Opinião

Para onde foi o "Pragmatismo" de Roger? 

As estatísticas ajudam, mas merecem ser sempre dissecadas; um exemplo era a sequência invicta de 17 jogos do Tricolor, saudada e rotulada como um jeito pragmático de atuar sob a grife Roger Machado. Na verdade, sempre achei um equívoco, os resultados pífios, atuações medrosas diante de adversários frágeis, os discursos absurdos pós-jogos, tudo isso encantava parte da imprensa, bem menos do que a maioria da torcida, sempre taxada como "passional" e ansiosa, verdadeira "alarmista". 

Agora, a verdade se desvelou de uma forma rápida e trágica, 1 ponto em 12 disputados, 8% de aproveitamento, o mesmo de Tiago Nunes no início do Brasileirão de 2021 (2 em 24 pontos), idênticos 8%.

A diferença é que atualmente, o Tricolor está classificado, está entre os 4 que sobem. Não arranca do nada. Basta vencer 5 em 11 confrontos, a metade deles na Arena. Ameniza um pouco.

O que precisa, além de uma forte compactação do time (hoje, os três setores estão estanques), é recuperar psicologicamente o "plantel". O problema é: quem fará esse trabalho, essa missão? Roger parece ter perdido a mão do grupo e o vice é um estorvo; mais grave! não tem noção de sua nocividade ao elenco, por consequência, ao clube. Só atrapalha.

Felizmente, o próximo adversário é o Vila Nova, que ocupa uma das posições do rodapé da tabela. Vencendo, o Grêmio terá mais de uma semana para o confronto de 6 pontos contra o Vasco em casa. Vencendo, de novo; apagará o incêndio. Como nada é perfeito, se ocorrer este cenário favorável, a massa torcedora terá que ouvir loas , exaltando o ótimo trabalho de levar o clube de volta para a Série A.

Paciência.

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Batido e Abatido 

Primeira frase: Roger deve ser mantido, apesar dos últimos resultados (1 ponto conquistado em 12), não porque esteja fazendo um bom trabalho ou que haja esperança de uma melhora substancial, mas pelo risco dos movimentos subsequentes dessa direção para cobrir sua saída. Pode ficar pior, basta ver o histórico, onde o ponto mais elevado foi tentar manter Mancini para 2022. Então, o treinador deve permanecer e tratar de vencer 5 em 11 partidas, ou seja, metade dos pontos.

Roger tem responsabilidade? tem. Tem muita. O time é frouxo, não no sentido de faltar coragem, mas no desencaixe. Lembra um tênis com os cadarços desamarrados, o calçado ameaçando sair do pé a qualquer momento, talvez um caminhonete das antigas, aquelas com o volante tendo 3/4 de folga e o motorista rezando para ver se ela obedece aos movimentos.

Olhando para a partida, especificamente, uma conclusão é inevitável: Lucas Silva não pode ser reserva de seu homônimo (Leiva). Começa por aí o desencaixe. A defesa é essa, não tem o que mudar. Ela é muito boa para uma competição como essa Série B de péssimos concorrentes. 

Os problemas começam (além de ordem anímica) na movimentação dos meias e nos erros monumentais dos dirigentes que trouxeram jogadores que não dão resposta em campo: o próprio Lucas Leiva, Thaciano, Janderson, Elkeson e Guilherme. Isso, associado a imobilidade de Diego Souza faz com que o Tricolor seja presa fácil fora de casa, porque o time está lento, desencaixado e sem a pegada "mínima necessária".

O gol sofrido mostrou a falta de proteção dos volantes à frente da zaga e o segundo, uma dessas aberrações da moderna arbitragem brasileira. Edílson está de costas, o braço num movimento natural e, ainda por cima, o chute é uma "selada" nele.

Encerrando: a troca de treinador, ela se justifica pelo desempenho e campanha; porém, na mão desses dirigentes, o que está ruim, pode piorar, então, que se mantenha o treinador. 

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O Clima é de Fim de Festa 

Verdade! não teve festa, nada para comemorar, mas com cada gremista que eu converso, a ideia de uma ressaca, de uma espécie de fim de festa, está estampada na cara. É triste, porque o ambiente, a "fotografia" não condiz com o momento, que é de instabilidade; isto é, nada de importante foi perdido ainda, até mesmo o título da Série B, neste momento, é irrelevante, mas falta ânimo para a massa gremista. Ela está de saco cheio. 

Sabe-se que a imensa maioria  dos atletas não ficará em 2023; o treinador então, nem pensar. E o vice deve ser proibido de entrar na Arena como dirigente, por isso, esse clima de conformidade, de espera pelo ano seguinte.

Aí reside o maior perigo; o Grêmio não subiu, faltam 16 pontos, talvez 5 vitórias nestes 12 jogos que restam. E para isso, Roger serve; não é crível que não consiga obter a quarta vaga de uma Série B em que o quinto colocado não atingiu 50 por cento dos pontos disputados: o Londrina tem 48 de aproveitamento.

Estamos chegando ao nono mês do ano e  o torcedor gremista não sabe qual é a escalação de rotina do técnico Roger Machado, qual o esquema adotado. É para deixar o torcedor desanimado.

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Frases que o Torcedor detesta 

a) afirmação: Eu garanto; não vai cair, vide Não Cai

     conclusão: alguém dirá: ele só tem que dizer isso nessa hora. Bom! e daqui para frente? dá para acreditar nos próximos pronunciamentos "eloquentes"? quem garante que não serão "só tinha que dizer isso nessa hora, de novo?"

b) afirmação: este técnico é trabalhador, seus treinos são revolucionários, intensos, inovadores, diferentes dos rachões anteriores

     conclusão: nos jogos não se vê nada disso, não é à toa que está no "desvio", só contando dinheiro das rescisões dos vários clubes que comandou. Tem o mérito de inaugurar um tipo diferente no futebol, o "técnico leão de treino", antes, isso era privilégio dos jogadores

c) afirmação: este jogador cumpre importante e discreta função tática, "joga para o time"

    conclusão: não joga nada, nunca disseram que Falcão, Messi ou Cristiano Ronaldo cumpriam/cumprem importante função tática

d) afirmação: essa derrota é responsabilidade minha, não é do técnico, nem dos atletas. Querem criticar? me critiquem

     conclusão: "balela", "conversa mole". Tática utilizada nos anos 90 que não "pega" mais nesta nova geração de torcedores. Se ele é o estorvo, "desce do trem"

e) afirmação: no dia que sentir que estou atrapalhando, peço para sair na hora

    conclusão: mais uma babaquice; quer enganar quem, cara pálida? vai atirar para cima a grana que está ganhando? não, só larga o osso com pressão, "altas temperaturas", bafo na nuca

f) afirmação: eu disse que a Série B é difícil, é um campeonato à parte

    conclusão: outra frase com apenas um único intuito, o de mascarar a incompetência dos seus atos. Qualitativamente, o Grêmio sobra em relação aos demais 19 (dezenove) concorrentes. Não dá para aceitar ficar atrás do líder 13 pontos, faltando 12 rodadas

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Desolação 

É um desconsolo ver este time de Roger Machado, o Pep, mas a pedra foi cantada na última postagem deste humilde blog, nominada como "Risco Iminente". O Ituano vem num crescendo, o interino ganhou moral; foi efetivado e deu um nó no técnico gremista.

Roger deve cair? não, faltam quatro vitórias para subir. Também registrei aqui que subiria "apesar de Roger e Abrahão". Bastaram duas vitórias seguidas, Guarani e Operário e a turma ficou assanhada para sair ao encalço do Cruzeiro. Agora está aí o resultado, nos últimos nove pontos, conquistou um.

Um time que toma gols em todos os jogos, como consequência, jamais vai ganhar por 1 a 0. Uma defesa forte, mas que tem o dedo destruidor do técnico, sua característica de ser frágil na bola aérea, independente da qualidade dos defensores.

O que era ruim, virou uma inqualificável maçaroca no intervalo, o treinador gremista destruiu o time; Pimentel, o treinador visitante, agradeceu de joelhos ou dando socos no ar de satisfação. Um presente do "pragmático" Roger Machado.

E pensar que há movimento para lançar Denis Abrahão, o vice que rebaixou o clube, que achou que não se devia fazer terra arrasada, que trouxe Guilherme, Thaciano, Edílson, etc...

Deixo apenas uma pergunta: e se o comandante técnico gremista fosse Enderson Moreira ou Vágner Mancini, essa parte da imprensa tão compreensiva com o atual treinador, aceitaria tamanho descalabro, passando o pano na situação?

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Risco iminente 

A escorregada diante do Cruzeiro precisa ser um fato isolado na campanha de "dono da casa" nesta arrancada final para o acesso em 2023. Todo o cuidado será pouco, em especial, porque as notícias das diversas eleições pipocarão diariamente e pelo histórico desses períodos, é momento de tensão e de desvio de foco no vestiário, onde não deveriam entrar nunca.

A situação na tabela é relativamente tranquila, mas terá que se manter assim nas próximas rodadas, 3 ou 4, a começar pelo perigoso Ituano, que nesta altura do campeonato é um franco atirador.

O Grêmio "pragmático" segue inconfiável, por isso, amplia-se a necessidade de fazer valer o fator campo. Como não dá para "combinar" com o clube de Itu, terá que ser por si próprio.

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"O Grêmio bateu no Teto"(sic) 

Estou no meu último dia de um período de 10 que tirei como Férias, na verdade, uma folga para ter fôlego até o final do ano, por isso, este texto em meio a manhã.

Mais uma explicação: sou contra a demissão de Roger Machado, o post é para demonstrar o quanto divergem as opiniões sobre o desempenho do Tricolor nesta Série B, ou seja, após ler que o Imortal bateu no teto diante do Cruzeiro, me vi forçado a teclar estas linhas que vão de encontro ao que concluiu parte da mídia.

Fico imaginando se o Cruzeiro tivesse entre os seus titulares, Gabriel ou Brenno, Geromel, Bruno Alves/Kannemann, Nicolas, Villasanti, Lucas Leiva, Bitello, Diego Souza e Ferreira; por semelhança ao que foi escrito, ele seria favoritaço para levantar a taça. Pois é, o clube mineiro não tem entre os seus 11, nenhum jogador que é superior aos nomes enumerados neste parágrafo. O Grêmio é o clube melhor "apetrechado" para esta empreitada.

No último final de semana, o certame atingiu a 25ª rodada de um total de 38 e, pasmem, o líder completou 10 pontos à frente do Tricolor. Não se trata de última rodada, o que já seria um escândalo tanta diferença.

Não, senhores! para uma referência ao "teto do Grêmio", torna-se imprescindível acrescentar uma palavra essencial e definitiva, isto é, o correto é escrever/falar "Este Grêmio de Roger Machado" bateu no teto.

Mesmo que o cavalo gremista não seja um Seabiscuit, Secretariat ou o brasileiro Garve, nosso jóquei é insuficiente para grandes conquistas.

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Gol de Placa 

Estava pronto para escrever sobre a "ideia" que anda circulando que o Grêmio bateu no teto. Só se for o "Grêmio de Roger" para bater neste teto tão baixo. Deixo para amanhã, porque a ZH no final da tarde trouxe matéria sobre um fato amplamente desejado pela torcida gremista, que, de certa forma, encerra o trágico ano de 2022, verdadeiramente, uma continuidade de 2021, isto é; a antecipação das eleições para Outubro. Um golaço!! se isto ocorrer.

Como me informaram anteriormente, deixar o link não ajuda, pois os que não são assinantes não podem ver, então, segue um trecho da matéria: 

"O Grêmio analisa a possibilidade de antecipar o fim da gestão Romildo Bolzan e marcar a posse do novo presidente para o final de novembro. Como a temporada terminará mais cedo do que o habitual pela Copa do Mundo, os quadros políticos se articulam para adiantar a transição de mandato para a nova gestão ter mais tempo de preparar o próximo ano."

Como até lá, o acesso deve estar garantido, nada justifica persistir na agonia da chegada do final do ano.

Como nem tudo é perfeito, o texto encerra com a possibilidade de Bolzan Jr. apoiar Abrahão para concorrer à presidência do clube.

Se Bolzan tiver uma "sobra", uma "nesga", um "retalho" de gremismo, de bom senso, não deve embarcar nesta canoa furada. Essa pessoa que está vice, só ajudará o Tricolor, se se mantiver longe do clube.

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Pauta Extensa 

Em 2022, esse Grêmio versus Cruzeiro é o jogo que mais rendeu/rende assunto. Disparado! Vou elencar alguns tópicos:

- Primeiro, porque são os dois maiores clubes (talvez um terceiro, o Vasco) dessa edição da Série B, normal a repercussão

- O Grêmio não conseguiu superar um time limitado, porém, mais bem treinado. Repito o que escrevi ontem: nenhum jogador do Cruzeiro seria titular no Grêmio. Pelo menos, nominalmente

- Gabriel Grando, 3 gols sofridos em 11 participações; Brenno, em sua volta, 4 jogos e 6 tentos sofridos

- Ferreira, muito boa atuação, no entanto, volta para o time dos lesionados

- Atuações de Lucas Leiva até o momento são insuficientes para mantê-lo titular

- Guilherme e Thaciano confirmam o que todo o torcedor consciente sabia. Vem apenas para engrossar os números inchados da folha de pagamento. No campo, deram saudades de Elias e Rildo

- Incompreensível sob qualquer ótica, o Cruzeiro ficar 10 pontos à frente do Grêmio

- Imprensa vermelha segue satisfeita com o trabalho de Roger, o novo argumento é que Pezzolano começou a temporada. Nem parece que o Grêmio trocou de técnico na primeira quinzena de Fevereiro, portanto, há 6 meses e participações em Copa do Brasil e Gauchão

- As organizadas seguem seu protagonismo às avessas, em ano eleição, todos os candidatos "pianinho". Quem condenou é quem não vai poder concorrer. Os demais...

- Rádio Guaíba depois do jogo, informou que 500 "torcedores" forçaram a entrada, não pagaram, ameaçaram os seguranças e se instalaram lá no setor Norte. Imagino que se não houvesse o tumulto, nada disso seria revelado

- As declarações de Roger no pós-jogo desaprovando a ida de torcedores com crianças naquele lugar onde houve brigas é de um equívoco fantástico. Será que ele não sabe que é o lugar de ingresso mais barato? não é este torcedor que está errado ou a sugestão é que ele fique em casa?

- Para o bem do Grêmio, o vice não pode dar mais entrevistas:uma hora afirma que o Grêmio persegue o título, noutra, que o campeonato do clube é outro. É subir. Ele precisa se decidir

- Outra dele: lembrar das penalizações do Tricolor por racismo, tentando minimizar a violência constatada que paralisou a partida mais de uma vez. "Só o Grêmio é penalizado". O que ele queria? esquecer a baderna?

- O Grêmio é sim responsável pelos tumultos, afinal, foi dentro do seu estádio, num lugar destinado as organizadas (de quem mesmo?) e, se de fato, os baderneiros entraram sem pagar, passando por cima dos seguranças, aumenta mais a responsabilidade do clube

- Ontem, mais do que em qualquer outro jogo, o contraste entre um time limitado, mas bem treinado e outro, embora superior, carente de jóquei, ficou escancarado

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Grêmio empata com o Líder  

Este jogo recém encerrado me deu razão para duas ideias que externei em postagens anteriores aqui neste espaço: a primeira foi a de rebater o pensamento do vice de futebol que dizia que o Grêmio teria vantagem no segundo turno ao enfrentar os maiores concorrentes (Bahia, Cruzeiro, Vasco e à época, também o Sport) na Arena e eu escrevi que não havia garantia nenhuma de triunfo gremista contra esses adversários. A segunda: que essa direção não tinha capacidade de encontrar reforços para o time; dito e feito: Thaciano, Guilherme e incluiria o momento de Lucas Leiva, não acrescentam nada. Depois que o vice deu essa entrevista, vide O que podia, não dá para esperar êxito nos movimentos dele.

Esse empate contra o líder Cruzeiro escancarou a diferença tática entre os dois times, o Grêmio correu muito mais e tocou muito menos na bola, ainda assim, os quatro gols ocorreram em falhas, os gremistas; duas cabeçadas com os autores dos gols pulando sozinhos. Os dos visitantes, erros de Lucas Leiva (primeiro) e Villasanti e Brenno (segundo).

Qualitativamente, o Grêmio é muito superior; esse Cruzeiro não tem nenhum jogador que possa ser titular no clube gaúcho. Parabéns ao Pezzolano. O cara é mágico.

O Tricolor fez um bom jogo, insuficiente para vencer com mais de 50 mil pessoas incentivando, normal para este Grêmio acéfalo.

 Para destacar; fico com Ferreira, Nicolas, Biel, Villasanti e Diego Souza, pela qualificação individual, que pena que a idade chega para todos.

Segue o martírio.

 

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (273) - Ano - 1970

Os Heróis do Tri 

Na década de 60 e até o meio da seguinte, havia uma grande diversão para quem gostasse de futebol, o jogo de botão com a foto dos atletas. Na verdade, apenas os 4 grandes de São Paulo e do  Rio de Janeiro, os outros, apenas o escudo do clube.

Quando o Brasil se sagrou tri campeão mundial no México em 1970, a fábrica dos botões teve que providenciar fotos para três titulares que eram de Minas ou Rio Grande, assim, o elenco de 70 ganhou as presenças de Wilson Piazza, Everaldo e Tostão. Notem que o tipo de letra deste trio é diferente dos demais.

Pois bem, apenas uma única vez, esses atletas se encontraram numa partida, depois do êxito do tri. Ocorreu numa noite no Olímpico, mais exatamente, 18 de Novembro. Quase foram quatro, o zagueiro Brito, que brigara com o técnico do Flamengo e fora emprestado ao clube mineiro, viajou até Porto Alegre, mas não se recuperou de lesão, assim,  ficando de fora.

Carlos Froner escalou o Imortal com: Arlindo; Espinosa, Di, Beto Bacamarte e Everaldo; Jadir e Gaspar; Flecha (Volmir aos 56 minutos), Caio (Paíca aos 87 min), Alcindo e Loivo.

Ilton Chaves contou com: Raul; Lauro, Mário Tito, Wilson Piazza e Vanderlei; Zé Carlos e Dirceu Lopes; Natal, Evaldo (João Ribeiro aos 85 min), Tostão e Rodrigues (Toninho aos 62 min).

O  Tricolor entrou amassando o adversário, fazendo com que Raul Plassmann praticasse quatro defesas até os 10 minutos iniciais. 

O Cruzeiro respondeu rápido e em duas oportunidades esteve a ponto de abrir o marcador, na primeira Beto salvou, na segunda, em chute do zagueiro Mário Tito, Arlindo fez ótima defesa.

Aos 21, um vacilo defensivo dos visitantes, Alcindo aproveitou e venceu o arqueiro cruzeirense. 1 a 0. O Bugre, quatro minutos passados, ao ser "caçado" por Lauro, revidou com um cotovelaço, sendo expulso pelo juiz José Aldo Pereira.

Com dez em campo, o Grêmio ainda assim, não se intimidou;  Everaldo fez excelente movimento ofensivo, exigindo nova defesa de Raul.

Dirceu Lopes, o craque cortado à última hora para a Copa (o mesmo ocorrido com Zé Carlos), acertou um chute no poste. Em seguida, nova jogada de Everaldo pela esquerda e por pouco, Piazza não marca contra.

Início de etapa final, Everaldo em grande exibição, lança Gaspar que é derrubado dentro da área: pênalti que Caio cobra com perfeição. 2 a 0 no primeiro minuto, após o intervalo.

Aos 10 minutos, finalmente aparece a qualidade do trio Zé Carlos, Dirceu Lopes e Tostão; logo, a chance de gol chegou, quando Rodrigues superou o lateral Valdir Espinosa, que cometeu penalidade máxima. Tostão executou a cobrança, batendo de pé esquerdo no canto esquerdo do arco gremista; Arlindo caiu certo e fez estupenda defesa; deu rebote, mas Di estava atento e espantou o perigo.

Para neutralizar o domínio do Cruzeiro, Froner colocou Volmir no lugar de Flecha e deu certo.  O Maçaroca chegou ao fundo, cruzou, Caio fez o corta luz e Jadir arrematou com raiva; Raul chegou a tocar na bola, mas não evitou o terceiro tento gremista. Virava assim, uma goleada. 3 a 0.

Aos 37, João Ribeiro, o "João Coragem", descontou, após, boa jogada de Natal. 3 a 1.

Uma vitória importante num jogo único, ou seja, aquele que reuniu três  titulares do tri campeonato mundial, sem a participação de clubes do eixo Rio-São Paulo.

Fonte: Foto do arquivo pessoal do amigo Alvirubro

            Arquivo Histórico de Santa Maria

            Jornal Correio do Povo

            Site: gremiopedia.com

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Atitude 

Elejo como o momento mais constrangedor do Grêmio neste edição de Série B, o confronto no Independência contra o Cruzeiro, onde os atacantes gremistas viraram muletas para os laterais e o lento Diego Souza ficou ilhado na frente, sem tocar na bola o tempo todo. Ainda assim, o Cruzeiro que vinha em busca de afirmação, só conseguiu ganhar num lance fortuito, uma infelicidade do lateral Rodrigo e a falta de reação imediata de Brenno. 1 a 0, gol contra. 

Rafael; Oliveira, Zé Ivaldo e Eduardo Brock; Bruno Rodrigues, Neto, Machado e Matheus Bidu; Daniel Júnior, Luvanor e Chay. Este o "onze" que começou em Minas diante da Chapecoense. Final: 1 a 1. Pergunto: dá para temer e se entrincheirar como se estivesse diante dos melhores dias do Real Madrid?

Pois este Cruzeiro está na liderança com uma nominata muito inferior ao Grêmio que tem dois goleiros com passagem pela seleção, dois zagueiros confiáveis (Geromel e Bruno, nem considero Kannemann), um bom lateral esquerdo (Nicolas), dois volantes calejados (Villasanti e Lucas Leiva), um centro avante que apesar da idade avançada, está no topo da artilharia do certame (Diego Souza), além de outros que jogariam no Cruzeiro, fácil, fácil: Ferreira, Bitello e Campaz. Então, o que ele tem a mais do que o Tricolor? Deixo a resposta para quem lê este post. Eu já tenho convicção e opinião formada.

Encerrando: as dúvidas do Grêmio do meio para frente, Bitello ou Campaz, Guilherme ou Ferreira, etc... não terão tanta influência no desenrolar da partida, quanto ao comportamento do time, a famosa "atitude". Começa por aí, a busca pela vitória.

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 Machado, Fernando Henrique ou Victor Bobsin? 

Li esta semana que um dos destaques do líder Cruzeiro é o volante (Filipe) Machado, cria do Grêmio, que passou de forma muito apagada pelo Tricolor.

Tenho dificuldades em ver nele, futebol para um time grande; vou ter uma amostragem neste final de semana.

Ficou pensando como ele se firmou; concluo, que a decadência do clube mineiro, sua pouca atratividade para os grandes empresários na fase pré-Ronaldo Nazário, o obrigou a aceitar a sua carência (momentânea) e muitos atletas ganharam oportunidade tipo "só tem tu, vai tu mesmo". Aí, alguns conquistaram espaço como Machado e o sofrível Eduardo Brock.

Trazendo para o Grêmio: Machado é superior a Fernando Henrique ou Victor Bobsin? Algum lateral esquerdo da base é inferior a Diogo Barbosa? Afirmo sem temor de errar: Não! o que faltou foi vontade da Direção e coragem dos treinadores (ou seria conveniência deles?) para apostar na base.

Resumindo: enquanto os gestores não colocarem a instituição Grêmio à frente de outros interesses, o clube vai seguir correndo o risco de ser rebaixado de 10 em 10 anos e ganhando o Brasileiro de 30 em 30 anos.

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Natã 

Há inúmeros exemplos na história brasileira de atletas que cansaram de ser reservas e procuraram novos rumos, porque os titulares não davam chances. Goleiros, então, nem se fala. Até Mauro Galvão teve que amargar um período no banco, porque Adilson e Rivarola estavam tão bem, que não se constituiu em injustiça a reserva do craque gaúcho.

Com Geromel e Kannemann, qualquer zagueiro do elenco gremista virou reserva. Justamente, diga-se de passagem. Nenhum júnior "se criou" nesse período, muito menos os veteranos, salvo períodos longos de lesões de um ou outro, como agora, caso do Viking e a presença de Bruno Alves.

Porém, está chegando a hora da saída de Kannemann e/ou da aposentadoria de Pedro Geromel. Nunca ficou tão evidente que a chance de um jovem da base está se aproximando. É questão de tempo.

Natã começa a se candidatar á vaga. Depende exclusivamente do seu futebol, aí, incluindo a personalidade forte para encarar o desafio.

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Agora escrevem sobre Terra Arrasada

Olhei alguns espaços da mídia gaúcha e vejo que falam em ampla reformulação para 2023, caso contrário, a temporada estará comprometida, assim como está/esteve esta que se vive. 

Não foi por falta de aviso, vide Mudanças Profundas? texto datado de 11 de Dezembro, ou seja, há oito meses. Lá estão citados, além de Bolzan Jr, Abrahão, os atletas Brenno, Geromel, Kannemann, Thiago Santos, Lucas Silva, Campaz, Diego Souza e Ferreira. Vazou (corretamente) Mancini. Kanneman se lesionou, Lucas Silva e Thiago Santos viraram (corretamente, de novo) banco. Isso nunca foi/foram "mudanças profundas".

O elenco segue sendo "milionário" para os padrões da competição, porém, os resultados são modestíssimos fora de casa, onde atinge o percentual de 38, isto é, longe da metade dos pontos disputados. Isso, para um grande do futebol é ridículo. Não atingir 50% dos pontos contra essa turma, mesmo em seus domínios, não é nada "pragmático".

O Grêmio fará com um ano de atraso, a terra arrasada que tanto necessita nos três níveis do clube, Direção, Futebol fora das quatro linhas e, por fim, dentro dos gramados.

Fica uma dúvida cruel: Alberto Guerra e Odorico Roman são "oposição" a isso que está aí. Abrahão, com certeza, não é.

Odone, acho que qualquer gremista que ama o clube, nem pensa nesta hipótese terrível. 

Como diz um ex-treinador da terrinha: - é difícil; é complicado! 

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Programa Noturno para Torcedor Masoquista 

Eu tinha dois programas para esta noite, ambos com a família, realizamos o primeiro e o segundo o meu pessoal desistiu, então, pude assistir o jogo; o momento? bem na hora da expulsão do lateral alagoano, quando já perdia por 1 a 0. Antes tivesse permanecido na rua, por certo, um divertimento melhor.

Às vezes, costumo me questionar sobre o que penso quando isto vai contra a corrente principal (a mídia). Dialogo comigo mesmo, tipo: - Tchê, como tu não vê a importância do Thiago Santos, "o volante que deu estabilidade ao setor?". A mídia fala e escreve sobre isso; porém, eu sou teimoso e tenho que expressar o meu sentimento em relação ao que vejo e sinto sobre este assunto. Aí, nadei contra a maré que acreditava estar à frente de um especialista na proteção aos zagueiros.

Na última postagem (está aí, bem fresquinha) divirjo desta mesma mídia que colocou Roger Machado no píncaros da campanha do Grêmio; aí, novamente vem o meu olhar "torto", diferente, que não entendia como balizadoras as vitórias sobre Guarani e Operário-PR. O anormal na campanha é a vitória em Campinas; vencer fora é o resultado "fora da curva".

Nesta noite, vem esta derrota acachapante, deprimente, para o CRB, 2 a 0 ao natural. Em nenhum instante, a partida mostrou um time com 10 contra outro completo. Um fiasco que confirma a incapacidade de condução de Roger Machado. E esta é a minha impressão (uso esta palavra para deixar uma margem de erro para mim). Sentimento baseado no que se viu lá atrás,  nos estertores da passagem dele em 2016, derrotas acabrunhantes como diante de Ponte Preta e Coritiba, quando ficou evidente que o elenco não estava dando o que podia em campo. Que fique claro! é a impressão. Roger parece não ter o grupo na mão. Ninguém se mata em campo, nem compram a ideia do "professor". Não estão "nem aí" para ele.

O time tocou, tocou, tocou a bola de forma improdutiva, uma característica dos trabalhos de Roger nos últimos anos.

O elenco é péssimo? não, não é. Ele é limitado, mas não para perder para o CRB, que chora de ruim.

O Grêmio vai subir, isso é evidente, mas, por favor, em Dezembro o clube precisa se livrar dessa turma que pensa que Edílson, Biel, Janderson, Elkeson, Thaciano, Guilherme, Rodrigo Ferreira, etc... são "reforços", mesmo que eles representem um grupo muito superior  a todos os seus concorrentes. Não é a falta de qualidade, ou seja, para Série B, o plantel é de "primeira".

Falta jóquei.

Opinião

Contagem Regressiva 

Havia cinco grandes com possibilidades de subir; o Sport despencou e os que subirão ficaram bem acomodados na tabela. Fica apenas a curiosidade da posição de cada um nos quatro postos do topo da tabela. É o que interessa.

Por isso, a não preservação de Geromel com dois cartões amarelos, eu acho correta a decisão, pois em tese, a vitória está mais próxima em Maceió do que diante do Cruzeiro. Melhor garantir logo.

Para completar; o aspecto anímico do lado gremista ganhou um aditivo com a queda inesperada do Coirmão, mesmo que o campeonato do Grêmio seja outro. Amanhecer nesta Sexta com o Inter "quase" campeão, deixaria o ar mais pesado para a massa gremista.

A corrida para o acesso ganhou menos obstáculos neste final de semana.

Opinião

O Olhar generoso de parte da Mídia 

Bastou o Grêmio ganhar do frágil Guarani em Campinas (segunda vitória fora) e bater o mais frágil ainda, Operário (vencido na única vez do Grêmio fora no primeiro turno),  parte da mídia (aquela identificada com o Coirmão, mas ainda dentro do armário) começa a homenagear o treinador gremista como o grande condutor da condição de vice líder da Série B, como se ganhar 11 em 23 jogos nesta divisão seja uma epopeia.

Essa goleada de 5 a 1 escondeu momentos de aperto na própria Arena na metade do primeiro tempo e a elasticidade do placar só veio depois da expulsão de Tales. Tudo bem! valeu, porém, é necessário saber como e porque venceu. Além disso, a bola aérea do adversário está entrando com facilidade e não dá para culpar os goleiros e muito menos a zaga na "valência" qualidade. É uma característica dos times treinados por Roger, isto é, levar gols de cabeça.

Essa parcela da mídia que foi condescendente com o técnico gremista, quando fora da zona de classificação, é a mesma de pouca paciência com Cacique Medina, que fazia um trabalho irregular, no entanto, em três clássicos em dois deles, deu um rodião no treinador gremista e está próximo de ser semifinalista com o Velez Sarsfield na Libertadores. Aí, eu lembro das palavras do comentarista Cristiano Oliveira sobre como identificar a paixão clubística destes jornalistas; isto é, muita parcimônia com trabalhos erráticos no Grêmio e de pouca tolerância com os "professores" vermelhos que não dão resposta imediata.

Só se engana quem quer com esses elogios generosos dirigidos ao comandante técnico gremista.

Opinião

Grêmio goleia o frágil Operário 

Deu tudo certo nesta noite para o Tricolor: Nicolas se recuperou e conseguiu jogar, Roger optou por Campaz e não Bitello, o Operário demonstrou muita vontade, alguma organização defensiva inicial, mas depois do gol do colombiano, a porteira foi aberta e a impressão de jogo difícil se dissipou, mudando o que se viu no meio dos primeiros 45 minutos, quando os goleiros atuaram de forma igual em exigências.

Com o gol de Diego Souza, a partida dava ares de goleada. O gol de Calil, apenas adiou a concretização do placar elástico. Logo, Biel num toque de inteligência, marcou o tento da tranquilidade. A expulsão do desajeitado Tales permitiu a Elkeson  mais liberdade a ponto dele fazer dois gols de carteirinha, gols de centro avante. Falta ao novo camisa 9 comprovar contra adversários mais fortes.

Antes de começar Cruzeiro x Londrina, o Grêmio que já era a melhor defesa, com os cinco gols que fez, passou a ser o melhor ataque e isso mascara a campanha modesta que cumpre até agora. A estatística, quando quer, mente ou dissimula. Nessas situações, eu lembro sempre de Salenko, russo que dividiu o título de goleador da Copa do Mundo de 1994 com o búlgaro Stoichkov com 6 gols cada. Detalhe, Salenko fez 5 num único jogo, um 6 a 1 contra Camarões.

Se confirmar os sete pontos que citei na postagem anterior (Operário, CRB e Cruzeiro), a classificação virá com larga antecedência; aliás, parece que não será privilégio do Grêmio; Bahia, Vasco e muito mais o Cruzeiro, já poderão fazer planos como frequentadores da Série A no final do mês de Setembro.

É!! a cada rodada que passa, a cada jogo de pequena grandeza que o Tricolor tem de encarar, a decepção com o que aconteceu em 2021, aumenta. Nós, gremistas, não tínhamos que passar por isto.

Opinião

O Purgatório 

"Purgatório consiste em um castigo temporário no qual as almas passam por um processo de purificação." Está lá no Google e é exatamente o processo em que está envolvido o Grêmio. No Céu, logicamente, não está; nem Inferno, porque não vai permanecer na Série B; então sobrou a zona intermediária, o tal Purgatório.

É o sentimento da torcida (pelo menos, suponho). Ouço que a Direção espera 10 a 12 mil almas na Arena amanhã, diante do Operário. Caiu na real. Ninguém se empolga com esta performance "pragmática" do time. Tudo tem um preço. Quer jogar como time pequeno, então, o público será pequeno, óbvio.

Como esta edição é fragilíssima, acaba se tornando enfadonha, porque, logo haverá três blocos, aí sim: céu (os 4 classificados), o inferno (o Z4) e o purgatório (5 ao 16º lugar). Resumindo, não tem graça. 

Nos próximos jogos, se o Grêmio fizer o seu dever, ele terá que, independente de eleições, projetar o próximo ano, sob pena de virar um mero participante de meio de tabela no Brasileiro de 23, se achar que "está no caminho certo", fazendo o mesmo de sempre.

Operário, Cruzeiro e CRB; já que a Comissão Técnica gosta tanto de falar em planejamento por "blocos", aí está o maior deles. Conquistar sete pontos e Londrina, Tombense e Sport, ajudando  na mesma batida atual de 50% ou menos de aproveitamento, o restante da tabela será mera formalidade.

Só não louvem Abrahão, Roger, Guilherme, Thaciano e assemelhados. Por favor! 

Opinião

 O Olhar de Cada Um

O título da postagem já indica pluralidade; neste caso, sobre a campanha do Grêmio. Há várias interpretações sobre o mesmo tema.

Esse desempenho gremista me remete à edição de 1978 do Festival de Gramado, que, por ausência total de um papel feminino forte, o de melhor atriz acabou com Kátia D'Angelo num desempenho francamente de coadjuvante no filme Barra Pesada. Ela teve méritos, mas, a concorrência de personagens (que fique claro) era limitadíssima.

Nas duas próximas rodadas, o Tricolor obtendo 4 pontos (Operário e Cruzeiro), poderá se distanciar do Sport, único real adversário de Vasco, Bahia e Grêmio, e tornar esta Série B enfadonha para quem assistir descompromissadamente. O contrário, felizmente, para esses 3 clubes e seus torcedores.

Existe um mérito indiscutível do Grêmio, sua atitude pragmática (!!!) ? lembro que há muitos textos nessa direção, no entanto, eu estou alinhado com aqueles que veem no desempenho dentro de campo, uma limitação tática e de postura, salva pela pobreza geral dos seus concorrentes, que não decorre apenas da fragilidade do elenco. É uma convicção equivocada de quem toca o time fora das quatro linhas.

Desconfio que terá que suar sangue para superar os "grandes" desta edição em seus domínios. 

Opinião

 Grêmio vence a segunda fora de casa

Para assistir os jogos do Tricolor, eu fiz uma alegoria; é como alguém que sofreu um acidente de moto e teve várias fraturas, que bem tratadas, não oferecerão riscos, porém, a recuperação é lenta e o paciente tem que ajudar o trabalho dos profissionais de saúde, em especial, os fisioterapeutas. Só assim, utilizando o binômio imaginação-paciência para aguentar os 90 minutos. Desta forma, a gente vai se iludindo. O Grêmio não auxilia os "fisioterapeutas".

Depois de 10 dias de espaço entre seus compromissos, o Grêmio precisou muito de Brenno para não sair derrotado no Brinco de Ouro da Princesa; isso quer dizer, quase perdeu para um arremedo de Guarani, histórico formador de craques, mas que há anos padece em divisões inferiores do futebol brasileiro.

Houve fatos positivos? sim, a começar pelo excelente desempenho de seu arqueiro, os laterais foram bem defensivamente, mas o miolo da zaga vazou por cima mais de uma vez, numa delas, o gol único do Bugre campineiro. Sorte que isso é pontual, uma exceção na "vida" de Geromel e Bruno.

Lucas e Villasanti se deram bem e havia receios quanto à movimentação destes volantes. Na frente, apenas Biel funcionou. Campaz, Diego Souza e Guilherme ficaram devendo.

Aliás, quem ficou devendo de novo foi o treinador gremista com aquele incompreensível recuo no segundo tempo, onde num instante da partida a posse de bola gremista bateu em apenas 30%. E era o Guarani, habitual frequentador do Z 4 neste 2022. Uma exposição gratuita, desnecessária.

Não acredito no futebol de Guilherme. Veio com "ares de reforço", o que refuto com uma boa dose de razão; porém, é justo dar um desconto, ter tolerância com ele, porque vem de um mercado secundário do futebol mundial e isso deve ter deixado sua preparação defasada para encarar uma Série B nacional. Vamos aguardar os "próximos capítulos".

Recentemente, o bam bam bam da Série B, Cruzeiro, pela Copa do Brasil, levou um "chacoalho" de 5 a 1 (ida e volta) do Fluminense; então, esse segundo lugar do Grêmio nesta noite, pelo menos, não dá para decretar avanços na equipe.

Nunca antes, na história da Segunda Divisão, os grandes que caíram, receberam essa "papinha" dos deuses do futebol. Como num bom leitor, é preciso ficar atento ao que dizem as entrelinhas dessa posição na tabela.

Opinião

Calendário Amigo 

O Grêmio de Roger ganhou o que todo o treinador deseja (e reclama); mais de uma semana de espaço entre dois jogos. A tabela foi generosa. Generosa duplamente, porque depois de vários dias para ajustar o time, recuperar os lesionados, sair dos olhos da mídia, ainda recebe o "afago" de enfrentar um oponente da zona de rebaixamento, o Guarani que vem pelas "caronas".

A lamentar, a ausência de Ferreira, porém, suas atuações só são lembradas, se forem comparadas com os demais atacantes "de lado". Elias, Biel e Janderson, não conseguem uma sequência de boas atuações, tanto que não dá para lamentar a saída do primeiro para o futebol do exterior. Aqui, dificilmente evoluiria.

Bitello, sinceramente, pelo "bola" atual, não dá para considerar sua ausência como uma grande falta. O que pode ocorrer é Roger formar um meio sem harmonia, aí, não será problema de quem entrar na vaga do menino.

No mais, é ficar contando os dias para Novembro chegar. 

Opinião

 

Memória 

Nesse período de escassez de notícia, em parte, pelo distanciamento entre um jogo e outro, ou talvez, pelo conveniente silêncio gremista, ele (o noticiário) se alimenta de entrevistas “requentadas” do pós-jogo, de questões relativizadas como “importantes” como no caso Brenno ou Gabriel, mas também trata de “esquentar” as eleições de final de ano no Grêmio e “aí que mora o perigo”.

 Sem mais delongas, deixo um link de entrevista do presidente Fábio Koff sobre o caso  “Arena Porto-alegrense”. Vide Pedir Permissão.

Não se pode esquecer.