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segunda-feira, 3 de julho de 2017

Opinião




A Hora do Querer


“Quem muito quer, nada tem”, frase usada mais de uma vez pelo treinador gremista para  justificar a utilização de reservas diante do Palmeiras no Sábado, oponente que também prescindiu dos titulares pelas mesmas razões aludidas pelo comandante gremista.  

Há entre a maioria dos torcedores que conversei esta compreensão, ou seja, não dá para encarar competitivamente Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores da América com a excelência do quadro de atletas. Galo, Furacão, Santos e Botafogo adotaram idêntica medida.

Tudo bem, tudo certo, poupar era preciso; agora vem a “conta”, a cobrança, por isso, a justificativa de abrir mão (pelo menos, temporariamente) do certame Nacional está em xeque.

Fazer um enfrentamento em Mendoza com personalidade, atitude e qualidade é além de necessário na busca pelo triunfo, uma prova do acerto na tomada de decisões pela Comissão Técnica.

Não estará no lado argentino essa comprovação; será o Grêmio e tão somente ele, que referendará os movimentos dos dirigentes na priorização dos mata-matas fazendo um grande jogo e trazendo uma vantagem para o confronto da volta.

Ao Tricolor não será permitida uma má jornada, um tropeço que tenha como causa fatores legais dentro das quatro linhas, isto é, excluo destes, uma arbitragem péssima ou uma rasteira do tempo que impeça a prática do bom futebol.


Dito isso: Chegou a hora do Querer.

4 comentários:

  1. Jogo perigosíssimo para o Grêmio.
    Além de estar jogando em seus domínios, os argentinos adoram jogar contra brasileiros. Sabemos que eles quando não conseguem vencer só com um belo futebol a tal da raça castelhana, muito chegada a porrada mesmo, decide a partida.
    Se isso não bastasse, o Godoy Cruz (com 11 pontos) fez campanha melhor do que Botafogo, Barcelona de Guayaquil, Emelec, San Lorenzo e Atlético-PR, todos com 10 pontos; melhor que Jorge Wilstermann e The Strongest com 9 pontos; e, Nacional-URU com 8 pontos.
    Jogando em casa empatou com o Atlético Mineiro e Libertad em 1 a 1, e venceu o Sport Boys-BOL por 2 a 0. Venceu fora o Sport Boys-BOL por 3 a 1 e o Libertad por 2 a 1. Somente perdeu (4 a 1) para o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte, numa noite inspirada de Cazares, por ter optado jogar sem 9 titulares, com o Atlético precisando vencer o líder do seu grupo até aquela partida para ficar em vantagem na sequência da Libertadores. Um erro de planejamento do Godoy Cruz que acreditou que empataria o jogo se mantendo líder e ficando com a vantagem.
    Para este jogo, veja o chamado para a torcida local: En El Partido De Nuestras Vidas (dramático como todo argentino!).
    Portanto, Bruxo, concordo contigo quanto a cobrança de que o tricolor deva fazer uma boa partida, em função de suas escolhas, com personalidade e atitude. Também é isso que desejo ver, a vontade de vencer. Mas ter obrigação do resultado é fantasioso porque este (o resultado) é função direta do jogo, é consequência do jogo, onde não está só em campo o tricolor. Há o adversário, há a arbitragem, há outros fatores que influem, como bem sabemos.

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  2. Arih
    Cobro atitude, qualidade, comprometimento. Empatando em atitude, em comprometimento, ganhará no futebol.

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  3. "Quem muito quer, nada tem"... papo furado do treineiro.
    No time vencedor dos anos 1990 o Grêmio só largou o Brasileirão de 1995; lá valia:
    "Quem briga por todas tem mais chances de ganhar algo - ou mais que algo..."
    Prefiro este lema daquele Grêmio com direção e técnico muito melhores.
    E o Grêmio chegou até a exagerar, se ferrando: enfrentou em 1996, por rivalidade, o Palmeiras numa Copa do Brasil terça (o jogo do gol anulado do Jardel aos 49') e na quinta seguinte o América de Cali numa semifinal de Libertadores. Ganhou os dois jogos mas foi eliminado das duas.

    O Grêmio ou era campeão ou caía atirando, não desistia. E naquela época era impossível juntar Brasileirão e Mundial, e o Grêmio jogava domingo, terça, quinta e domingo para poder ir a Tóquio. Não existe mais isso. Em 2006, antes de viajar ao Japão, os colorados foram vices no Brasileirão. Com Copa do Brasil e Libertadores a conta-gotas neste ano (um jogo ao mês) ficou mais fácil administrar as coisas.

    Número de jogos que importa é o número que cada jogador joga. Jogadores brasileiros não jogam mais vezes que Messi e Cristiano Ronaldo. E aqui, tanto quanto na europa, só existem três competições dignas: a competição continental, o campeonato nacional e a copinha nacional (frequentemente deixada de lado pelos grandes, em favor das duas maiores competições, o que eu aceitaria no Grêmio, não cobro que ganhe tudo.) Eles são ricos mas tem um time só: nenhum clube no mundo tem mais que um time, o desentrosamento impossibilita. O Real, sob pressão do Barcelona na cola, proibido de não ganhar todas no nacional, e com paradas duras na Champions colocava os mesmo 11, só descansava - e que teria a treinar mais?

    Copa do Brasil começa nas semifinais, num ano difícil (e o Grêmio será candidato todo ano), e Libertadores começa nas quartas de final, num ano de dificuldade típica. O que enche o saco é antecipar problemas, até agora o calendário está tranquilo, um jogo por mês de Copinha do brasil e de Libertadores, praticamente só existe Brasileirão a jogar. Enfrente-se os problemas de calendário quando surgirem, se surgirem. Imagine que caia nas copas: corre o risco de ficar só com a insuportável "Copa da Vaga" por largar o Brasileirão.

    O jogo de volta com Atlético-PR deve(ria) ser o jogo a descansar com um time misto, e se meter um dois de diferença hoje no nanico godoycruz, duas datas podem (poderiam) virar uma só de novo: o jogo de volta poderá(ria) ser feito com misto. Mas sou voto vencido na torcida "copeira", sei disso.

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  4. Não me vacino. Jogo de hoje é jogo padrão ruralito, e vi esse timezinho jogando. Não imagino um Grêmio sem ambição (tipo jogo contra Iquique fora) numa fase eliminatória, mostrará seu verdadeiro poder. Digo mais: menos de 2 de diferença nem comemoro. E tentar golear para colocar um mistão no segundo jogo (como deve(ria) ser com o Atlético-PR) e não estragar mais a campanha no Brasileirão com classificações definidas em copas. Postura de clube grande com fome, com ambição (o que não é soberba!): nada de complexo de viralatas! (Se fosse um Boca Jrs, ainda que com time ruim, contra nanico brasileiro diriam que os argentinos passariam por cima nas duas! Para o Grêmio isso não vale?)

    Existe um pensamento mágico e folclórico de que argentino já "nasce" sabendo jogar Libertadores, até o nanico godoycruz. Nem os tradicionais são mestres se não tiverem time! O Grêmio do Tite massacrou o River Plate cheio de jogadores de seleção duas vezes em menos de um ano. Não duvido que pareçam ter essa "maestria" em Libertadores quando enfrentam brasileiros com complexo de viralatas. O inimigo maior do Grêmio seria se deixar levar por tal complexo; porque é muito superior.

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