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terça-feira, 30 de novembro de 2021

Opinião



Ilusão 

Há 40 anos perdi meu pai; ele segue sendo meu maior herói, o cara que entre outras coisas, me fez gremista. Ele tinha seus ídolos, nomes peso-pesados da história Tricolor; teve sorte; viu Lara, Luiz Carvalho, Foguinho e Telêmaco, entre tantos. A "Era dos Jogadores-Torcedores".

Pois em 1976, quando o Grêmio sofria anos a fio diante do principal rival, o presidente Hélio Dourado resgatou o mitológico Foguinho (Oswaldo Rolla), o inventor do "estilo gaúcho" baseado no futebol-força, na supremacia da preparação física, para ser o ruptor daquela triste sequência de "vices campeonatos", um treinador com biografia, sem dúvida. Para minha surpresa, meu pai vaticinou: - Não vai durar muito. 

Ele tinha razão, Foguinho utilizou um discurso anacrônico, onde reza a lenda querer submeter antes de cada treino, o elenco a cantar uníssono, o hino do clube. Claro que não ia dar certo num grupo heterogêneo, formado por atletas vindos do interior paulista, da vizinha Argentina e até de Belém do Pará. Foguinho não durou 100 dias. O contexto era outro.

Quase meio século passado, li e ouvi que para tirar o Grêmio do Z-4, dirigentes lembraram no vestiário que o grupo deveria fazer nestes 6 últimos jogos, 6 "Batalhas dos Aflitos". Ora! mais da metade do elenco está "andando" para o que ocorreu há mais de uma década, possivelmente, desconhecido ou desinteressante episódio para a vida de cada um deles. Novamente, um discurso defasado, que se revelou ineficaz, indiferente aos ouvidos dos jogadores, ´principalmente, pelo que se observou no desempenho constrangedor na Bahia, ironicamente, dia do evento decantado em prosa e verso nos dias que antecederam o encontro na Fonte Nova.

Para reforçar meu sentimento, minha conclusão; eu vi o primeiro tempo de Juventude e Bragantino e, mesmo respeitando a história da instituição caxiense, não conheço algum fato semelhante às agruras vividas pelo Imortal naquele Novembro de 2005, mesmo assim, o time esmeraldino jogou como se quisesse salvar o clube do rebaixamento. Atuou com garra, gana e determinação, saindo do sufoco do Z-4.

Antes de exemplos épicos retirados das páginas da vida do Tricolor, o que funciona mesmo para superar adversidades é o caráter, personalidade, envolvimento e profissionalismo de cada atleta. 

O resto é História.


Opinião


 

O Fausto

O sufoco muitas vezes, exercita a criatividade, a capacidade de ser inventivo para sair de situações difíceis. Vale para qualquer um, valeu para a Humanidade como nos casos da Grande Depressão nos anos 30 (EUA), no fim da Segunda Grande Guerra (em especial,Europa) e na ditadura militar brasileira,  nesta, se sobressaindo as artes (música, literatura e teatro). É no aperto que o ser humano e as instituições exercitam o seu processo criativo e de improvisações com resultados surpreendentes e satisfatórios.

Trazendo para o futebol; eu lembro que a escassez financeira fez o Tricolor buscar no meio dos anos 90, atletas com pouca visibilidade naquele momento: Adilson Batista se recuperava de uma fratura grave na perna, Rivarola jogava no modesto Talleres (Córdoba-Argentina), Dinho era banco no Santos, longe da glória alcançada no São Paulo, Luis Carlos Goiano, também ex-São Paulo, estava no Clube do Remo, Jardel, Paulo Nunes eram reservas, recém saídos dos juniores de Vasco e Flamengo. A contratação mais cara foi a de Arce. Deu muito certo.

Pois, olhando para os últimos anos do Grêmio, dá para perceber que a fartura e equilíbrio financeiros não se refletiram no quesito boas contratações; pelo contrário: o sucesso das finanças "criou" necessidades perniciosas para a instituição como por exemplo, trazer Tardelli por 1 milhão por mês num contrato de 3 anos, contratar Diego Churín por um preço superestimado e buscar um combalido Douglas Costa por valores incompatíveis com o que ele poderia dar em contrapartida no campo.

Percebe-se que esse tipo de transação nos anos 90 seria impensável; logo, cometer esses erros seria impossível, pois os números estariam fora do alcance da direção da época. Oferecidos, ela só poderia dizer "não, muito obrigado".

Não se está dizendo que viver no aperto é o ideal, mas faltou para a cúpula diretiva gremista, o discernimento para gerir com competência a formação do elenco. Não soube usar de forma eficiente o dinheiro que veio em boa parte da vendas de joias da base. Ocorreu o famoso "torrar a grana".

Nesta tarde, ao dar o bilhete azul para alguns atletas insuficientes para vestirem a camiseta do clube, a Direção dá os primeiros sinais de sanidade na administração do futebol gremista.

Pena que está no cadafalso para o pulo para a Série B.

 

domingo, 28 de novembro de 2021

Opinião




Escândalo

Mesmo que eu tenha visto pedaços de alguns jogos, o que poderia deixar a análise sob suspeita, ver o Tricolor perder um turno inteiro (19 partidas) numa edição que tem muito, mas muito time ruim, é um escândalo.

Há cerca de 12 clubes praticando um futebol deficiente, digno de rebaixamento, basta lembrar que antes de perder para o Bahia, o Grêmio, juntamente com o Juventude, ambos eram os únicos a ganhar 2/3 do pontos nas últimas cinco rodadas.

Assistir Internacional, Santos, Atlético Paranaense, América Mineiro, Bahia, Sport, Chapecoense, Atlético Goianiense, São Paulo, Juventude, Cuiabá, Ceará e Fluminense, requer muita, muita paciência e não ter nada mais de interessante a fazer.

Pois para essa turma que vem jogando um futebol pobre, o Grêmio "se habilitou" a ser um dos donos das quatro vagas que levam à Série B em 2022.

Isso que passou por uma cirurgia; o Tricolor ficou mais de 10 jogos vencendo com Tiago Nunes e ganhou o tetra campeonato gaúcho, o que motivou o discurso que "agora vai"; o ajuste tão necessário havia sido realizado em curto espaço de tempo e com êxito.

Como explicar?


sábado, 27 de novembro de 2021

Opinião


 

Algumas Conclusões

Tentando dar um passo adiante depois da derrota na Bahia, eu vou colocar algumas conclusões, muitas delas, obviedades. 

- 95 não é 100% (Chances de queda). É obrigação dos profissionais do clube seguirem dando o máximo

-  Os jovens sentiram a pressão. Certo estavam os treinadores que apostaram nos cascudos; exemplos são Gabriel Grando, Brenno (expulso no banco de reservas), Vanderson, Ruan e até mesmo, Ferreira com muita instabilidade emocional com reflexos nas questões técnicas

- A Direção tem que tirar o peso de cada um destes três últimos jogos. Admitir para o grupo o rebaixamento e que eles joguem sem medo de ser feliz

-  Mancini se sair hoje do clube, não fará falta. Confirmou ser um treinador meia-boca

 - A caminhada da Série B é muito complicada, o histórico dos retornos do Grêmio (1992 e 2005) é repleto de sustos. Outros exemplos são Cruzeiro e Vasco da Gama

- Sacramentada a queda ou não, o Grêmio precisa abrir a sua caixa preta, porque que ela (a queda) não cumpriu o tradicional receituário dos que foram rebaixados antes

- Uma profunda reformulação precisa ser feita. Este rebaixamento pode ser um marco para a oxigenação do clube e do time. O sofrimento não pode ser em vão

- No mais,  a torcida sofre, mas a má fase será momentânea. É missão dos dirigentes abreviar o período de baixa e incertezas do clube

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Opinião




Na Hora da reação, Grêmio afunda fragorosamente

Exatamente no momento em que o Grêmio deveria se impor como time, tradição e camisa, o time afunda de forma tão acachapante como não havia feito anteriormente. Um fiasco.

Olhando apenas para esta partida, certos jogadores hoje, repito, hoje, deram razão aos seus críticos com exemplos irretocáveis das deficiências apontadas, caso de Vanderson que demonstrou desequilíbrio emocional e vazamento defensivo, também a jornada infeliz de Gabriel Grando que falhou nos dois primeiros gols, o segundo mostrando uma hesitação inexplicável para quem foi convocado recentemente. Rafinha no terceiro gol comprovou as mesmas limitações de colocação defensiva apresentadas em partidas anteriores. 

A escalação de Mancini foi equivocada; equivocada ao informar que Campaz não tinha condições físicas e aos 20 minutos, o colombiano entrou. Mas como, se estava sem condições?

O Grêmio afundou e aí, a ruindade geral é consequência do todo, tem gente que está jogando menos pelo coletivo, mas tem alguns que são realmente ruins, caso de Borja, o "atual" Douglas Costa, o próprio Rafinha.

O que menos importa esta noite é a partida na Fonte Nova, mas preciso lembrar a boa jornada de Ferreira e Thiago Santos, mesmo que o adversário fosse o fragilíssimo Bahia. Sorte do Grêmio.

Por enquanto é isso.

 



quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Opinião



2022 gremista passa pela aventura na Bahia 

Aventura: substantivo feminino que implica acontecimento imprevisto, incerto, repleto de risco.

É a tal encruzilhada que desvelará o que aguarda o Imortal para o próximo ano. Na prática, uma grande bronca, uma missão difícil, infinitamente importante e decisiva. Vencendo, novo evento de caráter decisório o esperará na esquina do lodo do Z-4. Há previsão para final repentino e triste, mas não há para um resultado feliz antes da trigésima oitava rodada.

Existe um alento para estes dias tão tensos: olhando a tabela, vê-se que dos 11 clubes mais mal  colocados (11º ao 20º), ou seja, metade dos participantes, nas mais recentes cinco rodadas, Grêmio e Juventude são aqueles que tiveram o melhor desempenho; 10 pontos em possíveis 15 (67% de aproveitamento); também, o Tricolor gaúcho e o Goianiense são os dois únicos que não perdem há três rodadas. É pouco? É, mas indica uma tendência. Para o bem (Grêmio) e para o mal (Goianiense).

Lendo, vejo que o Grêmio necessita de desempenho do Atlético Mineiro, isto é, 75%, ou seja, ganhar 9 pontos em 12. Também é verdadeiro, porém, não se precisa de muito conhecimento de matemática para saber que a estatística apresenta armadilhas, exemplificando: um goleiro que pega 2 penalidades em 2 cobranças tem 100% de aproveitamento, mas um que pega 16 em 20 tem percentual menor. Pergunto: o que é mais complicado? Concluo pela segunda. Então, ganhar 3 em 4 dependendo das circunstâncias é tarefa menos dramática do que ganhar 20 em 27, o que daria os mesmos 75%.

Sobre o cansaço do elenco e do descanso do Bahia, recordo que o Grêmio terá cinco alterações, meio time: Vanderson, Kannemann, Villasanti, Alisson e Borja. Em tese, o quinteto está menos desgastado.

Finalizando; não será este time, mas eu escalaria: Gabriel;Vanderson, Geromel, Kannemann e Cortez; Thiago Santos, Villasanti e Victor Bobsin; Campaz, Borja e Ferreira. Um meio forte com chegada à frente (Bobsin e Villasanti) e um ataque movediço.

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Opinião




Hora da Imposição 

Estou entre aqueles que acham a permanência do Grêmio na Série A praticamente impossível; não venho dizendo isso agora, mas depois que o clube teve cinco oportunidades consecutivas de sair do Z4 e não conseguiu; ali, eu perdi a crença. As derrotas para o Goianiense e mais tarde, para o América Mineiro foram para sacramentar o que era quase certeza na minha cabeça.

Agora, isso não impede o Tricolor de se impor diante do Bahia na Sexta-feira; o time gaúcho é muito superior tecnicamente, como comprovam: Gabriel Grando, goleiro de Seleção principal, Rafinha, Geromel, Kannemann, Villasanti, Douglas Costa e Borja; além da boa fase de Ferreira e o potencial aproveitamento de Vanderson, se Mancini quiser mais fôlego e juventude pela lateral direita. Muitos poderão dizer; eles já vem jogando e colocaram o Grêmio nesta posição. Sim, pura verdade, mas o que eu quero dizer e, principalmente, acreditar, é que estes cascudos tem condições de dar um "delete" nas jornadas anteriores e pensar que estão diante de uma final de Copa do Mundo. Que podem fazer uma partida de exceção ao momento, mas ao mesmo tempo, comum aos enfrentamentos de um time médio (Bahia) contra um recheado de bons jogadores.

Fazendo isso; o caminho estará pavimentado para chegar vivo para o compromisso seguinte. Aí será outra história.

Não é irreal, nem presunção, pensar que o time possa assumir a postura de time grande que precisa e deve impor respeito ao adversário. O estádio lotado é mais um aditivo para o Tricolor gaúcho marcar território em solo baiano. Não assusta.

Como escrevi, é difícil permanecer na Série A, porém, uma vitória na Bahia é algo factível, sem surpresas.


terça-feira, 23 de novembro de 2021

Opinião



Empate foi ponto Ganho 

Os reservas do Flamengo, muitos deles seriam titulares no Grêmio. Mesmo que estivessem (e não estavam) distraídos, era uma parada dura, então, o empate não seria absurdo, mas pela condição que o jogo se tornou após a expulsão injusta de Jhonata Robert e o 0 a 2, dá para comemorar o resultado. Ficou mais difícil, mas olhando apenas essa partida foi bom o que sobrou depois dos 90 minutos.

O Tricolor é um time precário; Rafinha é fragilíssimo defensivamente e já não apoia com a qualidade de anos anteriores; Thiago Santos voltou a comprometer, a sua jornada passada, certamente, foi uma exceção. Jhonata Robert oscila bastante, fato natural para quem é jovem, mas também, para quem não tem a qualidade necessária para substituir Douglas Costa apesar da inconstância do camisa 10. Pode ser que diante de adversários mais fracos, a diferença não seja sentida de tal maneira como hoje. Campaz tem se mostrado insuficiente para enfrentamentos da envergadura que esta reta final apresenta. Tomara que rebente nesses quatro que faltam.

Os gols sofridos começam com falhas individuais (Rafinha e Ruan) defensivas e com a corda no pescoço como o time/clube está, isto é fatal.

Os destaques foram Ferreira, o melhor, Victor Bobsin, que segurou o meio sozinho, após as trocas, Geromel e Gabriel. Lucas Silva não repetiu as boas atuações, talvez pelo desgaste natural da sequência e Borja foi mais efetivo do que Diego Souza.

Enfim, o que sobrou deste 2 a 2 foi o adiamento da queda. O aproveitamento exigido subiu para 3 vitórias em 4. Complicado.



segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Opinião



O Grande Dilema Azul 

O campeonato já está dramático para o Imortal há meses, quando viu o percentual de chances de rebaixamento aumentar e o clube fixar residência no Z-4, mas um dilema, uma dúvida cruel veio se associar ao universo de horrores nestes Novembro e Dezembro; trata-se da sequência  impiedosa de decisões de três em três dias sem possibilitar o descanso racional que todos os certames de elite deveriam ter; pois bem, disso decorre a questão: preservar peças do time principal ou esticar a corda toda com o risco de muitos veteranos virarem o fio antes da última rodada.

Rafinha, Pedro Geromel, Walter Kannemann, Bruno Cortez, Thiago Santos, Douglas Costa e Diego Souza não são mais guris, além disso, até atletas mais novos tem sentido o fardo psicológico e físico destes últimos meses: Vanderson, Lucas Silva e Ferreira, também deram mostras de cansaço durante as partidas.

Sinceramente, eu não sei qual a medida a ser tomada, mas temo pelo futuro do Grêmio nestas rodadas restantes. 

Opinião



Dia de pouco, Véspera de muito e... 

Foi assim: a semana anterior, quando todos os adversários diretos ganharam, o número mágico de pontuação subia para 45, 46, ainda que o Tricolor também "se vitoriou". Parte da Imprensa e nós, torcedores, vimos as chances encolherem, pois era mais uma rodada indo e a diferença se mantendo para o 16º colocado.

Veio a deste final de semana e todos os resultados foram favoráveis ao Tricolor; Goianiense, Bahia, Juventude e até os mais distantes, Santos, não ganharam; também, embora, não interesse no momento, o Coirmão perdeu em casa, algo que é sempre bem-vindo à torcida Tricolor. É assim o campeonato; melhor para o time não olhar para a tabela. Preocupar-se em ganhar seus jogos e mirar o prêmio polpudo para, imaginem, deixar o clube na Série A.


 

sábado, 20 de novembro de 2021

Opinião




Grêmio ganha a segunda seguida

Um fato raro nos últimos meses; Grêmio ganha duas seguidas. Verdade que foram contra um reserva do Bragantino e outra diante do pior time da competição. De qualquer maneira, foi um avanço. Agora está com 35 pontos com 10 vitórias, mesmo número do Ceará que empata neste momento que escrevo; sua posição; 8ª. Isto reflete o quanto foram perniciosas 17 derrotas até agora. Ganhasse 2 dessas e estaria no meio da tabela.

A situação é tão dramática que vencendo a sua partida atrasada diante do Flamengo, ainda estará na zona do rebaixamento, mesmo chegando assim a terceira vitória em sequência. Paciência! Já foi pior.

Sobre o encontro desta tardinha. O início do Tricolor me pareceu que estava se poupando, pensando no calendário apertado, não deu sufoco, o que se revelou acertado, apesar de Gabriel ter salvado no chute de Henrique Almeida. 1 a 0 contra, naquele instante seria bem mais complicado. Sorte que não foi Pedro ou Gabriel Barbosa.

Ninguém esteve mal nesta partida, os destaques estiveram no meio de campo, onde, pela ordem, Lucas Silva, Campaz e Thiago Santos fizeram grande exibição. O camisa 5 cumpriu sua melhor atuação pelo Grêmio. Jhonata Robert fez bom primeiro tempo, caiu no segundo e Ferreira foi o contrário, um início razoável, cresceu na etapa final.

Mancini inteligentemente, trocou cinco, dando chances aos que retornaram das seleções mais Alisson, Vanderson e Bobsin.

Deixo o compacto dos melhores lances:







sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Opinião



Alguns Nomes para o Elenco de 2022 


Tenho visto pedaços de jogos das Séries A e B; cheguei até,  a ver uma boa parte de Argentina x Brasil, algo raro, assim, eu fui tirando algumas observações. Aos poucos, entre intervalos das jornadas gremistas, eu vou citando aquilo que achei interessante para ter no Tricolor.

No confronto pelas eliminatórias da Copa, da para perceber o quanto Tite está à frente dos seus colegas nascidos no Brasil. Ele muda nomes, tem pouco tempo para treino, mas o time mostrou entrosamento e amarrou a Argentina, saindo com um resultado satisfatório sem ter que fazer uma epopeia para evitar um resultado negativo. Pela sequência histórica na competição, imagino que nas jornadas anteriores, ele manteve o domínio tático sobre os oponentes. Conclusão: técnico competente e atualizado é fator vital para quem quer o topo, não o meio da tabela.

Ontem no jogo que interessava, vi um zagueiro que serve para grupo, o velho conhecido Rafael Thyere, mais maduro, fez excelente partida. Servirá.

Por fim, outro nome, mas este é difícil, pertence ao Atlético Mineiro e está emprestado ao Juventude: Guilherme Castilho. Está fazendo a diferença. 

Minha modesta contribuição. Há outras, vamos aos poucos.

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Opinião




Constatações

A vitória gremista apresentou fatos interessantes, alguns são da recente história gremista, outros de necessária continuidade para confirmação. Dos vistos, o primeiro trata da raça de Walter Kannemann, cujo primeiro gol só saiu, porque o argentino enfiou a cabeça numa dividida próxima à chuteira do adversário, interceptou a bola que, em seguida, seguiu a sua trajetória em domínio gremista até o toque de mão na área do Bragantino. Depois, o mais emblemático: o gol evitado nos acréscimos, exigindo grande esforço do Viking, provando que o jogo só acaba no trilar final do apito.

O segundo, este ainda precisando de confirmação: a bela atuação de Jhonata Robert, que sem ter a alcunha de "importante peça tática", foi fundamental para o crescimento do setor ofensivo. Um jogador que apresentou mais qualidades, mais variedades de características do que o eterno titular do meio. E o mais importante, saído da base.


terça-feira, 16 de novembro de 2021

Opinião



Um Entardecer perfeito na Arena

Se foi acidental, não sei, se foi pelo time sub do Bragantino, neste momento, isto passou a ser um detalhe; aliás, detalhes tivemos muitos, um pênalti para o Grêmio, mais ainda, no início do jogo e Diego Souza bateu muito mal, porém, incrivelmente a bola se apresentou para ele na altura de sua cabeça, aí, ele não perdoou. 1 a 0.  

O Grêmio para o meu gosto esteve mal escalado, preferia Vanderson e Matheus Sarará, mas Mancini teve o mérito de não escalar três volantes e Alisson. Colocou dois meninos rápidos e atrevidos, Campaz e Jhonata Robert. Esses dois mais um Lucas Silva que atuou de área a área e Ferreira muito envolvido com a partida fez com que o placar fosse construído com facilidade ainda no primeiro tempo.

Segue sendo muito complicada a permanência na Série A; a minha esperança era que "Depois do Temporal", enfrentamentos contra Palmeiras, Atlético Mineiro e o Clássico; 1 ponto no Grenal + 4 vitórias contra Fluminense, América Mineiro, Bragantino e Chapecoense, mas furou, para mim, situação que considero; era vital, Não deu. Paciência.

Um vitória com placar dilatado com boas atuações individuais, dá um gás neste momento.

Espero que Mancini saiba porque ganhou e esta escalação seja motivo de avaliação constante.

Mesmo com muita chuva na maior parte do tempo, dá para dizer que foi um fim de tarde especial para o Tricolor.

domingo, 14 de novembro de 2021

Opinião


 

Para ficar na Memória

Segue a lista de fatores que desembocaram na derrocada do clube que chega ao seu terceiro rebaixamento em 30 anos; resumindo, 1 por década: 

- O excessivo poder concedido ao treinador Renato, em especial, nas indicações de atletas

- A falta de dirigentes ou funcionários competentes na gestão do futebol, algo que levou a fortalecer o citado no primeiro item

- A contratação equivocada (não apenas em nomes, mas no contrato celebrado, o tamanho deles) de André, Tardelli, Pinares, Churín e outros, a lista é grande

- Os vaivéns nos arquivamentos e desarquivamentos de atletas, exemplificando: Cortez, Victor Ferraz, Éverton Cardoso, só reforçaram a perda de noção dos mandatários do futebol

- A vinda de Douglas Costa, que atuando em países menores geograficamente e com calendários menos exaustivos, vivia lesionado, era uma certeza de fracasso

- Em 1991, o clube contratou um atleta que ganhava quase 5 vezes mais que a média do elenco; era corrente entre os adeptos do futebol, o comentário atribuído ao grupo de jogadores: - vai lá e resolve, tudo contigo, campeão! hoje...

- A troca de treinador foi o momento crucial; a incompetência chegou ao ponto máximo, quando a diretoria achou que um profissional com uma única e frustrante passagem por clube grande seria capaz de substituir um técnico com longo trabalho e, salvo opinião contrária de uma minoria barulhenta; vencedora. Ali o Grêmio foi inoculado pelo vírus do rebaixamento

-  O desespero tomou conta e veio uma lenda para evitar o estrago que o dique rompido causou. Métodos novos para o elenco, antigos para as exigências do momento; houve choque de ideias quanto à postura do time em campo. Resultado, o vestiário venceu, sem a resistência de ninguém  (nem de nós, torcedores), porque os resultados de campo desautorizavam apoiar o veterano treinador

- A vinda de um novo profissional, fala mansa, carreira mediana, que se mostra até agora, incapaz de mensurar o tamanho da bronca e  as potencialidades do elenco, acelerou a queda

- Outro pensamento mágico, trazer um dirigente barulhento, massageador de ego da imprensa, afeito à frases de efeito, só confirmou que ter um "comandante da Swat" não era privilégio do Coirmão

-  Uma observação muito pessoal: - Ninguém vai me convencer que Fernando Henrique, Matheus Sarará,Victor Bobsin, Darlan, salvo fatores extra-campo que desconheço, podem ficar atrás de Thiago Santos e assemelhados no meio de campo gremista. Tenho certeza que quando se derem conta, o Grêmio estará noutro estágio, certamente, voltando para o seu lugar no cenário do futebol

- Finalizando: as opiniões acima são estritamente relacionadas ao que se imagina de um ambiente limpo, pois não se conhece os subterrâneos que envolveram muitas destas situações como contratações esdrúxulas na questão técnica e, especialmente, na duração dos contratos 

sábado, 13 de novembro de 2021

Opinião







Irreversível 

Tem muito pouco para ser falado desta partida; o segundo tempo até foi bom, mas "bom" nesta altura do campeonato não serve. Demorei para postar, porque quis ouvir os comentaristas, em especial, os da Guaíba e eles desceram o pau no Diogo Barbosa no meio, no Cortez como quarto zagueiro, na manutenção de Alisson o tempo todo. Concordo em parte, pois já vi Mano Menezes escalar dois laterais direitos bem comuns em 2006 no primeiro Grenal e dois laterais esquerdos no jogo da volta no Beira-Rio e  o Tricolor botou faixa no peito. Ou Tite que colocava o baixo Pedrinho (lateral direito reserva vindo do Pelotas) como terceiro zagueiro na virada   do Século e ambos se deram bem. A diferença: houve treino antes. Então, em tese, nenhum absurdo as mexidas de Mancini; foram "a questão de hora errada" e isso, ele não percebeu.

O técnico gremista ajeitou o América, quando lá esteve e Marquinhos Santos manteve o que havia de bom. Resultado; um time mais fraco apresentou soluções que o Tricolor não terá até o final do Brasileiro. O primeiro tempo mostrou isso; forçou a falha do lado direito e ganhou uma penalidade aos 48 minutos do veterano Cortez. Penalidade infantil. 2 a 0 o que condenou o Grêmio a derrota, mesmo que melhorasse na etapa final.

Por que o título de Irreversível na postagem, se não está matematicamente rebaixado? Porque escalando o melhor Grêmio, o que está difícil, Mancini vencerá, no máximo, duas partidas, considerando o imponderável do futebol. São Paulo, Flamengo, Corinthians e Atlético Mineiro não são o Náutico ou Caxias.

Amanhã, mais calmo, vamos enumerar o grande número de equívocos que a instituição cometeu neste ano, porque, ainda que os anos anteriores demonstrassem um esgotamento do elenco e treinador (2019/20), chegar a esta situação caótica é obra  de muita incompetência em série.






sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Opinião




Para Confirmar 

Além da indispensável vitória neste Sábado, o Grêmio de Mancini terá a missão de confirmar que o que ocorreu diante do outro representante mineiro (Galo) não foi aleatório, isto é, ter poder ofensivo, ser capaz de incomodar os donos da casa, não jogar só "no erro do adversário"; enfim, ter um "norte" até mesmo antes da bola rolar.

Acho que escolhas antigas devem ser repensadas, mesmo que estejam à disposição, casos de Rafinha, Thiago Santos e Alisson. É hora de dar continuidade no caso de Vanderson, Matheus Sarará e, talvez, Campaz. Sem ser incoerente, o caso do jovem colombiano não passa apenas pela sua precocidade, adaptação ao esquema de jogo e até ao entendimento da língua. Campaz parece ter dificuldade com certos fundamentos do "esporte bretão".

De resto, ignorar a tabela, porque se ele for prestar a atenção, sem vencer as próximas duas, a situação seguirá dramática, agravada pela proximidade do final do campeonato.

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Opinião




Três Volantes é ideia superada 

A situação do Grêmio segue dramática que para pensar em emparelhar com os seus principais concorrentes nesta luta árdua, ele terá que vencer mais duas em sequência. Aí sim, dá para dizer que vai entrar na briga para valer. Será um fato inédito neste certame ganhar três de forma seguida.

A leitura de ontem me traz a informação das possíveis voltas de Cortez e Thiago Santos. Importante esclarecer, é pitaco da imprensa. Com os treinos e reuniões fechadas, isso é tudo "achismo", porém, se houver uma possibilidade, a lateral esquerda, tudo bem, me serve Cortez ou Rafinha naquela posição, entretanto, a volta de Thiago Santos que por si só é inexplicável, que não seja para o lugar de Campaz. A experiência de três volantes com Mancini, não funcionou.

É esperar para ver, se Mancini é jóquei para essas situações.


quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Opinião



Vitória num jogo difícil de assistir 

Fico pensando para quem não é torcedor destes dois Tricolores (Gaúcho e Carioca) assistindo essa partida. Que horror! Valeu para o Grêmio pela vitória inadiável, aliás, daqui para frente, quase todos os jogos terão essa característica, mas foi difícil de ver.

O Grêmio tem como atenuante dois fatores: a questão psicológica que pressiona e faz a perna bambear e a troca de oito atletas do Grenal para hoje. Mesmo que os substitutos e os substituídos tenham pequenas diferenças, pesou. Além disso, não dá para desprezar que ele é o penúltimo na tabela, isso não é desprezível.

Tenho certeza que se nessa noite o adversário fosse Atlético Mineiro ou Flamengo, a derrota seria o resultado mais provável.

Analisando individualmente; os melhores foram Brenno, perfeito em todas as intervenções, passa por ele o zero do placar e Diego Souza, que é um jogador inteligente, técnico e cascudo. A superioridade aérea no único gol contra o bom zagueiro Nino é qualidade individual.

Defensivamente, Geromel e Kannemann, uma boa partida, Vanderson oscilou, mostrando deficiências nos botes, muitos deles geraram contra-ataques, Diogo Barbosa tem uma jogada desde seus tempos de começo da carreira, qual seja, dá o tapa da bola e sai correndo atrás dela, geralmente, perdendo para o primeiro adversário que saca essa "estratégia" dele.

No meio, Lucas Silva, bem no primeiro tempo, na etapa final, também oscilou; cresceu no final, quando ficou mais fixo. Sarará mostrou que pode ser titular, se comparado com as apostas de Mancini e Luiz Felipe. Campaz, essa observação não é depreciativa, mas de constatação: tem fundamentos de futebol jogado na várzea, não pode ser titular. Compromete com suas decisões equivocadas. Precisa aprender o futebol, por enquanto é apenas jogador de bola.

Alisson, só sendo negociado, porque parece que tem um feitiço que "pega" nos treinadores. Diego Souza, decisivo. Elias vinha sendo o melhor do ataque, não entendi sua saída. Ferreira muito mal, talvez aí, a aposta dos técnicos em Alisson. Ferreira só melhorou no final, mas é pouco para a fama que ganhou.

Douglas Costa, compreensível o fato de ficar no banco pela sua condição física. Foi uma medida inteligente de Mancini; quando entrou, mudou o ataque gremista para melhor.

Darlan, Jean Pyerre e Churín não comprometeram, mas foram discretos.

Contra o América no final de semana, o time terá que jogar muito mais, senão, corta novamente o embalo que esta vitória de hoje proporciona.


segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Opinião



O Novo Campeonato do Grêmio 

Nesta Terça-feira, o Grêmio tentará salvar o ano de 2022. Serão nove trabalhos de Hércules a começar pelo confronto contra o Fluminense para o qual, Mancini relacionou os seguintes atletas, vide, Relação. Com eles, o técnico pode modificar bastante tanto em nomes, como na forma de jogar; vale o mesmo para ser conservador e repetitivo.

Até o momento, os 20% de aproveitamento do time com o atual treinador tem a ver com as suas  escolhas, quando até chegou a escalar três volantes, algo que foi rejeitado pelo grupo de jogadores e, estranhamente, não há notícias de ter entrado na pauta das conversas de vestiário entre eles.

Mancini é bom de entrevista; ao ouvi-lo, a impressão que fica é que dá para sair do buraco; depois, desde a revelação dos nomes escolhidos, minutos antes da equipe ingressar no gramado até o trilar do apito final, as novidades passam longe do que se exige e se espera.

Enfim, são nove desafios. O primeiro é em casa. Será que as mexidas virão finalmente?  

domingo, 7 de novembro de 2021

Opinião



Inimigo Íntimo 

Agora começa um campeonato de nove jogos e os torcedores mais otimistas acham possível escapar do rebaixamento, neste caso, fazendo um final de certame com percentual acima do que fará o campeão. Difícil, não impossível. Eu não acredito, porque muitas combinações terão que ser feitas, onde uma é justamente a principal: o ajuste do time e sua manutenção.

Olhando a tabela, o pensamento (mágico) teoriza: Flu, São Paulo, Bragantino, Flamengo e São Paulo (casa); América, Chapecoense, Bahia e Corinthians (fora), não é uma sequência pesada a partir da possibilidade de se enfrentar Bragantino (Sul americana), Flamengo (Libertadores) e Galo (já campeão) "desfocados". Tudo certo, tudo bem.

Onde está o maior problema? No próprio Grêmio. Ele é o seu maior adversário, o seu inimigo-mor, pois Mancini no discurso, ameaça radicalizar, fazer as devidas correções no time, mas, apesar de uma melhora geral, a revisão feita por ele até agora, mostrou-se ineficaz, dando insuficientes 20% de aproveitamento, percentual superior aos 8 de Tiago Nunes e menos do que  os 47 de Luiz Felipe.

Jogadores como Rafinha, Thiago Santos são ou estão muito ruins, Borja, Villasanti e Campaz, não produziram o suficiente para confirmar o rótulo de contratações que vieram cada uma delas para "vestir a camiseta e virar titular". Douglas Costa sempre foi um coadjuvante de luxo nos clubes em que atuou. Assim como Taison no Inter, não serão salário e biografia que modificarão essa condição. Não são protagonistas, mesmo que o colorado goze momentaneamente desta situação. Trato de uma temporada, excetuo uma jornada atípica.

Neste grupo gremista faltou uma peça chave, o armador. Não exatamente o tradicional camisa 10, mas aquele que fizesse a transição com segurança (que evita perder a bola e gerar contra ataque) e um artilheiro "nato", também; podendo não ser um 9 tradicional; exemplificando: Éverton Cebolinha dos bons tempos ou o Jonas de 2010.

Neste momento do campeonato, Mancini olha para o banco e vê um ex-atleta, Diego Souza; um reserva que não pode contar, apesar do gordo salário (Churín) por ser insuficiente e uma  incógnita, Elias. No meio carente, uma grande interrogação. É pouco para quem precisa vencer "para ontem".

A margem para permanecer na elite será próxima de zero.



sábado, 6 de novembro de 2021

Opinião



 Grêmio perde o Clássico e amplia o Calvário 

Fiquei esperando pela entrevista do Mancini por dois motivos; primeiro, porque, conforme a fala, dá para ter a temperatura do que virá; segundo e principal motivo; esfriar a cabeça e não postar bobagem, enfim, testar se sou capaz de controlar a raiva e não sair detonando tudo. Acho que funcionou, pois vi lucidez na entrevista do técnico e o fato de ver algo racional na fala dele, me permite dizer que posso escrever sem arrependimentos, depois da paulada que é perder para o maior rival.

Foi um Grenal equilibrado na primeira etapa; poderia ter terminado 2 a 0 para o Inter; sim, é verdade, mas a estatística que a transmissão apontou no intervalo demonstrou que apenas nos desarmes o Grêmio teve número abaixo do adversário. Se é mérito dele ou ruindade do oponente, não sei.

O segundo tempo, igualmente, não foi diferente. Dito isso, a análise vai especificamente para o time  Tricolor. Só a precariedade física de Vanderson justifica a opção pelo sofrível Rafinha (um dos maiores erros dos comandantes do futebol gremista). A escalação de Cortez, acertada a meu ver, a partir da falta de alternativas, escancara o desnorteio, pois ele esteve a ponto de ser afastado ou comunicado que não ficará; aí vira titular.

Prosseguindo: Mancini insiste com uma solução fracassada desde os tempos de Luiz Felipe; três volantes, onde Villasanti é o principal nome, quando num time ajustado seria coadjuvante. Thiago Santos e Lucas Silva com pequenas diferenças, são de mesma função. Para agravar as opções pedidas por parte da torcida não funcionam; Ferreira caminha para não confirmar ser o cara que desequilibra, que assume protagonismo num momento crucial do jogo. Campaz, hoje pareceu ser um júnior assustado, desembocado, recém saído dos aspirantes, mostrando uma falta de domínio de fundamentos que seria compreensível no Pedro Lucas, por exemplo, não num jogador que chegou badalado. A culpa, certamente, não é dele. Mais um erro de avaliação.

Borja é mediano. Ponto final. Ou está escondendo o jogo muito bem. Douglas Costa não tem gás para 90 minutos, ainda mais depois de uma sequência dura com foi essa (Palmeiras, Galo e Inter) em 10 dias.

Dos que entraram: Campaz, Diego Souza, Jean Pyerre, Alisson e Vanderson, somente este último acrescentou algo positivo.

O Tricolor tem problemas sérios de transição no meio e Mancini promete fazer mudanças, até porque cinco atletas estarão indisponíveis: Chapecó, Cortez, Thiago Santos, Villasanti e Borja. O meio precisa mudar em nomes e mecânica.

É isso! Só um milagre permitirá a permanência do clube na Série A.

ET: O lance emblemático da bagunça gremista: Três volantes assistiram Edenílson pegar a bola sozinho; parar, olhar e botá-la às costas do lateral direito no gol único da partida.



sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (260) - Ano - 2003

Christian e o Lázaro da Azenha 

Fonte: https://twitter.com/RecuerdosGFBPA

Era o ano do centenário do Grêmio; havia muita expectativa para a maioria da torcida, mas eu tinha muitas desconfianças daquela gestão que assumia para o biênio 2003/04. Era o mesmo presidente de 1969, ano que o Inter quebrou a hegemonia tricolor e começou a enfileirar 8 gauchões seguidos e o bi do Brasileiro.

No certame nacional o Grêmio vinha caindo pelas tabelas, chegou a ficar 19 rodadas na última posição de um total de 46. Era incompreensível para quem tinha Anderson Lima, Anderson Polga, Gilberto, Roger, Tinga,  Christian, Carlos Miguel e os meninos Eduardo Martini, Adriano, Gavião, Bruno Neves e Cláudio Pitbull, mas o fato é que já estava no quarto comandante técnico no ano, sempre ameaçado pelo rebaixamento.

Como se sabe, ele escapou; permaneceu na Série A e o divisor de águas foi o Grenal do dia 12 de Outubro de 2003 no Beira-Rio, 1 a 0, gol de Christian (foto acima). Foi a oitava vitória; depois dela, o Tricolor embalou e encerrou o campeonato com treze conquistas.

Naquela tarde, Adilson Batista usou: Eduardo Martini; Anderson Lima, Baloy, Adriano e Gilberto; Leanderson, Gavião, Tinga e Caio Ribeiro; Christian e Cláudio Pitbull. Entraram também, Carlos Miguel e Marcelinho.

Muricy Ramalho utilizou: Clemer; Wilson, Sangaletti, Vinícius e Edu Silva; Claiton, Gavilan, Flávio e Daniel Carvalho, Diego e Nilmar. Ainda jogaram  Jéferson Feijão e Élder Granja.

A partida se mostrou equilibrada, onde, inicialmente, o Grêmio foi mais ofensivo, tendo várias chances com Baloy, Caio, Leanderson e Christian que marcou aos 34 minutos da etapa inicial. Ainda assim, Eduardo Martini foi bem exigido, garantindo a vantagem escassa.

Na etapa final, o goleiro gremista seguiu sendo destaque, embora a presença de troca de "golpes", pois o Tricolor não ficou atrás, tentando garantir o resultado. Aos 45 minutos, a melhor chance; o garoto Marcelinho acertou a trave de Clemer, a bola voltou para a marca do pênalti e Carlos Miguel não aproveitou, bateu fraco, possibilitando a defesa do goleiro rubro.

Com certeza, aquele Grenal, sua vitória foi determinante para o clube da Azenha dar uma guinada na má fase, ou seja, o ponto de partida para a reação gremista, ressuscitando na competição.

Fonte: - Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

             - Arquivo Histórico de Santa Maria

             - Gremiopedia

Segue o compacto dos melhores lances





quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Opinião


 



Nada (Algo) de Novo no Front


Dia 1º de Novembro, Segunda-feira, escrevi a crônica “Depois da Tempestade”, que é como chamei o período pós três confrontos em sequência, Palmeiras, Galo e Inter, quando imagino enfrentamentos menos “pesados”, enfim, mais suscetíveis de bons resultados para o Imortal.

 A esperança foi renovada a partir da bela atuação de ontem que atenuou um pouco, a derrota. Há muito que não via o Tricolor dominador, fato que se revestiu de maior relevância por ser fora de seus domínios contra o líder da competição. Ele poderia ter feito 2 a 0 tranquilamente, antes dos 15 minutos iniciais. Então, há novidade na forma do time atuar, apareceu um Grêmio mais ousado que poderá fazer frente ao Inter e, quem sabe, chegar até a trigésima oitava rodada ainda vivo na luta pela permanência na Série A. É difícil, porém, não é impossível.

 Sobre Vágner Mancini, ele lembra aquela historinha que diz: - tenho uma notícia boa e outra ruim. Qual tu queres ouvir primeiro? A boa é que o novo comandante gremista é arrojado; ser for preciso fazer trocas no primeiro tempo, ele faz. Renato, o melhor dos seus antecessores, jamais fez isso, nem nos intervalos das partidas. A ruim é que Mancini mexe mal. Foi assim em jornadas anteriores e ontem ao sacar Villasanti e deixar em campo dois volantes superpostos/sobrepostos.

De qualquer forma, a esperança da torcida recebeu um ânimo com a bela atuação da equipe, mesmo que a gozação venha com força com a frase: -Jogou como nunca, perdeu como sempre.

Agora tudo é Grenal.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Opinião



Grêmio melhora, mas segue perdendo 

Melhorou bastante com as mexidas de Mancini; encarou o melhor time do campeonato fora de casa e merecia vencer, mas infelizmente, perdeu diversas chances (Borja), aí, uma escapada do Galo; gol. Quem não faz ...

Para o meu gosto, o trio de volantes era desnecessário, a manutenção de Thiago Santos segue inexplicável, o treinador errou na troca ao retirar Villasanti para a boa entrada de Campaz. Não era o paraguaio para sair.

Como era esperado, Alisson não fez falta, mas Ferreira não aproveitou a oportunidade. Ficou devendo muito. Quem atuou bem foi Douglas Costa, em especial, primeiro tempo, bem secundado por Lucas Silva.

O problema do Grêmio é que ele fez bom enfrentamento contra o líder com um "padrão 6", quando necessitava de "7" para ganhar e contra os que atuam "padrão 5", por exemplo, aí ele é "4". Se atuasse assim como esta noite contra os Goianiense da vida, não estaria nessa posição na tabela.

Melhorou muito, porém, o número de rodadas quase inviabiliza a reação suficiente para se manter na Série A.

Uma pena.


terça-feira, 2 de novembro de 2021

Opinião



Fio de Esperança, mas nada a ver com Telê 

Telê Santana, quando ponta direita do Fluminense, recebeu o apelido de Fio de Esperança, por ser extremamente magro e incansável dentro da quatro linhas. Cada vez que a expressão me vem à mente, lembro do melhor treinador de todos os tempos (não confundir com o "maior") do nosso Imortal.

Mas este fio de esperança do título da postagem diz respeito ao alentado movimento que Mancini poderá promover contra o Galo. Justamente contra o líder e virtual campeão brasileiro, onde o Grêmio deverá perder, no entanto, como escrevi na crônica mais recente, servirão as mudanças para planejar os próximos e derradeiros desafios em busca da improvável permanência na Série A.

É assim que se faz; ousando, tentando, esperneando e ... afastando os insuficientes atletas usados á exaustão no meio de campo. 

Boa sorte e paciência! Paciência com os novos titulares.

Opinião



Injustiça, Incompetência e Imortalidade 

A) Li o texto do jornalista Mauro Cezar Pereira do site Uol, vide Discutível e concordo com o que foi expressado. Primeiro, não considero separação entre vândalos e torcedores, já que os primeiros estão no local reservado para a torcida organizada do Grêmio, identificados com as cores do clube, então, são torcedores. No entanto, punir a instituição, aí, incluindo a maioria avassaladora de torcedores dentro e fora do estádio naquele Domingo, tirando os jogos seguintes da Arena, é uma injustiça. É como condenar o corpo todo por ter um problema localizado que merece (e deve) ser tratado até com a extirpação. A punição imputada ao Grêmio, no caso, identificado os transgressores, é "socializar" a pena de uma forma injusta. O clube demonstrando todo o interesse num correto desfecho, agindo para identificar os responsáveis, se alia à Justiça numa única direção; estabelecer a forma correta de consagrar Crime e Castigo

B) O Tricolor chegou a este constrangimento por um conjunto de acontecimentos que merece um estudo, já que nele não está inserido um dos fatores mais corriqueiros em situações de queda de um grande clube para a Série B: salários atrasados. Passado esse período, independente do desfecho (mantido na A ou indo para a B), uma profunda reflexão deverá ser feita. Consagrada a pior hipótese, olhar para o que fez o River Plate, que, após o seu inédito rebaixamento no certame argentino, ressurgiu para viver o melhor momento de sua história. Fez do limão, uma limonada

C) A Imortalidade gremista, às vezes, está ligada a sua incapacidade de lidar com dificuldades menores que geraram grandes obstáculos quase intransponíveis como ter que reverter um 0 a 3 do Caxias para um 4 a 0 no Olímpico ou vencer o Náutico nos Aflitos na rodada final do Brasileirão de 2005, isso, para ser campeão. Foi incompetente nos confrontos anteriores em casa e fora diante da Portuguesa, Santa Cruz, duas vezes cada e como locatário contra esse mesmo Náutico. Após tomar 3 a 0 do Boca na Bombonera, a famosa imortalidade não apareceu no confronto da volta em 2007. Imortalidade, eu considero a forma como vencemos o Náutico, todos os detalhes que sabemos e os que aparecem décadas depois, consagrando que algo excepcional ocorreu naquele 26 de Novembro de 2005

Fica a esperança que o somatório de infortúnios que assola o Tricolor neste Brasileirão, trará uma nova página épica na biografia do clube, mesmo que mais adiante, termos como incompetência e imortalidade sejam misturados indevidamente.

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Opinião

 


 

Depois da Tempestade

 

Depois da tempestade vem a Bonança, a Esperança é a última que morre, não tá morto quem peleia, depois da Batalha dos Aflitos, eu acredito em qualquer coisa no futebol, etc... etc... A gente vai se agarrando a tudo que possa dar um aditivo anímico e eu, embora, convicto do rebaixamento, se insistirem com esse meio de campo, penso que a tempestade é o trio de jogos Palmeiras, Atlético e Inter, depois, talvez, a tão sonhada recuperação contra adversários menores e já desmobilizados, casos de Bragantino, Flamengo e Atlético Mineiro, este na última rodada.

Há tempos venho alertando para a possibilidade de tragédia gremista em 2021, vide Imagem PreocupanteCeticismoNamorando. Fico nestas postagens, mas há mais, com certeza. Olhem a data das crônicas; é coisa de 8 meses, 5 meses e a "barca afundando".

São equívocos monumentais como por exemplo, preterir os jovens do elenco, citando: Imaginem se Fábio, goleiro do Cruzeiro, alto salário, 40 anos, tivesse aceitado o convite de Luiz Felipe; trata-se de um grande arqueiro em final de carreira, mas, viria para a reserva? com ele, Chapecó seria convocado? e Brenno, campeão olímpico?

Aí vem Mancini e escanteia Ruan para "recuperar" Paulo Miranda, arquiva os guris do meio com desempenhos muito superiores aos titulares imutáveis, vide novamente: Bobsin. Jhonata Robert recebe uma chance, ainda que esteja longe de ser solução, dá melhor resultado do que Luiz Fernando, outro desarquivado pelo atual treinador que demonstra uma incapacidade de fazer a revolução tão urgente, tão necessária nesta hora em função da mesmice.

Procurei e não encontrei, uma charge que mostrava uma mangueira, para quem não sabe; uma espécie de curral, onde o gado todo se espremia contra a cerca, inutilmente tentando sair e a poucos metros, a porteira escancarada. A boiada não percebia. Assim está o Grêmio.

Se Victor Bobsin estiver em plenas condições físicas, o meio para Quarta-feira é Lucas Silva, Villasanti e ele com Douglas Costa, Borja e Ferreira no ataque.  Três volantes, mas que tem capacidade de marcação e boa de saída de bola com chegada na área e posicionamento condizente de quem é do setor.

É uma parada torta, provavelmente perderá com esse time, mas Mancini estará projetando um meio para os jogos, em tese, mais "palatáveis", em seguida.

Escrevo isso, porém, não acredito que Thiago Santos e Alisson saiam do time. É CONVICÇÃO dos que dirigem o futebol do Grêmio, então ...