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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Opinião



Grêmio empata, mas reapresenta o bom futebol

Muito bom jogo de se ver; faltou apenas o gol do Tricolor.

Com esta frase, eu demonstro a sensação de ter o Imortal recuperado o bom futebol que ele demonstrou na maioria de suas apresentações.

Credito a dois fatores essa mudança comportamental gremista dentro das quatro linhas; o primeiro, a volta de Luan; ele deu o "timing" do time, o Grêmio tocou mais a bola e errou menos os passes à partir da batuta do camisa 7; o outro: A grandiosidade da partida, afinal jogaram o líder e vice-líder, todo o Brasil estava de olho na partida. Os atletas entraram mais concentrados e dando um gás a mais. Funcionou; o Tricolor foi melhor quase todo o jogo.

Vi pela RBS e aí é um terror, um show de bobagens e o comentarista sempre em cima do muro, falou em jogo equilibrado. Ora! Cássio fez uma grande defesa na primeira etapa (Ramiro), mais uma na etapa final (Edílson), a melhor, uma bola no travessão (Edílson) e uma cabeçada de Jael no último lance do encontro e o Corinthians? Duas bolas que rasparam a trave, uma em cada tempo. Grohe virou um assistente dentro do gramado.

Individualmente, Edílson oscilou muito; mas foi protagonista de dois lances cruciais, travou Rodriguinho na hora certa, evitando o chute e meteu uma bola na trave com uma habilidade extraordinária, pois tirou do goleiro e fez a caída certa, o azar veio pela bola batida no travessão.

Pedro Geromel e Kannemann, muito bem, sérios e controladores da zaga; Bruno Cortez, acho que foi o melhor da partida.

Jaílson virou uma grande alternativa para a reposição de primeiro volante; vem crescendo. Arthur, soberbo, Ramiro, outro que melhorou em relação ao jogo anterior, por exemplo.

Luan é o diferencial, é o craque do time. Para quem voltou depois de quase dois meses, ele surpreendeu positivamente. Hora de renovar o seu contrato. 

Lucas Barrios recebeu poucas bolas na frente, conseguiu prender a zaga paulistana, ninguém arriscou sair para o jogo.

Chegamos em Fernandinho. Muito mal e hoje com um agravante; ele que cai muitas vezes inexplicavelmente, hoje, quando foi empurrado na área, uma penalidade máxima, ele resolve prosseguir no lance. 

Éverton deveria ter começado a partida, Beto da Silva está mais desenvolto, arriscando mais e Jael "cavou" uma oportunidade, que quase decidiu o confronto; outro atleta de menor envergadura, sequer chegaria naquela bola.

Conclusão: Não foi hoje que o Tricolor perdeu o Brasileiro, basta olhar para as jornadas anteriores.


17 comentários:

  1. Muito esperança não ter entregado o campeonato hoje. Mas, cada um, cada um. Foi um bom jogo? Razoável. Claro que pela desistência de jogar do Corinthians campeão (ou a repetição do futebol por resultados, jogando atrás; só se defendendo; engraçado: nos anos noventa o Grêmio era criticado por jogar pelo resultado, hoje o Corinthians é ovacionado pelo mesmo tipo de jogo, pior, o Grêmio é criticado por não estar interessado nesta competição; um sacrilégio tricolor, ontem e hoje - por quê?). O Grêmio jogando mais em cima, mas sem o toque final, a conclusão matadora. Não é a toa que do meio da tabela pra cima, qualquer um pode chegar no G4; do meio da tabela pra baixo, qualquer um pode chegar no R4. Mas, em função dos últimos jogos, todos melhoraram e a razão disso é só uma: Luan. Infelizmente.
    Um dia quem sabe teremos planejamento, contas em dia e plantel com atitude pra não depender de um ou dois. Aí será campeão. Até lá, que possamos suportar.

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  2. Falta resolver o substituto de Pedro Rocha; sem ele e Luan, caiu absurdamente o poder ofensivo.
    Temos que secar Santos e Palmeiras, senão caímos para quarto lugar.

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  3. Luan jogou uns 30% do que pode e o futenol do time cresceu, com ele voltando ao normal e achando um sibstituto razoavel para o PR da pra acreditar.
    E pensar que tinha sábios tentando provar que a qusfa de rendimento se deu pela saida do Espinosa.

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    1. Carlos
      Acho que a saída do Espinosa mexeu com o individual do Renato por tudo que ele representa, mas a equipe não tinha "o dedo" do velho campeão.
      Não passa pela sua ausência o mau momento do time.

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  4. Concordo com seu comentário, Bruxo, mas o melhor para mim foi o Kannemann.
    Quanto ao substituto do Pedro Rocha, há muitas opções (Fernandinho NÃO! ), mas acho que o Renato vai escolher o Cícero, ao menos para o primeiro jogo.

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    1. Kannemann joga sempre bem; é daqueles jogadores que costumam contagiar os demais, garra, determinação, vontade de ganhar sempre.
      Eu arriscaria uma continuidade para o Éverton.

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    2. Eu também iria de Éverton, mas como o Tenato gosta de cascudo acho que vai de Cícero, que foi seu titular no Fluminense.

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    3. Neste caso, com Cícero, o time ficaria mais robustecido defensivamente, mas perderá o contra-ataque rápido.
      Ganha na bola aérea tanto na frente quanto na defesa, Cícero é ótimo cabeceador.

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    4. Bem lembrado, bruxo. Cícero tem a bola aérea a acrescentar.

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  5. Achei a melhora bem discreta. De diferente, trocamos mais passes no campo adversário, mas ainda faltou verticalidade e consequência nas jogadas. Falta alguém que carregue a bola com velocidade pelo flanco, com vitória pessoal, abrindo a marcação. O nome é Everton.

    Fernandinho é reserva de Ramiro e ponto. Sua melhor contribuição eram as jogadas da direita pro meio.

    Algo que poucos comentam, de repente por ele ser um jogador discreto, é o número de interceptações e desarmes do Cortez. Se alguém tinha ressalvas a ele quanto a parte defensiva, está resolvida a questão.

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    1. Cortez entendeu que esta poderia ser a sua última chance em clube grande. Faz uma grande temporada.
      Na comparação com o Marcelo Oliveira, o time ganhou um "craque".

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  6. Me impressionou um dado, durante a transmissão revelou-se que, com Luan, o aproveitamento do time era maior que 70%; sem, próximo aos 30%.
    No mais, talvez pela fase, não me animei muito, me parecia que jogariam até semana que vem e não sairiam gols.
    Poucas chances e pouca criação, de concreto uma bola na trave oriunda de bola parada.
    Como disse o Gláucio, a bola chega no meio e não tem jogador que dê sequência, que vá pra cima, a dribles, Ramiro, Fernandinho, ou outro que substitua Luan invariavelmente param a bola à espera de outro companheiro e, por consequência, da reposição do time adversário.
    Acho que tá na hora de se acostumar, nossa realidade atual é outra.

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  7. PJ
    Na minha formação ideal, Ramiro e Fernandinho não seriam titulares, assim como Grohe e Edílson, tendo Paulo Victor e Leonardo Moura,mas ...

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  8. Há vários anos o Grêmio perde o Brasileiro em jogos contra times de menor expressão e nesse ano não foi diferente.

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    1. Mas nunca mostrou tantas condições. Em 2008, apesar de tudo, o time era limitado.

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    2. Glaucio
      O time era limitado, mas perdemos por erros estratégicos, na verdade, não foram de dentro do campo.

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  9. Deixou muito ponto em casa: Corinthians, Atlético Paranaense, Avaí, Chapecoense, Cruzeiro. Só nesses foram 14 pontos deixados em campo. 4 D e 1 E.

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