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sábado, 30 de janeiro de 2016

Pequenas Histórias



Pequenas Histórias (110) - Ano - 1979


Matematicamente Campeão

Fonte: Jornal Zero Hora

De todos os campeonatos gaúchos que vi o Imortal conquistar, o de 1979 foi o mais tranquilo, pois ficou com mais de 10 pontos sobre o tradicional rival, que sequer chegou em segundo (o Esportivo de Bento do jovem treinador Espinosa alcançou o vice).

O título virtual veio no Grenal do Beira-Rio vide Pequenas Histórias 47, mas faltava a matemática confirmar. Isso ocorreu no dia 09 de Setembro (aliás, data em que o menino Renato Portaluppi completava 17 anos e ensaiava os primeiros dribles em Bento Gonçalves), enfrentando o Brasil de Pelotas, faltando quatro rodadas para o término do certame.

Foi mais um passeio gremista do técnico Orlando Fantoni: 3 a 0 com o Olímpico com excelente lotação (41.798 pagantes) e arbitragem de Airton Bernardoni.

A torcida incentivou desde o início (ao fundo na foto do gol de Ancheta, vemos a Coligay) e o time correspondeu; aos 19 minutos, Éder bateu escanteio pela esquerda, Atílio Ancheta subiu e abriu o marcador. Um tento especial para ele, que era o capitão da equipe e ficara fora da decisão de 1977.

O Tricolor praticamente, não sofreu riscos e seguiu mandando em todas as ações do primeiro tempo, que ficou nisso: 1 a 0.

Na segunda etapa, Éder seguiu brilhando, juntamente com Ancheta e Tarciso; foi criando chances até que numa delas, o jovem ponta esquerda tentou encobrir o arqueiro Gilberto e a bola bateu no travessão, na volta, André Catimba, que substituíra Baltazar, escorou para o fundo das redes. Decorriam 35 minutos da etapa final.

Faltava o dele, já que participara de ambos os gols anteriores; pois Éder fez dentro de uma de suas maiores características e potencialidades; isto é, cobrando falta, soltando uma bomba de perna esquerda, desta vez, rasteira no canto direito do arqueiro pelotense. Pronto! Agora não havia mais dúvidas. Grêmio Campeão Gaúcho.

O Grêmio utilizou Manga; Vilson Cereja, Ancheta, Vantuir e Dirceu; Vitor Hugo, Paulo César Caju (Nardela) e Jurandir; Tarciso, Baltazar (André) e Éder.

O Brasil com Gilberto; Luis Carlos, Tino, Renato Mineiro e Cláudio Radar; Doraci, Odir e João Luiz; Flecha (Zé Luiz), Paulo Garça e Tadeu Silva. Velhos atletas da Dupla como Cláudio Radar, João Luiz conhecido antes como Bolinha, Doraci, irmão de Jorge Tabajara e Flecha, veterano ponta gremista, que chegou à Seleção Brasileira.

O Brasil de Pelotas sempre me deixou boas recordações,  pelos títulos e partidas memoráveis ou revelando atletas marcantes como o goleiro uruguaio Geóvio (o gigante Geóvio como todos os narradores faziam questão de dizer), Aldir Tartaruga, grande ponta-esquerda, Torino, cracaço, que jogou no Tricolor e mais recentemente, Cláudio Millar.

Amanhã, esse mesmo Brasil será o primeiro adversário do Grêmio na edição de 2016, tomara que seja o primeiro passo para a conquista do Gauchão, depois de 5 anos sem botar faixa.

Segue vídeo como os gols:




Fonte de Pesquisa: Jornal Zero Hora


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