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domingo, 15 de maio de 2016

Opinião



Empate justo na Arena Corinthians

O Grêmio arrancou um empate num jogo equilibrado diante do Corinthians, que tem muito com que se preocupar. Tite é excelente treinador, mas, uma hora isto não será suficiente. Sua equipe está muito abaixo de clube que almeja ganhar o campeonato.

Hoje acompanhei a partida pela rede Globo, porque gosto muito da narração do Cléber Machado; agora, enquanto escrevo, ouço a Rádio Guaíba e me deparo como o futebol é visto de forma diferente por todos nós. Concordei muito com Caio e seu narrador, ou seja, Pedro Geromel jogou muito, ninguém acima dele; Walace e Miller Bolaños, este último, bem, mas me deu a impressão que tem dificuldades em soltar a bola para os companheiros; deve ser falta de confiança ou problemas pessoais. A que ele serviu, Bobô quase guardou.

Houve uma sensível melhora de Fred (isso em relação a ele próprio), os demais, esforçados como Luan, Bobô, Ramiro e Éverton; porém, Marcelo Oliveira, Maicon e Giuliano seguem mal.

Grohe, uma boa defesa em bola que enforcou Pedro Geromel, uma intervenção difícil, que exigiu reflexo. No final, uma intervenção em bola que ia para fora, quando cedeu escanteio gratuito para o Corinthians; aí a Rádio Guaíba elegeu o lance da partida. O futebol é fascinante mesmo. Esses lances mascaram; quando a onça bebe água, a coisa é diferente e aí ficamos lamentando.

Roger acertou ao retirar Douglas, mas errou ao sacar um atacante, Bolaños e colocar Edinho. Depois disso, o que o clube paulista não fez no jogo, passou a fazer nos minutos finais, isto é, sufoco. O Grêmio foi o patrocinador dessa dificuldade. 

O Tricolor comemora este ponto fora, entretanto, ele terá relevância, se Domingo, o Grêmio bater o Flamengo.

Sigo com um pé atrás.



26 comentários:

  1. É decepcionante ver os jogadores sem a mínima vontade de vencer um jogo "dado" como esse estava até parte do segundo tempo. (assisti a partir dos 12 minutos do 2ºt).

    Achei Walace mal, errando passes bobos, "saltitante" demais. Giuliano e Éverton sem ambição alguma, Bolanos tão burocrático quanto Douglas, Maicon segue igual.

    De mudança, só Marcelo Oliveira, na parte que vi, foi bem defensivamente, mas com esse não me iludo mais.

    Time com essa falta de gana não ganha nem gauchão mesmo...

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  2. Glaucio
    como escrevi, gostei do Wallace, mas tive essa impressão de "jogo dado"; faltou vontade. É evidente que o Bolaños na aguentou, mas não dava para colocar um atleta do meio para frente?
    A velha história de "sem medo de ser feliz"; o Grêmio de Roger parece não acreditar nas facilidades do adversário.

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  3. E pior, quando resolveu que iria segurar o empate, esteve mais perto de perder.

    Cara, tirar Douglas pra colocar Bobo, recuando Luan, e depois empilhar atacantes?

    Cade o estudioso do futebol moderno?

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  4. Glaucio
    O que decepciona é que a gente comprou a ideia de ter um técnico revolucionário, moderno, mas o discurso não corresponde ao que se vê em campo.

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  5. E pra piorar, não tem conseguido fazer nem o básico com eficiência.

    Perdeu-se a referência, vai ser duro o trabalho da direção de futebol pra fazer o time voltar a jogar como um clube da grandeza do Grêmio exige.

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  6. Glaucio
    Pelo menos, não sofreu gols, nem correu grandes riscos, resta saber se é mérito gremista ou incompetência dos paulistas.

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    1. Do pouco que vi, foi a segunda hipótese.

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    2. De qualquer forma, o resultado dá mais tranquilidade para acertar. O Coirmão ajudou e a semana vai ser de pancada da mídia no clube da Beira-Rio.

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  7. Marcelo Flavio15/05/2016, 23:25

    Time jogou se poupando?
    Depois de uma semana de preparação....
    ---
    Time sem ambição deve perder, sempre, sempre.

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  8. Marcelo Flavio
    Esses reforços vão trazer um perfil novo; vão mexer com os brios, mas tem que ter futebol, também.

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  9. Marcelo sublimou! Levou cartão amarelo por cera e - na repetência - adicionou-se um minuto de acréscimo.
    Depois foi a vez de Roger. Colocou Edinho em campo e, passados nem cinco minutos, amarelo pro volante.
    Tá ficando insustentável.

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    1. Nunca entendi este tipo de cera com as regras novas (ou rigorismo mais recente); os goleiros "ganham" 30 segundos e o juiz amplia a partida com mais 1 minuto. Vai entender.

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  10. Leonardo

    Bruxo: Eu fico impressionado com a falta de intensidade do Bôbo! Comparando, por exemplo, a maneira de jogar de um Luisito Soares um Bôbo eu vejo, claro, um enorme abismo técnico, mas sobretudo um abismo de ânimo, intensidade e vigor físico. O Bôbo não se movimenta, não abre espaços e suas conclusões a gol são pífias. Com o Bôbo não vamos a lugar nenhum!

    *************

    O caso Marcelo Oliveira é para ser estudado! Como pode uma nulidade como ele ter enganado durante todos esses anos em diversos clubes dos chamados "grandes" do futebol brasileiro? Não encontro explicação...

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    1. Leonardo
      O Bobô é para o último toque, se é para jogar como tentou jogar, melhor colocar Henrique Almeida.
      O Marcelo Oliveira é para ser estudado (2).
      Tem bom empresário, só pode.

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    2. Não vi o Marcelo Oliveira acertar um único passe. Aliás, no final do jogo, foi um festival de passes errados.

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    3. Marcos
      Sem falar na mania de tentar janelinha.Um horror.

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  11. Até o momento em que o técnico colocou mais um volante, o jogo estava relativamente sob controle, com trocação entre as partes sem maiores riscos (ou seja, provavelmente o 0x0 permaneceria até o final da eternidade). Bastou fechar a equipe e torná-la "chama gol" nos últimos dez minutos para que o adversário tivesse mais chances do que nos 80 minutos anteriores.

    Típica estratégia inócua, tal como aquela de empilhar atacantes quando precisa marcar. É difícil compreender. Tragam alguém que faça o óbvio. Somente isso.

    Obs1: dizer que "faltou sorte nas finalizações", como ouvi em entrevistas, diante de um ataque que não chuta a gol mesmo quando as circunstânias permitem é das duas, uma: ou tolice generalizada ou zoação da cara do torcedor.

    Obs2: há pelo menos três jogadores que comprometem profundamente a equipe e outros dois que estão indo pelo mesmo caminho.

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    1. Duro é quando falta tanta competência ao finalizador que passa a ser preciso contar com a sorte. Porque acreditar que um chute como aquele do Bobô possa resultar em gol, só com muita galinha e vela preta.

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    2. Exatamente, Rafael!
      Está provado e comprovado, que recuar, botando mais defensores é abusar da sorte.
      Não sei se tu viste algum time treinado por Telê; nunca fez isso, mantinha a bola longe de sua goleira.
      Sei que alguns vão falar de 82, que errou em não se fechar, mas aí é pegar a exceção.

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    3. Bruxo, quando comecei a entender um pouco de futebol em 1994, com sete anos, o Telê já estava em seu último trabalho. Não me lembro de muitos detalhes a respeito do São Paulo daquela época.

      Mas realmente este é o básico: enquanto o time mantiver a bola longe da sua goleira, a tendência é que as chances de levar gol sejam reduzidas no comparativo com o contexto em que haja devolução sistemática ao adversário e encolhimento feito tatu-bola na frente da área. Melhor defesa é o ataque, conforme dito popular. E isso não é impossível de ser feito, pois o Grêmio realizou de forma relativamente mediana durante 80 minutos.

      Obs.: pior que nem para armar contra-ataque eles conseguem realizar essa técnica suicida, porque a bola sai totalmente quadrada do setor defensivo, o que exigiria avantes rápidos e - principalmente - inteligentes no posicionamento para que alguma jogada fosse aproveitada. Além disso, essa formatação exige treinamento específico constante.

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    4. Rafael
      O São Paulo de Telê era parecido com o Barcelona de Guardiola, não pelo futebol tique-taque, mas pela certeza que tínhamos de quem venceria a partida.
      Teve um jogo no Beira-Rio,92,93, que o mandante parecia ser o Tricolor do Morumbi, algo parecido com o que fez o Rosário em Poa, mas com muito mais qualidade.

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  12. Rafael
    De Guardiola a Celso Roth; a entrada do Edinho é passar atestado de incompetência, não por ser Edinho, mas porque o Coringão está muito fragilizado.Ele não vai dar mole para outros adversários, Tite vai reorganizar o time.
    Giuliano só não vai para o banco, porque Roger, como escrevi anteriormente, não consegue encarar os medalhões.
    Alberto Guerra vai ter que estar atento, a propalada mudança de atitude de ontem pode estar relacionada com a fraqueza (momentânea) do Corinthians.

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    1. Exatamente, Bruxo. Típico jogo para vencer, com o adversário implorando para ser alvejado. Eu teria vergonha de comemorar o empate. Querem atingir quais objetivos assim?

      Obs.: o empate por si só em São Paulo não é um resultado ruim isoladamente. Mas dentro do contexto em que estamos é péssimo. Se não abatermos o adversário quando fragilizado, ele o fará na próxima oportunidade. E continuaremos patinando na pista.

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    2. Mas qual mudança de atitude?

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    3. Glaucio
      Houve uma pequena mudança de atitude, mas não sabemos onde está a causa, se no Grêmio ou no fragilíssimo Corinthians.
      Não temos o que comemorar.

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