O mesmo desafio para o Grêmio
Depois da tempestade, vem a bonança. Pena que no Grêmio a bonança tem prazo de validade; basta chegar próximo dos compromissos decisivos e o time soçobra, afunda e acaba vendo o título se distanciar. A praia fica longe demais, apesar das suas braçadas.
Em 2008, o Tricolor de Celso Roth se despediu da Copa do Brasil em pleno Olímpico ao ser batido nos tiros livres diante do Atlético Goianense. Já havia igualmente se despedido do Gauchão, naquela oportunidade, dançando fragorosamente no mesmo Olímpico para o Juventude.
Nenhum gremista aguentava mais aquela situação. Aí, a Direção deu uma última chance para o treinador; a estreia do Brasileiro contra o perigoso São Paulo no Morombi. O técnico caminhava pela prancha rumo ao salto mortal para a demissão. Pois não é que o Grêmio ganhou? 1 a 0, gol do zagueiro Pereira.
O time arrancou para uma campanha irrepreensível no primeiro turno; virou candidato ao título, mas, sempre há um mas em nosso clube, deram um polpudo reajuste para o treinador na virada do turno e infelizmente, a vantagem de mais de dez pontos sobre o segundo colocado foi insuficiente; o Grêmio entregou o campeonato.
Ano passado, numa sacada "genial", a Direção gremista resolveu preservar titulares num jogo decisivo, uma encruzilhada no Alfredo Jaconi e deu de bandeja a vaga para as finais para o Juventude.
Este ano, esta situação se repete, o Tricolor perdeu a vaga das finais para um clube do interior, o Novo Hamburgo e, como num passe de mágica, o time ressuscitou, começou a jogar o melhor futebol do Brasileiro; não chegou ao topo, porque o Corinthians fez uma campanha excepcional e o Grêmio com suas prioridades, decidiu colocar time misto ou do "grupo de transição", porque "quem muito quer, nada ganha"; resolveu preservar os titulares para a Libertadores e Copa do Brasil.
Dançou para o Cruzeiro que não poupou ninguém no Brasileiro e Copa do Brasil. Nova frustração.
Como de praxe, novo fracasso, nova mobilização e o time volta "tinindo", ainda que sem as principais estrelas: 5 a 0, grande goleada ontem, placar que nos traz boas recordações.
Renovam-se as esperanças e ... Bom, aí entra essa crônica: Até quando irá essa "resposta do grupo"? Esta Direção assimilou o aprendizado que os erros recentes de prioridades e estratégicas mal traçadas e, principalmente, mal executadas deixaram?
Como sempre, a torcida fará a sua parte, mas é bom que fique com um pé atrás na "hora da onça beber água".
Me assusta que, na hora de colher os louros, irremediavelmente as direções são pródigas e destituídas de falsa modéstia.
ResponderExcluirNa hora de assumir os ônus das escolhas, bom, daí seriam mais, digamos, democráticas...
Escolheram esta forma de disputa, consideraram imprescindível polpar? Sem problemas, desse certo seriam gênios, dando errado...
PJ
ResponderExcluirNa mosca; uns mais, outros menos, mas é assim mesmo.
Quem não lembra do Odone dizendo que ninguém queria assumir o Grêmio depois do rebaixamento? Só funcionou com os de memória curta, porque houve até segundo turno na eleição: Passaram Preiss (mais votado no Conselho) e o segundo (Odone), no pátio deu o deputado "socialista".