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domingo, 19 de julho de 2015

Opinião



O meu erro

Acho que passados mais sete dias, isto é, final de semana que vem, o Imortal poderá estar classificado para a próxima fase da Copa do Brasil e batendo o Sport em casa, reassumir uma vaga do G-4. No entanto, não invalidará esta crônica como pretendo demonstrar. 

Há quase dois meses escrevi esse texto:(Uma Cilada para Roger), onde alertava para a possível submissão do treinador diante da Direção, uma relação desigual, inconveniente para todos. Aí está o meu erro do título da postagem.

Roger não hesitou em assumir o Tricolor, topou na hora por um salário que li girar em 80 mil reais, baixo para os padrões atuais, mas tem uma explicação; o jovem técnico sabia que saía de um patamar ( Nóia, Ju) e entraria, pelo menos por dez anos, no rol dos profissionais de clubes da primeira divisão. A história demonstra que não precisam títulos para isso, apenas um trabalho mediano como exemplificam os de Roth nos anos 90 e recentemente, Enderson Moreira. Se conquistar títulos nessa primeira experiência, então, está feito. Temos exemplos para isso, também, Tite e Mano Menezes.

Roger chegou lá, o Grêmio, talvez não. Por que? Porque o treinador se submete e aceita a inação do comando diretivo do clube, idem ao não  mexer nos seus bruxos. Isso, enfraquece um grupo se ele for comprometido (caso contrário, não), porque o injustiçado esmorece. Marcelo Grohe e Douglas tem cadeira cativa entre os 11. Ruim para o time, ruim para os reservas injustiçados, ruim para o grupo todo.

A Direção se esmera em propiciar ações incompreensíveis; cito sem indicar para o elenco, apenas como parâmetro: o veterano Leandrão, hoje no Brasil de Pelotas é pior do que Braian Rodriguez? Lucas Coelho joga menos do que Vitinho? Luis Fellipe tem algum problema tão grave, que não merece ser reintegrado e acaba liberado; vai jogar na Europa?

Estou vendo Cruzeiro versus Avaí; Nino Paraíba rebentando, de novo, serve para o time catarinense e fica inacessível aos cofres do Imortal? Será que é tão mais caro do que Galhardo?

André, centroavante do Sport, jogando demais, Leandro Pereira, um dos muitos camisas 9 do Palmeiras, rebentando; esses dois não servem?

Existe a crise, mas a criatividade não costuma tirar férias na crise, porém, para isso, é necessário a tal da competência. Infelizmente, muitos medíocres fizeram o nome na fase dourada de Fábio Koff. Fizeram fama e vivem dela, apesar do presente desmentir essa fama.






2 comentários:

  1. Olha Bruxo, eu sou capaz de dizer que se o Bolzan desse uma entrevista sincera, explicando uma diversidade de questão, a saber: Compra da Arena, situação financeira do clube, reforços e etc eu era o primeiro a aceitar que não viesse qualquer contratação e mais, a apoiar qualquer colocação no BR que não fosse o rebaixamento e a desistência da CB.
    O problema é que junto com isso seria necessário esclarecer o empréstimo do Luis Felipe, a reticência e contar com o Maxi, a manutenção do Rui Costa, a arrecadação de paleteria, hamburgueria e afins, enfim, uma séria de situação que não são compatíveis com a alegada situação "pré-falimentar" do Grêmio.
    Enquanto nada disso for esclarecido, todo elogio será sempre feito com uma ressalva.

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  2. Perfeito!
    Esse silêncio, associado aos reforços duvidosos, dão margem a toda especulação.
    Às vezes, parece que há planejamento, outras vezes, não, induz ao pensamento de que é improvisação pura.
    Até a contratação do Roger, acaba virando "só tem tu, vai tu mesmo".
    O que explica a contratação do Vitinho e o gelo no Luiz Fellipe? Não sei se este último é o cara, mas, convenhamos, eu que morei em SC, ser artilheiro do estadual é pouco, quase nada como referência.

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