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domingo, 12 de janeiro de 2014

Opinião




Sobre o que disseram Koff e Barcos - Parte 1

Koff e Barcos deram importantes depoimentos nestes últimos dias, que esclarecem alguns fatos e no caso do presidente, o que se pode esperar daqui para frente. A seguir, escrevo qual é o meu sentimento à partir das entrevistas deles:

Começo por Hernán Barcos. Gosto do futebol inteligente e decisivo do nosso camisa 9. Não teve um ano bom; ficou aquém do que todos esperávamos, mas não foi a ruindade como alguns o rotularam. Alguém que serviu a Seleção Argentina, que foi artilheiro de uma Libertadores da América e principalmente, que fez 28 gols num ano jogando campeonato paulista, Copa do Brasil e Brasileirão pelo Palmeiras em 2012, isto é, recentemente, deve ter qualidade. Mas escrevo sobre o profissional Barcos, aquele que mesmo sofrendo um infortúnio familiar, chegou de um velório na Argentina e no Rio, à noite, ajudou a construir uma grande vitória sobre o Flu. Também o episódio da menininha Gabrieli, internada aqui na minha terra; em que Barcos esteve no hospital, sem que a publicidade de sua visita tenha sido sua iniciativa. Ali, escancarada, estava a sua compreensão do que ele representa para uma torcida tão apaixonada como é a nossa.

Aos poucos, sua liderança emergiu não apenas no grupo gremista, mas como profissional de futebol no Brasil. 
Veio o episódio dos salários atrasados e Barcos, capitão da equipe, se viu porta-voz do grupo, isto é, a ideia de tornar pública a dificuldade do clube, não foi apenas dele. Talvez ele até tivesse discordado; não sei, mas aí entra o ônus da liderança, da representatividade. Não era um sentimento individual que estava sendo expressado, mas de um grupo. Parte da torcida e imprensa não entenderam ou não quiseram entender.

Ele sofreu calado e às críticas pela escassez de gols, somaram-se estas de seu pronunciamento.

Eu entendi o episódio no ato, tal qual realmente ele acontecera; até porque já passei por uma situação dessas, isto é, de atrasos de salários e de ser porta-voz do descontentamento dos colegas. E olha! Tem muito companheiro que nessas horas, dá o maior apoio, mas de forma "contemplativa", alguns passos atrás, de preferência no final da fila.

Barcos pode ser o capitão à semelhança de Hugo De Léon e Adilson, para ficar nos exemplos que levantaram a taça da Libertadores da América. Futebol e liderança positiva não lhe faltam.

4 comentários:

  1. Gosto do Barcos como capitão, acho que ele tem uma liderança natural, é bem quisto pelos colegas e sabe da importância de ser o exemplo. Aliás, é curioso como ele está sempre presente nas comemorações dos gols, independente de quem marque.

    Só que uma coisa pode estar acontecendo e o Koff até comentou isto na entrevista. Ele pode 'sentir' o fardo de ser capitão e isto se tornar uma pressão negativa. Daí é questão de avaliação interna e se for mesmo isto, talvez ele não tenha 100% dos requisitos para a função. O problema é que não vejo outro melhor preparado do que ele no atual grupo.

    Mas talvez o "diagnóstivo" não seja ele e era apenas má-fase. Os primeiros jogos de 2014 vão nos dar mais luz sobre isto.

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  2. Guilherme!
    O meu receio é a falta de grana do clube; chega um Rennes da vida e leva um centro-avante, não é zagueiro; me diga, mesmo em má fase, onde arranjaremos um parecido; técnico, líder, experiente em confrontos internacionais?
    A Direção vai ter que por tudo isso na balança, se for negociar o cara.

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    1. Bruxo,
      Acho que o Barcos é peça chave na cabeça do Koff. Só venderá se surgir uma proposta muito boa.

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  3. Tomara, Guilherme!
    Sem ele, o Tricolor vai ter que ir às compras.

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