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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Opinião


Hernane, o novo Nove

Os fatos acontecem no Grêmio com enredo cinematográfico ou de novelas, aquele (o enredo) que dá muitas voltas até chegar ao final, geralmente melhor do que os capítulos iniciais.

Esse enredo, às vezes conta com o atleta que vem de contrapeso numa negociação e é o único que  "rebenta", caso que envolveu Henrique (que desistiu do Imortal), Magno e Paulo Nunes; pode ser diferente como quando as alternativas primeiras são descartadas; aí, para lembrar em 2007, o Tricolor queria um goleiro com experiência internacional, tentou Carini, o uruguaio, Bossio, argentino e conseguiu "apenas" a terceira opção, Sebastian Saja, arqueiro do San Lorenzo, que foi decisivo nas semifinais da LA daquele ano, diante do Santos, garantindo a classificação para encarar o Boca Juniors.

Prosseguindo: Às vezes, a negociação beira à curiosidade pela engenharia montada; é o que ocorreu na vinda de Hérnan Barcos, que foi trocado por cinco jogadores (um desistiu). Foram para o Palmeiras os "gloriosos" Léo Gago, Vilson (zagueiro), Rondinelli e Leandro, atacante. Negociação amplamente favorável ao Tricolor.

Bolzan Jr, quando eleito, sonhou com Doriva ou Cristóvão, teve que se contentar com o novato Roger Machado no comando técnico. Se o ex-lateral multicampeão não foi uma "brastemp", pelo menos mudou a forma do time atuar e deixou uma pequena herança positiva para o seu sucessor. Hoje, Roger está mais valorizado do que Doriva e Cristóvão.

Ano passado, nós vivemos a mesma ansiedade de 2018, a incessante busca por um fazedor de gols. Foram anunciados Kayke e Gabriel "El Toro" Fernandez, mas quem chegou na terceira tentativa foi Lucas Barrios, que se eternizou no clube por comandar o ataque tricampeão da América.

Agora, depois de tentar Blandi, Jonathan Alvez, Gonzalo Carneiro e outros, o Grêmio pode fechar com o Brocador, vide Hernane

Eu sei, muitos poderão dizer que para estes exemplos, existem "quilos", "toneladas" de outros bem semelhantes que foram verdadeiros tiros n'água, desfechos até constrangedores para o clube, porém, eu estou sendo otimista nesta hora, botando a emoção à frente da razão e sonhando com a mãozinha do destino.

Quem sabe?


7 comentários:

  1. Acho Henrique Almeida mais jogador, mas...

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  2. Carlos
    Na verdade, é como escrevi; mais emoção do que razão. Se Henrique Almeida estivesse vindo, talvez,eu estivesse escrevendo o mesmo texto.

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    1. O Henrique Almeida é o nosso, que sei lá se ainda está no clube.
      Acho que vc quis dizer Henrique Dourado, o ceifador.

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    2. Carlos
      Era o Almeida mesmo, não gosto do Ceifador (custo versus benefício).

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  3. Década de 60 tínhamos um grande fazer de gols, que jogava muito, Alcindo. Não fosse um grave lesão no final daquela década estaria na seleção de 1970.

    Década de 70 nosso fazedor de gols foi o Neca, embora não fosse centroavante.
    Década de 80 não lembro de ninguém que fizesse mais gols do que Baltasar.
    Década de 90 Jardel, um grande fazer de gols no Grêmio e na Europa.
    Veio o século 21 e ninguém se compara ao Jonas de 2009 e 2010 como fazer de gols.
    Todos foram jogadores de características muito diferentes. Aipim, se podemos chamar assim, só Baltasar e Jardel.

    Nos dois últimos títulos tivemos um ataque de grande movimentação, onde vários faziam gols, o melhor deles o Luan, mas nenhum foi um grande fazedor de gols, como os citados anteriormente.

    Precisa de um fazer de gols? A direção e Renato entendem que sim. Há partidas que o time joga bem, mas tem muita dificuldade de fazer gols. Deve ser por isso que o Grêmio procura um fazedor de gols. Procura ou procurava? Não sei se o Brocador dará certo no Grêmio, mas ele é um fazedor de gols.
    Torço para que sim, que ele faça mais de 30 ou 40 gols em 2018 e que o Grêmio ganhe grandes títulos pelo terceiro ano seguido, mais do que nos dois anteriores.

    Nelsongz

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    1. Nelson
      Desconfio que não teremos mais no futebol brasileiro números de 40, 42 gols por ano, como fizeram Neca (que era ponta-de-lança) e Baltazar.
      O centroavante tradicional está em extinção; serve para determinadas situações e os esquemas modernos cada vez mais, prescindem dele.

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  4. Complementando, Nelson
    Alcindo, o Bugre, era uma máquina de fazer gols. Maior artilheiro gremista de todos os tempos.
    Tive a sorte de vê-lo jogar.

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