Uma Velha Máxima
Num time ajeitado, "azeitado", o ruim vira mediano, que vira bom; o bom vira craque e o craque, extra-classe. O Grêmio está reforçando esta máxima; não sei por quanto tempo, mas pelo "andar da carruagem", imagino que ficará um bom tempo "em cartaz".
O Tricolor é um conjunto de acertos, de improváveis acertos; vejam: Leonardo Moura, cracaço, estava no ocaso de sua carreira no rebaixado Santa Cruz de Recife, quando surgiu a chance de atuar pelo Imortal. E o que se pode dizer de Bruno Cortez? Acertado com o Náutico, onde seria uma contratação de luxo, que poderia no final da competição, se tornar um vilão do rebaixamento do clube do bairro dos Aflitos. Seria um dos mais visados; desconfio.
Marcelo Grohe, hoje é pedido para ser convocado; poucos lembram de sua passagem nada animadora pela Canarinho. Não deixou saudades.
Vamos a Pedro Geromel, simplesmente o melhor zagueiro do planeta, chegou do Mallorca da Espanha, onde estava emprestado pelo Colônia da Alemanha. E Kannemann, reserva do Atlas do México, zagueiro que não entusiasmou nenhum dos últimos treinadores da Seleção Argentina, nem o atual, Jorge Sampaoli.
No meio de campo está Maicon, o preferido das vaias da torcida são-paulina, cansou disso e veio para ser o capitão do Grêmio. Ramiro era um reserva; aliás, um bom reserva para o meio e para a lateral direita. Era impensável vê-lo como sucessor de Giuliano, um dos jogadores mais caros e importantes do time.
O que dizer de Jael? Um centro-avante talhado para o ... Joinville.
O destino atuou de forma efetiva até na direção, quando Bolzan Jr. atirou na igreja (Doriva)* e acertou no padre (Roger Machado), sem deixar de levar um corretivo de um "bispo" malandro (Eurico Miranda).
De forma idêntica, quando Luan "refugou" ir para o Spartak da Rússia, o que viabilizou tornar-se o Rei da América. Lá estava o destino, de novo.
Até Renato viu sua biografia dar um salto gigantesco na atual passagem. Antes, um único título relevante, a Copa do Brasil com o Fluminense e muitas passagens que "bateram na trave".
No conjunto de acertos gremista está também, o pacto de sorte que deve ter feito com os deuses do futebol.
Coisa de Campeão.
É isso o que ocorre com campeões. Destino. Deuses do futebol. Nada disso. Só trabalho. Muitas explicações para um resultado comum: uma conjunção de fatores que tornam um ex ótimo jogador como Léo Moura, em final de carreira, voltar a jogar de maneira convincente. Lógico que com suas limitações físicas, mas não técnicas, inquestionáveis. Esse Grêmio ainda pode vencer mais, bem mais. Estará no seu foco a solução das conquistas. Nunca menosprezando qualquer adversário que seja, nunca se entregando até o apito final, sempre buscando não o magro um a zero, mas o que for possível, mesmo o um a zero.
ResponderExcluirEste Grêmio encanta, mas ainda há caminhos a perseguir, ainda há vitórias a conquistar, ainda há títulos por vir.
Espero que todo o Grêmio tenha a exata noção do momento (incluindo os torcedores) de que somente com a compreensão e colaboração de todos, mais história se fará.
Em mais de 50 anos poucos fizeram e tem condições de fazer, história.
Por isso também compreendo alguns torcedores que cobram mais. Talvez eles possuem razão. Um detalhe aqui, outro acolá e melhor ficará.
Arih
ResponderExcluirO que a Direção não poderá deixar de fazer é aproveitar o bom momento para lançar atletas com bom potencial oriundos da base. Grupos vencedores tem essa qualidade.
Olá pessoal do blog, me chamo Ricardo e gostei muito do blog. Vou fazer um trabalho de faculdade sobre "Grandes Persolidades do Esporte Gaúcho", e como sou gremista escolhi duas lendas do nosso futebol: Luiz Carvalho e Foguinho (Oswaldo Rolla). Tentarei mostrar seus grandes feitos dentro e fora de campo.
ResponderExcluirSó gostaria de fazer um pedido: o amigo Alvirubro podes postar a lista de jogos deles pelo imortal? Se a lista for muito extensa, podias postar apenas os jogos em que eles fizeram seus gols e o número de gols?
Obrigado amigos e espero resposta. Ricardo Nogueira.
Beleza, Ricardo
ExcluirQual a tua área; história, sociologia ou comunicação social? Acho que não será difícil, porque são duas grandes personalidades do RS.
Estou cursando jornalismo, segundo semestre. Em um trabalho anterior sobre "Pessoas Que Mudaram o Cotidiano", citei Roger Machado e Renato Portaluppi juntamente com o presidente Romildo Bolzan, como pessoas que mudaram o cotidiano gremista, o fazendo voltar a ter pensamento de campeão.
ExcluirRicardo Nogueira.
Pretendo sempre usar sempre que possível, o Grêmio como matéria nos meus trabalhos.
ExcluirRicardo Nogueira.
Esse Grêmio de Bolzan/Roger/Renato implantou uma forma de jogar baseada no toque de bola e dominio do jogo, algo impensado antes em um clube marcado por comquistas na base da raça e superação. O caminho agora é a continuidade desse modelo Grêmio de jogo, isso independente de mudanças de jogadores, técnico e diretoria.
ResponderExcluirCarlos
ResponderExcluirEstava pronto para escrever isso.Boa lembrança. Realmente, "nunca antes na história desse clube", este toque de bola qualificado, misto do Cruzeiro dos anos 70 e Barcelona de Pep Guardiola, foi visto no Grêmio.