Demissão Justa
Deixando os assuntos do Tricolor de lado e comentando o Mundial de Clubes, me deparo com a demissão de Renato Paiva, técnico do Botafogo, e as vitórias de Bayern e Fluminense. Vamos a estes fatos:
Textor acerta em cheio ao demitir o português Paiva. Pois, depois dele cometer o feito de bater o PSG, ele não entendeu o recado da partida, nem seguiu sugestões de parte dos líderes do elenco. Eles reclamavam da postura exageradamente defensiva diante do Atlético de Madri, onde deixou escapar não apenas o primeiro lugar do grupo, mas a oportunidade de encarar o envelhecido e fraco Inter de Miami (imaginem quanto o clube perdeu em "dindim"). A saída dele eu encaro com a maior naturalidade. A frase "não soube por que ganhou do PSG" é cruel, mas real.
Já nas vitórias do Bayern e Flu, no caso do primeiro, houve uma imposição do coletivo e da ambição natural de pressionar o Flamengo. Venceu com autoridade, poderia e deveria ser pelo menos 4 a 1.
O Tricolor de Renato apresentou uma estratégia correta com um senso coletivo evidente e muitos destaques individuais como Ignácio e Arias. O treinador teve sabedoria para adicionar à sua capacidade de leitura da partida, a opinião de veteranos "escolados" como Thiago Silva, Cano e Fábio.
Os confrontos neste Mundial de Clubes têm deixado grandes ensinamentos, um é que a distância qualitativa dos jogadores é menor do que se pensa. Outro, as grandes agremiações europeias aliam treinadores competentes, disciplina tática e jogadores de qualidade. Quando um desses fatores está abaixo dos demais, a casa cai, como foram os casos da Inter de Milão, Benfica e talvez mais adiante, do Chelsea.