A Primeira Impressão
É arriscado dar uma opinião sobre o futuro do Grêmio apenas pelo jogo de estreia deste time de transição, porém, dá para tentar, correndo todos os riscos de errar feio.
Este jogo de Ijuí me deixou esperançoso com relação ao surgimento de bons valores; acho que de 2 a 3 vão estourar em 2018. Nem dá para considerar Paulo Miranda, nem os que ficaram no banco pela falta de melhor condicionamento (Patrick, Jean Pyerre e até Leonardo Gomes), nem o lesionado Dionathã; apenas os que jogaram os 90 minutos, casos de Mendonça, Mateus, Guilherme Guedes e Lima, que apresentaram algo diferente. Vem coisa boa por aí.
Agora o lado ruim do que vi: Pela total impossibilidade de utilizar os titulares, o Grêmio será prejudicado no Gauchão, porque lançar toda essa garotada ao mesmo tempo vai inviabilizar a classificação entre os melhores do campeonato. Dificilmente o Tricolor vai estar entre os quatro primeiros e poderá jogar, se chegar lá, as eliminatórias sempre na cada do adversário. É ruim.
Mas ruim mesmo será se atropelar o planejamento e antecipar a volta dos titulares, quando sentir que o Gauchão estiver lhe escapando pelas mãos. Nem mel, nem porongo, como dizemos aqui no Sul.
Corre o risco de perder o Gauchão e ainda rebentar os titulares nas competições que reaaaaalmenteeee! interessam.
Resumindo: O negócio é revelar novos craques, garantir a permanência do clube na primeira divisão e esquecer o campeonato gaúcho.
Início de ano, tudo é incipiente.
ResponderExcluirEmbora fosse bom o Grêmio ser campeão gaúcho depois de fracassar em 2017, concordo que muito mais importante do que o velho, secundário e manipulado gauchão, o melhor é dar entrosamento e revelar alguns bons jogadores para se encaixarem no time principal.
Já vejo algumas críticas, já no primeiro jogo da temporada e nas circunstâncias em que ocorreu. Críticas são normais no Grêmio que possui uma das torcidas mais impacientes e exigentes do mundo.
Por exemplo: querem que Leonardo Gomes jogue como um experiente e se esquecem que possui somente 21 anos. Garoto como todos os outros, sujeito a altos e baixos, sujeito a despontar, sujeito a ter uma passagem apagada. O Matheus Henrique saiu do jogo elogiado por todos, mas esquecem que já foi da base tricolor, foi dispensado e agora volta para uma nova tentativa depois de despontar em São Caetano.
Ou seja, a torcida não conhece o elenco e, por vezes, critica por criticar.
Deveriam criticar Paulo Miranda. Jogador experiente que se deixa levar pelas circunstâncias e é expulso no seu primeiro jogo. Justamente o jogo em que deveria ser o condutor, o líder do time de garotos. Mostrar como deve-se portar diante de adversidades.
Deveriam criticar o resultado pífio, mesmo para uma estreia, mesmo com a maioria de garotos que buscam um lugar ao sol, mesmo que com somente duas semanas de treinamento.
Afinal, jogamos contra o São Luiz.
Mesmo assim, ao contrário do ano anterior, espero que o restante do gauchão seja com os garotos. Se há alguma qualidade, nem que seja somente em alguns deles, o time não será rebaixado.
De quebra, num jogo ou outro, com revezamento, vai colocando algum do time principal para ir ganhando ritmo em jogos “as ganhas”, para se prepararem pro ano mais difícil das últimas décadas nos campeonatos que valem a pena.
Arih
ResponderExcluirDiscordo apenas com relação ao primeiro cartão amarelo para o Paulo Miranda, acho que o juiz quis fazer média, porque, na real, apenas o jogador do interior é que deveria ser "admoestado" com cartão.
Renato precisa entender que aqueles jogos de 2017 com os reservas foi um erro. Colocar alguns reservas sem ritmo de jogo e garotos sem experiência em jogos contra os grandes só poderia dar no que deu: derrotas. A solução é o mistão. Há duas coisas a ver nisso. De um lado a possibilidade de sair com os três pontos aumentam. De outro, os garotos que ainda são inseguros por natureza olhariam para os lados e encontrariam um “experiente” lhes dando apoio moral, confiança, segurança, mesmo em eventuais erros normais da idade e mais, cobrando o foco, a entrega. Não se joga os garotos na cova dos leões sem um gladiador (tutor) por perto. Creio que alguns que ainda são promessas já estariam em estágio bem mais avançado e contribuindo efetivamente neste 2018. O mistão permite diminuir o desgaste do time principal ao utilizar só alguns deles, dá ritmo para alguns reservas importantes e permite ir colocando aos poucos os garotos que se sentiriam mais a vontade para deslancharem.
ResponderExcluirMesmo com a paraa da Copa, para o Grêmio será, novamente, um ano cheio. Saber utilizar o plantel a seu favor e fazer com que todos rodem, exige um planejamento melhor do que foi feito em 2017.
Arih, concordo com o teu pensamento; faria apenas uma observação para este início de ano: As melhores alternativas de Renato se apresentaram ontem, talvez mais duas semanas e ele poderá por em prática o "mistão".
ResponderExcluir