricolor cumpriu com sua obrigação diante de uma adversário que está no Z4; ganhou bem e ingressou no seleto grupo de classificação direta para a Libertadores.

Verdade que a impressão que ficou no início da partida, inclusive até a expulsão do beque mineiro era de um time traumatizado pelo noticiário "bombástico" dos últimos dias, a anunciada aposentadoria de Suárez.

A sensação de orfandade aumentou com o gol de Danilo Avelar, o "déja vú" de 2014, 2015, quando o cabeceio saiu de dentro da pequena área com o arqueiro gremista caindo esquisito, movimento sem consequência prática para a defesa.

 Estava pronto para dizer que talvez fosse falta de ritmo de Brenno, mas a entrevista de Avelar no intervalo, dizendo que os jogadores receberam a informação que o goleiro gremista não saía nestes lances (Mancini ???), me fez mudar de opinião. Preocupante. Estamos naquela situação que o melhor goleiro do elenco, sempre está fora do time.

A virada ocorreu numa enfiada de Suárez para Bitello e Cavichioli de uma "mãozinha". Isso, mais o fato de enfrentar um adversário em desvantagem numérica, foi determinante para o destino final do jogo.

Renato teve o mérito de mexer bem. Os ingressos de Nathan e Vina fizeram crescer o futebol de Villasanti e Reinaldo, esse, na sua melhor partida pelo Imortal.

Grande atuação do volante Villasanti, perfeito de área a área, Reinaldo, repito, e Luiz Suárez, que mais uma vez mostrou o quanto está acima dos demais. Duas bolas na trave, participação nos três gols.

Enfim, uma vitória convincente, mas que deixa uma preocupação fantástica para a torcida: O que será do time sem Suárez? É urgente a contratação de dois avantes com condições de titularidade. Um deles, um 9 de ofício. Caso contrário, o ano se encerrará cedo para o Tricolor.

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Opinião




Manutenção dos Três Zagueiros 


Penso que o treinador acerta ao manter o sistema com um trio de zagueiros, porque os jovens da base são promissores e Bruno Alves é aquele experiente tranquilo, que vai dar conforto a Natã e Martins.

É positivo também, porque transforma João Pedro e Reinaldo em alas, aqui, na melhor definição de ofensividade pelos lados do campo, que é por onde os caminhos do gol ficam mais visíveis e viáveis. 

O meio recheado de jogadores técnicos como Villasanti, Bitello e Cristaldo, adicionado (o meio) pela juventude forte e impetuosa de Cuiabano, tornará mais fácil o trabalho de Luizito Suárez.

Contra um adversário do rodapé da tabela, atuando em casa, o melhor é simplificar.

 Renato sabe disso.

terça-feira, 20 de junho de 2023

Opinião




Mudança de Patamar 


Se a vinda de Luizito Suárez para o Grêmio elevou o clube de patamar (pelo menos em relação aos dois últimos anos), sua saída, por coerência, altera este mesmo patamar, o degrau abaixo em que o Tricolor ficará.

Mesmo que os dirigentes soubessem desta artrose, ainda assim, eles estão de parabéns pela iniciativa de trazer o camisa 9. O uruguaio (confirmada a sua aposentadoria) deu exemplo de profissionalismo e as últimas imagens do campo, diante do Flamengo, são definitivas para mim: Ele deu mais do que poderia dar.

Agora, o caminho de aumentar a autoestima do torcedor, a melhoria do time com um atleta de qualidade superior e todo o impacto midiático que a sua contratação deflagrou, tudo isso, deixa o legado de "como fazer" a gestão de um clube centenário com quase 10 milhões de torcedores no planeta.

Se se confirmar o seu afastamento, que fique a lição do que realmente mexe com a paixão do  torcedor.

domingo, 18 de junho de 2023

Opinião




Saindo da Meta 


Já manifestei mais de uma vez aqui, que considero todos os quatro goleiros gremistas de muita qualidade (Grando, Adriel, Brenno e Felipe), tenho convicção que chegarão (ou voltarão) ao Selecionado Brasileiro, bastando apenas o correr do tempo. É minha convicção, repito.

No entanto, neste 2023, o que recomendo é a venda dos três "menos" jovens, ficar apenas com Felipe Scheibig e trazer um goleiro experiente que permita ao Tricolor preparar este menino para uma duradoura permanência no arco gremista nesta década e até mais, logo em seguida.

Por que penso assim? Primeiro, porque o trio (Grando, Brenno e Adriel) semeia desconfianças na comissão técnica e na massa torcedora. Gabriel parece estar sempre inseguro, apesar dos progressos, Brenno teve a melhor situação para se firmar, porém, o destino parece conspirar contra isso e Adriel, o melhor deles, é inconfiável, não por sua condição de arqueiro, mas pelo seu "entorno" de profissional do futebol.

Segundo, me vem à mente vários exemplos de atletas que se firmaram apenas quando saíram dos seu clubes de origem: Lucas Lima no Inter tinha seu futebol contestado, Fernando Prass virou ídolo no Coritiba, Vasco da Gama e Palmeiras, Lincoln está no Fenerbache, onde faz sucesso e tantos outros. Só avançaram de grandes promessas para a realidade, depois que deixaram suas instituições onde eram da base ou quase isso. Não culpo os dirigentes.

O Inter errou ao liberar Lucas Lima? O Grêmio errou ao liberar Lincoln, Léo Jardim e Fernando Prass? Não, claro que não. Além disso, esses três goleiros do elenco são "ativos" importantes que somadas suas vendas as  de Ferreira (está na hora pela sua idade) e Bitello (o cavalo está passando encilhado) darão um "respiro nas finanças" do clube, que, se for competente, fará as reposições no arco e na parte ofensiva sem grandes "solavancos" para os encarregados do controle do "cofre".

Tempos atrás, eu recomendei o Fábio, goleiro considerado "veterano", em "final de carreira" no Cruzeiro, vide Guris empolgam, que hoje, passados quatro anos da sugestão, brilha no Fluminense. Se o Tricolor vasculhar o mercado, acha. Rochet, Santos e Renan (Sport) são algumas sugestões para esta transição. Há outros, com certeza.

Contudo, é bom lembrar: Trata-se tão somente, de opinião de torcedor.

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (290) - Ano - 1983

A Estreia de Mazaropi

Fonte:https://www.ocuriosodofutebol.com.br

Às vezes, um time prescinde de um grande goleiro em suas suas maiores conquistas, há exemplos nas Seleções do Brasil, da Holanda, clubes poderosos como o Real Madrid, Barcelona e até o Grêmio, recentemente, mas isso é a exceção, a maioria começa por um grande arqueiro. Foi assim em 1983, quando o Tricolor passou por muitos embaraços, após a saída de Émerson Leão. Apostou em jovens oriundos da base e viu que o projeto da conquista continental corria imensos riscos, se um goleiro confiável não fosse contratado.

E ele chegou sob muita desconfiança, pois o escolhido, o vascaíno Mazaropi levou muito tempo para se tornar titular. Foi banco de Andrada, do próprio Leão; saiu emprestado, voltou e agora o clube da Colina o liberava novamente, por isso, a massa ficou com um pé atrás. A situação não se tornou mais desanimadora, porque o "arco estava vazio", valia a máxima: ruim com ele, pior sem ele.

Mazaropi se transformou num enorme sucesso de competência, carisma e identificação com o clube e também, com o povo gaúcho. Até fincou raízes em Porto Alegre.

O mineiro nascido em Além Paraíba, logo conquistou os torcedores com partidas extraordinárias, em especial, nos momentos cruciais, aqueles jogos que edificam a carreira dos grandes vencedores: As decisões.

Quando falhou, seu erro foi atenuado, esquecido pela conquista do clube como na final da Copa do Brasil de 1989, quando marcou um gol contra. Não se tem registro de Mazaropi comprometendo em partidas decisivas. As lembranças perenes são as defesas monumentais e a infinidade de pênaltis que defendeu no tempo regulamentar ou nos tiros livres.

Hoje, 16 de Junho de 2023, esta data marca os 40 anos da estreia do grande "Maza", uma Quinta-feira no eterno Olímpico Monumental, primeira rodada do Gauchão. Um Grenalzinho.

Valdir Espinosa escalou o Tricolor com: Mazaropi; Paulo Roberto, Baidek, De León (Leandro José) e Casemiro; China, Osvaldo e Tita; Renato, Caio e Tonho (Lambari).

O Inter-SM treinado por Deca foi a campo com: Osvaldo; Gilberto, Donga, Moroni e Beto; Altair, Luis Fernando e Valdo; Peninha, Zeca (Chicota) e Birinha (Morsa).

Menos de 4 mil torcedores numa noite fria como a de hoje foram assistir o Imortal bater o Interzinho por 2 a 0 com um gol em cada tempo. Tita cobrou penalidade máxima (muito contestada, um toque de mão do lateral Gilberto), deslocando Osvaldo, bola no canto direito, arqueiro para a esquerda. Decorriam 20 minutos. Primeiro tempo: 1 a 0.

Na etapa final, o jovem Renato marcou o segundo aos 14 minutos, numa jogada que seria sua marca registrada na carreira: partiu com força área adentro, deixando os adversários para trás,  arrematou, Moroni conseguiu rebater, mas a bola sobrou novamente para o camisa 7, que não desperdiçou a segunda chance, bateu de canhota. 2 a 0.

O clube visitante veio para cima num tudo ou nada e aí, o estreante brilhou em pelo menos, seis vezes, sendo duas de forma sensacional, a última, arremate de Altair, a mais difícil.

A trajetória iniciada naquela noite gélida, nem o mais otimista dos gremistas imaginaria que aquele goleiro relativamente pequeno para a posição, com nome de ator de comédia, levantaria no final daquele 83, a taça mais importante daqueles 80 anos do Tricolor.

Mazaropi me ensinou muitas coisas, uma delas é que é possível superar as desconfianças com trabalho e talento. Vide Mazaropi.

Parabéns, Maza! 

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Opinião




Espelhos 

Hoje pela manhã, eu vi a notícia do passamento de Albeneir, centro avante de rápida passagem pelo Grêmio vide Albeneir, que teve a infelicidade de se lesionar gravemente no joelho numa época que a reconstrução do ligamento era sinônimo de antecipação de aposentadoria ou quase isso.

Albeneir fisicamente, lembrava Sócrates e não ficava apenas nisso, recordo que começou a dar passes de calcanhar e ficar cada vez mais parecido em campo com o Doutor, porém, a bola que jogavam era muito distinta.  Acima de tudo, Albeneir foi um  operário com lampejos de genialidade (ou tentativas). Eu achava muito positiva a sua inspiração no craque do Corinthians e Seleção.

Há vários exemplos de atletas que se espelharam em ídolos: Alcindo Sartori em Zico, Bergson em Ronaldinho Moreira, Roberto Gaúcho em Renato "Gaúcho" Portaluppi, Fio Maravilha em Pelé. Cito estes, porque a idolatria era intensa e a distância do futebol, escancarada, apesar dos esforços para imitar o ídolo.

De tempos em tempos, a base dos clubes apresenta meninos sonhando em ser Romário, Ronaldo, Neymar, Gabigol, pegando os trejeitos de cada um deles, os vícios e alguma qualidade de profissional de futebol.

Por que esta postagem? Porque no Grêmio atual, as três maiores expressões são Pedro Geromel, Walter Kannemann e Luizito Suárez, muito mais este último. E a gurizada da base, aquela dos 10 anos, 13, 16, olha para estes profissionais e tudo o que eles representam dentro e fora do campo.

Neste momento da história Tricolor, a garotada poderá se inspirar nestes ídolos sem chance de errar. Fica apenas o tamanho da bola que vai jogar.


terça-feira, 13 de junho de 2023

Opinião




Analítico 

Essa parada ajuda os clubes e até nós, torcedores gremistas, nas análises das potencialidades e futuro do time na Copa do Brasil e Brasileirão,  possibilidade de superar, corrigir e clarear o foco sobre o destino do Grêmio neste 2023. 

Vale para textos simples (até rasos) realizados no calor de um final de partida, como pode ter sido o meu de Domingo, aliás, este Flamengo 3 a 0, essa goleada, com certeza, seus lances principais ou o jogo inteiro, devem ser revistos detalhadamente. É uma partida elucidadora. Ela serviu para o Glaucio levantar um questionamento: - será que o Grêmio bateu no teto? Há boa chance de ser a realidade do Tricolor, ou seja, ser apenas, candidato a "quarta força" do futebol brasileiro, já que Palmeiras, Flamengo e o oscilante Atlético Mineiro formam um trio bem acima das demais agremiações da Série A.

Eu coloquei que acreditava em azar, que o desempenho do time foi muito bom; resumindo, uma injustiça. Será que eu estava certo? Começo a ver qualidades, muitas qualidades, no esquadrão carioca; vejam: quantas defesas difíceis fez o goleiro rubro-negro? Nos vacilos de Cuiabano e João Pedro, primeiro e segundo gols, não houve a pressão flamenguista, forçando o erro? a precisão de atacantes sabidamente vocacionados para o gol (Éverton, Pedro e Bruno Henrique) não tornam o Flamengo letal? Os 10 jogos de invencibilidade não indicam melhorias, após Sampaoli impor suas ideias? Em especial, a exploração das laterais do campo, fazendo os atacantes atuarem às costas de João Pedro e Cuiabano, expondo os zagueiros em confrontos "mano a mano"?

Então: Há progressos no Grêmio, porém, para um campeonato de turno e returno, só a distração deste trio favorito, envolvido em várias competições, pode dar uma luz no final do túnel para o Tricolor. Além disso, ele terá que ter 100% de acertos nas suas movimentações de idas e vindas na janela do mercado para qualificar time e grupo. Parada bem complicada.

Encerrando, como curiosidade, coloco um link de uma postagem de Dez/18 que trata de sugestão de time para o Grêmio; há nomes interessantes como Airton Lucas, Soteldo (ainda jogador da Universidad de Chile) e Pedro; isto é, de 4 anos e meio atrás. Vide Dream Team.


 


domingo, 11 de junho de 2023

Opinião

 


Derrota com jeito de Injustiça


Cisma* (encontrei esta escrita com C, que desconfio que é a correta, por isso alterei o texto, antes: vide Significado), uma de suas definições é: Pensamento fixo em algum assunto ou ideia. Pois eu tenho em relação a algumas movimentações dos jogadores, exemplificando: um jogador canhoto que joga pela direita, quando fecha para o meio e não se interpõe entre o adversário e a bola, tem muita chance de perdê-la facilmente. Éverton Galdino é assim. Goleiro que passa a impressão que "esta dava para pegar" é outra cisma minha. Não significa que falhou, mas sempre fica aquela dúvida: - dava para pegar? Não sei. Já escrevi que o elenco tem 4 grandes goleiros, mas isso não invalida que devam ser constantemente analisados pelo momento. Grando saiu "mal na foto" nos três lances capitais. Na derrota do Brasil na Copa da Espanha, 3 a 2 para a Itália, o arqueiro não teve culpa nos três lances, mas...

Esta derrota de 3 a 0 é demasiada dolorosa, porque o Tricolor chutou 25 bolas a gol, 3 bateram na trave e o Flamengo foi efetivo ou mortal. Chutou 6 bolas perigosas e 3 entraram. Isso foi determinante.

 Houve atuações muito boas, Villasanti, Cuiabano (apesar da falha no início do primeiro gol), Suárez, notadamente, atuando sem as melhores condições físicas, poderia ter feito 2 gols em que bateu consciente e a bola não entrou. O primeiro tempo de Cristaldo e João Pedro, muito bons. Os zagueiros foram pegos desprevenidos, no contrapé em todos os tentos. Não os condeno.

Poderia ser dito que a qualidade de Éverton Cebolinha, Pedro e Bruno Henrique fez a diferença, mas pergunto: falta ou faltou qualidade nos arremates de Suárez? não, não houve, na minha opinião. Eu acredito em azar.

Carballo e Bitelo ficaram abaixo do que vinham apresentando, mas não foram mal.

Uma última frase: Cuiabano não pode ser reserva. Joga mais, muito mais, do que os outros laterais do elenco.

 



sábado, 10 de junho de 2023

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (289) - Ano - 1983

Tirando o Pé do Acelerador (O Troco adiado)

Fonte: Zero Hora

Existem derrotas fora de decisões que doem bastante, comigo não é diferente como os 5 a 0 diante do Corinthians em 1980, os 5 a 1 em 1976 no Maracanã  contra o Flamengo e mais recentemente, os 5 a 0 para este mesmo adversário, desta vez, Libertadores (2019), também no Maracanã. Fica sempre a sensação de buscar o troco assim que puder, porém, as chances, às vezes, são desperdiçadas.

O Flamengo andava entalado na alma gremista pela decisão de campeonato nacional de 1982, verdade que ele era o melhor time da década, basta lembrar que foi campeão Brasileiro de 1980, 1982 e 83, da Libertadores de 81 mais o Mundial daquele mesmo ano. E o Tricolor, o único a ser o desafiante mais próximo de quebrar a lógica dos prognósticos.

O troco daquela goleada de 76, o Grêmio somente foi dar em 1989, um 6 a 1 no Olímpico pela Copa do Brasil, prenúncio de que algo bom viria logo ali em frente.

Mas o Tricolor, antes, perdeu uma oportunidade magnífica de revanche. Foi no dia 05 de Junho de 1983, portanto, completados 40 anos nesta semana. Era a partida que encerrava a fase de grupos da Libertadores, que o Imortal iria conquistar pouco mais de um mês adiante.

O Flamengo recém havia ganho o seu terceiro Brasileiro, porém, tinha um sentimento dúbio, Zico, seu maior jogador, estava se transferindo para a Udinese e a vaga da LA estava definida: Era do Grêmio. Naquela época, só um clube passava de fase.

Num Maracanã com pouco público, aproximadamente 6 mil torcedores, o Tricolor empilhou gols, um 3 a 0, antes dos 30 minutos; Tita (08 min), Caio (15 min) e Osvaldo (26 min), assim, o meu sentimento de que finalmente, o Grêmio daria uma goleada histórica se desenhou, porém, na segunda etapa, o time tirou o pé do acelerador, se dosou e jogou apenas pela manutenção da vitória. No final, ficou 3 a 1 com Élder descontando para os rubro-negros.

Valdir Espinosa utilizou praticamente o time base do título: Beto; Paulo Roberto, Baidek, Hugo De Leon e Casemiro; China, Osvaldo e Tita; Renato (Tarciso), Caio e Tonho (Róbson).

Carlos Alberto Torres usou: Raul; Cocada, Figueiredo, Marinho e Ademar; Vitor (Andrade), Adílio e Elder, Robertinho, Baltazar (Felipe) e Júlio Cesar.

José Assis Aragão apitou a partida, auxiliado por Romualdo Arpi Filho e Emídio Marques Mesquita.

Para variar, o grande destaque foi Tita, que infelizmente, após a Libertadores, o Flamengo exigiu o seu retorno.

 Assim como Dener, dez anos depois, Fábio Koff não conseguiu segurar esses camisas 10. Não tinha como.

O troco ainda levaria seis anos para ser dado.

Fontes: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

              Jornal Zero Hora

              https://gremio1983.wordpress.com

              https://www.gremiopedia.com

Seguem os melhores lances:





sexta-feira, 9 de junho de 2023

Opinião




Para Crescer na Adversidade 

O Grêmio, além da competência, contou com sorte em momentos decisivos de várias partidas em que saiu vencedor, foi assim com a bola na trave de Johnny no Clássico, idem, na bola retirada de "dentro do gol" por Bruno Alves no Mineirão. Mas, igualmente é verdade que virou contra o São Paulo, apresentando uma faceta inédita neste Brasileirão. E o time subiu na tabela.

Agora, o obstáculo são as laterais ou alas. Todos os principais postulantes aos lugares estão "fora de combate": Reinaldo, suspenso, Diogo Barbosa, malas prontas para o Rio, Fábio e João Pedro, a rotina de pouco jogar e muito parar. O que pode ser fator de adversidade, na realidade, provocará a inserção no time de antigos juniores, os jovens Thomas Luciano e Cuiabano. Seus reservas deverão ser oriundos da base, também.

Por caminhos tortos, Renato vai acertando os 11, pois, se bater o Flamengo de Sampaoli no Rio com esses guris nos lados do campo, em tese, eles estarão credenciados para a permanência diante de adversários de menor peso e tradição.


terça-feira, 6 de junho de 2023

Opinião




Bruno Alves: um grande acerto 

Antes de tratar do assunto que dá título ao post, umas frases sobre o sorteio desta tarde, o dos confrontos da Copa do Brasil.

Escrevi na crônica de Sexta, dia 02, que o Tricolor precisaria do binômio sorte/competência, isto é, dois momentos. Enumerei os adversários que, em tese, seriam os mais palatáveis numa quartas-de-final e lá estava o Bahia, que hoje, terça, 06 do 06, é o mais frágil dos oito que ainda estão no páreo. Resumindo: a sorte fez sua parte, agora é a letra "b" do texto, a competência na janela de Julho/Agosto.

Sobre o zagueiro Bruno Alves, ele é o tipo que dá para chamar de "grande contratação". Chegou barato, quieto, joga um futebol redondo, de 0 a 10, nunca fica com menos de 6, discreto fora de campo, não se lesiona, dificilmente é suspenso e tem o mérito de substituir um dos maiores jogadores da história gremista; Pedro Geromel.

A Direção anterior entre muitos vacilos, nesta aquisição acertou em cheio. Às vezes, um jogador desembarca no Salgado Filho de forma quase anônima, espera a sua vez e, quando menos se nota, é um dos pontos altos do time.

Bruno Alves me faz lembrar de dois zagueiros vencedores e discretos: Mauro Pastor que estancou a sangria vermelha pós-Figueroa e Luiz Eduardo, um júnior que assumiu o lugar de Hugo De León, ficando mais tempo no time do que o grande capitão do Mundial e Libertadores/83.

domingo, 4 de junho de 2023

Opinião




Grêmio atinge o G-4 

Antes de qualquer argumento ou análise, é necessário considerar que era um confronto direto contra um grande clube que havia perdido apenas na primeira rodada, ainda sem o atual comandante técnico; então, vencer por qualquer escore é muito relevante, até porque, o Grêmio vem de uma série B e está passando por uma reformulação. Assim mesmo: está, ou seja, um processo para se tornar um time confiável.

As críticas acontecem pela paixão nossa (da torcida), mesmo assim, muitas pertinentes, calcadas em exemplos anteriores e outras, as mais recentes, por serem criadas por motivos fúteis. Evitáveis.

Sobre a partida: Grando segue dando sustos na torcida. O gol sofrido é exatamente igual ao que Félix sofreu na semifinal da Copa do Mundo de 70, gol do uruguaio Luiz Cubilla. Sorte que o Tricolor, assim como a Seleção de Pelé, conseguiu a virada.

O trio de zagueiros funcionou bem, o tento sofrido, se o arqueiro estivesse melhor colocado, a chance são-paulina viraria uma "atrasada" para Chapecó.

Fábio segue sendo um lateral inconfiável mais pela sua (in)capacidade física, já Reinaldo fez a sua melhor partida pelo Imortal.

No meio, o destaque negativo acabou sendo Felipe Carballo, em contrapartida, Cristaldo voltou bem e Villasanti é um eficiente e discreto volante com uma boa saída de bola.

Bitello muito bem e Suárez é um caso à parte. Mesmo descontado, segue sendo destaque. Só não foi superior a Kannemann que mantém uma média absurda de desarmes e com atitude contagiante.

Ficou evidente a carência do grupo; Galdino e Diogo Barbosa são sofríveis, outro que está devendo é Vina. João Pedro é igual a Fábio,  Lucas Mila comparado a este Carballo de hoje, não comprometeu e segue criando "casca". Vai evoluir.

O clube precisa passar por este Junho, ser certeiro nas reposições em Julho e absolutamente equilibrado na hora de vender. Pesar o quanto Bitello fará falta versus os valores que poderá alcançar por ele.

sábado, 3 de junho de 2023

Opinião


Autossabotagem 

Fonte:https://pt.wikipedia.org

No início do ano, eu escrevi que Renato teria a grande chance para começar o trabalho praticamente do zero, assim, ao contrário de passagens anteriores, não haveria dúvidas quanto a paternidade dos resultados alcançados. Vale lembrar que eu sempre dei méritos a ele, embora as críticas que faço neste 2023.

Pois neste momento que é o seu melhor na temporada, prestes a colocar o Grêmio no G-4, o treinador gremista me faz recordar a lenda do Escorpião e do Sapo, quando demonstra que na sua natureza está a característica da autossabotagem. Para ilustrar, deixo a infeliz entrevista dada ontem, vide Renato e os técnicos estrangeiros.

Nela, ele menciona o fato de Luiz Castro ser mantido, após um 2022 de altos e baixos: na verdade, nada tem a ver com a sua nacionalidade, mas pela gestão estrangeira que assumiu o Botafogo, que resistiu à pressões da imprensa e da torcida. 

Quando Renato coloca que o que fez (se reinventando taticamente ou buscando nomes no elenco), se fosse um técnico estrangeiro, estariam  (quem, eu não sei!) pedindo uma estátua, amplia a sua má leitura sobre os fatos.

Vale recordar que o trabalho de um treinador "de fora" está sendo valorizado, porque, os que vieram para cá, Abel Ferreira, Jorge Jesus, etc... não são de "primeira linha" em suas origens, ainda não estão no "time" de Mourinho, Klopp, Simeone, Ancelotti e Guardiola, mesmo assim, Abel ganhou 2 Libertadores, 1 Copa do Brasil e 1 Brasileirão em 2 anos e Meio de Palmeiras; Jorge Jesus, a façanha de conquistar Libertadores e Brasileirão num lapso de tempo de Meio ano. Nem falo de outras conquistas menores, ainda que relevantes como regionais e torneios, que ambos conquistaram por aqui. A possibilidade de erigir uma estátua para eles está ancorada na biografia repleta de títulos inesquecíveis para a história de suas instituições, aí incluídos em lugar especial, os torcedores.

Renato teve tempo (quase 5 anos de Grêmio) e recursos humanos e financeiros (Flamengo e seus mais de 200 milhões de reais), mesmo assim, não conseguiu dar a resposta eficaz para os argumentos "defensivos", que utilizava em momentos de insucessos à frente do Imortal. Não deixou saudades no Rio e praticamente sepultou a ideia de comandar a Seleção Nacional.

No instante em que as críticas gerais estavam cessando, Renato, assim como o Escorpião, não contrariou a sua natureza. 

Pena que isso não é ruim apenas para a carreira dele, mas para o clube, também.

Neste Sábado, o melhor seria estarmos focados apenas no jogão de Domingo.

PS: Se Luiz Castro não caiu antes, porque é estrangeiro, segundo Renato; qual a explicação que ele dá para as demissões de Ramirez, Cacique Medina, Ariel Holan, Rafael Dudamel, Turco Mohammed, Jesualdo Ferreira, Fabian Bustos, Domènec Torrent, Paulo Sousa, Vitor Pereira...?


sexta-feira, 2 de junho de 2023

Opinião




Sorte & Competência 

Este binômio será fundamental para o Tricolor ter sucesso na Copa do Brasil, em especial. Semana que vem será a vez da Sorte, pois haverá a definição dos confrontos. Em Julho e Agosto, período de vendas e compras, Competência.

a) Na Terça, o Grêmio terá que torcer para pegar América MG, Bahia, Athlético Paranaense ou São Paulo. Flamengo e Palmeiras, por razões óbvias e Corinthians em ascensão, após a volta de Renato Augusto (são duas vitórias de 2 a 0)) serão paradas mais difíceis. 

Incluí o São Paulo nos mais amenos, porque desconfio que "bateu no teto". É perigoso afirmar isso, logo quando o próximo compromisso do Imortal é justamente diante dele, mas esse texto, se chegar nele, não será levado em conta.

b) Na janela, o Tricolor tem que olhar para as suas finanças e negociar Diogo Barbosa, Lucas Silva, Darlan, Gustavinho e André Henrique + Ferreira, Bitello, Adriel, Gabriel Grando (possui passaporte europeu e está em alta), talvez Brenno (parece que igualmente, tem passaporte europeu). Vendendo os três arqueiros, obrigatoriamente terá que contratar alguém. Penso em Rochet, aí tem a questão do número de estrangeiros por clube. Apareceu um bom nome, Renan, goleiro do Sport Recife, que atuou na Europa um bom tempo, ex-Botafogo, que poderá "tapar" o período necessário para a maturidade de Felipe Scheibig. Quem se surpreender com a indicação, lembro que Mazaropi passou mais tempo na reserva de Andrada e Leão no Vasco, que atuando, quando veio para o Imortal.

Em contrapartida, trazer dois a três jogadores inquestionáveis do meio para frente, um velocista, um que reveze com Suárez, talvez mais um meio-campista.

Alberto Guerra em cinco meses demonstrou que conhece futebol. Merece crédito. Nos dois sentidos.