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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Opinião


 
Um Árduo Caminho
 
Menos de 24 horas do anúncio da contratação de Enderson Moreira e o caldeirão começou a ferver. Se ele é um sujeito inteligente, já estava esperando por isso. O time é vice do Brasileirão, Renato é o eterno ídolo do Imortal; sua imagem ganhou o reforço deste período coincidir com as lembranças do Mundial pela comemoração dos 30 anos da conquista. Então, Enderson não terá moleza e pedir paciência para a torcida (boa parte dela) é como distribuir água gratuita no deserto. Não mesmo.
 
Terá o treinador que se equilibrar entre a necessidade de se impor sem parecer um neófito ou inseguro e a possibilidade de ser submisso (à Direção e líderes de vestiários) com uma danosa imobilidade ante as mudanças que o momento exigir. É conhecimento, competência e atitude; sem tempo ou tolerância. Adicione-se a esse turbilhão saídas de titulares, o que se presume serem melhores que os bancários do grupo, como Dida, Vargas e Rhodolfo + as presumíveis de Zé Roberto e a de um dos jovens promissores; aí a tarefa vira um imenso desafio.
 
Quando Enderson afirmou que o Imortal era um gigante do futebol, não estava errando na fala, mas assim como a história do clube que o abraçou é repleta de conquistas, também é verdade, que praticamente todas foram na base da superação. O único título que veio fácil foi a Recopa de 1996. Desde o Campeonato Farroupilha, passando pela reconquista do Gaúchão em 77, os títulos dos Brasileiros, as Copas do Brasil, Libertadores e o Mundial, todos eles o time enfrentou caminhos árduos. Ele que não espere facilidades. A começar pela pouca tolerância da torcida e a série de apostas furadas do Tricolor neste cargo. Há exemplos de sucessos e fracassos no investimento em técnicos em "ascensão". Em breve saberemos qual o grupo receberá o "reforço" de Enderson Moreira. Menos mal que não há multa contratual na rescisão.
 
Definido o comandante, hora de formar o elenco. 2014 já começou para a Direção do Grêmio. Boa Sorte e muita competência é o que desejo.

3 comentários:

  1. Saída do Dida, do Zé e agora esta notícia do Rhodolfo, começo a me preocupar. Não estou feliz com o novo técnico, longe disso, não acho que é momento para aposta, grana se gasta em alguns pontos específicos, na minha concepção técnico é um destes. Enfim, é torcer, este ano ou Koff se consagra de vez ou mancha sua biografia.

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  2. PJ!
    Virão alguns reforços pontuais.
    Se o Enderson não der certo, a bola da vez será o Roger.
    Acredito que o time com o novo treinador vai adquirir mais velocidade e jogadas pelas pontas, algo que faltou no tempo do Renato. Contra si, Enderson terá menos experiência no elenco e um perda (momentânea) de empatia no grupo. Imagino que ele ficará entre no meio termo: não será terá o êxito "instantâneo" do Tite, nem a passagem "fugaz" do Julinho Camargo.
    Espero que o Koff "cole" nele e que o Masseridjan assuma a preparação física.

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  3. corrigindo: ... ele ficará no meio termo...

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