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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Opinião


A Reinvenção do Grêmio

Ontem, o Grêmio realizou o quinto jogo com os considerados titulares: 1 vitória, 3 empates e 1 derrota; 4 gols marcados nesta quina de confrontos. Segue a escassez que lembrei em postagem anterior. 

Trata-se de apenas um mês, mas dá para dizer que o Grêmio piorou. O título da Recopa mascarou o momento do clube dentro das 4 linhas. Exagero? Saíram ou não estão jogando Edílson, Fernandinho, Lucas Barrios e Arthur. Ramiro recém voltou e foi o pior do time no Uruguai. Aí é "metade" de 11. Se isso atenua o resultado do trabalho de Renato; por outro lado, olhando as opções que chegaram associadas ao bruxismo do treinador, dá para a massa torcedora ficar apreensiva.

Acredito que com os títulos, a situação financeira gremista tenha melhorado, mas se antes tínhamos Lucas Barrios, ainda que com problemas físicos que desconfio serem crônicos, o argentino/paraguaio demonstrou a técnica, isto é, "o como fazer" lá dentro da área. Foram gols cirúrgicos, diria, de cartilha e o que temos? Jael, Hernane, Cícero improvisado; ora! É um decréscimo abissal.

As alternativas Madson, Maicosuel, Alisson, Hernane, Thaciano são tiros no escuro. Talvez Thonny Anderson, mas é muita "roleta russa", muita aposta para um tricampeão da América. 

As alternativas preferidas do treinador (bruxos) Leonardo Moura, Jaílson, Maicon, Cícero e Jael, não deram certo em 2017 (sim, até Jaílson), por que seriam soluções um ano depois, se a maioria deles está na descendente em suas carreiras, jogando em posições vitais numa equipe de futebol?

Escrevi na parte dos comentários no post de ontem, que algumas soluções estão no elenco, outras, no mercado. O retorno de Michel e Arthur é imperativo, inadiável, imprescritível. A menos que Thonny Anderson aconteça, seja o "cara", a busca de um armador é tarefa "para ontem".

Na frente, setor ofensivo, os números escancaram a aridez danosa do ataque. Ainda acho a compra de André, vital para se pensar em algo igual ou semelhante a 2017.

O Grêmio precisa se reinventar, apenas achar que pegando "raspas e restos" do mercado toda hora, terá a receita para as conquistas, é um erro colossal. O Grêmio é o time a ser batido nesta Libertadores.

Provavelmente, os demais adversários não serão tão respeitadores, tão respeitosos, quanto foi o Defensor; logo verão que o "bicho não é tão feio" e como naquela historinha da formiga surda, que desconheceu os conselhos de não tentar subir até o topo do poste e galgou até o seu limite, os concorrentes poderão esquecer que estão enfrentando o atual campeão do maior torneio da América e passar por cima até com uma certa facilidade.

O Grêmio não pode ser o mesmo de 2017; terá que ser mais, bem mais.  


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