Opinião

A tarefa urgente de Enderson Moreira

Acredito que quando se tem convicção, a manutenção do trabalho deve ser regra prioritária num clube de futebol. Koff também, tenho certeza pela sua biografia. Manteria Renato, mas isso às vezes é impossível, daí a mudança que trouxe Enderson Moreira

Telê Santana ingresso no Imortal em 76 no final do ano, depois de levar 5 a 1 do Flamengo no Maracanã e empatar sem gols com o Galo no Mineirão, já estava reformulando em sua cabeça o Grêmio de 77, viu o que era de um jeito ruim e não iria mudar, portanto, descartável e aproveitou o que era positivo (Eurico, Ancheta, Vitor Hugo, Tarciso, etc...). Sua permanência viabilizou o projeto, porque estava na "aldeia e conhecia os caboclos".

Enderson chegou ontem e por mais que conheça futebol, terá que contar com as informações de quem estava em 2013 no Tricolor. A Direção tem que ajudar. Onde ajudar? (é tão importante que usarei outro parágrafo).

Direção e treinador terão que distinguir o que não tem mais jeito do  que é consequência de início de temporada. Se o futebol de Kléber evaporou ou a repetição da ineficiência é produto de adaptação aos novo comando. Se Zé Roberto ainda tem motivação e gás para ser o talentoso camisa 10, se o nervosismo do setor defensivo (sempre tão seguro a ponto de apenas em duas jornadas levar mais de dois gols em uma temporada) não é fruto da ausência do goleiro experiente e tranquilo de 2013.

Enfim, tem-se que fazer a distinção do que é um mal sem cura do que é efêmero, oriundo de uma readequação de orientação tática. Por enquanto, tenho duas certezas: 

a) o primeiro tempo de ontem foi igual a muitos momentos do time em 2013

b) O time não tem alternativas para mudar o setor ofensivo, quando exigido. Sem grupo, só com a ajuda dos deuses

Treinador e Direção terão muito trabalho pela frente.