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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Opinião



O Um a Zero

Olhando as últimas 5 partidas na tabela do Brasileiro feita pelo site da Globo, surge um dado interessante: Todos os resultados do Tricolor possuem o mesmo placar; 1 a 0.

Duas derrotas, Fluminense ainda com Roger no comando e Cruzeiro; três vitórias, Chapecoense, Vitória e Atlético Paranaense; me fazem lembrar da história do copo com água pela metade, também a do cobertor curto. Leva poucos gols, entretanto, tem um ataque com números baixíssimos. Falta o tal equilíbrio.

Fica evidente até o momento, que se o Grêmio sair atrás no placar, não logrará os 3 pontos, porque fazer um gol já está difícil, ganhar de virada, transforma-se em missão impossível.

Éverton, Luan, Pedro Rocha, Henrique Almeida e até Bolaños (que não consegue sequência) estão devendo. Por mais, que o ataque esteja tentando, treinando, sendo "acarinhado" pelo Renato, só marcou três vezes, sendo duas através de Pedro Rocha e uma por Jaílson. É pouco, menos mal, que incrivelmente, os gols foram essenciais nas vitórias de Renato.

Renato terá muito trabalho para acertar este setor do time, porque isto implica tempo e treino; tudo o que ele não tem no momento.






17 comentários:

  1. Olha, Bruxo, o 1x0 é placar de vitória, é lógico.
    Se os placares mínimos viessem sempre com atuações robustas, como foi o caso do jogo contra o Atlético, tenho certeza que nenhum torcedor se queixaria da falta de "atacantes matadores".
    O problema que salta aos olhos nas "magrezas" dos placares é a falta de qualidade nas finalizações.
    E isso é geral. Não é só o Tricolor. Falta qualidade em todos os atacantes brasileiros, com raríssimas exceções bem sabidas.
    Aliás, a leva de jovens atacantes é fraquíssima a ponto de Gabriel Jesus ser o grande nome brasileiro do momento. "Pera" aí...!!!!
    Cara, vou repetir o que ouvi de alguns ótimos atacantes em alguns programas de entrevista: "Os atuais jogadores não treinam chutes a gol. Limitam-se ao treinamento de uma, duas horas, e vão para casa cuidar das mídias sociais".
    Claudimiro, o santanense que jogou no Tricolor, esteve em um programa de esportes esta semana e repetiu que "sem treinamento não há como aprimorar o chute a gol".
    Ou seja, amigo, não é o acaso que está nos deixando orfãos de gols. E nem a qualidade baixa dos nossos atuais jogadores. Dario era "um cone" como ele mesmo diz, mas matava a bola do jeito que ela chegava. Treinamento!!!!
    Tudo começa lá na formação do atleta. Sabes o motivo? Simples! Porque não existe a capacitação lá na base!
    Aliás, fora do RS, qual o título que os "nossos meninos" ganharam nos últimos anos?
    O Grêmio disputou a final da Copa São Paulo de Juniores apenas uma vez, em 1991.
    O Inter ganhou algumas vezes nos anos 70, e depois em 1998. Desde lá até hoje, quase 20 anos depois, nem em final chegou.
    Isso tem explicação. Só que muitos dirigentes não querem ver.

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    1. Tudo se resume a uma palavra: Business.
      O futebol não é mais o fim, é o meio.
      Não é crítica, apenas constatação.

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  2. É triste, mas é a realidade.

    O pior é que Everton e Pedro Rocha, quando iniciaram, mostravam boa finalização. De repente ficou mascarado porque entravam pouco, quando começaram a jogar mais tempo....

    Mesmo caso do Henrique Almeida.

    Do Luan, sempre se soube que não era o forte, mas compensa com outras qualidades.

    E o Alvirrubro matou a questão, falta treino.

    Eu mesmo, meses atrás comecei a jogar futsal semanalmente, nos primeiros jogos os chutes eram um desastre. Meu cunhado de 10 anos sonha ser goleiro, pois comecei a usar o guri de "saco de bolada", e o chute nos jogos melhorou....

    Lembro quando fiz escolinha na infância, o Newmar (ex-zagueiro do Grêmio) nos treinou nos SESC por um ano, e mandava a gente fazer em casa um alvo em alguma parede e ficar chutando. Meu pai que foi multicampeão como treinador na várzea daqui tinha umas bolas "especiais", mais pesadas, pra treinar os atacantes dele.

    Outra que lembrei agora, no momento em que escrevo, de outra escolinha, o professor era Edson, irmão do Emerson (Grêmio, seleção, Leverkusen), ex-zagueiro do Santo Ângelo e do Pelotas, ali eu era goleiro, e nos treinos de chute a gol, se errasse da goleira tinha que "pagar" apoio.

    Coisa que podem parecer besteira se falarmos em relação a juniores, mas acredito que vai criando a consciência e a obrigação de acertar a goleira.

    Lembro que no início do ano vi um treino de finalizações do Grêmio, terrível, tanto pela falta de pontaria, quanto pelo desleixo, falta de empenho, de concentração.

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    1. Na mosca, Glaucio.
      Comigo ocorria no basquete; ficava mais de uma hora lançando de vários pontos da quadra. Era incrível a melhora.
      Como já disse o Tiger Woods: "Quanto mais treino, mais tenho sorte".

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  3. Aproveitando o gancho pra fazer uma crítica ao Renato:

    Em vez de dar folga de 4 dias, poderia ter aproveitado pra treinar isso.

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  4. Treinamento (ou seja, repetição) é a base para tudo na vida, pré-requesito essencial. Há jogadores que nascem com talento, mas sem treinamento adequado se tornam os tais "potenciais que não vingaram". Há jogadores que nascem sem talento, porém com treinamento adequado se tornam - no mínimo - efetivos naquilo que fazem.

    Lembro de Cláudio Pitbull quando surgiu em 2001. Chutava forte e sem direção. Aperfeiçoou a pontaria e, em 2004, fazia gols que antes pareceriam improváveis para o seu nível. Atingiu quase 30 em a tal ano, muitos deles com beleza e dificuldade notáveis. O mesmo poderia se dizer de Jonas, o "pior atacande do mundo" para uma revista europeia em 2009 depois daqueles sucessivos erros em uma mesma jogada contra o Boyacá Chicó. Um ano depois...

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    1. Rafael, isso mesmo! Ei lembro de dois nomes sem nenhuma qualidade técnica. artilherios natos. A bola morria na áera e eles botavam na rede: Dario e Jardel!!!
      Mais toscos que eles, poucos! Pois é!...

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  5. Rafael
    Num time rebaixado, Pitbull foi vice artilheiro daquele ano do Brasileiro.
    Jonas é um bom exemplo; assim como Baidek, que era muito ruim,mas treinava, treinava tanto, que chegou à Seleção em 1984 com Edu Coimbra, se não me engano.
    Outro: Adilson, o alemão do meio de campo gremista que está há anos na Europa.

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  6. Uma historinha rápida para os "guris" que não viveram essa época: Valdomiro, quando foi trazido de Criciúma, pelo Inter, no final dos anos 60, era vaiado por todos os torcedores colorados. Pois ele, na sua humildade, passou a treinar chutes a gol. E treinou, e treinou, e treinou! Usava uma chuteira de ferro, em casa , para fortalezer a musculatura da perna. E treinava chutes a gol muitas horas depois dos treinos. Pegava os goleiros reservas e dos juvenis e ficava treinando até anoitecer.

    O "velho Enio Andrade" colocava uma camiseta nos ângulos das goleiras e mandava os jogadores acertarem a bola na camiseta. Ele demonstrava como queria o chute. Acertava todos. Os boleiros, alguns...

    Eder e Nelinho, dois dos maiores batedores de faltas que temos notícias, treinavam exaustivamente, todos os dias. Falar de Zico, acho que nem precisa, todos sabem porque chegou onde chegou. Até o gênio Pelé treinava muito chutes a gol.

    Portanto,treinamento é a receita. Mas é muito mais cômodo ir prá casa prá cuidar do INSTAGRAM e do WHATSAPP!

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  7. Não dá para esquecer, que pegar pênaltis, também é fruto de treinamento e do interesse em ver como os batedores cobram.
    O Grêmio perdeu o bi-mundial, porque não tínhamos um Mazaropi ou Victor.

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    1. De fato! E só para pegar dois exemplos de personalidades atuais do futebol mundial. Dois dos maiores finalizadores do mundo: Cristiano Ronaldo e Zlatan Ibrahimovic. Leiam sobre eles e verão quantas horas eles treinam por dia!

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    2. É um fato, mas também ocorreram outros:
      Jardel perdeu gol no tempo normal, Dinho e Arce bateram mal, e eram os melhores cobradores do time.

      Dá pra dizer que perdemos porque não tínhamos um Renato, que fez dois gols "sozinho" em 83.

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    3. https://www.youtube.com/watch?v=Gh68oPF4Gbw

      Tive que relembrar, quando não é pra acontecer não adianta.

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  8. Glaucio
    O problema neste caso, não está em não pegar pênaltis, está no desinteresse, na ignorância (aqui no sentido de desconhecimento, de ignorar) das armas do adversário.
    Como diz o Joca Martins: "Aí é que eu me refiro".

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    1. Concordo.

      Uma coisa que não gosto é de goleiro que escolhe canto, acho que ele está lá pra pegar os mal cobrados, até porque se o cara bater bem, o goleiro pode pular bem antes que não pega.

      Só que aí eu vejo o próprio Van der Sar escolher numa, o Victor em 2013 ni Galo, na última cobrança, errou o canto, mas a bola pegou no travessão.

      De repente foi a tal da sorte que acompanha os bons.

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  9. Glaucio
    Verdade! Sair antes da cobrança é dar mais chances ao batedor. Imagina o cara escorregando e batendo no centro, fraquinho e o goleirão todo esticado para um dos lados. Fiasco.

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